Amor de Pai - RxHr escrita por Verônica Souza


Capítulo 11
Capítulo 11




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/483838/chapter/11

– Você está brincando não é Rony? – Hermione perguntou.

– Eu queria estar...

– Isso não faz o menor sentido! – Hermione andava de um lado para o outro.

– Hermione tem razão. Não parece ser real. – Harry falou. – Como Draco conseguiu pegar a pedra da ressurreição?

– Bom, isso é meio óbvio. Ele só pode ter visto quando você a deixou cair. – Hermione falou.

– Ele não estava no castelo quando tudo aconteceu. Chegou minutos antes de Hagrid chegar com você. – Rony concordou.

– Certo... Mas por que ele entregaria a pedra para Mia?

– Talvez quisesse que Bellatrix aparecesse para ela. – Gina falou.

– Mas ele disse que ia ajudar a me encontrar. Pode parecer loucura... Mas acho que ele queria ajudar. – Rony disse e os três olharam perplexo para eles. – Se fosse a intenção dele Bellatrix aparecer para Mia, ela teria aparecido desde o início, e não Sírius.

– Mas por que Sírius apareceu? A pedra aparece em quem estamos pensando. – Hermione falou.

– Não exatamente... – Harry disse. – Na floresta eu não estava pensando exatamente em todos que apareceram, e mesmo assim eles estavam lá. Sírius disse alguma coisa sobre estarem em meu coração...

– Continua sem sentido. Mia nunca viu Sírius na vida, ele não poderia aparecer. – Hermione escorou na penseira. – Talvez devêssemos perguntar.

Os três se olharam. Poderiam ter pensado nisso antes.

– E se ele não aparecer? E se... Ela aparecer? – Gina falou.

– Temos que tentar... Harry acho melhor você fazer. – Hermione olhou para o amigo. Harry colocou a mão no bolso, e pegou a pedra. Olhou para cada um, e eles esperavam ansiosos por isso.

Harry girou a pedra três vezes em sua mão, e eles olharam em volta do porão. Nada aconteceu.

– Por que não funciona? – Rony perguntou.

– Talvez estivesse realmente alterada, para funcionar apenas com Mia. – Gina falou.

– Não... Não acho que seja isso... – Harry sentiu algo diferente em suas costas, e quando se virou, deu de cara com Sírius.

– Bu! – Ele disse e Harry deu um pulo para trás.

– O que foi Harry? – Hermione perguntou. Harry não respondeu.

– Harry! Ele está aí? – Rony perguntou.

– Sim. – Harry abriu um largo sorriso para seu padrinho.




********



– Você não mudou nada. – Harry disse.

– Ainda bem... Continuo jovem como sempre. – Ele brincou e Harry riu.

– Eles não podem te ver, não é?

– Infelizmente não...

Harry olhou para os amigos, que esperavam alguma resposta.

– Pode nos dar algumas respostas?

– Algumas apenas...

– Você pediu para Draco entregar a pedra para Mia?

– Não. Quem pediu para Draco entregar a pedra estava com outras intenções.

– Que outras intenções?

– Eu não posso dizer agora.

– Certo... E como você apareceu para Mia, sem ela ao menos saber de você?

– Harry, tem acontecido coisas estranhas ultimamente. Talvez algumas coisas não sejam como você conhece, ou como você imaginava que fosse. Mia sabia sim da minha existência, graças à Hermione, e bastava isso para eu conseguir conversar com ela.

– E por que Bellatrix apareceu para ela no seu lugar?

– Não posso dizer Harry... Mas preciso que preste atenção. Vocês precisam tomar cuidado. Muito cuidado. Está me entendendo Harry? Principalmente Mia, principalmente Gina.

– Gina? – Harry sentiu seu coração disparar. Gina olhou para os amigos, tentando entender o que Harry estava conversando.

– Sim. Elas podem estar correndo grande perigo. Eu preciso ir Harry... Se cuide...

– Espere! – Harry gritou, mas Sírius desapareceu.

– Harry? – Hermione se aproximou e segurou o braço do amigo. – O que ele disse?

– Precisamos ir para o ministério. Imediatamente.






