Uma Escolha escrita por Cecília Calix Screave


Capítulo 25
Passado, presente ou futuro?


Notas iniciais do capítulo

Hey aqui vai um pouco da historia da Mary, depois mais a frente terá a história da Anne e por fim as resoluções.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/484824/chapter/25

Capítulo 24

Quando eu acordei Maxon ainda estava ao meu lado.

– Oi meu amor, como passou a noite? - ele me perguntou com um sorriso no rosto.-

– Oie Max , a minha noite foi maravilhosa com você ao meu lado. Não tive sequer um pesadelo. Dormi como um bebê. Acho que me sinto mais protegida com você ao meu lado. – eu disse-

– Logo, logo poderemos ficar juntos assim todas as noites. Quando ficarmos oficialmente noivos, você irá para um quarto ao lado do meu. E depois quando nos casarmos, acho que nem precisaremos de outros quartos... – ele disse sorrindo maliciosamente-

– Max! – reeprendi ele e dei um tapa em seu peito nú. Que por sinal, nem havia notado mas passamos a noite toda abraçados. Não sei como ou quando ele tirou a blusa. Enrubeci, já havia muitas vezes visto ele sem camisa, mas nunca senti algo como agora. Cada célula do meu corpo desejava ele. Eu queria congelar aquele momento e ficar em seus braços para sempre.

– Meri? Você me ouviu? – Max perguntou-

– Hahãn... – eu disse ainda absorta em meus pensamentos-

– O que você acha de começar a decorar o quarto? Antes que termine a seleção. Pois assim, logo que você for oficialmente escolhida já estará tudo pronto. Eu tomarei providencias para que façam tudo o que você desejar em tempo recorde. – Max disse-

– Eu acho maravilhoso! Mas e se as outras meninas Kriss e Elise descobrirem? O que elas vão pensar? Acho melhor deixar para depois da decisão oficial. Pois ainda estamos na competição. Tecnicamente ainda não houve a escolha. – eu disse-

– Tudo bem como desejar me amor- ele disse e selou seus lábios com os meus.- Agora tenho que ir, antes que suas criadas apareçam e pensem que fizemos algo, além de dormir abraçados. Fora que não posso dormir no quarto de vocês. –

– Eu entendo... mas me promete uma coisa Max? – perguntei-

– Sim amor, tudo o que você quiser- ele disse se levantando, pegando sua camisa e sapatos e vestindo-os.-

– Me promete que você vai se cuidar, não quero que se machuque. E você já deve imaginar a raiva que seu pai esta de você não é mesmo? – eu disse-

– Não se preocupe Meri, eu sei me cuidar. Não sou mais um garotinho. – ele disse me deu mais um beijo e saiu.-

Alguns minutos depois Anne, Mary e Lucy chegaram.

– Bom dia senhorita! – elas falaram em uníssono-

– Bom dia meninas. – eu disse, com um sorriso bobo no rosto.-

– Pelo visto a noite de vocês foi muito boa – disse Lucy-

– Lucy!- repreenderam Anne e Mary-

– Como vocês...? – perguntei-

– Háh sabemos de muitas coisas...- disse Lucy, em meio a risinhos-

– Peço que sejam discretas meninas.- eu falei-

– Mas é claro senhorita America- disse Anne-

–America, posso falar com você? – disse Mary-

– Sim, mas é claro.- eu disse. Logo após Anne foi preparar meu banho e Lucy pegar meu vestido, me deixando a sós com Mary.

– Então Meri, queria te dar um conselho de amiga. Me permite? – disse Mary-

– Sim, Mary. – eu disse-

– Então... eu sei que você e o príncipe Maxon estão muito apaixonados...- ela disse-

– Sim... prossiga- eu disse-

– Pois sim, então... eu sei que o próximo passo agora que já estão noivos e esta sexta oficializarão, será o casamento. Criando assim um elo de mais intimidade entre vocês. – ela disse-

– Sim...- eu disse

– Então... o que eu quero dizer é : Não apresse as coisas. Va com calma. Pois a melhor coisa na vida é fazer as coisas direito, você não se arrependerá se o fizer. Entende o que desejo dizer? – ela perguntou-

