Under the sea escrita por catniplovegood


Capítulo 2
Capitulo 1 - A nova escola


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu estou muito nervosa - e ao mesmo tempo triste - com o rumo dessa história. É a minha primeira história original e eu estava super ansiosa para posta-la, passei dois dias sem olhar o site, imaginando quantas visualizações teriam quando eu olhasse de novo e agora... 16 visualizações ?! Nenhum comentário ! Nossa, a história está tão ruim assim ? Ok... enfim, eu não vou deixar de escrever, e muito obrigada quem pelo menos está lendo.



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Naquela manhã de segunda-feira, ensolarada e calorenta, acordei ao som de She Will Be Loved, da minha banda preferida, no despertador. Abri os olhos lentamente e virei para o outro lado. Que horas seriam ? Só por curiosidade mesmo, abri os olhos lentamente e olhei para meu celular na mesinha ao lado da cama. 7:00 ! Santo Deus !Vou chegar atrasada no meu primeiro dia de aula ! Num pulo, saio da cama e vou atrás do meu uniforme. Abro o chuveiro e tomo um banho em tempo recorde.

Hoje, é meu primeiro dia de aula em uma escola nova. Minha família vive se mudando, nunca me dizem direito o motivo mas acho estranho que sempre perto de irmos embora acontece uma tempestade, e o mar toma conta da praia. Não, nós nunca saímos da Flórida, apenas pulamos de uma cidade para outro. Isso já está ficando bem cansativo, e chato. Eu nunca consigo fazer amigos fixos, meu quarto nunca fica como eu quero... sabe, coisas de mudanças...

Olho de novo para o relógio. 7:40. Ai meu Deus, eu já estou atrasada quarenta minutos ! O que vão pensar de mim ? Visto minha farda e penteio meus cabelos. Olho-me no espelho e solto um suspiro. A cada ano que passa, eu me sinto mais estranha. Cabelos loiros e longos, já batendo em minha cintura, olhos azuis, quase cinzas e uma pele rosada como se eu pegasse sol todos os dias. E ainda tem essa mancha no ombro direito, parecia um tridente ou algo assim. Meus pais dizem que isso é sinal de nascença. Eu acho muito estranho.

Meus pais são muito legais. Minha mãe, Lori não se parece muito comigo, aliás... nem meu pai. Eu sou muito diferente de todos da minha família. E ainda tem meu irmãozinho de um ano, Toby. Minha família é bem unida, mas eu sinto que meus pais me escondem algo, as vezes entre as conversas eles se entreolham. E sinto que eles estão sempre querendo me proteger. De que... bem, isso é o que eu não sei.

– Mamãe ! Mamãe ! Mamãe ! - Grito, entrando de vez no quarto dos meus pais, que dormem tranquilamente. Deus do Céu... eu vou levar uma advertência justo no meu primeiro dia do ensino médio.

– Ahn ? Stee ? QUE FOI ? – Minha mãe senta na cama, rapidamente e meu pai a acompanha no susto. Toby começa a chorar e eu percebo que causei um pequeno caos dentro de casa. Opa ?

– Nada de mais gente... é que eu, ou chegar atrasada na escola. - Digo vermelha de vergonha por ser tão afobada. Minha mãe solta um longo suspiro de alivio e meu pai passa a mão sobre o suor imaginário em sua testa. Nesse momento, meu irmão volta a dormir tranquilamente. Eu solto um risinho abafado.

::::::::

Vou de carro com meu pai até a escola, e passamos em frente a praia. Eu amo o mar, a areia, o vento com cheiro de sal. Tudo relacionado ao mundo aquático me deixa fascinada. Minha mãe não gosta muito desse meu fanatismo, ela diz que o mar é traiçoeiro e perigoso, assim nunca deixou eu aprender a nadar. Sim, senhoras e senhores, eu sou oficialmente a pessoa mais velha que não sabe nadar - tenho 15 anos.

Quando chego, graças a Deus, o portão ainda está aberto. 8:10. Só posso entrar para o segundo horário que começa ás 8:20. Dou um beijo estalado, na bochecha do meu pai e sigo para a área do pátio. Durante todo o caminho, percebo olhares me acompanhando. Eram alunos que não me conheciam, professores curiosos e funcionários sorridentes. Não gosto de olhares focados em mim.