********



– Você poderia ser mais claro Harry. – Rony falava nervoso enquanto os três andavam apressados pelo corredor do Ministério. Gina e Mia tinham ido para A Toca, onde os outros prometeram cuidar delas e protegê-las, mas eles sabiam que lá elas estariam seguras.

– Creio que as coisas que Sírius me disse têm a ver com a missão que teremos depois de amanhã. E eu preciso avisar ao ministro.

– Você acha que Malfoy...

– Não acho que ele seja totalmente culpado. Talvez... Ele possa ter tentado ajudar, mas acabou sendo enganado também. – Harry falava sem fôlego enquanto eles praticamente corriam pelo corredor. Hermione permaneceu calada o tempo inteiro, e Rony a olhou, tentando entender o que se passava em sua cabeça.

Harry parou em frente a uma porta, que havia um grande letreiro: Ministro da Magia. Harry bateu três vezes, e a porta se abriu. Sem esperar mais um segundo ele entrou, se dirigindo até a grande mesa na enorme sala. Rony e Hermione ficaram logo atrás.

– Me desculpe aparecer de repente Ministro. Mas acho que deveria saber sobre uma coisa...

– Harry... Você parece abatido. – Kingsley se levantou rapidamente. – O que aconteceu?

– Eu espero que o Senhor possa me explicar...






*******


Depois de Harry ter contado toda a história para Kingsley, ele não parecia acreditar, mas eles não o culparam, também tiveram essa mesma sensação. Rony e Hermione estavam visivelmente preocupados, e Harry estava mais pálido do que o normal.

– Eu... Realmente não sei o que pode ser isso. Nunca ouvi falar de tal acontecimento. – Ele disse sincero. – E não consigo encaixar como isso pode ter a ver com a missão. Mas uma coisa é certa... Hermione... – Ele se aproximou dela. – Você precisa fazer um ótimo trabalho. Dependemos de você para descobrirmos qualquer coisa.

Hermione balançou a cabeça afirmando.

– O que quer dizer? – Rony perguntou. Hermione olhou para ele, e logo depois para Harry.

– Hermione terá que se infiltrar... – Harry disse esperando um ataque de fúria do amigo.

– Infil... – Rony ergueu as sobrancelhas e riu sarcástico. – Está brincando não é?

– Não... – Harry disse em tom de desculpas.

– Não. Eu não vou permitir isso. – Ele disse cruzando os braços. – De-jeito-nenhum.

– Rony, nós precisamos dela. – Kingsley disse paciente. – Precisamos de alguém que fale francês, para nos ajudar.

– E só existe Hermione para fazer isso?

– Bom, contando que ela já lutou contra vários comensais com apenas 17 anos... Sim, só existe ela. Não confiamos em qualquer pessoa, e Hermione me parece muito capaz de fazer isso. – Kingsley falou orgulhoso. Hermione teve vontade de sorrir, agradecendo, mas não achou que seria adequado naquela situação.

– Vocês só podem estar brincando... – Rony andou de um lado para o outro. Hermione permaneceu calada, agradecendo pelo Ministro ser Kingsley, e por ele aturar calmamente tamanho desrespeito com Rony falando daquele jeito. – Hermione não pode correr esse perigo. Ela tem uma filha!

– Rony... – Hermione segurou seu braço calmamente.

– Não Hermione! Você concordou com isso! Eu pensei que você iria apenas ajudar, sem se envolver tanto. Você sabe o risco que vai correr? E se esse tal descobrir que você está a mando do Ministério, já pensou o que pode acontecer com você?

– Rony, ela vai estar sobre total segurança. – Kingsley continuava paciente. – Não somos tão tolos a ponto de deixar Hermione totalmente desprevenida. Ela, e nós, sabemos o risco que ela terá que enfrentar.

Harry ergueu as sobrancelhas para o amigo, que não parecia ter acalmado nem um pouco. Hermione sabia que era apenas o começo da discussão.

– Eu vou esperar lá fora. – Ele disse bufando e saindo batendo os pés. Os três se olharam, e Hermione respirou fundo.

– Eu espero que não tenhamos causado problemas com vocês... – Kingsley disse.

