Paixão Além da Coroa 3 - O Amor Atravessa Gerações escrita por God Save The Queen


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oieeee, volteeei! ;)
Espero que vocês gostem, ta? *-*



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>>o Ponto de vista: Angie

– Está tudo do jeito que eu me lembrava! - falou Ana andando pelo palácio ao meu lado.

– Não mudamos muita coisa! Londres também continua praticamente intacta. Mesmo depois de vinte e três anos, as coisas estão iguais, os pontos que você ama ainda estão aqui.

– Tudo mesmo? - perguntou surpresa.

– Sim, todos eles. Você devia ver a cara do Harry quando contei pra ele porque tinha esse nome. - falei e ela riu.

– Aposto que ele resolveu ler todos os livros sobre o Harry Potter.

– Ele leu mesmo. E depois entendeu por que colocamos esse nome nele, afinal ele tem os olhos de sua mãe. - falei e ela sorriu.

– Faz todo sentido. E está tudo lá? Todas as coisas dos filmes?

– Claro que sim, ainda existem muitas visitas ao Estúdio. Mesmo depois de quarenta e dois anos ainda existem muitos fãs.

>>o

– O quarto de vocês é enorme, do jeito que Lucas pediu. - falei e Ana sorriu.

– Não precisava, Lucas é folgado! - falou e Lucas riu.

– Não sei porque eu sou folgado, eles são os reis desse lugar. Eles podem fazer um quarto grande pra mim.

– Você tem razão, e eu coloquei Clarisse no seu antigo quarto Ana. - falei e ela sorriu.

– Sério? Ela vai adorar! Falando nela, onde ela foi parar? - perguntou.

– Ela está com Harry ainda, eu pensei que eles não fossem se dar bem. - falou Edward.

– Mas pai, o Harry gostou dela. - falou Tiago e todos nós rimos.

– Será? Isso seria divertido! - falei e Ana revirou os olhos.

– Seria loucura! - falou e nós concordamos incertos.

– Talvez fosse mesmo. Imagina a minha filha a próxima rainha? - falou Lucas e Ana o encarou.

– Não quero essa responsabilidade nas costas dela. - a tensão surgiu, é claro. Eu entendo a Ana, eu lembro de como eu me senti quando eu era uma possibilidade, a primeira na lista.

– Eu te entendo, Ana. Mas não se preocupe com isso, sua filha não poderia ser a rainha já que não tem sangue real, nem é cidadã deste país. - falei e ela sorriu.

– Não estou preocupada. Clarisse pode ser bem desagrádavel, não sei se Harry vai aguentar por muito tempo. - Lucas concordou e riu.

– Mas Harry pode ser bem insistente! - falou Edward baixinho, e somente eu ouvi. Não podia discordar!

>>o Ponto de vista: Harry

– Que filme você quer ver? - perguntei indo em direção a sala dos DVD´s.

– Vai pegar a pipoca, eu escolho. - falou Clary passando na minha frente. Eu obedeci sem hesitar, eu sei que isso parece um pouco estúpido, mas eu não conseguia evitar. Meu objetivo era ficar com essa garota, e mostrar pra todos, mas me apaixonar estava fora de questão.

– Pronto, aonde quer sentar? - perguntei para ela do outro lado da sala.

– Na última fileira. - gritou de volta. Eu sentei bem no meio da fileira, e esperei. Poucos minutos depois, ela vem correndo.

– Que filme você escolheu? - perguntei.

– Uma comédia romântica, com um final óbvio. - falou me fazendo rir.

– Se o final é óbvio, por que você quer ver? - perguntei e ela olhou pra mim como se eu fosse um idiota.

– Porque é uma comédia romântica. Agora fique quieto, vai começar.

Ela não desgrudou os olhos da tela, nem pra pegar a pipoca e ela mesmo disse que o final era óbvio. No final do filme quando o personagem principal volta para se desculpar, faz toda aquele discurso do porque ele é um idiota, Clary chegou mais pra frente, eu podia ver os seus olhos brilharem junto com a mocinha do filme e isso me fez sorrir involutariamente.

Somente quando os créditos começaram, ela olhou pra mim, e pro balde vazio de pipoca.

– Você realmente gosta dos clichês, não é? - perguntei e ela sorriu sem graça.

– Gosto, mesmo eu já sabendo o que vai acontecer desde o começo eu assisto e me emociono no final.

– Por que esse carinho todo com filmes românticos? - perguntei.

