Under the sea escrita por catniplovegood


Capítulo 5
Capitulo 4 - Sereia ?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, não eu não morri ! xD pois é... estou sem escrever por um bom tempo, e isso já estava me incomodando. Mas algumas coisas se acumularam esse mês, e não teve como eu postar capítulos, desculpem. Mas para quem está acompanhando, continuem esperando novos capítulos, e acredito que depois deste a história vai começar a se desenvolver e ficar bem mais dinâmica. Boa noite, meus cupcakes de morango !



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Eu não queria ter que ir para a escola na segunda feira. Queria poder ficar em casa, sem ter que olhar para ninguém. Sem ter que ouvir os comentários irônicos sobre "A menina do cabelo azul". Eu nunca fui de ser popular nas minhas outras escolas, sempre tive meus amigos e minha turminha, mas não era aquela garota que todos sabiam o nome, e que todos comentavam. Eu sempre me perguntava como deveria ser, uma menina assim. Sempre pensei que fosse uma coisa. Mas hoje, prefiro ser como era antes. Agora que meu nome não sai da boca das pessoas, aprendi que ser popular não é tudo. Aliás, pode se tornar uma coisa extremamente ruim, dependendo do motivo da sua popularidade.

– Vamos, Stella. Você não pode continuar assim, minha filha. Se pudesse ao menos me explicar o que aconteceu no sábado. - Minha mãe conversava comigo, enquanto puxava os lençóis da minha cama, tentando fazer com que eu levantasse e fosse para a escola. S maldita segunda feira, chegou mais depressa do que eu esperava.

Murmurei alguma coisa e virei para o outro lado. Minha mãe começou a me cutucar com força.

– Stella Di Mare, faça o que eu estou dizendo, sou a sua mãe. Você vai para escola, queria ou não. Só está passando por uma dessas crises de garotinhas. Tenho certeza de que tem haver com algum menino. - Agora, ela já estava falando em tom de ordem. A palavra "menino" ardeu em meus ouvidos, e levantei em um pulo, já armada com uma responda, lembrando da humilhação que passei por causa de Luke Pride.

– Não tem menino nenhum. E não é uma crise de garotinhas, mamãe ! Você já ouviu falar de alguma "garotinha" que ficou com os cabelos completamente azuis de uma hora para outra ? Já mãe ? - Meus olhos começaram a encher de lágrimas, ao lembrar da cena. Até mesmo as minhas amigas, pereceram ficar assustadas com o que aconteceu. E depois das mensagens, não me ligaram nem tentaram falar comigo.

Minha mãe paralisou na mesma hora. Seus olhos se arregalaram e seu queixo caiu. Ela parecia, assustada. Mas além de tudo... parecia temer por algo. Como se ela soubesse de alguma coisa, que pudesse explicar o que aconteceu comigo. Uma coisa ruim.

– Azul ? Como ? - Ela perguntou, mais calma, passando a mão sobre os cabelos. Minha mãe se apoiou em uma cadeira e sussurrou para si mesma: "Eu saiba que não devia tê-la deixado ir". Ela saiba ? Como assim ela sabia ?

– Como assim como ? Eu falo que meu cabelo ficou azul, e você simplesmente pergunta como ? - Eu estava exaltada e triste ao mesmo tempo, e minhas palavra saíram agressivas. - Como se fosse a coisa mais normal do mundo.

– Stella ! Pare de discutir e responda minha pergunta ! - Dessa vez, ela estava gritando. E percebi preocupação e tensão em seu olhar.

– Bom eu... - Fiquei mais calam, e tentei organizar os fatos. - Eu estava triste porque.... - Pensei bem, se falasse que beijei um menino da minha turma, que no momento depois estava aos beijos com uma outra garota ela piraria, então omiti essa parte. - Porque discuti com minhas amigas. Fui para perto do mar pensar e...

– Do mar ? Stella, quantas vezes eu já falei ? - Minha mãe me interrompeu.

– Mãe... era uma festa na praia. O que você esperava ?

– Um pouco mais de respeito em relação as coisas que eu peço para você !

– Tudo bem. Sinto muito. Posso continuar ?

Ela assentiu com a cabeça. Levantei e fui para frente do espelho. Uma mecha do meu cabelo ainda estava azul, mas fora isso, ele estava no seu tom original novamente. Peguei um vestido preto e comecei a me trocar.

– Então... uma onda tocou meus pés, e... e senti uma força estranha, uma conexão estranha percorrer meu corpo, dos pés até os fios do cabelo, onde ela ficou mais forte. Quando abri os olhos... as pessoas já estavam assustadas olhando para mim. Mãe, o que eu sou ?

