Impossível de esquecer escrita por Stéphanie Cribb


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Desculpem não ter postado o capítulo dois ontem, galera, mas aqui está e espero que vocês apreciem.
Acho que ficou um pouco grande, mas também ach oque sou paranóica com o tamanho dos capítulos. Deve ser porque me dão preguiça de ler...
Enfim, tenham uma boa leitura (:



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Cerca de cinco minutos e o New Directions já estava de volta ao hotel. Sim, era um hotel perto do centro comercial e perto do auditório onde eles iriam se apresentar.

O professor William Schuester ouviu diversas reclamações – vindo principalmente de Tina, Unique e Kitty. Elas queriam voltar para a rua, queriam conhecer as praias, queriam gastar nos shoppings... foram repreendidas por um severo ‘não’ e uma ordem para ensaiar os vocais das músicas que eles cantariam dali a dois dias.

– Hm... Senhor Schue... – Sam o chamara. Eles haviam acabado de voltar e ainda estavam no hall da recepção.

– Ah, oi Sam. Diga. – Ele se virou e deixou Tina, Unique e Kitty discutirem alguma coisa irrelevante entre si.

– Eu estava pensando... Será que eu posso sair por alguns instantes ? – Ele perguntou sem jeito enquanto mexia as mãos e tentava não encarar o professor.

– Sam, nós acabamos de voltar. As meninas também me pediram para sair, mas... Eu não posso deixar. Temos uma competição para vencer daqui há dois dias. – Lamentou e o viu concordar de cabeça baixa. – Por que tanta urgência ? – Perguntou curioso.

– Dizem que o Starbucks tem um frapuccino melhor do que o Lima Bean. – Disse ainda agoniado. Senhor Schue riu.

– Ah, qual é, Sam ?! O Starbucks não sairá do lugar. – O professor sorriu.

– Senhor Schue ? Que tal se eu for com ele ? – Blaine interviu e o professor não pareceu gostar da idéia. Olhou bem o rosto dos dois e depois desviou o olhar para o pequeno tumulto que seus outros alunos faziam ali.

– Tudo bem. – Disse sem pensar duas vezes. – Por favor, não demorem e não deixem os outros saberem que eu os deixei ir. – Suplicou e obteve um par de sorrisos agradecidos.

Os amigos andaram até a porta principal.

– Cara, obrigada pela ajuda, mas você não precisa ir comigo. – Sam pôs a mão no ombro e Blaine e lhe disse sinceramente.

– Eu sei. – Ele riu. – Eu não pensava mesmo em ir... Você tem muito o que conversar com Mercedes.

– O quê ? – Ele se fez de desentendido. – Do que você está falando ?

– Não seja tonto, Sam. Eu sei que você vai lá fora para procurá-la. – Sam abriu a boca mas não conseguia dizer nada. Queria negar aquilo, mas Blaine estava totalmente certo. – Ei, fique tranqüilo. Eu não estou te julgando. – Também pousou sua mão no ombro do amigo. – E não contarei a ninguém. – Sussurrou e sorriu.

– Obrigada ! – Sam disse sorrindo e transparecendo alívio.

O abraçou e saiu, quase que correndo, do hotel.

Ele poderia fazer aquele caminho andando sem problemas. Era rápido. Se de ônibus eles gastaram cinco minutos, à pé deveriam ser cerca de dez. E assim foi. Dez minutos andando extremamente rápido e ele estava em frente à loja. Olhou o letreiro para ter certeza de que era a loja na qual Mercedes havia entrado. Secou o suor acumulado em sua testa, abanou a camiseta fazendo com que ela desgrudasse de seu corpo e respirou fundo. Abriu a porta e entrou.

A loja não estava muito cheia e ele viu poucos homens ali. Na verdade, eles deveriam ser o gerente e alguns vendedores. Correu seu olhar um pouco e só avistou mulheres. Respirou fundo mais uma vez e pôs-se a andar.