– Talvez por que eu seja romântica, e durona.

– Explique-se. - falei e ela sorriu.

– Embora eu ame os romances perfeitos, eu tenho plena consciência de que isso só acontece nos filmes.

– Então você não espera o príncipe encantado?

– Não sei, acho que no fundo eu realmente queira acreditar que existe um príncipe me esperando, mas não quero ter esperanças.

– Eu sou um príncipe. - falei baixinho e ela sorriu, mas me ignorou.

– Essas ideias malucas de conquistas só acontecem nos filmes, ou nos livros. Na vida real não existem essas coisas.

– Entendi. Romântica, mas durona.

– Exatamente. - falou sorrindo.

Eu a encarei e comecei a analisar seu rosto em todos os detalhes. O seu sorriso era cativante e transbordava sinceridade, seus olhos castanhos bem claros me encaravam de volta com certa curiosidade como se ela também estivesse me avaliando, seu nariz estava ligeiramente franzido como se ela estivesse sem graça. Seu cabelo era de um loiro mais claro nas pontas, mas de um jeito natural e caia preguiçosamente no ombro, ela parecia se esforçar para controlar a respiração que acelerava aos poucos. Era intrigante!

>>o Ponto de vista: Clarisse

Harry me avaliava me deixando sem graça, mas já que ele me encarava resolvi avaliá-lo também. Seus olhos eram de um azul que eu podia encarar para sempre, eram penetrantes e tranquilos. Seu sorriso era de tirar o folêgo, e eu estava me esforçando muito para deixar minha respiração controlada, seu cabelo era muito preto e parecia muito macio, me deixando com uma vontade quase incontrolável de tocar, ele tinha um ar de orgulho e era óbvio que seu ego era enorme. Tudo isso aconteceu muito rápido, e quando eu pisquei nós ja estávamos muito perto um do outro.

Eu percebi o que ia acontecer se eu não fizesse nada, por isso eu fiz. Eu me afastei sem graça e olhei pra frente, eu podia perceber seu suspiro longo.

– Tudo bem, eu entendi. - falou virando pra frente.

– Você não é esse príncipe, Harry. - falei e me levantei. Comecei a andar para saída e ele ainda estava parado sentado no mesmo lugar ligeiramente chocado, e eu rapidamente fiquei arrependida de ter dito aquilo.

>>o Ponto de vista: Harry

Ok, eu não era o príncipe perfeito pra ela. Era isso? Só podia ser uma piada. Eu não estou acostumado a ser rejeitado, por ninguém, e isso não é uma sensação muito agradável. Eu percebi no momento que ela saiu do carro que ela não era uma garota comum, mas rejeitar um beijo meu e depois falar que eu não sou o tipo de príncipe perfeito pra ela já era demais.

Levantei e andei até a saída, ela não estava em nenhum lugar a vista, então eu resolvi andar para recolocar os meus pensamentos no lugar. Agora era oficial, eu tinha que conquistá-la só para provar que eu podia ser o príncipe ideal. E eu só tinha até o final do verão, o que era bom e ruim ao mesmo tempo. Bom porque eu não teria que prolongar isso, já que não pretendia me apaixonar, muito menos namorar. Ruim porque eu tinha apenas três meses para provar que eu era perfeito, pra ela é claro (ou talvez pra todas!).

– Harry? - chamou alguém interrompendo os meus pensamentos.

– Sim? - me virei, era a minha mãe.

– Aconteceu alguma coisa? - perguntou curiosa.

– Não. - falei e ela me encarou.

– Don't lie for me, Harry.– minha mãe tinha esse dom, ela sabia quando eu escondia alguma coisa. Ao contrário do meu pai, que sempre acreditava em mim.

Nothing, mom. Eu preciso falar com a Clary, você viu ela por aí?- falei e minha mãe sorriu sem querer, depois se endireitou ficando séria novamente.

– Você não estava com ela?

– Estava, mas aconteceu umas coisas. Não importa agora, eu vou procurá-la.

– Tudo bem, ela está no quarto dela. - falou e eu sorri.

– E aonde é? - perguntei e ela revirou os olhos.

– Primeiro corredor depois do salão principal, primeira porta á esquerda.

– Obrigado! - falei e corri para pedir desculpas. Embora eu não tivesse me virado, eu podia sentir os olhos avaliativos da minha mãe em mim.

>>o

– Quem é? - perguntou assim que eu bati na porta.