Minha mãe piscou várias vezes, então me olhou com um olhar que ela nunca havia me lançado antes.

– Não pode estar acontecendo. - Ela falou para si mesma. Acontecendo ? O que estava acontecendo ? Resolvi não perguntar. Quando minha mãe fala sozinha, ela não escuta ninguém.

Decidi ir para escola e encara os fatos. Uma hora eu teria que aparecer. E a melhor forma de dar a volta por cima, e encarar as pessoas com a cabeça erguida. Capricho na produção, e decido mudar o vestido. Preto é muito básico, triste e depressivo.

Olho meu guarda roupas e decido por um vestido branco, na altura da coxa com mangas esvoaçantes. Sorri para mim mesma.

– Não se deixe abalar. - Disse para meu reflexo.

Peguei me minha mochila e passei apenas um gloss rosa e uma sobra azul, para não ficar muito arrumada. Me despedi da minha mãe, mas ela parecia desconfiada comigo.

***

Na escola as pessoas me olharam dos pés a cabeça quando entrei. Minhas amigas cochicharam algo enquanto eu me aproximava. Elas estavam estranhas, mas decidi ignorar. Pior do que amigas estranhas, era não ter amigas naquele momento.

– Oi, meninas. - Falei, colocando minha mochila ao na carteira ao lado da carteira da Clarisse. Ela deu um sorriso torto.

– Stee, é... nós queria perguntar uma coisa... é.... - Lisse gaguejou.

– Se for sobre meu cabelo, saibam que eu não sei de nada, e o que quer que aconteceu... eu não quero lembrar, apenas vou passar uma borracha nesse dia. Acham que podem fazer isso por mim ? - Pergunte.

– Claro. Amigas são para isso mesmo. - Lize respondeu, mas ainda sim lançou um olhar desconfiado para Lisse que levantou, discretamente os ombros.

Nesse momento, Luke Pride entrou na sala. Seu sorriso irônico continuava brilhante e ele parou por um instante quando me olhou. Luke me fitou dos pés a cabeça, e eu não tive como não corar. Prometi a mim mesma que não me afetaria mais por Luke Pride. Nesse momento Celeste pendurou-se em seu pescoço e o beijou de com toda a força. Desviei o olhar.

– Perdeu, novatinha. - A ruiva falou enquanto passava por mim, guiando Luke até um ligar próximo do dela. Eu revirei os olhos.

– Não sei você, mas eu não estava competindo por ninguém. - Respondi, no mesmo tomo. Ela riu.

– Não foi o que pareceu, querida Smurf. - Ela riu da própria piada e se calou.

Cerrei os punhos, tentando evitar o soco que estava com vontade de lançar no rosto daquela garota. Não sei o que aconteceu, não sei como. Mas no momento em que pensei na raiva de estava de Celeste e de Luke, e fiz força para fechar minha mão, os pés da cadeira da garota quebraram de vez e ela despencou com força, caindo sentada no chão.

Celeste fez uma careta e olhou para mim, confusa. Eu também não sabia o que tinha acontecido, mas não consegui conter uma gargalhada. A minha foi a primeira de muitas, e rapidamente as risadas ecoavam pela sala.

– Bruxa. - Celeste, sussurrou para mim enquanto se recompunha.

Luke me encarou mas ignorei seu olhar. Minhas amigas de entreolharam e depois me encararam :

– Foi você ? - Elas perguntaram ao mesmo tempo, sussurrando. Dei de ombros, naquele momento, eu não estava me tocando na seriedade do eu havia ocorrido.

– Claro que não. Celeste está quase uma baleia de tão gorda, mesmo. A cadeira deve ter quebrado por isso. - Falei, rindo.

Minhas amigas não riram, mas não desanimei.

***

Os boatos de que fiz a cadeira de Celeste quebrar foram se espalhando, e versões exageradas da história vinham com esses boatos. Estavam começando a me comprar com Carrie, A estanha, quando finalmente desci do salto, e aceitei a realidade.

Eu fiz aquilo.

Alguma coisa dentro de mim, fez com que minha raiva de expandisse para fora da minha cabeça e quebrasse os pés da cadeira de Celeste.

Depois disso, percebi uma coisa que eu já sabia, mas preferia que não era verdade.

Eu não sou normal. Não sou como as outras pessoas. Mas se não sou normal, o que eu sou ?

– Bruxa. - Uma menina passou, sussurrando no meu ouvido.

Bruxa ? Não, eu nem acredito nessas coisas. No mesmo momento, uma voz aguda fez com que me cabeça ardesse com o som :

– Sereia.


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Notas finais do capítulo

É isso, minha gente ! Boa noite :)



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