– Só tamanho pequeno ? Não é possível ! Como uma marca deste porte vai ter apenas o tamanho pequeno de um vestido ? – A voz era feminina e soava em um tom aborrecido e autoritário. Quase gritava. – Faça o que for preciso ! Ligue para outra franquia, ligue para a fábrica, mas traga o meu tamanho ! – A mulher empurrou o tecido vermelho contra o peito do vendedor que saiu constrangido. Ela bufou e pôs-sê a procurar outras peças. – Eu deveria sair e ir comprar em outra loja. – Ela reclamou para si mesma.

– Hm... Mercedes ? – Era ela. Ele sabia que era ela desde a primeira palavra que saíra de sua boca. Só ela tinha aquele tom de voz quando estava irritada: doce, mas ao mesmo tempo intimidador.

Ela virou prontamente. Estava irritada e pronta para reclamar, por isso nem se deu ao trabalho de reconhecer ou não aquela voz, mas perdeu a pose ao ver quem estava parado a sua frente. ‘Sam Evans ? Oh, meu Deus !’

– Sam ? – Seus olhos triplicaram de tamanho e suas sobrancelhas foram franzidas. Ele ainda não havia sorrido. Estava com medo, estava preocupado. E se Mercedes não quisesse lhe ver ? E se não quisesse conversar ? Bom, todos esses pensamentos foram interrompidos quando ela deu um passo à frente. – O que faz aqui ? – Perguntou confusa e piscou.

– Não está feliz em me ver ? – Controlou a falha que tentava passar por cima de sua voz. Ele estava nervoso, ela percebeu isso. Seus olhos estavam cheios d’água e suas bochechas vermelhas. Ela também estava nervosa, mas tentou sorrir para não transparecer. O abraçou de forma doce a apertada. Sam inspirou fundo e, por um momento, viajou com o perfume que ela exalava.

– Claro que sim ! – Lhe sorriu fraco depois de se desvencilhar do abraço. Ainda estava nervosa. – Só estou... surpresa.

– Nós viemos para as Nacionais. – Ele revelou, por fim, o motivo de estar na cidade. Será que ela havia se esquecido das Nacionais ? Será que ela ao menos sabia ?

– Oh... É verdade. Eu havia me esquecido das nacionais. – Ela mexeu no cabelo. – Estou tão ansiosa para ver os outros. – Disse antes de encará-lo, e quando o fez, se deparou com um olhar doce e mareado. Sam sorria sem mostrar os dentes e parecia não prestar atenção no que ela falava.

Naquele momento, um pequeno silêncio se instalou entre eles. Nem os ruídos na loja atrapalharam aquela conexão. Mercedes deixou seu olhar perdido nos olhos verdes de Sam e, involuntariamente, abriu um sorriso tímido e gentil.

– Senhora ? – Era o vendedor que a atendera. Ele surgira por trás da moça com o vestido, agora no tamanho certo, nas mãos. Mercedes pareceu não despertar do transe até que Sam apontou por cima de seus ombros.

– Ah... – Ela se virou. – É senhorita. – O corrigiu. – E não é mais necessário. – Se referiu ao vestido. - Muito obrigada. – Ela sorriu para o atendente que, assim como Sam, não entendeu aquela atitude calma.

Mercedes andou. Passou por Sam e pegou sua mão. O arrastou até o lado de fora da loja e, ainda sorrindo, o olhou.

– Onde estão os outros ? – Ela mexeu um pouco sua cabeça e procurou até onde sua vista alcançava.

– Hm... No hotel.

– Eu achei que eles tivessem..

– Oh, não... Eu vim sozinho. – Tentou parecer natural. – Bem, nós estávamos todos por aqui há um tempo atrás. Te vimos caminhando por aqui.

– Sério ? – Ela sorriu incrédula. – Por que não me chamaram ?

– Nós chamamos. – Disse ainda tentando disfarçar o nervosismo. – Mas você não ouviu...

– E que desculpa você deu ao Senhor Schue para sair do hotel ? – Ela riu sugestiva enquanto cruzava seus braços sobre o peito. – Ele nunca nos deixava sair em véspera de competição.

– Starbucks. Dizem que ele é melhor que o Lima Bean. – Disse enquanto seu olhar vagava. Ela deixou as sobrancelhas levantarem e riu. – E, bom, Blaine me deu uma forcinha...

– Bem... Já que estamos aqui... – Ela se aproximou e o puxou pela mão. – Acho que posso te provar o quão melhor é o café daqui. – Andou no sentido oposto ao inicial e disse ao motorista que desse uma volta.

