Cartas de Amor escrita por Palavras Incertas


Capítulo 1
Hospital


Notas iniciais do capítulo

Um oi especial e um beijo pra você que está lendo isso. Eu tive a ideia dessa fanfic em uma noite em que eu precisava dormir mas não estava com sono algum, então enquanto eu me revirava na cama eu tive a ideia pra essa história. Ela é baseada em um filme que eu vi uma vez que eu nem lembro mais o nome. Bom, é isso. Espero de coração que vocês gostem do que eu penso quando estou com insônia. kkkk! Ah! Essa é minha primeira fanfic de romance, então não sei exatamente dizer se ela é boa ou não, me digam vocês mesmos o que acharam.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/483813/chapter/1

Paredes brancas, choro dos desesperados, cheiro de limpeza, pessoas andando de um lado pro outro, umas a trabalho, outras por simplesmente não aguentarem esperar sentadas enquanto seu mundo desaba. E eu. Perdendo o controle aos poucos, me desesperando mais a cada segundo. Porque ela está lá dentro agora, anestesiada, deitada em uma mesa cirúrgica fria, tendo pessoas mascaradas ao seu redor, tentando salvá-la, e eu impotente esperando por ela. Só esperando, porque por mais que eu queira eu não posso salvá-la, eu não sou um super-herói, eu não faço milagres, eu não posso ajudá-la, e isso me destrói por dentro.

Eu não percebo que estou andando em círculos, já que esse é um hábito constante meu, mas eu sei que estou, porque ela sempre me diz que eu faço isso quando estou nervoso ou ansioso. Queria ser como ela, queria poder me manter calmo em situações desesperadoras, mas eu não consigo, nunca consegui e nunca conseguirei.

Tem uma máquina de café do lado da recepção do hospital, sei disso porque já estive aqui algumas vezes. Sei que não preciso de cafeína, já estou elétrico o suficiente e também sei que não conseguiria dormir de modo algum, porém eu quero sentir o gosto amargo na boca, pois de certo modo ele me parece familiar.

Caminho rapidamente, só que de modo com que meus passos não produzam nenhum ruído, mesmo que haja muitas pessoas chorando e gritando ainda parece errado fazer mais barulho que o necessário, pois ainda assim é um hospital, e ainda é necessário que haja silêncio.

Depois de vinte vezes eu decidi parar de perguntar para recepcionista o quadro de saúde da minha esposa, já que a mulher estava ficando irritada com a minha insistência, e sempre respondia a mesma coisa:" ela está na sala de cirurgia, o acidente foi bem grave". Como se eu não soubesse disso, eu estava falando com a minha mulher no telefone antes de um carro a atingir enquanto estava parada esperando o sinal abrir. Lembro exatamente das últimas palavras que lhe disse: " eu te amo". Nós sempre terminávamos as nossas ligações assim.

Porém ao passar pela recepção vi que agora havia uma recepcionista nova, deveriam ter trocado de turno, pois já passava da meia-noite. Não resisti e resolvi questioná-la para ver se ela sabia algo que a outra mulher não quis me dizer.

– Boa noite, gostaria de saber sobre a cirurgia de uma das pacientes. O nome dela é Annabeth Chase Jackson. - Disse realmente esperançoso.

– Só um instante senhor...- A recepcionista deixou a frase morrer no ar para que eu pudesse responder com o meu nome.

– Jackson.

– É o marido dela? - A mulher indagou e eu somente concordei com a cabeça. - Senhor Jackson, sua esposa ainda está na sala de cirurgia,pelo que constam os registros o acidente foi...

– Bem grave. - Não deixei que ela terminasse a frase. - Obrigada.

E eu voltei para meu estágio inicial. Esperando. Somente esperando.

Era exatamente quatro horas e vinte dois minutos da madrugada quando uma das enfermeiras veio me dizer que a cirurgia tinha acabado e que o quadro clínico de Annabeth parecia estar estável. Sem que eu nem pedisse a mulher permitiu que eu fosse vê-la, mas me alertou sobre as possíveis consequências do acidente, porém eu não estava prestando muita atenção, estava feliz demais com a ideia de que minha esposa estava bem. Annabeth tinha sobrevivido, e essa era a única coisa que importava agora.

Quando cheguei ao quarto 243, o que ela estava, chequei meu relógio do Bob Esponja, um presente de Annabeth no nosso terceiro encontro, para que eu parasse de chegar atrasado, tinham se passado dez minutos desde o momento que a enfermeira me disse que Annabeth estava bem.

Entrei no quarto, não posso dizer se tinha janelas ou cortinas, ou se tinha uma ou duas camas, porque eu realmente não prestei atenção em nada que não fosse Annabeth. Não reparei em quantas luzes haviam no teto, só nos seus cabelos loiros, não reparei se tinha televisão, só vi que seus olhos cinzas como uma tempestade estavam fechadas, não reparei se no quarto tinha aquecedor, só notei a sua respiração continua e calma, e instantaneamente me acalmei também.

Fui andando lentamente até ela, pois independente de qualquer coisa, ela era a única que conseguia me acalmar, e mesmo com todos aqueles fios ligados a ela, mesmo com o soro pingando em sua veia, mesmo com os curativos cobrindo grande parte do seu rosto eu me sentia feliz. Annabeth ia ficar bem, o resto era resto.

Quando finalmente a alcancei toquei com o máximo de delicadeza seu rosto , seu cabelo, a curva do seu nariz e o contorno de sua boca, mas foi no momento que eu beijei o espaço entre suas sobrancelhas foi que ela abriu os olhos.

Inicialmente ela me olhou confusa, analisou onde estava sem entender o que fazia ali. Eu queria consolá-la, queria lhe explicar o que tinha acontecido e prometer que eu ficaria junto com ela e que tudo ficaria bem. Mas eu não tive tempo de fazer isso, porque quando ela notou a aproximação dos nossos corpos e percebeu que estava em um quarto de hospital ela gritou. E continuou gritando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Foi isso, obrigada pra você que leu todo o capítulo. Então, deixem opiniões, digam se eu devo continuar ou não, falem o que acharam. O capítulo está pequeno porque foi só o primeiro.
Beijinhos da autora...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Cartas de Amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.