– Sua ironia me enoja, Katarina -Diz Jenny

– John, você esta bem ? - pergunta Ana, eu estava com dor de cabeça a via um tempo, mas não me preocupara, agora tudo estava girando e tudo começou a escurecer, as únicas coisa que eu conseguira ouvir meu nome, do nada imagens começaram a aparecer como se fossem flashbacks, gritos de pessoas sendo torturadas, em uma casa a marca negra fora invocada, Jenny estava caída ao meu lado, morta.

Os flashbacks foram se apagando lentamente e eu me encontrei em outro lugar, com se estivesse realmente presenciando a cena
Acima de minha escola jazia a marca negra, no céu escuro
Jenny estava ao meu lado seu rosto deixava claro oque havia acontecido na escola, um massacre

Eu senti uma mesca de raiva com confusão e medo. A única coisa que me importava era a vingança

–Você nunca devia ter lido aquele livro!- diz Jenny com lagrimas nos olhos

Eu acordei surpreso, não havia sinal da marca negra e eu estava na enfermaria da escola.

Olhares curiosos se dirigiam a mim, Jenny, Kat, Ana, a enfermeira e um gigante homem barbudo olhavam para mim

–Oi John, você está bem?- pergunta Jenny sorrindo

–Sim. Oque houve?- pergunto nervoso

–Você não se lembra?- pergunta Ana

Eu balanço a cabeça negativamente

–Eu estava conversando com vocês e... Não me lembro de nada a partir disso- eu decididamente não revelaria meu sonho para a enfermeira e para aquele homem, eu não os conhecia

–Bem, você começou a cambalear do nada e caiu desmaido.- Diz Kat

–E depois ficou murmurando sobre a Marca negra, tem certeza de que está tudo bem?- pergunta Jenny preocupada

–Sim, Jenny. Mas como vim parar aqui?- pergunto

–Eu te trouxe- diz o homem- Prazer, sou Patrik o Guarda caça da escola.

–Prazer Patrik eu sou John, mas como você me encontrou?- pergunto curioso

–Você tem amigas escandalosas. Eu ouvi varios gritos e quando fui verificar de onde vinham achei você caido e 3 garotas berrando-diz o guarda caça

–Eu... Quer dizer...Nós estavamos preocupadas com você John!- Diz Jenny corando

– Jenny você está - Disse Ana rindo - corada ?

– Não, você esta maluca Ana - disse Jenny enquanto tentava esconder seu rosto

– MENINAS - Digo um pouco alto - eu preciso dizer algo importante .

–Deixa comigo- diz Kat explusando todos da enfermaria, inclusive a enfeira que estava aos berros, e trancando a porta-Pronto

–Oque aconteceu?- pergunta Jenny, curiosa

–Uma coisa estranha aconteceu quando eu desmaiei...- contei minha visão em detalhes, ocultando a parte em que Jenny estava morta

–Nossa, você vislumbrou o futuro?- pergunta Ana

–Eu espero que não!- digo, pensando em Jenny morta

–Isso é perigoso, temos que entregar as coisas logo para o Magnus!- diz Jenny

–Então é melhor encontrarmos tudo logo!- digo me levantando da maca da enfermaria

Kat destranca a porta e a enfermeira grita conosco, depois me examina umas vinte vezes, de cara feia antes de me dar alta, então eu agradeço a ela e a Patrik sem graça.

Quando estavamos saindo, encontro um corredor imundo, e os irmãos gemeos de Ronald gargalhando enquanto eram perseguidos pelo zelador Flint:

–Se um dia eu pegar vocês, consideremse mortos- gritava Flint em quando os gemeos, Gustavo e Fausto faziam caretas e imitavam o zelador, que ficava cada vez mais vermelho

–No dia que ele pegar vocês, eu vou morrerde tanto rir - disse Jenny cruzando os braços.

– Que pena Jenny que isso nunca vai acontecer - disse Gustavo a imitando .

– Exatamente, quando o Flint nos pegar eu juro que jogo futebol de saia. - Disse Fausto rindo.