– Sim, Mary agradeço sua preocupação. Mas Mary...se eu te perguntar algo... você jura que não ficaria com raiva? – eu perguntei-

– Você sabe que eu gosto de você como uma irmã ate mesmo uma... – ela disse-

– Uma?- eu instiguei. Haviam tantas coisas no passado da Mary que pareciam um quebra cabeça mal resolvido. Ela nunca dizia nada sobre sua vida antes, da seleção. –

– Você disse que queria me perguntar algo... fale o que é? – ela disse-

– Mary...parece que você já amou muito um homem... mas vocês não ficaram juntos. Como você me disse uma vez...- eu disse, não consegui terminar a frase pois, antes de termina-la eu vi meu erro. Mary chorava compulsivamente. - Hoh, Mary me perdoe, fui uma completa idiota ao perguntar isto.- eu disse e a abracei-

Depois de alguns minutos chorando ela disse:

– Não, não tudo bem Meri. Eu quero contar isto a você. - Fiquei parada esperando até que ela se sentisse confortável para me falar-

– Acontece que... quando eu tinha 16 anos eu me apaixonei a primeira vez. O nome dele era John, ele era um jovem muito bonito. Ele era da casta 3, ele era escritor. Nos conhecemos um dia quando eu fui com minhas irmãs mais velhas limpar, a casa dele. Ele foi muito gentil comigo. Me tratou muito bem, como eu nunca fui tratada por um homem. Essa era a minha primeira vez para tudo, eu estava descobrindo o amor. Ele não ele já havia tido outras experiências românticas. Mas, nunca tivera amor. Então começamos um relacionamento as escondidas, por que sua família não me aceitaria, nem mesmo como sua amante. Passado um certo tempo, começamos a aprofundar nosso relacionamento, e então aconteceu. Eu me entreguei de corpo, e alma para ele. Foi a minha primeira vez, e a dele também. Nos mantínhamos nosso relacionamento em segredo. Mas por obra do destino, eu acabei ficando gravida. Eu fui toda alegre contar a ele, pois eu ainda era muito ingênua, quando cheguei em sua casa, era ainda de manhã muito cedo. E eu faria trabalhos domésticos, em sua casa. Então subi ao seu quarto, como eu sempre fazia. Mas desta vez ele não estava sozinho. Ele estava acompanhado por uma mulher, muito bonita. Logo que me viu ele, tentou correr atrás de mim. Mas eu estava irredutível. Eu corria e desci as escadas, com muita pressa. Por causa das lagrimas que teimavam a vir aos meus olhos, eu tropecei e caí ao chão. Foi a pior coisa que poderia ter acontecido. Ele me alcançou, e chamou um medico, seu amigo para me examinar. Sua “ amiga” achou desnecessária sua ação. Mas, o ajudou a me carregar até o quarto de hospedes. Eu sentia muitas dores. Era tudo muito forte. Quando o medico chegou, e me examinou. Deu a noticia a ele, de que eu estava gravida de três meses, e que deveria ficar em repouso, e que minha gravidez era de risco. Eu chorava compulsivamente, mas ele me acalmou. E disse que ficaria tudo bem. Me pediu desculpas e me explicou, que aquela mulher havia sido enviada, com o proposito de seduzi-lo. Ele logo a pediu que se retirasse e que nunca mais voltasse. Eu ainda assim duvidei dele, mas ela confirmou sua história e disse que havia colocado algo em sua bebida para que ele dormisse. Mas que nada havia acontecido. Depois de muita reluta de minha parte, eu acreditei nela. Depois disto, ele me pediu em casamento, ele sabia que em Illéa nunca seriamos aceitos, e que se descobrissem o que fizemos teríamos pena de morte. Mas então veio sua ideia de fuga, nos iriamos para o Brasil. Pois lá não haviam castas, e poderíamos nos casar facilmente. Passaram-se alguns meses, até que eu tive alta, o médico permitiu minha viajem, eu falara para ele que viajaria, para o interior ficar com alguns parentes, enquanto meu bebe não nascia. Ele me fez prometer que eu deixaria meu filho ou filha em um orfanato. Mas eu prometi ceticamente, eu sabia o que era crescer sem família. Como eu disse a você eu tinha irmãos, mas estes irmãos eram de uma família que havia me adotado, pois meus verdadeiros pais morreram quando eu era bem pequena. Eu não tinha ninguém por mim. No dia do combinado eu não fui, por pura covardia. Eu fugi da minha felicidade. Preferi ficar resguardada no interior, fui para o orfanato onde havia sido criada, e fiquei por lá. Quando retornei a Illéa uns três meses depois eu descobri que ele havia se casado. Um dia quando eu estava fazendo minha faxina, senti uma forte dor, acompanhada de um sangramento. Que só notei depois quando eu fui para o hospital após meu expediente, mas era tarde demais. Meu bebe havia morrido. A Única lembrança que eu tinha do nosso amor morreu. Fiquei inconsolável, nada me dava alegria novamente, parecia que meu mundo havia desmoronado. Foi então que houve a chance de vir para o castelo. Haviam vagas para domesticas em tempo regular. Eu aceitei, desde então nunca mais saí. Estou aqui a seis anos, quando veio a oportunidade da seleção, falei com a criada superior a mim. Minha supervisora, que eu gostaria de trabalhar com as selecionadas, foi durante o tempo de preparação que tivemos que eu conheci Anne e Lucy. Elas são minha família desde então. – ela disse-

