The Runaways escrita por Laah Vida, Rick Cake


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Mais um cap pra vcs da Laah



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Capítulo 2 – POV Laura

Ele adentrou lentamente o pequeno banheiro, me fitando. Seus olhos eram do mais profundo vermelho que penetrava sua alma. Suas roupas eram tão obscuras quanto o seu olhar. Ele sorriu ao perceber quem eu era, mostrando suas presas.

Se não estivéssemos em uma questão de vida ou morte eu diria que ele era lindo. Provavelmente ele era um dhampir antes da sua transformação. Seus cabelos curtos de um castanho escuro caiam muito bem em seu rosto modelado. Seu físico era impressionante.

Percebi que, assim como eu, ele me analisava. Mas seu olhar tinha algo a mais. Era faminto, cheio de... Fome. Pude perceber.

Levei minha mão até onde eu mantinha minha estaca e pude perceber seu sorriso se ampliando.

“Pequena dhampir, já quer apelar para a violência? Não aprendeu a ter modos na academia?” Eu continuei o encarando, analisando enquanto ele continuava. “Muito prazer, sou Nikolai Kozlovsky” Ele disse, fazendo uma breve reverência. Pude perceber um leve sotaque em sua voz, pelo seu nome, vi que era russo.

Dei um sorriso cínico.

“Nikolai, espero que esteja pronto para morrer” dito isso eu o ataquei, afinal de contas eu me lembrava muito bem da minha primeira lição. Não hesite.

E eu errei. Ele definitivamente fora um dhampir antes de se transformar. Analisava meus movimentos, meu caminhar, assim como eu os dele. Éramos presa e predador e estávamos em uma dança perigosa, a dança da morte.

“Não aprendeu a nunca atacar de primeira na academia, pequena? Eles não ensinam mais como antigamente...” zombou ele.

“Nunca cheguei a me formar” disse, enquanto tentava acertar seu peito. Fui bloqueada por ele novamente.

“E você vai me falar o seu nome, dhampir?” questionou ele enquanto se aproximava cada vez mais de mim.

“Já que você vai morrer, considero a curiosidade pelo meu nome como um último pedido.” Disse eu, percebendo que estava encurralada. Analisava todos seus pontos e ângulos, tentando encontrar uma brecha para matá-lo ou fugir. Afinal, a segunda lição era essa. Corra.

“E você então vai me dizer?” disse ele enquanto analisava meu olhar.

“Já aceitou sua morte assim tão fácil russo?!” eu disse tentando distraí-lo.

“E você? Já achou alguma brecha para me matar?” ele retrucou entrando no meu jogo.

Engoli o seco e subitamente a porta do pequeno banheiro se abre em um estrondo. Cinco garotas, claramente bêbadas adentram o pequeno espaço e ao perceber nossa presença, soltam leves risinhos entre si.

“Parece que estamos interrompendo algo aqui meninas” disse a loira, que possuía um vestido vermelho tube curto que combinava com a cor de seus lábios, uma maquiagem forte e saltos extravagantes. Elas nem percebiam as órbitas vermelhas que as encaravam, silenciosamente.

“Você conseguiu pegar esse cara usando essas roupas?” Disse uma baixinha de cabelos castanhos até os ombros e vestido preto enquanto me olhava com um ar de reprovação. Eu havia saído para beber, e não para ir para cama com caras em uma boate.

Por um momento eu parei para me analisar melhor. Usava um jeans surrado velho, rasgado nos joelhos e meu all star de cano longo que ia exatamente até onde o rasgo da minha calça começava e me permitia guardar algumas estacas de prata e também usava uma regata preta com o símbolo do álbum “Going to Hell” da banda The Pretty Reckless. A regata destroyed mostrava grande parte do meu sutiã e meus cabelos estavam rebeldes e levemente ondulados até a altura dos ombros em seu tom azul pastel habitual. Encarei a garota por mais alguns segundos antes de bufar e revirar meus olhos. Percebi que aquele era o momento de sair dali. Caminhei como quem não queria nada em direção a saída quando percebi que as garotas cercavam o strigoi enquanto o bajulavam.

Quando minhas mãos alcançaram a maçaneta da porta, senti um par de mãos enlaçando minha cintura e uma respiração quente em meu pescoço.

“Você não é uma dhampir muito comportada, Laura” fiquei paralisada quando ele disse meu nome e senti meus pelos da nuca se eriçarem. Não sei ao certo se fora pelo fato dele saber quem eu era ou por causa da sua proximidade. Ele pareceu não perceber minha reação e continuou. “Não vou matá-la. Não ainda. Prefiro me divertir com essas adoráveis senhoritas agora e ir atrás de você depois. Ah, a propósito... Melhor ir checar o seu moroi. O que aconteceu com o ‘Eles vem primeiro’?”

Sem nem pensar duas vezes, arranhei a ponta da minha estaca em sua face, que urrou de dor enquanto eu saia do pequeno local e adentrava a boate que estava movimentada. Ao fundo pude reconhecer a música ‘I Will Survive’ tocando com uma batida animada. Sai da boate e sem nem ao menos pegar fôlego já estava em cima da minha moto, dei a partida rapidamente e logo já estava a mais de 100km/h ultrapassando todos os limites de velocidade. Eu precisava chegar até ele. Meu moroi.

Me repreendi mentalmente durante todo o percurso. Eles vem primeiro Laura. Eles vem primeiro. Pensei.

Nem vi o tempo passar e quando dei por mim já estava na porta da nossa pequena casa. Dei um salto da moto e adentrei o ambiente. Subi correndo os lances de escada e percebi um barulho vindo do sótão. Subi até lá e percebi que faltava um pedaço do telhado. Na minha frente, me deparei com um strigoi de costas pra mim com suas presas cravadas no pescoço de Rick e senti uma fúria me consumir. Em um ato, o strigoi estava lançado do outro lado da sala e eu parti para cima dele. Percebi que ele era inexperiente, fraco. Deixava brechas. Em menos de cinco minutos, ele estava morto, apunhalado no chão. Percebi que Rick havia desmaiado. O carreguei cuidadosamente até seu quarto e comecei a juntar nossos poucos pertences para partir.

Rick acordou depois do amanhecer e eu já havia arrumado tudo que precisávamos. Eu estava sentada ao seu lado, preocupada. “Ah, você acordou” eu disse constatando o ato dele. Percebi que ele não conseguiu se sentar quando tentou. Estava fraco. Coloquei meu pulso na sua frente “beba, você perdeu muito sangue” ordenei.

“Não posso...” ele disse relutante.

“Você deve” retruquei. Em seguida senti suas presas em meu pulso e uma sensação inebriante e prazerosa se apossou de mim. Quando ele parou, me recompus e coloquei minha mascara de guardiã habitual.

“Nós precisamos sair daqui” eu disse enquanto Rick se endireitava.

“Da casa?” ele perguntou.

“Não... Da cidade” respondi sombria. Eles vem primeiro.


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Notas finais do capítulo

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