Ele estava com o rosto virado para frente, mas notei que tinha um pequeno sorriso no rosto, como se algo fosse divertido pra ele.

Desviei o olhar, e vi Chad, me olhar com uma careta e deu um breve aceno, que não vi a necessidade de retribuir. Apenas sorri, e prestei atenção, no professor, que entrava. Logo cumprimentou a turma e começou a explicação, de uma bactéria, que se evoluía, de uma forma rápida e qual era o seu risco, se alguém, a contraísse. Mesmo, concentrada na explicação, me sentia intimidada, com a presença do calouro, ao meu lado.

Então as duas aulas no laboratório haviam terminado. Peguei minhas coisas rapidamente, e quando ia saindo, Wendy, uma amiga da minha irmã, veio sorrindo em minha direção; achei estranho, já que não tínhamos muita intimidade.

Mas, vi que não era pra mim, e sim para o novo estudante que se encontrava atrás de mim. Descobri que ele se chamava Luke Wayland, e que havia se mudado há pouco tempo com sua família, e que antes morava em Alasca, e que tinha 26 anos... Nem parecia, tinha cara de menino novo... Beirando os 18...

Então veio a pergunta, que até eu, por incrível que pareça, gostaria de saber, a resposta.

– Você esta namorando, Luke? – Wendy perguntou, enquanto fazia uma cara maliciosa, e deu aquelas risadinhas, que pra ela, era pura sedução, mas que parecia uma foca. Dei uma risadinha, com esse pensamento.

Mas não cheguei a ouvir a resposta, já que minha irmã chegou, me puxando pelo braço, e me perguntando se eu não me importava em ir pra casa de táxi, já que teria que ir pra casa de Jeremy, um amigo da sala, pra fazer um trabalho em grupo. Suspirei e como sou uma ótima irmã, falei que não tinha problema, já que sabia que ela tinha uma queda, por esse garoto.

Despedi de minha irmã e fui em direção ao ponto de táxi, que era uma quadra depois da faculdade.

Antes de chegar ao ponto, me deparei com uma lojinha, onde havia muitas peças de artesanatos. Atiçou minha curiosidade e decidir entrar.

Ao colocar os pés, onde havia um tapete escrito Welcome, um sino tocou, anunciando minha chegada. Uma mulher com um lenço na cabeça, que muito me lembrava Violett, saiu de trás do balcão e me olhou surpresa e com uma pontinha de desconfiança.

Ofereceu-me ajuda. Mas respondi que estava apenas olhando, ela sorriu e foi arrumar uma prateleira, com livros empoeirados, que eu jurava que fossem de outros séculos, de tanta poeira.

Olhando uma prateleira, algo me chamou atenção.

Um pingente, com um lobo de madeira, estava escondido no meio de outras bugigangas. Peguei aquele pingente, e senti o mesmo arrepio que senti na faculdade. Virei-me pra colocar no lugar que achei, mas, a mulher da loja, estava atrás de mim, com um olhar preocupado e... Emocionado?

Com o susto, dei dois passos para trás, e vi que estava encurralada pela mulher e pela parede.

–Er... Desculpe-me, eu só estava olhando e... – A mulher me interrompeu e pediu que a seguisse, para um cômodo que não tinha percebido que havia ali.

Com certo receio, segui-a. O cômodo era pequeno, mas aconchegante. Havia uma mesa, com duas cadeiras, e no meio havia uma bola de cristal.

Fiz um esforço para não rir. Sério, que aquela mulher era uma cigana? Sem me conter, dei uma risada, e a mulher me olhou sem entender. Sussurrei um desculpe e fiquei esperando, ela me explicar, o porquê de tudo aquilo.

Ela fez menção de sentar, mas então olhou pra minha mão, que ainda estava com o pingente. Olhei pra minha mão e sorri sem graça, e ela acenou pra que eu sentasse então se sentou a minha frente.

Analisando-me por certo tempo, ela então me falou algo que me deu medo.

–Você foi escolhida.– Me assustei, de como suas palavras, me afetou de certo modo.

–Escolhida? Como? Quem é você? – Me levantei pronta pra ir embora, quando ela me falou algo, que fez meu sangue gelar.