One day escrita por Lulis


Capítulo 1
The perfect one


Notas iniciais do capítulo

Para aquela que eu mais amo, nosso dia perfeito, aquele em que viveríamos para sempre.



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Quem visse, acharia que aquela era uma cena de filme, mas eu posso te garantir que era uma cena totalmente real. E eu me lembro dela perfeitamente bem.

Era dia 20 de julho e, apesar de ser inverno, o dia estava claro e super quente, a paisagem era linda: havia uma grama bem verde, uma enorme árvore no centro e uma piscina de águas naturais. Fazíamos um pequeno piquenique baixo à sombra da árvore, ela estava encostada na árvore e eu, deitada nela. Estávamos conversando sobre filmes enquanto ela acariciava meus cabelos e eu acariciava suas pernas.

"Você me ama?" Ela perguntou de repente e eu sorri.

"Amo" Respondi simplesmente.

"Como sabe?"

"Eu apenas sei, apenas sinto" Respondi virando-me para ela "é amor, tenho certeza de que não é nada menos que isso." E ela me beijou. Deduzi que isso seria um eu te amo.

Voltei a me deitar nela e não falamos mais nada, ficando cada uma com seus próprios pensamentos. Eu sentia seu peito subir e descer de acordo com sua respiração e eu gostava disso.

"Levanta" pediu ela do seu modo educado e eu apenas resmunguei algo parecido com preguiça. "Rápido" Sempre educada. E eu levantei antes dela resolver me bater.

"Pra que você me fez levantar?"

"Pra nadar comigo" Respondeu já me puxando.

"Mas eu não quero nadar" reclamei "você nada e eu fico sentada aqui, pode ser?"

"Não, tira esse short logo e vem."

"Mas..."

"Vem" ela me interrompeu de forma mandona "por favor" e eu odiava o modo como ela sempre me ganhava. Preferi não falar mais e ir atrás dela.

Nos sentamos na beira da piscina por um tempo, até ela resolver entrar. Ela escorregou para dentro da piscina, eu prendi meu cabelo e suspirei.

"Você não vai dar pé aqui" ela riu e eu fiz careta pra ela. "Vem, amor" e eu fui.

Ficamos lá sem fazer nada, apenas conversando e aí começamos uma pequena guerrinha a qual eu perdi porque ela puxou meu pé e eu escorreguei. Ela afundou comigo apenas pra me dar um beijo e voltamos a superfície rindo enquanto eu tentava inutilmente brigar com ela. Depois disso ficamos apenas brincando e resolvemos sair. Me sequei e vesti novamente meu short. Ela ameaçou me jogar na piscina, eu a xinguei, ela me agarrou pela cintura e disse:

"Nunca que eu irei deixar você cair, está bem segura em meus braços" e beijou a ponta do meu nariz, eu ri e selei nossos lábios.

Ficamos um pouco no sol e, quando já estávamos secas, voltamos para a nossa sombra da árvore. Dessa vez, ela é quem deitara em mim e eu lia um livro enquanto ela adormecia em meu colo. Já passava das 16h quando eu decidi acordá-la.

"Psiu. Amor, acorda" a sacudi levemente e beijei seus cabelos "acorda logo, meu bem." E depois de muito tentar, ela acordou. Comemos e brincamos por um tempo até eu ter a mais brilhante ideia. "Vamos subir na árvore?" E ela rapidamente concordou.

"Aposto que eu consigo chegar mais alto que você"

"Valendo o que?" Tenho certeza que essa era a pergunta que ela esperava ouvir porque abriu um enorme sorriso.

"O que a vencedora quiser" Olhei para a árvore e depois para ela e aceitei sua aposta.

Começamos a subir, um galho de cada vez, eu sempre na frente. Depois de muitas risadas, arranhões e galhos, ela finalmente desistiu e eu subi um último galho pra mostrar que ganhei e rimos. Ela me pediu para descer pra ficar sentada com ela e foi o que eu fiz. O sol estava começando a se por e a vista estava maravilhosa, o céu meio laranja e meio rosado.

"O que você vai querer?"

"Mais tarde eu te conto" nos encaramos e rimos, eu na verdade, ria de vergonha pela risada dela.

Deitei minha cabeça em seu ombro e ela me abraçou pela cintura e assim ficamos vendo o sol se por sem falar nada.

"Quer descer?" Ela fez que sim com a cabeça e me disse pra descer na frente. Me enconstei na árvore para esperar, levei um pequeno susto quando ela pousou bem na minha frente e rimos. Ela me agarrou e me beijou, entralacei minhas mãos no seu pescoço e comecei a puxar levemente seu cabelo.

"Por que não me diz logo o que quer?" disse ela em meio a suspiros.

"Porque" a beijei "não quero na grama" e mais uma vez ela me fez rir de vergonha enquanto ela ria de mim "para, bobona" reclamei e ela se desculpou.

Começou a esfriar e resolvemos trocar de roupa, ou colocar uma roupa. Deitamos na grama e ficamos olhando o céu estrelado.

"Eu adoro as estrelas" eu falei meio sem perceber.

"Por que?"

"Bom, eu não sei se é verdade, mas dizem que as estrelas que vemos estão mortas, entende? Ou seja, elas brilham depois da morte, não podem ser esquecidas e tem as constelações. Estrelas importantes. E eu não sei, quando você olha pras estrelas, você não consegue perceber a imensidão de tudo? Elas parecem tão próximas mas também tão distantes." Ela apenas me encarava com os olhos vidrados e um sorriso. Não precisei de uma resposta pra saber que ela concordava com o que eu disse.

Passamos a noite assim, conversando sobre estrelas, planetas, galáxias e o universo no geral, acabamos pegando no sono no meio da noite, uma deitada na outra. Eu dormi feliz e posso te dizer que aquele tinha sido o melhor dia da minha vida. Com ela, as coisas fluíam tão facilmente: conversas, risadas, silêncios. Eu me sentia bem com ela de um jeito que eu não me sentia com mais ninguém. Se aquilo não era amor, só poderia ser algo ainda maior que amor.


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Notas finais do capítulo

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