POV KLAUS
Estava a caminho de casa quando minha cabeça havia ficado em Mystic Falls. Mais precisamente em Caroline. Como uma vampira recém criada pode acabar com anos de escuridão com um simples olhar? Eu havia perdido a razão.. a única lógica que encontrei pra isso.. Meu coração não obedecia, minha razão, nem o lado negro do meu corpo.. Eu só queria ve-la. Esse era o meu anseio. Dei meia volta e direcionei até a rota que levava a casa dela. Pouco me importava o que eu diria ou os questionamentos que ela faria.. Eu só queria ve-la. Parei diante da entrada de sua casa com a pior desculpa possivel. Notei que nem ela e nem Liz haviam chegado. Sorri com a ideia de fazer uma surpresa. Subi em seu quarto e a esperei silenciosamente. As paredes eram cor salmão que combinavam gentilmente com a coberta sobre a cama. Ela parecia amar flores, notei. Em sua mesa havia por toda parte.. Isso me fez pensar em comprar várias.. Ignorei a mim mesmo. Tudo era muito organizado (se tratando de Caroline Forbes eu não imaginava outra coisa) e isso me fez lembrar um pouco Ellijah. Abri uma de suas gavetas da pratileira.. Havia vários cartões de Natal e outras comemorações.

''Miami é lindo adoraria que viesse comigo.. Com amor, Papai.''

Era um cartão postal de seu pai. Ela nunca falava dele.. Ou pelas minhas pesquisas.. Ele se separou de Liz quando ainda tinha 5 anos. Uma parte de mim quis saber como ela reagia ao receber todo verão estes postais.. A vejo lendo, com um sorriso fraco no rosto desejando que ele viesse em Mystic Falls. Meus pensamentos se foram ao ouvir um barulho de porta batendo. Ela chegou. Dizia meu coração e minha percepção ao sentir o cheiro dela. Guardei na gaveta cuidadosamente e esperei atrás de sua cortina, queria aparecer de uma forma menos assustadora (tolice para alguém como eu). Ela abriu a porta do quarto, deitou na cama e deu um suspiro. Apareci já sentado na beira de sua cama, minha cara condenava o que eu sentia: EU A QUERIA.
–Espero que esteja disposta.. ao menos para uma conversa. -falei- Ela me encarou, sem entender o porque de eu estar ali. Se endireitou na cama, numa distância confortável de mim para minha surpresa.
–Klaus.. O que faz aqui? -disse tentando encontrar as palavras certas, eu sorri sem jeito-
–Não sei nem o porque.. Só precisava.. Ver se estava bem. -disse, eu não acreditava no que minha boca acabara de dizer, eu estava ficando sem razão.. era isso o porque de tudo.
–Eu tô.. Obrigada por se preocupar mas.. Já pode ir. -ela tentou parecer fria mas algo me dizia que ela estava mentindo, que eu tinha que estar ali, naquele momento.. Eu me aproximei, parado diante dos seus olhos, ela me olhava fixamente.
–Porque age assim comigo? Não vê que em você eu NUNCA faria nenhum mau? -minhas palavras sairam mais rápidas do que meu pensamento.. Caroline arfava mais que o normal, se ela tivesse um coração.. agora este estaria a mil por hora.
–Klaus.. Não faz isso.. Não comigo.. Eu já sofri bastante pelo Tyler.. Não me faça querer sofrer por você. -ela desviava seu olhar, como ela conseguia ser tão.. importante pra mim? Que feitiço ela jogou em mim? Me aproximei dela, peguei sua mão olhei fundo em seus olhos e disse.
–Eu não sou como ele.. Eu.. -quando ia dizer mais alguma coisa ou..beija-la, seu celular toca e em um impulso ela solta da minha mão e atende. Algo me dizia que aquilo ia afetar a ela.. ia afetar a mim.

