My Fault escrita por kinukos


Capítulo 1
The Letter


Notas iniciais do capítulo

Olá lindas, eu apenas estava pensando em uma one-shot e acabei fazendo isso. Espero que meu drama seja bom, porque eu acho que não tá muito bom não. Enfim, espero que gostem!



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Para: Regina Mills, Rua 11, Storybrooke

De: David Nolan, nenhuma residência fixa.

Querida Regina,

A culpa foi minha. Eu devia ter reconhecido isso antes. Foi tolice minha. Ou eu era o ‘tolo’ propriamente dito? Não importa. Eu... Eu nem sei porque estou fazendo esta carta. Faz, que me lembre, cinco anos que não vejo você. Cinco anos, sete meses e dois dias, para ser exato. Eu contei. Contei cada dia. Eu tenho um calendário em minha mesa, e eu fui riscando cada dia, uma vez que você havia me deixado. Quero dizer... Eu costumava a ter um calendário. Eu tinha muita coisa, mas tive de vender tudo. Mas isso não é importante agora.

Gina, você sempre me dizia as coisas certas para eu ter pensamentos certos – você sempre esteve lá pra mim quando eu precisava. Mas eu me lembro daquela vez na Universidade em que eu tentei fazer uma prova oral para você. Você nunca foi boa em Matemática. Lembra-se? Não, provavelmente não.

Eu entendo, de verdade. Quer dizer, eu não fui um cara bom. Eu entendo porque você me deixou. Você teve todo direito de fazer isso, já que eu passe uma noite com Mary. Eu não sei, eu acho que você era feliz em meu apartamento aqui em Boston. Lembro-me de você tocando piano todas as noites – apenas para nós dois.

Eu não sou muito crente, você sabe disso. Se lembra daquele clube que você disse para eu não frequentar? Ele acabou. As chamas o levaram embora em meio á um incêndio. E você se lembra do forno que você me disse para eu ficar longe? Foi aquele maldito forno. Quem diria que uma faísca poderia fazer aquela tamanha arruinação?

Viver nas ruas é meio divertido, sabe? Até um pouco romântico. Lembra-se da ponte, onde eu lhe mostrei o quanto o céu noturno podia ser? Você me disse que nunca tinha visto aquilo. Foi lindo. Muito, muito bonito. Eu vivo sob esta ponte agora, e toda noite olho para o céu e vejo como ele é lindo, como fizemos naquela época. Mas agora não tenho ninguém para compartilhar o momento.

Emma e Jones. Obrigada por fazer eu conhecer eles. Os dois são muito gentis comigo, Jones até me traz um copo de rum cada mês ou algo assim. Essas pessoas... Obrigada por me apresentar á elas.

Eu tentei encontrar um emprego, honestamente. Mas estes caras não me querem mais, não depois do que eu fiz á eles, mas eu não posso culpá-los, pois estão todos certos.

Eu sei que você, uma pianista, vai indo muito bem. Eu li a seção Celebridades do jornal. Uma celebridade, é isso que você é afinal. Isso é o que você queria não é? Espero que sim. Fama e fortuna.

Mas eu estou apenas divagando não é? Você nem quer saber mais de mim, nem deve ter tempo para ler toda esta carta.

Eu não deveria ter gritado com você. Eu não queria ter falado tudo aquilo para você. E onde estamos agora? Eu acho que você não deve ter nem mesmo orgulho de me chamar de amigo. Porque eu não sou. Somos como lados opostos do lago agora, e a ponte foi destruída á muito tempo.

Ás vezes penso em nós. Esses pensamentos assombrados vêm em minha mente e nunca mais me deixam. Lembro-me de tudo, Gina.

O dia em que nos conhecemos naquela lanchonete, quando éramos adolescentes. Me lembro que você me defendia de todos aqueles caras que me punham apelidos, você sempre foi meio... ‘moleca’. O colégio. Eu me lembro que eu fiquei bêbado e acabamos nos perdendo. Você chorou e eu te beijei.

Depois disso, nós não conversamos sobre aquilo. Acabamos se formando e, quando você precisou de um lugar para ficar, veio aqui comigo para meu apartamento em Boston.

Aí eu comecei a dar pequenas sugestões do que eu sentia por você. Me lembro que você saiu do banho, com uma camisola simples, cheirando a lavanda. Esse cheiro, eu me lembro dele...

Mas, depois de tudo, depois de te beijar, tentar mostrar meus sentimentos e acabarmos juntos. E agora, nos separarmos, provavelmente, para sempre. Eu digo agora, algo que nunca tive coragem de dizer, pelo menos não com as quatro palavras, enfim:

Eu te amo Regina.

Mesmo que eu tente esquecer, eu não consigo. Eu me lembro de seu cheiro, seus olhos, seu sorriso... Me lembro de cada minuto que passamos juntos. Mas depois daquela noite que passei com Mary, bêbado, foi como quebrar nosso relacionamento e o mais importante: nossa amizade.

Eu lembro-me de ter lhe dado um colar com um coração nele, antes de nosso beijo, e nele estava escrito R+D. Regina e David. Melhores Amigos Para Sempre. Acho que você já deve até ter jogado ele fora, pois, não importa, isso está tudo em um passado. Coisas do passado são velhas e dizem que elas atrapalham seu futuro.

Mas tudo isso não importa muito mais, eu contrai uma doença. Logo estarei morto, e morrerei infeliz, sem alguém que eu amo por perto. Mas eu realmente não tinha razão nenhuma para continuar a viver, sem você em minha vida.

Agora que estou terminando, vejo que não deveria ter escrito esta carta. Ela não faz sentido. O passado não faz sentido. O nosso passado. Nossa história.

Sinto muito, Regina. Eu te amo. Eu sempre vou te amar.

- David.

Ao terminar de ler a carta novamente, Regina suspirou, sorrindo tristemente para lápide cinza.

— Por que você não me disse que estava doente David? — Ela se aproximou do túmulo — Eu poderia ter te perdoado, te ajudado. Eu já te disse que te amo? — Disse ela com lágrimas nos olhos.

A lápide não respondeu.

— Eu acho que nunca vou saber — Ela suspirou e olhou para o alto, sabendo que ele estava em algum lugar distante bem lá — Mesma hora no próximo domingo?

Não recebendo a resposta, Regina permaneceu observando o túmulo de David. Seu melhor amigo. Seu namorado. Era o mínimo que ela podia fazer quando descobriu que seu cavaleiro com armadura brilhante estava morto. Ela afastou-se, com uma única lágrima rolando em seu rosto, perdendo seu rastro na pele da morena já molhada.


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Notas finais do capítulo

Muito bem, eu estava pensando em uma nova história Evil Charming. Deixe-me saber o que você pensa. Abraços!



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