O sinal toca e eu tenho que ir para a sala. Vou até a recepção ver onde meu nome está. Chegando lá, encontro a diretora da escola, que me olha dos pés a cabeça.

– Senhorita Di Mare ? - Ela pergunta. Eu confirmo com a cabeça. Como ela sabe quem sou eu ? Ah, com certeza meus pais já haviam falado com todo mundo da escola. - Vejo que chegou atrasada logo em seu primeiro dia. Esses atrasados não devem se repetir. - Ela completa e sai andando. A mulher era ruiva, com cabelos na altura do ombro. Tinha uma barriga bem grande e pernas curtas e grossas.

– Desculpe pela Sra. Ellies, ela é sempre meio mal-humorada nos primeiros dias de aula... - A recepcionista fala, sorrindo gentilmente para mim. Eu concordo com a cabeça e sorrio de volta.

– Hm... você pode me dizer em que sala eu estou ? - Pergunto olhando a lista de nomes no lado de dentro do balcão de madeira.

– Seu nome é...

– Stella, Stella Di Mare. - Eu falo apressada.

– Di Mare...Di Mare, Di... Ah ! Achei ! - Ela fala, pegando uma folha com as duas mãos e olhando fixamente para ela. Eu espio com a cabeça. - Você está na sala T-9 no terceiro andar. Boa sorte. - Ela completa e eu saio andando.

T-9, terceiro andar. Subo as escadas correndo e acabo batendo em alguma coisa. Opa ! Levanto o rosto e me deparo com um menino, um pouco mais alto que eu. Cabelos castanhos bagunçados, olhos também castanhos, e um sorriso... encantador.

– Opa ! Olha por onde anda, novata. - Ele fala sorridente. Eu sinto meu rosto ficar quente, de vergonha. Sinto o menino me olhar da cabeça aos pés, e me encolho timidamente pro dentro. - Precisa de ajuda ? - Ele pergunta.

Eu nego com a cabeça. Não conseguia falar nada naquele momento.

– Tudo bem então. Nos vemos por ai, loirinha. - Ele fala e sai andando.

Eu volto para realidade e pisco várias vezes. Que idiota. Eu não consegui dar um palavra só porque esbarrei em um menino bonitinho. O que ele vai pensar de mim ? Que eu me derreto com qualquer um ? Boba, boba, boba, boa. Você nem o conhece !

Chego á sala um pouco depois do segundo horário ter começado. Bato na porta e peço licença. Um professor barrigudo e de barba branca está dentro da sala. Ele sorri para mim.

– Senhorita Stella Di Mare, não é mesmo ? - Ele pergunta. Eu confirmo com a cabeça. - Quer se apresentar para nós ? - Completa. Eu gelo. Odeio apresentações. Sou tímida demais para essas coisas.

– Tudo bem. - Digo.

Coloco minha mochila em uma cadeira no fundo da sala, e me direciono á frente novamente. Com as pernas tremendo. Olho em volta. Nenhum rosto conhecido. Exceto... Ei ! Espera ai ! É o menino do corredor.

– Bom... me-meu nome é... - Começo a gaguejar.

– Stella Di Mare. - A turma fala ao mesmo tempo, e percebo que o professor acabou de dizer isso. Todos riem, eu também, e em seguida fico vermelha.

– É isso ai. Sou a Stella, eu tenho 15 anos e me mudei para cá esse ano. - Falo. As pessoas nem piscam, olhos vidrados em mim. Uma menina de cabelos pretos quase azulados, levanta a mão.

– Você tem algum apelido, Stella ? - Ela pergunta. Eu sorrio para ela e começo a relaxar.

– Meus pais me chamam de Stee. - Revelo. Ela pisca para mim.

– De onde vem seu nome ? - Um menino loiro pergunta.

– Bom... na verdade nem eu sei. - Brinco e sorrio.

– Sabia que quer dizer Estrela do Mar ? - Uma menina ruiva pergunta. - Eu faço italiano. E bem... em italiano Stella Di Mare é Estrela Do Mar.

Fico surpresa. Não sabia a origem do meu nome, nem nunca perguntei. Porque será que meus pais me chamaram de Estrela do Mar ? Sinto um arrepio.

– Hmm... nossa ! Não sabia... - digo, pensativa. Então o menino do corredor levanta a mão.

– Você é sempre afobada ? - Ele pergunta e todos riem. Eu também, em seguida abaixo a cabeça com medo que me vejam tão vermelha quanto um tomate.