– Não se preocupe Senhor, eu converso com ele depois.

– Então vai continuar conosco?

– Claro. Eu assumi um compromisso. – Ela sorriu um pouco triste.

– Muito obrigado Hermione. – Ele sorriu. – Nós precisamos muito de você.





**********



Rony estava encostado na parede do lado de fora da sala do Ministro. Ele cruzou os braços e encostou sua cabeça na parede, fechando os olhos e tentando se acalmar. Sua tática estava quase dando certo, quando uma Hermione furiosa apareceu ao lado dele.

– O que pensa que estava fazendo Ronald Weasley? – Ela perguntou brava. – Sabe que Kingsley agora é o Ministro, e não um simples membro da Ordem. Você não pode falar daquele jeito com ele.

– E você queria que eu falasse como? Ainda não me conformo em vocês concordarem com essa maluquice.

– Eu não sei o que deu em você... Já conversamos sobre isso e você mesmo concordou.

– Eu concordei em você ir à missão e ajudar, não participar dela... Fisicamente. – Ele disse ficando vermelho da cor dos cabelos.

– Será que podem conversar isso em casa? – Harry apareceu no corredor.

Os dois se olharam com raiva, e os três saíram andando pelo corredor.

– Acha que vamos descobrir algo nessa missão? – Hermione perguntou a Harry.

– Algo me diz que sim.

– Podem pelo menos dizer do que se trata essa missão? – Rony perguntou ainda bravo.

– Ouve alguns ataques a algumas semanas. E a maioria dos ataques foi com familiares de comensais. Não sabemos ainda por que, mas tivemos pistas que o homem que provavelmente participou do ataque mora na França. O estranho é que as vítimas não sofreram nada grave, mas também não se lembram de nada.

– Obliviate. – Hermione disse.

– Exato.

– Ainda não entendi por que Hermione entra nisso... – Rony disse mal humorado.

– É óbvio que não podemos simplesmente pegar o cara e mandar ele dizer toda a verdade, sem contar que é contra a lei usar Veritaserum em casos como esse. Precisamos de alguém que descubra algo sem deixar pistas.

Rony não quis mais argumentar. Ainda estava com raiva, mas sabia que não adiantaria dizer nada, tudo já estava resolvido.

– Não quero que Mia continue pensando no que aconteceu hoje, e quero a pedra longe dela Harry. – Hermione disse cansada.

– Não se preocupe, deixei a pedra com Kingsley, ele vai averiguar.

– De qualquer jeito, teremos mais uns dias. Vou tentar distraí-la durante esses dias...

– Er... Não temos mais um dia. Kingsley adiantou a missão para amanhã.





****************





– Vai continuar sem falar comigo até quando? – Hermione encostou-se à porta do antigo quarto de Rony. Podia ouvir os gritos e gargalhadas de Mia e Victória, filha de Fleur e Gui, que brincavam alegre com os tios. Rony olhava pela janela, observando a filha. Ele não respondeu Hermione. Ele não estava exatamente com raiva dela. Estava com raiva por Hermione ter que se arriscar, podendo nem voltar (ele afastava isso de seus pensamentos). Por outro lado estava preocupado com Mia, e com Gina, e no que poderia acontecer com elas, se caso isso estivesse ligado com os acontecimentos que Harry mencionou. Ele sentiu Hermione se aproximando, e fechou os olhos, sentindo junto com a brisa da tarde, o perfume preferido dele, que ele a presenteou todos os anos desde o sexto ano.

Ele sentiu as mãos suaves dela tocarem seu ombro, massageando-os calmamente. Rony permaneceu de olhos fechados, e tombou um pouco a cabeça para o lado. Durante esses anos ela não tinha perdido o jeito de fazer com que a raiva dele sumisse. Ele se virou para ela, e olhou no fundo dos seus olhos. Hermione abriu a boca para dizer algo, mas ele não deu tempo, e a puxou pela cintura, colando seus lábios em um longo beijo.

Depois de alguns segundos (que pareceram horas), Hermione parou o beijo, e olhou para os olhos azuis cintilantes que estavam em sua frente.

– Ainda está bravo? – Ela perguntou como um sussurro.

