Seria um sábado como qualquer outro, se ele não tivesse aparecido. Ele é simplesmente meu primeiro e único amor.

Não o via há anos, soube que foi morar em outro país, o que não me recordo o nome.

Estávamos no parque, sentados em um banco qualquer.

Ele continuava quieto, mas está fisicamente mudado. Seus cabelos negros que antes eram pouco longos, chegando a altura do ombro, agora encontram-se curtos e arrepiados. Ele havia ficado mais forte também, e belo, o que torna-o mais disputado entre as garotas. Alguém como eu não teria chances.

Seu nome é Elliot, e o que o torna mais impossível para mim é que ele é meu melhor amigo.

-Então, fiquei com medo de que não voltasse. – comentei apenas para acabar com aquele silencio fúnebre que havia se instalado. Seus olhos azuis fitavam meu cabelo ruivo.

-E porque não voltaria? Pensou que iria embora e esquecer da promessa que me fizeste? –Perguntou calmo, brincando com meus fios ruivos.

-Então me deixe cumpri-la, aproveite que estou aqui. – eu fitava-o nos olhos.

Fui cautelosa, não sabia se ele estava brincando quanto ao cumprimento de minha promessa, ela havia sido feita a muito tempo atrás, bem antes dele ir.

Quando percebi nossa proximidade, corei e dei-lhe um selinho. Acontece que havia prometido um beijo a ele e não apenas um simples selinho tímido.

Ele aprofundou o beijo, pedindo passagem com a língua. Eu estava de olhos fechados, minhas mãos eu seus cabelos negros, e ele, bom, apenas tinha certeza de uma coisa, suas mãos estavam em minha cintura.

Interrompemos o beijo pela falta do bendito ar. Depois ficamos algumas horas conversando sobre coisas banais, e precisei ir para casa.

-Bella, não quer que eu a acompanhe até sua casa? – Ele perguntou-me um pouco apreensivo.

-Não precisa, mas obrigada! – Agradeci sorrindo, levantei-me e ele fez o mesmo, mas surpreendeu-me com um selinho.

-Tome cuidado.

-Tomarei.

Estava um pouco confusa. Cheguei em casa e fui tomar banho, não conseguia esquecer como fora bom sentir aqueles lábios sobre os meus. Depois do banho, jantei, arrumei a cozinha e deitei-me.

Mas apenas deitei-me, pois o sonho não me vinha, dúvidas surgiam em minha mente.

Será que ele me beijou apenas porque eu havia lhe prometido um beijo?

O que será que ele sente por mim?

Será que continuaremos amigos após o que ocorreu hoje no parque?

Essas dúvidas espantavam o sono e me deixavam ansiosa. Quando consegui adormecer, lembro-me que fora um sono conturbado.