– Bem... na maior parte do tempo. - Falo e mais risos ecoam pela sala. É, parece que esse ano não vai ser assim tão difícil.

:::::::

No intervalo conheço mais algumas pessoas. A história do meu nome, não sai da minha cabeça. Descubro que a menina de cabelo preto se chama Eliza, e ela é bem legal comigo. O menino do corredor...para ser sincera, não o vi depois da aula, mas ele também estava me atormentando muito mentalmente. E olha que eu acabei de conhece-lo.

– Então Stee... posso te chamar assim ? - Eliza pergunta, nós estamos sentadas em uma mesinha no pátio. Eu, Eliza, Clarisse (que é uma amiga dela) e um menino, que provavelmente é seu pretendente.

– Claro ! - Digo, sorrindo.

– Porque você se mudou ? - Ela pergunta. Eu respiro fundo.

– Na verdade, nem eu sei. Meus pais nunca me dizem porque. Mas nos mudamos com muita frequência. - Explico. Ela concorda com a cabeça e não entra em detalhes.

– Seu cabelo é uma graça. - Clarisse se pronuncia pela primeira vez. Eu aliso as pontas do meu cabelo.

– Sério ? Eu acho ele tão... - Não completo a frase. Meu celular toca. É minha mãe. Ela pergunta se já pode ir me buscar e eu confirmo. Meus pais nunca me deixam andar sozinha.

Me despeço de minhas prováveis novas amigas e do amigo da Eliza e vou para o protão, correndo apressada como sempre. Meu tênis engata em uma pedrinha e eu tropeço. Acabo caindo de bunda no chão. AI ! Mas que desastrada. Sorrio de mim mesma. alguém cutuca meu ombro e eu viro. Meu coração dispara, é o Menino do Corredor.

– Caramba ! Assim você vai quebrar o recorde de quantidade de tombos em um dia só, menina. - Ele brinca e eu sorrio. O menino estende a mão e me ajuda a levantar. - Tudo bem ?

– Sim. - Digo baixinho. Percebo que eu não sei o seu nome. Ele, lendo meus pensamentos fala :

– Eu já sei seu nome. Mas ainda não me apresentei. - Ele fala formalmente, cobrindo uma risada. - Eu sou o Luke. - Ele completa.

Nesse momento, minha mãe chega buzinando. Eu não consigo dizer nada, apenas aceno com a mão e corro para o carro.

Falo com minha mãe o caminho todo. Nós conversamos e eu conto para ela de Eliza e Clarisse e como elas foram fofas comigo. Também conto sobre Luke e ela levanta as sobrancelhas. Nós rimos.

Ao chegar em casa, falo com meu pai e meu irmão e vou tomar banho. Ah, não ! Esqueci completamente da história do meu nome. Tomo um banho rápido e vou almoçar. Aproveito a chance para perguntar.

– Mãe. Como foi que a senhora escolheu meu nome ? - Pergunto. Ela fica paralisada e meu a pai a encara. - Me disseram na escola, que em Italiano, Stella Di Mare quer dizer estrela do mar. Você não acha isso estranho, sabe... meu nome e meu sobrenome juntos formarem isso ?

– Ahn... Fo-oi... er... - Minha mãe gagueja. Eu fico preocupada. Ai tem coisa.

– Foi sua avó quem escolheu. - Meu pai completa seguro. - Ela tinha descendência Italiana, e nós quisemos colocar seu nome Stella. aproveitamos seu sobrenome que também era Italiano para te dar esse nome.

Depois de almoçar eu vou para o meu quarto. Achei muito estranho essa história de descendência Italiana. Como eu nunca soube disso ? Fico escutando Daylight, do Maroon-5 e acabo dormindo. Durmo a tarde toda. Acabo tendo um sonho muito estranho. Minha visão estava embaçada mas eu via um bebê. Um mar agitado então escutava uma voz aguda :

– Aquela que um dia pertenceu a mim! Stella Di Mare ! Volte !

Acordo assustada e me olho no espelho. Respiro fundo e passo a mão no cabelo. Que sonho. Parecia que eu estava me afogando. Ao focar no espelho, sinto minha respiração faltar. O sonho não era a única coisa estranha. Pego o maior susto ao me ver no reflexo...


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Notas finais do capítulo

:)



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