– Harry. - falei apreensivo, o que era ridículo.

– Pode entrar!

Clary estava arrumando suas roupas dentro do closet, a mala estava aberta no chão, os sapatos já estavam todos arrumados por cor, vários livros já estavam na estante e tinha praticamente uma loja inteira da Apple na mesa de centro.

– Olá! - falei e ela sorriu sem graça.

– Oi! - falou virando pra mim.

– Gostou do seu quarto?

– Adorei, obrigada! - falou sentando no sofá e me chamando pra sentar ao seu lado.

– De nada. - ficou um silêncio constrangedor, mas quando eu ia falar, ela começou.

– Harry, eu sinto muito. Eu não queria falar aquilo daquele jeito.

– Sim, eu entendi. Você não tem que se desculpar, eu que tenho que pedir desculpas por tentar qualquer coisa.

– Acho que você só está acostumado. - falou sinceramente e eu pisquei duas vezes sem querer. Ela me fitava, e claro que ela tinha razão.

– Só esqueça isso, tudo bem? - perguntei e ela assentiu.

– Quer me ajudar a guardar minhas coisas? - perguntou sorrindo, e eu não conseguia negar nem se eu quisesse.

– Claro, por onde começo? - perguntei e ela levantou rapidamente.

>>o

– Você prentende morar aqui? - perguntei deitando na cama ao seu lado. Nós tínhamos terminado de arrumar tudo e estávamos exautos.

– Tem tanta roupa assim?

– Como se estivesse de mudança. - falei e ela riu.

– Eu fiquei na dúvida do que trazer e trouxe praticamente tudo.

– Mulheres. - Clary bateu no meu ombro rindo, e eu fiquei de lado para encará-la.

– Quais são os planos pra hoje, Alteza? - perguntou e eu me encolhi sem querer.

– Não me chama assim. - falei baixo e ela ficou surpresa.

– Por que? Não gosta de ser chamado assim?

– Não é isso, é só que você me chamando assim me lembra que eu sou um príncipe e daqui a pouco vou ser rei.

– Como assim daqui a pouco? - perguntou curiosa.

– De acordo com a lei, eu tenho que assumir o trono com vinte e dois anos, e casado.

– Casado?

– Sim, casado. Eu tenho que achar uma esposa para casar antes da coroação que é daqui a três anos.

– Responsabilidade demais pra mim. - falou ela olhando pro teto.

– Nem me fale, eu tento não pensar muito nisso. Mas ás vezes eu não consigo evitar. Assumir todo um país, ser responsável por milhões de pessoas?

– Como você aguenta a pressão? - perguntou e eu suspirei, depois sorri.

– Eu ignoro. Ignoro meu pai, minha mãe, o parlamento, o povo...

– Entendi, você ignora todo mundo.

– Exatamente! - falei olhando para o teto como ela.

– Enfim, quais são os planos pra hoje, Harry? - perguntou

– Bom, pra agora eu ainda não sei. Mas hoje á noite nós vamos sair.

– Vamos aonde? - perguntou se virando pra mim curiosa.

– Vou te mostrar as melhores coisas de Londres.

– Agora fiquei ligeiramente curiosa. Que roupa eu devo vestir?

– Bom, é inverno em Londres. Nada arrumado demais, vamos apenas no centro.

– Tudo bem, até lá o que vamos fazer? - perguntou ainda olhando pra mim.

– Não faço a menor ideia. - assim que terminei de falar, Clary bocejou e sorriu sem graça.

– Acho que estou com sono. - falou.

– Imagino que sim, deve ser o fuso horário. Você não dormiu desde que chegou.

– Sim, eu sei. Mas não quero dormir.

– Não seja teimosa, melhor você dormir para que esteja bem disposta para hoje á noite.

– Não sou teimosa. - falou e eu ri.

– Isso é a prova de que é teimosa. Vou deixar você dormir. - levantei da cama, e ela sorriu.

– Me acorde uma hora e meia antes de sairmos, por favor.

– Pode deixar. - fechei a porta devagar, e fui em direção ao meu quarto.

Embora eu não quisesse admitir, eu estava ansioso. Ansioso para que ela gostasse, ansioso para ver o que ia acontecer e ansioso para ver seus olhos brilhando e o seu sorriso novamente. Nunca vou falar isso em voz alta, patético demais.

Mas (in)felizmente era a verdade!


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Notas finais do capítulo

E ae?
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