El juego del destino escrita por Liz


Capítulo 14
Capítulo 14 - "Não podemos continuar"


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura... e não se irritem comigo :/



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Paulina narrando:

Quando finalmente terminei de relembrar tudo que havia acontecido, fiquei mais perdida do que estava antes. O que lhe diria agora? Pensei desesperada.

– B-bom dia... - respondi enquanto me enrolava em um lençol e logo me levantei, completamente envergonhada– E-eu vou...vou tomar um banho, com licença. - peguei em minha mala as primeiras peças de roupa que vi pela frente e saí rapidamente em direção ao banheiro

Essa foi a única maneira que encontrei para ficar sozinha, precisava saber exatamente o que iria fazer.

Liguei o chuveiro e ali tentei colocar minhas ideias em ordem. Sem dúvidas, aquela tinha sido a melhor noite da minha vida. Mas... "eu me entreguei para um padre!" pensei em voz alta quando me dei conta da dimensão das coisas. Torci para que Carlos Daniel não tivesse escutado, ou minha vergonha seria maior ainda.

Por que não tive autocontrole suficiente para me negar? A partir de então, fui tomada por um sentimento enorme de culpa. E foi exatamente essa culpa que me levou a decidir o que faria, mesmo sem ter a mínima certeza de que era o correto.

Desliguei a ducha, me vesti, respirei fundo e então abri a porta do banheiro. Porém, me surpreendi ao ver que Carlos Daniel não estava mais no quarto. Não tive tempo para concluir o porquê disso, pois logo escutei o som da maçaneta sendo girada e rapidamente ele entrou, com uma bandeja de café da manhã em mãos.

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Carlos Daniel narrando:

Acho que nunca estive tão feliz... tudo estava começando a dar certo. Há apenas algumas horas, jamais imaginaria que poderia acontecer tudo o que aconteceu. De fato, uma reviravolta, mas totalmente positiva.

Percebi que Paulina estava envergonhada quando despertou. Não a culpo, pois conhecendo seu jeito, era compreensível que se sentisse assim. Teríamos tempo para esclarecer as coisas, e então já estaríamos livres para vivermos nosso amor.

Bem... era o que eu pensava.

Assim que ela entrou no banho, liguei para o serviço de quarto e pedi uma variedade de coisas para o café da manhã. Torradas, pão, iogurte, suco... fiquei esperando no corredor, pois fazia questão de eu mesmo levar a bandeja até o quarto.

– Está com fome? - perguntei sorrindo ao vê-la

– Um pouco. - ela retribuiu o sorriso, embora parecesse desconfortável

Larguei a bandeja sobre uma mesinha que havia ao lado de um sofá e me aproximei para beijá-la, mas Paulina virou o rosto. Estranhei, porém nada disse.

– Então, vamos comer? - perguntou-me, como se tentasse disfarçar o que havia acabado de fazer

Sentamos no sofá, um ao lado do outro e comemos em silêncio.

– Precisamos conversar. - disse ela, séria, assim que que encerramos a refeição

– Claro, você precisa saber que eu... - ajeitei-me no sofá e ela fez o mesmo, assim poderíamos nos olhar. Estava prestes a contar-lhe sobre meu afastamento definitivo da igreja, mas Paulina me interrompeu

– Não, antes de mais nada quem precisa falar sou eu. Ou não conseguirei mais fazer isso. - revelou, parecia nervosa

– Tudo bem, diga. - segurei em sua mão

– Está tudo errado, Carlos Daniel.

– Como assim? - questionei-a, sem entender

– Nós. Isso. Não podemos continuar. – desviou o olhar - Não menti quando disse que te amo, no entanto, não poderíamos ter... bom, você sabe. Desde que nos beijamos, esse pecado está acabando comigo, e agora então... – suspirou- Não devíamos ter sequer sido amigos.

Fiquei paralisado, incrédulo com suas palavras. Depois de tantas declarações de amor, como ela tinha coragem de me dizer isso?

– O que quer então? Acabar com tudo como se fôssemos máquinas, onde se aperta um botão e pronto? - me levantei e comecei a andar pelo quarto, irritado

– Me entenda Carlos Daniel! Acha que as coisas estão sendo fáceis pra mim? Não, não estão!

– Você não pode afirmar tudo isso sem antes saber que... - outra vez fui interrompido

– NADA! NÃO QUERO SABER NADA! - gritou, levantando-se– Não quero sofrer mais, acho que nenhum de nós merece isso. Por favor, vai embora.

– Tem razão. Cansei, Paulina. Cansei. - me aproximei, toquei em seus ombros e olhei em seus olhos, já que ela queria assim, seria sincero– Essa sua covardia não vai te levar a lugar nenhum. Pensei que pelo menos uma vez, poderia enfrentar as coisas, mas vejo que me enganei. Não vou mais implorar para que não fuja, muito menos que me ouça. Com todo meu coração, desejo que não se arrependa disso, pois pode ser tarde demais. - virei as costas e fui em direção a porta.

Antes de sair do quarto, olhei novamente em sua direção.

– Eu te amo. - afirmei e saí logo em seguida. Triste e decepcionado, mas com a esperança de que Paulina mudasse de ideia enquanto havia tempo.


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Notas finais do capítulo

Comentem... o que acharam da decisão da Lina?