POV CAROLINE
– Alô? -atendi no primeiro toque, a conversa entre mim e Klaus estava se aprofundando demais e eu via o final dessa história: eu, sozinha, chorando. Não.. Não dessa vez.
– Caroline Forbes? -disse uma voz masculina no outro lado da linha-
– Sim é ela. -Klaus fico de pé, parado em frente a porta. Eu queria faze-lo ficar mas..
– Sua mãe sofreu um grave acidente, ela está hospitalizada.. mas passa bem. Ela pediu que te avisasse.
– Acidente?? -minha voz sobresaiu num salto, Klaus me encaro preocupado-
– Ela foi.. fortemente machucada. Não sei como dizer mas.. Venha, vou passar o endereço.
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Minha cabeça não pensava direito, só estava em minha mãe. Quem poderia ter feito mau á ela? Ela tomava verbena á tempos e era do conselho da cidade. Sabia de todo vampiro que se aproximava de qualquer local próximo a Mystic Falls.. Não dava pra entender. Klaus havia ficado do meu lado após o momento da ligação, estava mais pensativo do que nunca e não compartilhava nada comigo e isso me atormentava. Já nãs bastasse minha mãe tirar meu sono.. Ele ainda quer tirar minha razão. Caminhamos em silêncio até seu carro e fomos até o hospital. Permanecemos calados o caminho inteiro. Subimos até o andar e me deparei com minha mãe em uma cama, deitada... completamente pálida envolta de tubos... aquilo doeu em mim mais que qualquer coisa. Klaus notou e colocou uma de suas mãos em meu ombro. Eu me surpreendi com a reação dele.. como ele podia sentir pena de uma simples mortal? (ele via assim todos os humanos, eu repudiava esse pensamento dele) Ou compaixão de uma mera vampira? Em um impulso minha mão encontrou a dele. Ficamos assim por minutos.. Até que minha mãe acordou. Me soltei daquele entrelaço.
– Caroline? -chamou ela me vendo na fresta dos olhos tentando os abrir. Caminhei até ela colocando minha mão em seu rosto.
–Tô aqui mamãe.. O que aconteceu? -não me contive mas as palavras saíram da minha boca rápido demais.. ela olhou para Klaus e depois para mim sem entender.
– O que ele está fazendo aqui? -questionou minha mãe, na verdade eu também queria saber.
– Oi Liz, sinto muito pelo que aconteceu.. Eu estava com Caroliine quando a avisaram. -disse Klaus, parecia realmente preocupado e eu surpresa mais uma vez pela sua atitude. Eu o olhei e sorri de gratidão, minha mãe nos encarou e voltou a falar com ele.
– Obrigada por ter ficado com ela Niklaus. -agradeceu, disse cansada- ele mexeu a cabeça e em fração de segundos minha mãe dormiu. Ela virou seu corpo afim que ficasse confortável notei que havia arranhados em seu pescoço, encarei Klaus que se aproximou pra ver, disfarçando.
– O que é isso? -sussurei pra ele, Klaus me encaro parecia pedir permissão para que pudesse encostar a mão no pescoço da minha mãe achei engraçado isso, sorri e ele revirou os olhos. Colocou delicadamente a palma da mão nas cicatrizes dos arranhões.. seu rosto ficou vazio. - O que é isso Klaus? Me fala.. -pedi- Ele me encarou.
– Não foram vampiros que machucaram sua mãe.. -suspirei aliviada- -Foram lobisomens.
– FOI O QUE??–minha voz elevou 3 oitavas. Klaus me tirou do quarto, me levando até o corredor do hospital. Eu não entendia o porque. Lobisomens machucaram minha mãe? Porque fariam isso?
– As cicatrizes dela são de lobisomens.. Um vampiro não faria tal feito tão grande ou fundo. -analisou ele-
– Porque fizeram isso com ela? -minha voz saiu quase inaudível, eu não aceitava o fato de minha mãe ter quase morrido por um... eu não encontrava a palavra certa pra definir no momento. Klaus se aproximou afim de me abraçar, eu quis retribui mas de gesto mau pensado o ignorei e atendi o celular.
– Sim? -minha voz mau saia-
– Car, precisamos conversar sobre algo muito sério.. Venha até a casa dos Salvatore.. É urgente. -disse Elena não gostei do tom de voz, parecia triste com uma mistura alarmante-
– É mesmo necessário? Porque olha.. Minha mãe está horrivelmente machucada em um hospital e eu não a quero deixar sozinha.. -falei- Klaus fez um sinal de que ficaria no hospital a protegendo-
– Sim.. É sobre o que aconteceu com sua mãe.
– Estarei ai em 5 minutos. Desliguei o telefone. Me virei para Klaus, sua expressão era de seriedade ou preocupação.. Não consegui distinguir.
– Klaus.. eu preciso sair.. Você realmente quer ficar com ela aqui? -não que eu não confiasse nele, mas talvez ele não fosse do tipo babá.. ainda mais com humanos-
– Sim. Foi só o que ele respondeu e eu já estava porta afora do hospital.