Eles entraram no café e se dirigiram até o balcão. Mercedes pediu uma água e sugeriu um Mocka Latte para o amigo. Esperaram o pedido em silêncio e, depois de pegarem suas bebidas, foram sentar.

– Você irá nos ver, não irá ? – Ele perguntou esperançoso. Parecia uma criança. Ela lhe sorriu ignorando a pergunta. Admirar sua pueril face era muito mais agradável naquele momento. Ele deu uma golada rápida na bebida enquanto analisava o rosto da morena.

– Oh... – Ela então reparou que lhe devia uma resposta. – Sim. – Gaguejou. Não estava certa daquilo. Havia esquecido completamente das Nacionais. Precisava checar sua agenda. – É claro que vou. – Sorriu satisfeita com sua tentativa de esconder o pequeno nervosismo.

– Legal. – Ainda estava como uma criança e lhe sorria satisfeito agora. – Wow ! Este café é realmente melhor do que o que temos em Lima... – Ele disse voltando a atenção para seu copo. Mercedes riu.

– Deixe-me... – Ela inclinou seu corpo sobre a mesa e esticou o braço. Com o polegar, limpou o pequeno – quase insignificante - bigode de chocolate que se formara acima dos lábios superiores de Sam.

Ele não percebeu, prontamente, o que ela fazia, mas ao sentir o toque suave e calmo daquela pele sobre seus lábios, resolveu fechar os olhos. O lugar, agora, parecia estar vazio e aquela sensação era... Maravilhosa !

Talvez a intenção de Mercedes fosse, inocente e verdadeiramente, limpar os lábios de Sam. Ela não pensou muito ao inclinar seu corpo, mas quando sentiu aquela pequena carne macia sob deu dedo, arrependeu-se deliciosamente daquilo. Não era uma boa ideia eles dois juntos novamente, mas ela gostava de pensar e fantasiar sobre aquilo.

Sam, ainda de olhos fechados, inclinou o rosto levemente e pressionou seus lábios contra aquele pequeno toque. Ela poderia ter se afastado, mas não o fez. Suspirou. Por fim ele abriu os olhos, e quando ela se deu conta de como o rapaz a encarava, sentiu suas bochechas queimarem e se afastou como em um susto. Eles sustentaram um olhar sugestivo e constrangedor ao mesmo tempo.

– Obrigada. – Ele disse devagar e sorriu para, depois, dar outra golada no café. Ela sorriu tentando transparecer normalidade e se recostou na cadeira.

Seguiram o resto dos minutos em silêncio.

– Anh... Eu acho que preciso ir. – Ambos já estavam fora da loja e andavam, em silêncio, pela calçada. Mercedes o olhou.

– Sim. – Tentou não mostrar muito sentimento. – Não quero que se meta em problemas por mim...

– Oh... Está tudo bem. – Lhe sorriu ao pôr as mãos dentro dos bolsos de seu jeans. – Acho que... – Ambos estavam sem graça. Não sabiam o que fazer ou dizer na hora da despedida. – Adeus ? – Franziu o cenho. Ela riu.

– Até mais. – Ela sorriu ao notar seu desconforto e se aproximou o puxando para um abraço.

Sam inspirou fundo. Queria dormir, àquela noite, com o perfume dela em seus sonhos. E depois disso, se separaram. Ela lhe esfregou o braço enquanto sorria e resolveu andar. Deixou Sam parado bem onde estava e caminhou até o ponto onde seu motorista estacionava o carro. Bem na hora.

Por um momento ela sentiu falta daquele Sam. Aquele de três anos atrás, que não desistiria de lutar até tê-la de volta. Agora ele parecia... Inseguro. Bom, ela não podia exigir muito, ele era só um garoto do último ano do ensino médio. Mas havia mudado muito em um ano e meio... E talvez isso não fosse um problema, ela também não se reconhecia mais. E isso já fazia tempo.

*


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Notas finais do capítulo

Por enquanto é isso, gente. Não esqueçam de comentar. Me deixem saber o que vocês estão achando da história e se o capítulo ficou muito grande, ok ?!
Besos :*