Hey brother escrita por SundaySmile


Capítulo 1
Hey sister


Notas iniciais do capítulo

Sempre quis fazer algo sobre eles porque são os mais fofinhos desse mundo ♥



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Outubro de 1945

Em algum lugar na Alemanha, uma mãe acabara de brigar com seu filho por ter se sujado na lama, ali perto uma mulher chorava por ser a última judia viva de sua família*, do outro lado da cidade, um homem se alegrava porque acabara de se tornar pai, ao mesmo tempo uma roubadora de livros passeava feliz com seu amigo judeu na ponte do rio Amper.

A guerra tinha acabado as pessoas sobreviventes dos campos de concentração haviam sido liberadas.

Max passou um tempo procurando por sua família, mas não demorou muito para que descobrisse que a única família que lhe restava era a sua pequena (agora nem tão pequena assim) amiga, a menina que sabia bem o poder das palavras.

Liesel não sabia o que falar uma sacudidora de palavras que estava sem palavras!

Mas na verdade, era exatamente por conhecer tanto sobre elas que Liesel sabia o momento que precisavam ser usadas, e este não era o momento. Max também sabia.

Foi por isso que os dois ficaram um bom tempo parados, um olhando nos olhos do outro. “Se seus olhos pudessem falar, o que diriam?”

Não precisavam dizer nada para entender o que seus olhares diziam: saudade, esperança, tristeza e felicidade. Esperança que agora que se encontraram possam ser felizes, tristeza por todos aqueles que partiram felicidade por estarem juntos e saudade... Essa é obvia, não é mesmo?

Finalmente, o rapaz com cabelos de pluma começou a falar.

—Muitas vezes eu quis desistir, não achava que valia a pena me esforçar tanto... –Ele olhava pros seus próprios pés agora.

Liesel sabia ao que ele estava se referindo: Não achava que valia a pena se esforçar tanto para continuar vivo.

—E o que te fez continuar?- Ela o encarou.

Ele voltou a olhar em seus olhos e disse:

—A esperança que um dia sairia de lá e encontraria uma menina que conseguia fazer um judeu refugiado se sentir parte da família.

A ladra de livros o abraçou com força, deitou sua cabeça no peito dele e logo começou a chorar mais uma vez. Ele beijou sua testa e ficou acariciando sua cabeça.

—Max?

—Sim Liesel?

—Você promete que nunca mais vai me deixar?

—É claro que eu prometo! Agora que eu voltei não vou sair do seu lado nunca mais. Você é tudo que eu tenho Liesel...

Os dois riram e ficaram abraçados olhando para o rio.

—Aliás, eu consegui uma casa aqui perto e, bom... eu sei que você esta morando na casa do prefeito e é claro que eu não vou poder te dar tudo que ele pode, eu vou entender se você não quiser, mas eu vou oferecer mesmo assim: você pode morar comigo se quiser.

Liesel nunca o tinha visto tão tímido e enrolado para falar alguma coisa.

Ela abriu um enorme sorriso antes de responder.

—Eu adoraria Max.

Pov Morte

Os humanos são engraçados.

Parece que você precisa narrar todos os acontecimentos para que eles fiquem satisfeitos, não se contentam com apenas aquilo que seja o suficiente para que possam imaginar todo o resto, sempre precisam que esteja escrito até o final.

Então você quer saber como eles ficaram depois dai?

O que eu posso dizer caro leitor, é que eles ficaram bem.

•Uma última observação da sua narradora•

Max Vandenburg definitivamente cumpriu sua promessa.

 


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Notas finais do capítulo

Eu botei esta musica porque sempre lembro deles quando escuto haha
*A mulher que me refiro não é parente do Max, só pra deixar claro, mas se vocês quiserem que seja tudo bem, cada um imagina o q quiser rs
bjs