–É, você sabe León eu gosto dele, e Violetta me disse que vai me ajudar com isso. -Fran disse.

–Atá. -Ele disse aliviado?

–Bom, eu tenho mesmo que ir agora, tenho que voltar para casa e terminar de organizar minhas coisas, amanhã vamos visitar a Angie no hospital. -Eu disse.

–Tudo bem amiga, vai com Deus cuidado ok. E quando chegar em casa me liga. -Fran disse me abraçando.

–Tudo bem amiga, vou colocar a Elena para falar com vocês quando chegarmos. -Eu disse rindo.

–Eu posso levar vocês duas em casa. -Léon disse e OI?

–Claro que não León, não precisa né. Você já brincou muito com ela, nós podemos ir sozinhas. -Eu disse pegando Elena e a colocando no chão.

–Eu faço questão. -Ele disse e pegou a mão de Elena e saiu andando.

–Tudo bem então. -Eu disse e terminei de me despedir do pessoal.

O caminho até minha casa não era longo, mas o silêncio que se instalava entre eu e Léon fazia parecer uma eternidade.

–Tio Léon quelo colo. -Elena disse.

–Elena, que coisa feia você já é bem grandinha, não é o que você diz. Não precisa disso León. -Eu disse séria.

–Que isso Vilu, eu carrego ela né pequena. Vem. -Léon disse pegando Elena no colo, ela então deitou a cabeça no ombro dele e assim nós fomos o resto do caminho. Quando chegamos na minha casa meu pai estava no portão.

–O que faz aqui fora papai? -Perguntei.

–Pensando um pouco, minha mente está barulhenta demais, não posso ficar no silêncio. -Ele disse.

–Olá senhor Germán. -Léon o cumprimentou.

–Olá LEÓN. -Meu pai disse rindo.

–Papai. -Eu o adverti.

–Tudo bem, parece que ela gostou de você olha, até dormiu no seu colo, e olha que essa ai é difícil de dormir. -Meu pai disse.

–Ela é encantadora, um amor de criança. -León disse.

–Parece que não foi só ela que gostou de você né. -Meu pai brincou.

–Eu adorei a Elena, percebe-se logo que é filha da Violetta, espertinha demais. -León disse rindo enquanto encarava Elena dormindo em seu colo.

–Pois é, me dê ela, vou colocá-la na cama. -Meu pai disse e pegou Elena do colo de León.

–Bom, me desculpe por isso, ela deve ter te adorado, não é de pedir colo. -Eu disse quando ficamos só nós dois.

–Não por isso, eu adorei sua filha. O pai dela tem uma sorte imensa é uma menina linda. -Ele disse rindo.

–É, ele tem . -Eu disse.

–Bom, estou muito surpreso, de te ver aqui. -Ele disse.

–É, eu precisava vir, meu pai está mal pela Angie, é difícil para todos, ela é a alma dessa casa, parece um lugar vazio sem ela. -Eu disse.

–Angie é forte Vilu, quando você menos esperar vai ver que ela vai estar ai de novo, mimando muito a Elena. -Ele disse.

–Eu espero que sim. -Disse e sorri, era impossível não sorri.

–Bom, eu vou indo, tenho que colocar minhas coisas no lugar, cheguei hoje de viajem. -Ele disse.

–Tudo bem, cuidado no caminho, é perigoso. -Eu disse.

–Você e sua eterna mania de se preocupar com todo mundo, pode deixar vou tomar cuidado. -Ele disse e me encarou.

–Então tá. Até. -Eu disse.

–Até. -Ele disse, mas continuou parado me encarando, eu abaixei minha cabeça porque se não era capaz de pular no pescoço dele. De repente senti duas mãos pousarem em minha cintura e logo dois braços me envolvendo em um abraço, no abraço dele, o melhor de todos os abraços. E Deus, eu realmente senti muita falta dele, o perfume dele não era mais o mesmo, e ele estava mais forte.

–Eu senti sua falta. -Sim, eu disse isso, já estava perdida mesmo.

–E eu a sua "meu anjo" . -Ele disse e ouvir o nome pelo qual ele me chamava quando eramos jovens fez o meu mundo parar, talvez eu não estivesse tão liberta dele como eu pensei. Ele me soltou e sorriu, me deu um beijo na testa e então ele foi, e me deixou no portão pensando no quão idiota e perdida eu estava.