O Chamado escrita por Evelyn Andrade


Capítulo 7
Nosso quarto?




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Eu nunca se quer havia imaginado um lugar tão grande,era um edificil que ficava isolado do resto da cidade e mais próximo as paredes da capsula.O edificil deveria ter em média cerca de vinte e cinco andares.O carro parou e sem esperar que me mandassem eu desci.

–Bem vinda a Cedi Rosamarie. (Uma mulher disse assim que fechei a porta do quarto)

Eu nem ao menos a vi chegando,ou ela já estava lá antes de eu chegar e eu nem sequer havia notado?,não me preocupei em sorrir, eu estava quebrada demais para isso.

–Eu sei que é dificil querida. (Ela disse passando os braços por meus ombros)

Ok,quem havia dado permissão a ela para me chamar de querida?.

–Nicolas leve as malas de Rosemarie para seu quarto. (Ela disse)

O homem completamente vestido de preto assentiu.

–Rose,me chame apenas de Rose. (Eu disse)

A mulher puxou-me pelo braço,onde estava a famosa educação?.

–Aqui você aprenderá tudo o que precisa para passar seus próximos anos aqui. (Ela disse)

Engoli em seco,próximos anos,minha cabeça fervilhando em perguntas e respostas,estava tão distraida que não não vi algo ou alguém na minha frente só vi quando eu estava caindo de bunda no chão.Minha primeira reação foi soltar um gemido de dor enquanto meu traseiro batia forte no chão com a minha queda,minha segunda reação foi:

–Me desculpe,eu realmente não te vi. (Eu me desculpei)

E olhei para cima.

–Tudo bem,se olhe por onde anda. (O Cara alto disse)

Eu não pude ver seu rosto ele estava olhando para o outro lado,isso não mudava a arrogancia em suas palavras,me levantei olhando para os lados tentando achar alguém que havia presenciado esse enorme mico,quando não achei ninguém respirei aliviada.

–Espere um minuto querida. (Ela disse se virando)

A mulher caminhou para longe de mim com o cara que eu havia colidido sem esperar resposta minha,olhei ao redor quando um tufo de cabelos roxos entrou em minha linha de visão.

–Oie! vem comigo. (Lissa disse puxando meu braço)

A coisa aconteceu muito rápido,em um segundo eu estava parada olhando para enorme construção ao meu redor e no outro Lissa,a garota de cabelos roxos do hospital estava me puxando pelo braço para mais e mais longe da mulher que havia me recebido.

–Hey! eu preciso voltar. (Eu disse a ela)

Ela me ignorou,forcei minhas pernas a pararem e puxei meu braço com uma força exagerada de seu aperto.

–UAU,você é forte. (Ela disse)

–Pra onde estavamos indo? (Perguntei)

–Pra o nosso quarto. (Ela disse)

Uma riga se formou em meio as minhas sombrancelhas.

–Nosso? (Eu perguntei)

–Você não achou que ia ter um quarto só para você,achou? (Ela perguntou irônica)

Ela estava certa,eu realmente tinha sido boba ao pensar assim,a verdade era que todos esses dezesseis anos em que vivi as pessoas faziam as coisas pra mim quase sempre,eu também quase sempre tinha o que queria,isso eram os beneficios de ter uma doença que acaba com a sua vida em poucos anos.Mais agora eu não tinha mais doença,eu estava curada,e esses beneficios que ela trazia para mim não existiam mais,eu deveria agoracomeçar a me acostumar a ser alguém comum e normal.

–Um quarto pra nós duas,ou tem mais gente? (Eu perguntei)

Olhei para todos os cantos do corredor largo menos para os olhos dela,me sentia envergonhada.

–Só pra gente! vai ser como ter uma festa do pijama todas as noites! (Ela disse animada)

Ela bateu suas mãos duas vezes como em um gesto de pura euforia,e puxou-me pelo braço novamente.

–Estou fazendo um favor para Kirova,vou te levar ao nosso quarto! (Ela disse)

–Kirova? (Eu perguntei)

Agora nós caminhavamos ao invés de correr como duas fugitivas da policia.

–A mulher que estava com você. (Ela disse)

Minha cabeça trabalhou em um entendimento de suas palavras até que paramos em uma porta branca cheia de desenhos coloridos.

–Nós vamos visitar alguma criança? (Eu perguntei confusa)

Ela riu e abrir a porta e logo fui puxada para dentro.

–Não bobinha! esse é o nosso quarto. (Ela disse)

Lissa correu para uma cama ao lado direito e se jogou nela,eu parei para observar o quarto,amplo com uma janela central de estatura média,as paredes do lado direito do quarto eram pintadas em um tom de rosa choking muito Barbie e o resto dos comodos eram todos da mesma cor,bege claro,ao lado esquerdo do quarto estava uma cama simples,paredes realmente tão brancas como a de um hospital e alguns moveis,uma cabeceira,um guarda roupa e uma sapateira.Percebi mais ao canto minhas malas postas bonitamente em pé,caminhei até a janela,dali eu podia ver o lado de fora,meio embaçado,mais eu podia ver nossa janela era a poucos metros da parede de vidro de toda a capsula,eu nunca chegará tão perto,algo se passou sobre mim e tive vontade me esticar e tentar tocar o vidro.

–Você pode decorar do jeito que você quiser. (Ela disse)

Sai de meu transe particular.

–O que? (Eu perguntei)

–O quarto! (Ela riu e se jogou na cama novamente)

Meu pensamento seguinte foi,essa garota realmente é meio louca.

–Ha sim,eu percebi já que sua porta parece a porta do quarto de uma criança de cinco anos. (Eu disse irônicamente)

Ela riu.

–Ei! eu ainda sou parte criança ok? (Ela disse brincalhona)

Foi minha vez de rir,mais então eu a imaginei como uma criança de cinco anos,inocente e sem saber o que o mundo queria dela,arrancada da familia sem intendimento,meus sorriso se desfez,eu presisava achar Tasha,precisa falar para ela que eu estava aqui.

–Pode me levar até Tasha? (Eu perguntei)

Seu sorriso murchou,e eu percebi o sorriso salso que ela colocou assim que me respondeu.

–Claro. (Ela disse)


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Notas finais do capítulo

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