– Eu sinto muito Mary, não imaginava que havia sido tudo tão difícil. Agora eu entendo por que você é tão reservada. Você nunca mas o viu? Nunca soube mais nada sobre ele?- perguntei-

– Soube... depois de um tempo, soube que ele teve filhos com a mulher que ele se casou. E soube também que sua esposa morreu, dois anos depois do nascimento de seu filho caçula, que tem 3 anos de idade agora. – ela disse-

– Mary, você ainda o ama? – perguntei-

– Sim, America com todas as forças do meu ser.- ela disse-

– E por que depois que sua esposa morreu vocês não ficaram juntos? – perguntei-

– Por que as leis de Illéa não são assim, e ele não quer perder a guarda dos seus filhos.- ela disse-

– Entendo, estas castas sempre complicam a vida dos outros. Agora eu entendo por que você me disse para lutar pelo Max, e também para ir devagar com o andor.- eu disse-

– Sim é exatamente por isto. Agora vamos já perdemos trinta minutos de conversa, você tem que ficar pronta logo. – ela disse-

Quando chegamos no banheiro Anne e Lucy já estavam a nossa espera. Nem vira a hora que Lucy retornou-

–Até que enfim! -Bufou Anne-

Tomei meu banho rapidamente pois hoje teria pouco tempo para tomar café. Depois do café passaria o resto do dia no salão das mulheres, preparando as coisas para os eventos da semana. Haveria a ultima eliminação, a montagem do projeto de noivado das finalistas. E também organizaríamos tudo para o natal que seria na próxima semana. Este mês passou tão rapidamente, que nem percebi.

Quando sai do banho, me sentei em minha penteadeira, Anne fazia cachos nas pontas dos meus cabelos. Não teríamos tempo para muita coisa. Mary fazia minha maquiagem que era de tons sóbrios e claros nos olhos e tons quentes na boca.

Depois de pronta eu coloquei minha correntinha que Maxon me dera, no dia em que me pediu em casamento intimamente. Coloquei a letra S, que era minha preferida, coloquei também um par de brincos bem pequenos. E fui ao encontro de Lucy que já estava com meu vestido pronto. Vesti-lo ele era rosa retrô, com decote “V”. Longo e fluído.

Agradeci as meninas e desci as escadas, o café da manha ocorreu normal, mas um pouco silêncioso. Quem diria que trinta e três garotas fariam tanta falta, até mesmo Celeste fazia. Aquele lugar estava muito triste, a rainha estava a dias sem descer para tomar seu café matinal. Ela não aparecia hora alguma desde o dia que descobrira o que o rei fazia com seu filho. O rei como sempre estava nem se importando com nada, e Maxon estava com semblante cansado, de vez em quando ele olhava de esguelha para mim e sorria timidamente. Que logo eu retribuía. Logo após o café fomos para o salão das mulheres, fiquei surpresa quando finalmente vi a rainha Ambelly. Logo que a vi fui a seu encontro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

hey espero que dê para ler



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uma Escolha" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.