– Não. – Ele disse calmo.

– Tem certeza?

– Não estou bravo com você... É que... Não me conformo em deixar você durante três dias. Quer dizer... Eu que tinha que proteger você, ao invés disso... Bom... Talvez seja um pouco de inveja. Talvez.

– Inveja? De mim? – Hermione sorriu. – E por quê?

– Eu deveria ser o auror que sai em uma missão protegendo sua família. – Hermione riu do comentário, e acariciou o rosto dele.

– Então tudo isso é machismo Senhor Weasley?

– Talvez... Você deveria ficar em casa cuidando da Mia, enquanto eu me arrisco por aí, e não o contrário.

– Pois saiba que uma mulher pode muito bem proteger sua família. Não seja machista. - Ela riu e ele segurou sua mão. - Você poderia ter se dedicado mais aos estudos. Teria tirado nota suficiente para virar auror.

– Você sabe muito bem porque não tirei fotos suficientes.

Hermione ficou vermelha e Rony sorriu.

– Não é justo. Me sinto culpada com você dizendo isso.

– Mione, éramos adolescentes e nos amávamos. Foi uma loucura que eu nunca arrependo, ainda mais sabendo que o resultado disso é a coisa mais preciosa que tenho na vida.

– Realmente. Poucos casais têm a sua primeira vez em uma escola de magia, prestes a serem pegos, e como resultado disso nasce uma criança.


Hermione olhou para o rosto do ruivo. Ele havia realmente mudado. Não era mais o Rony envergonhado, que gaguejava quando se tratava desse tipo de assunto e corava ficando da cor dos seus cabelos. Hermione sentiu uma pontada em seu coração. Talvez o tempo que ficaram afastados, Rony tenha tido tantas relações que aprendeu a ser desse jeito.

– Ron... – Ela se afastou um pouco. – Você... É... Teve muitas... Namoradas?

– Por que essa pergunta agora?

– Não sei... Só fiquei interessada em saber.

– Não vou mentir para você. Saí com várias garotas durante esse tempo, e você não pode me culpar totalmente, afinal você desapareceu. Eu estava carente. Mas não namorei sério com nenhuma delas.

– Vocês... Tiveram relações?

– Sim. – Ele colocou as mãos no bolso, ficando um pouco decepcionado por ter que contar a verdade para ela. Ela baixou os olhos, ficando um pouco vermelha. – Mas... Se quer saber... Nenhuma se comparou a nossa primeira vez.

– Ron... Éramos novos nisso. Não tem como ter sido tão bom assim para você. Com certeza já teve algum melhor.

– Tive mesmo. – Ele disse sorrindo e Hermione levantou os olhos para olhá-lo. – Aquele dia no seu apartamento...

– Ah... – Ela sorriu envergonhada e se sentou na cama dele.

– Quando vai entrar na sua cabeça que eu ainda sou apaixonado por você? – Ele agachou na frente dela.

– Talvez quando eu tiver certeza que você não guarda mágoas de mim...

– Eu não guardo mágoas de você.

– E como pode ter certeza disso?

– Por que se eu guardasse mágoas eu não teria feito isso. – Ele colocou a mão em seu bolso e tirou uma caixinha de veludo. Hermione ergueu as sobrancelhas, olhando atentamente para ele. – Sei que te pedi em namoro há pouco tempo... Mas contando com o tempo que namoramos e que já temos uma filha... Bom... Não acho que seja tão precipitado assim. – Ele riu e abriu a caixinha, mostrando um lindo anel com um diamante delicado, mas que poderia iluminar o quarto inteiro. – Hermione... Aceita casar comigo?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Para quem não entende muito bem sobre a pedra da ressurreição, aqui está um trecho que peguei do site wiki.potterish.com:

"O morto aparecerá então em uma forma semi-corpórea, apenas visível ao possuidor da pedra, ou seja, ecos de almas que não estão vivas nem mortas. Aquele que foi "revivido" pode agir com os humanos, mas não é considerado vivo. O efeito se encerra no momento que o possuidor abandona a pedra."

Qualquer duvida podem perguntar. E obrigada pelos comentários, estou adorando. ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor de Pai - RxHr" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.