El juego del destino escrita por Liz


Capítulo 8
Capítulo 8 - Apaixonada?


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado especialmente para as meninas que estão lendo e comentando, a opinião de vocês faz toda a diferença!

Boa leitura!



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Carlos Daniel narrando:

– Por que me chama assim? - perguntou-me séria

– É que desde que ouvi sua voz, te achei tão angelical... e quando vi seu rosto, a pele alva, os olhos verdes... - poderia citar mil características, mas achei melhor parar- enfim. Me desculpa, não queria te chatear. - respondi meio sem graça

Temi que ela quisesse se afastar de mim por isso, mas quando vi sua expressão séria transformar-se em um sorriso, tranquilizei-me.

– Não precisa se desculpar, eu gostei de ser chamada assim, ainda que não concorde com sua opinião! - ela disse de maneira divertida

– Nunca duvide da opinião de um padre, eu sei o que digo, meu anjo! - respondi brincalhão, e logo caímos na gargalhada

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Paulina narrando:

Precisava perguntar a ele o porquê de ser chamada daquela maneira... e quando ouvi sua explicação me senti, não sei, especial talvez... o fato é que gostei.

Conversamos por um longo tempo, Carlos Daniel conseguiu me deixar mas tranquila e, de certa forma, ajudou-me a aceitar a partida da minha mãe.

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6 meses depois - Paulina narrando:

Incentivada por Carlos Daniel, decidi começar a trabalhar na fábrica do papai. Afinal tudo aquilo era meu, e apesar de ter trancado a faculdade de administração, quando o fiz já estava nos últimos semestres do curso, portanto me sentia capacitada para comandar o negócio. No início foi um pouco difícil, mas logo me adaptei à rotina e já tinha gosto pelo trabalho.

Depois daquele dia, eu ele passamos a nos ver sempre. Às vezes eu compareço nas missas, mas normalmente nos encontramos no "nosso lugar".

Bem, é assim que chamamos a árvore perto do lago. Posso dizer que construímos uma grande amizade, embora meu coração bata sempre muito acelerado quando estamos juntos. Nossa relação é tão diferente da que eu tenho com a Célia, tanto que diversas vezes me peguei olhando para o nada, pensando nele.

Bobagens minhas... o importante é que tenho dois grandes amigos.

– Ei, Lina! Terra chamando! - Célia tirou-me de meus devaneios.

Era domingo, eu e Célia tínhamos combinado de nos encontrarmos no shopping. Mas pra variar, ela estava chegando atrasada.

– Finalmente, já estava entediada aqui! - protestei, mesmo sabendo que esse era seu jeito

– Não seja exagerada, foram só 20 minutinhos! – argumentou - Precisava me arrumar para vir aqui, vai que encontro algum gatinho dando sopa? - disse sorridente

Apenas ri de seu comentário, não sei como Célia consegue ser sempre tão espontânea e divertida.

Andamos por umas duas horas de loja em loja, percorremos o shopping inteiro. Célia encheu-se de sacolas, enquanto eu, comprei apenas uma blusa. Não costumo ser consumista, e tampouco estava animada.

– Você está tão pra baixo... te conheço amiga, o que houve? - Célia perguntou-me quando paramos na praça de alimentação para tomarmos um café

– Impressão sua... - tentei disfarçar

– Desde quando temos segredos? - arqueou uma sobrancelha

– Está bem. - disse rendida– Não é nada demais, acontece que o Carlos Daniel teve que viajar para o interior, ia participar de uma convenção das igrejas católicas, algo assim... ele foi na sexta, ficou de me ligar e até agora nada, também não atende minhas ligações; não sei, estou preocupada. - suspirei

– Posso te perguntar uma coisa? - pediu

– Claro, diga. - respondi, já pensando qual seria essa tal "pergunta".

– O que você sente pelo Carlos Daniel?

– C-como as-ssim? - realmente não esperava esse questionamento, tentei disfarçar minha surpresa e parecer natural– O que mais poderia sentir a não ser amizade?

– Desculpa a sinceridade, mas é que é estranho. O jeito como fala dele, o quanto vocês são inseparáveis... apenas dois dias sem se verem e você está assim, tristonha... - a interrompi

– São coisas da sua cabeça Célia, você sabe que é impossível que haja algo entre nós. - afirmei enquanto pegava a xícara de café em minha frente e a dirigia até meus lábios.

– O fato de ser impossível não significa que seu coração não possa vê-lo de outra maneira. Analisando os fatos, qualquer um diria que você está apaixonada pelo Carlos Daniel! - afirmou de maneira direta

Me engasguei com o café e comecei a tossir com tal constatação, Célia só podia estar maluca.

– Sabe de uma coisa? Melhor eu ir embora do que ficar ouvindo besteiras. – respondi irritada enquanto me levantava

– Calma! Não quis te irritar, retiro o que disse! - falou, risonha. Como ela podia estar rindo da situação?

– Está bem, mas não volte a dizer isso, por favor Célia! - pedi, mais calma

Após isso, ela não voltou a tocar no assunto. Menos mal. Logo, nos despedimos e fui para casa.

Quando cheguei, tomei um banho e me joguei na cama. Ainda eram 21:00, mas no dia seguinte teria que levantar muito cedo para ir a fábrica, então seria conveniente que eu descansasse. Porém, não consegui dormir como desejava. As palavras de Célia davam voltas e voltas em minha cabeça, mesclando-se com imagens de algumas das vezes em que eu estava perto de Carlos Daniel.

Não, mil vezes não. Precisava esquecer isso e dormir, era o melhor. Não foi fácil, mas após horas rolando de um lado a outro, caí na inconsciência do sono.

Acordei com o som do despertador. Me arrumei, tomei meu café da manhã, me despedi dos empregados e saí. Aquela casa é tão grande, e ao mesmo tempo tão vazia... mas todos que trabalham ali me conhecem desde pequena, e isso me faz sentir menos solitária.

Peguei meu carro e parti rumo a fábrica. Tinha uma reunião importante, na qual iria fechar uma parceria com o dono de uma das mais famosas fábricas de cerâmica de Cancún. Fizemos todo o contato por email, mas finalmente iria conhecê-lo, e tinha certeza que esse negócio renderia bons frutos para a empresa.

Entrei e fui direto para minha sala. Estava revisando alguns papéis, e logo minha secretária avisou que ele havia chegado.

– Mande-o entrar, Verônica. - pedi

Assim que o vi, fiquei bastante surpresa. Por ser tão bem sucedido, imaginei que tivesse mais idade. Mas não, e além disso, não era nada feio.

– Prazer, Rodrigo Albuquerque. - apresentou-se, estendendo-me sua mão

– Prazer, Paulina Martins. - sorri, cumprimentando-o.


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Notas finais do capítulo

Será que aconteceu algo com o Carlos Daniel? A Lina gostou do Rodrigo?

Comentem, favoritem, recomendem!! :D