Fall No More escrita por Má Rocha


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Devo sinceras desculpas a todos que acompanham a fanfic! Foi mal pela demora. Acontece que a autora que vos fala é também uma quase time lady. Sou historiadora e minha pesquisa acaba demandando muito tempo, mas vou procurar postar com mais frequência. Tomara que a espera tenha valido a pena!



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1562 – Bosque Real

– Século XVI, período do reinado de Elizabeth, a rainha não-tão-virgem e a Era de Ouro da Inglaterra. Época do descobrimento da América, muito embora eu prefira o termo “conquista”, como alguns historiadores. Época da Reforma Protestante e de Shakespeare! Suas peças foram apresentadas no Teatro Globo (que tem a forma de um polígono de 20 lados). Sinta o cheiro das árvores e do estrume de cavalo! Sinta os ares do Renascimento, Clara!

– Obrigada pela aula de História, Sherlock. Gostaria de estar tão excitada por estar perdida no meio de uma floresta medieval...

– RENASCENTISTA!

– ... floresta Renascentista quanto você. O problema é que a gente tem que achar o Doutor para ajudar o John e a Molly, lembra?

– É verdade. Preciso de foco! O que fazer quando se está perdido numa floresta inglesa do período elisabetano?

– Sei lá, nunca fui escoteira.

– É ISSO! O estrume! – exclamou Sherlock

– O estrume?

– Onde há estrume, há cavalos. Onde há cavalos, há cavaleiros!

– E o que faz você pensar que cavaleiros medie... renascentistas vão ajudar a gente?

– Nada, mas já é alguma coisa.

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2013 - UNIT

Molly já não estava aguentando ficar envolta naquele casulo gosmento e nojento pregado na parede. Quanto mais se mexia, mais grudada ficava. E aquilo fedia como o mais refinado enxofre dos infernos. Na verdade, Molly achava que os zygons seriam mais bonzinhos se tivessem-na matado. Ela já estava arrependendo do dia em que aceitou a proposta de Mycroft de se envolver com o Doutor, e cada vez mais revoltada porque Sherlock a abandonou daquele jeito. Refletiu sobre o fato que os irmãos Holmes eram responsáveis por tudo aquilo e sentiu-se boba por devotar tanto o seu trabalho e admiração aos dois. Pelo menos não era a única pessoa naquela situação. Quando foi capturada pelos aliens, viu de relance John Watson preso no casulo cheio de gosma extraterrestre ao lado.

Ela já estava resignada a se entregar à morte por casulo alienígena, quando tudo começou a se mexer. Molly só ansiava que não ficasse pior. De repente sentiu todas as fibras despregarem da parede, e caiu no chão. Ela tentou se livrar daquela substância nojenta e olhando para cima, viu o seu salvador.

– Mycroft? Onde você estava esse tempo todo?

– A UNIT não funciona se eu não estiver sempre de olho. Vamos, vocês dois! Se os zygons tiverem acesso ao Arquivo Negro, tomarão o controle do planeta! – disse Mycroft, ajudando Molly a se levantar

– Mas e Sherlock e Clara? – perguntou John

– Meu irmãozinho sabe muito bem se virar sozinho, John. E tenho certeza que Clara sabe se defender muito bem, afinal é uma companhia do Doutor.

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1562 – Bosque Real

Clara e Sherlock se aproximaram de uma comitiva cheia de cavaleiros. No meio deles, podia-se ver uma mulher ruiva de cabelos cacheados e um vestido dourado ricamente bordado.

– Ora, ora... Veja só, Clara! Elizabeth I, a própria! – exclamou Sherlock, não parecendo ligar para as lanças e espadas que os guardas da rainha apontavam para o seu peito

– Quem ousa se dirigir a mim sem as devidas reverências? – indagou Elizabeth

– Oh, nos desculpe, majestade! Sou Clara Oswald e esse é Sherlock Holmes, muito prazer – disse Clara, fazendo uma reverência desajeitada

A rainha Elizabeth se aproximou dos dois, e os encarou bem por algum tempo, o suficiente para Clara temer por sua cabeça.

