– Sabe, não tem muitas coisas aqui pra vocês conhecerem. – Disse Stive

– Como assim? Esse lugar é enorme. – Betty protestou

– Sim, é grande. Mas não é permitido ir à maioria desses lugares.

– Por quê? – Selena perguntou

– Porque não é permitido. – os gêmeos disseram em coro

– Disso eu já sei. Eu quero saber o motivo de não ser permitido.

– Nós não sabemos.

– E ali é permitido? – a morena apontou para o que parecia ser um bar

– Sim. – o moreno respondeu

– Então vamos.

Os seis jovens andaram em direção aquele lugar, as garotas foram até o bar pegar as bebidas dos rapazes enquanto esses procuravam uma mesa.

– Hey, vou ver uma coisa. Já volto. – Selena avisou deixando a amiga sozinha com o bar man.

A loira fez os pedidos e ficou esperando, de repente apareceu um homem ao seu lado.

– Oi. – cumprimentou aquele ser que mais parecia um monstro

– Oi... –disse receosa

– Vem sempre aqui?

– Não.

– Hum... então nos conhecemos de outro lugar?

– Não.

– Está me dando um gelo?

– Não.

– Então converse direito comigo. – o homem a segurou pelos pulsos

– Me solta, eu vou gritar.

– Pode gritar, eu sou o Rocha. Ninguém se atreve a me desafiar.

– Eu te juro que se não me soltar nesse exato momento eu irei gritar, bem alto.

– Se gritar eu te mato.

– Você por acaso é louco?

– Muitas pessoas dizem isso... agora me dê um beijo. – aquela muralha começou a puxar Betty para mais perto de si

– Para com isso! – a garota tentava se esquivar

Foi então que um grande estrondo pode ser ouvido, o homem caiu desacordado no chão, e atrás de si surgiu Selena com uma cadeira na mão:

– Esse cara é chato, não calava a boca... – todas as pessoas presentes no bar encaravam a morena assustados, inclusive melhor amiga

– Sel! O que você fez?!

Atraídos pelo barulho, Stive, Leo, Isaak e Filipe apareceram buscando pelas duas amigas

– Céus! O que ouve aqui? – perguntou o gêmeo mais novo ao ver a cadeira na mão da garota e o homem desacordado

– A Sel... acho que ela matou o homem!

– Chefe! – outros homens como Rocha apareceram – Maldita.

– Cuidado com o que fala. – Leo entrou na frente da garota, embora tenha ficado surpresa Selena continuou com a mesma expressão

– Não se meta, isso não te envolve. – o capanga disse

– Cara, nós não queremos encrenca. – Stive disse – Mas se encostar em uma dessas garotas terá sérios problemas.

Os meninos se puseram a frente das duas garotas, as duas não viram o motivo, mas os brutamontes recuaram dois passos e Selena continuava indiferente e de olhos fechados.

– Vamos para outro lugar. – Isaak sorriu e puxou a morena pelo braço e foram seguidos pelos de mais

– Sel, o que você tem na cabeça? – Betty perguntou

– Cabelo.

– Por que ela está de mau-humor? – Stive disse bem perto do ouvido da loira a fazendo corar

– V-v-vocês n-n-não d-d-deixaram e-e-ela ma-ma-matar. – a loira gaguejou fazendo o rapaz rir abertamente

– Virou gaga de repente?

– Não!

– Calma, eu não mordo não.

Quando Stive disse isso, seus amigos lhe olharam por um instante e depois voltaram a caminhar.

– Onde iremos agora? – Selena perguntou já sorridente

– Onde quer ir florzinha? – o gêmeo mais novo perguntou

– Eu não sei o que tem de bom por aqui aí fica meio difícil escolher onde eu quero ir...

– Vamos levar elas até a fronteira. – sugeriu Filipe

– É muito perigoso. – Leo repreendeu

– Perigoso? – um brilho surgiu nos olhos de Selena

– É, a gente vai ter que ir. – Betty disse

– Por quê? – o loirinho perguntou

– Ela vai querer ir. – a moça apontou para a melhor amiga

– Nem se estivéssemos doidos. – Stive protestou

– Eu levo ela, não quero arriscar e deixar ela brava. – o loiro começou a andar em direção ao lugar onde ele queria mostrar

Selena o seguiu, Betty correu atrás da amiga, os gêmeos seguiram as duas e por ultimo Stive.

– Ninguém nunca me ouve... – resmungou o jovem

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Depois de caminharem por um tempo, os seis adolescentes pararam em frente a uma floresta macabra.

– Acho melhor não irmos mais adiante. – Stive disse

– Por quê? – a roqueira perguntou desapontada

– Vocês podem se machucar...

– E a Betty dormiu. – o gêmeo mais velho levava a loirinha nas costas

– Runf! Então vamos voltar, deixa que eu levo a Betty. – a loirinha foi posta nas costas da amiga e os jovens começaram a caminhar de volta para a casa dos garotos

“Isso tá muito estranho, a Betty não costuma dormir antes da meia-noite, e também ela tem sono muito leve... nem se mexeu quando colocaram ela nas minhas costas.” A morena ficou o caminho de volta inteiro pensando na amiga, em Leo, nos tios, em Leo, na origem da vida, em Leo...

– Selena! – Stive gritou

– Hum? Oi?

– Aleluia, já chegamos...

– Ah, boa noite. – a garota pôs-se a subir as escadas ainda com a amiga nas costas

– Sel... – a loira disse sonolenta

– Hum..?

– O que houve?

– Você dormiu.

– Como assim?

– Você dormiu.

– Eu não tava com sono.

– Mas mesmo assim dormiu.

– Desculpe.

– Não tem motivo para se desculpar boba.

– Eu estraguei seu passeio.

– Ah! Sem problemas, temos o dia todo amanhã.

– Você é a melhor.

– Eu sei que sou. – as duas entraram então no quarto, se trocaram e foram dormir.

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Longe daquela casa, em meio as trevas da floresta negra dois olhos cor de fogo se abriram chamando a atenção de qualquer ser que passasse por ali. Uma voz completamente aguda e irritante disse:

– Então quer dizer que vocês finalmente apareceram não é meninas?

A fala foi seguida por uma risada diabólica bem alta.

– Com quem você está falando? – uma voz masculina ditou

– Eu? Com ninguém.

– Então fala sozinha agora?

– Não.

– E por qual motivo ria agorinha pouco?

– As pessoas pelas quais esperávamos, elas finalmente chegaram.

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No quarto da mansão de Stive e Leo, Selena e Betty dormiam calmamente em uma cama e o brilho da lua iluminava parcialmente o quarto das duas.

Continua...