– Não são parentes, pelo o que percebo. Não é muito bom uma mulher solteira e desacompanhada fazer caminhadas pelo bosque com um homem que não seja seu pai ou irmão. E vós sois de onde, senhorita Oswald e senhor Holmes? – perguntou finalmente Elizabeth

– A melhor pergunta não seria “onde”, mas “quando”, majestade. Somos do século XXI. – respondeu Sherlock Holmes

Ouvindo a resposta de Sherlock, os guardas da rainha começaram a rir incrédulos, o que não deixou a rainha contente.

– SILÊNCIO! Tudo bem... Vós podeis ser amigos do Doutor ou cópias zygon. Como posso saber se devo confiar em vós?

– Não temos como provar nada, infelizmente, majestade. Mas precisamos encontrar o Doutor o mais rápido possível, os nossos amigos estão em perigo! – disse Clara

– Bom... Se procuras pelo Doutor, estás certamente no lugar certo. Sigam-me! Se tudo ocorrer bem, ainda haverá um casamento hoje e eu preciso de testemunhas! – disse a rainha

– Casamento? Ah não! Viajo quase cinco séculos e não consigo me livrar disso. – reclamou Sherlock para Clara

– SHHHHHHHH! Você realmente quer chatear a rainha Elizabeth? – murmurou Clara

– Relaxa, a irmã má, Bloody Mary*, foi a antecessora dela e já morreu.

– Puxa, eu realmente fico mais tranquila.

Seguindo o percurso à pé, Sherlock e Clara chegaram na Torre de Londres um pouco depois de Elizabeth e seu cavaleiros.

– Bem-vindos! Essa é a Torre de Londres, irão achar o Doutor aqui. Fiquei presa por um tempo graças à minha irmã Mary, não é tão assustador quanto parece. – disse Elizabeth subindo as escadas

– Tenho certeza que sim. – disse Sherlock

Subindo vários lances de escada, o trio chegou ofegante à cela onde estava o Doutor.

– Vá em frente, abra, Clara. Não está trancado. – disse Elizabeth

Clara empurrou a pesada porta de madeira maciça e encontrou do outro lado três homens apontando chaves de fenda sônicas para ela.

– Como assim? Não estava trancada? – perguntou o homem de gravata borboleta

– Não, bobinhos. – disse Elizabeth, rindo

– Ora, ora, olá Sherlock Holmes! Você por aqui? Bom, acho que preciso fazer algumas apresentações. Esses dois são... Bem... Eu! Em uma versão um pouco desatualizada, não reparem. – disse o Doutor queixudo

O homem de All Star e o até então desconhecido velhinho barbudo e de cabelos grisalhos cumprimentaram Sherlock Holmes e Clara.

– Bom, chega de apresentações. Temos trabalho a fazer e uns zygons para pegar! – disse Elizabeth

– Pode apostar. – disse a 10ª encarnação do Doutor

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2013 – UNIT

– Olha só quantos brinquedinhos estão armazenados nesse arquivo! Aposto que os humanos não têm ideia de como lidar com toda essa tecnologia. – disse a cópia alien de John Watson

– Podemos conquistar todo o planeta em um só dia! Se eu fosse humana, diria que hoje é Natal! – disse a cópia zygon de Molly Hooper

De repente a porta do Arquivo Negro abriu, com Mycroft, Molly e John passando por ela.

– Não é não. Desculpa interromper, nós não estamos armados, precisamos ter uma conversa.

* Rainha Maria I, a sanguinária. Filha de Henrique VIII com Catarina de Aragão, meia-irmã de Elizabeth I, ganhou esse apelido porque executou milhares de protestantes durante o seu reinado. Uma fofa.


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Notas finais do capítulo

Meu lado historiadora adorou escrever esse capítulo, fanfic também é cultura hahaha! Até a próxima, obrigada pelas reviews!



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