–Então compre logo uma saia!- diz Jenny fazendo careta

–Deixa eles se divertirem, temos outras coisas para fazer- digo puxando o braço dela

–Se eu fosse monitora eu fazia voces limparem o chão vestidos de faxineira- resmunga Jenny nos seguindo

Em quanto rodavamos pelo corredor vemos Diego no bebedouro, então eu aponto para ele e Jenny caminha até lá.

Então Jenny encosta a varinha dela ba nuca dele e sussura alguma coisa no ouvido dele

–Você ficou louca? Eu nunca vou entregar minha...- ele tenta dizer

–Imperio- diz Jenny

Então Diego entrega a varinha e volta a beber agua

–Foi mais facil do que eu pensava!- diz Jenny sorrindo

–Eu diria que foi facil demais- diz Ana desconfiada

–Concordo - diz Kat

–Deixem de se preocupar, agora só falta a pedra?- pergunta a Jenny

–Sim!- digo

–Então vamos ter que começar a procurar- diz Ana sorrindo

– Vamos procurar depois, agora eu temos aula de Química- digo

Então Kat finge vomitar e todos nós rimos

Depois de duas aulas entediantes de química, eu e Jenny voltamos a pé para casa, o caminho foi praticamente silencioso, quando estavamos chegando a casa de Jenny decidi quebrar o silêncio:

–Tomara que tudo acabe bem!- digo

–É- murmura Jenny abrindo a porta de casa e entrando, então eu fecho a porta e nos dirigimos até o quarto dela, como faziamos todos os dias, em silencio

Então eu acabo soltando uma coisa que martelava minha cabeça:

–Então... Oque disse para o Diego?- digo de braços cruzados e cara amarrada

–Nada demais, não vai ficar com ciumes nisso néh?- ela diz revirando os olhos

Eu descruzo os braços, mas minha cara continua amarrada

–Não, não sou tão ridículo- digo vermelho

–Ok, então como vamos conseguir a pedra da ressureição a tempo?- ela pergunta, mudando de assunto

–Pergunta para o Diego!- digo

– Ah deixa de ser manhoso!- diz Jenny

Então Jenny caminha pelo quarto e liga o radio, estava tocando a musica " Let Her Go" do Passenger.

– Adoro essa musica- diz Jenny sorrindo- dança comigo?

Eu hesito por um instante, mas aceito. Então ela segura uma de minhas mãos e coloca a mão em meu ombro e eu coloco a mão em sua cintura.

–Você quer mesmo saber oque eu disse para o Diego- sussurra Jenny colocando a cabeça em meu peito- eu disse " Me passa sua varinha, se não eu te dou um soco na cara!".

Eu sorrio para ela

–Eu te amo John Stark- ela sussurra

–Eu também te amo Jenny- digo

A mão dela desliza do meu ombro para minha nuca

E eu acaricio seu rosto com o polegar, então eu me aproximo e ela fecha os olhos

Então recebo um dos melhores beijos da minha vida.

Quando eu abro os olhos me deparo com uma Jenny sorridente

–Isso é errado...- tento dizer

–Não é! Cansei de ficar de luto, eu te amo John. E nada vai estragar esse momento!- ela diz

Eu fico perplexo, então faço a unica coisa que consigo

A puxo para mais perto

–Você tem razão. Nada pode estragar esse momento!- digo dando outro beijo nela

Não podiamos estar mais engados

Um grito nos assusta, Jenny e eu nos soltamos e corremos para ver quem os havia produzido

Corremos até a cozinha e entramos a mãe e o pai de Jenny caidos no chão,vivos, com uma pessoa em cima deles

– Não pode ser!- digo espantado

Rony estava em cima dos pais de Jenny, bom, oque sobrou do Rony
Se corpo estava em decomposição, tinhas enormes buracos em sua pele e ele sorria maliciosamente

–Mas eu vi ele morrer, eu fui no enterro dele!- digo

–Não é ele de verdade, é um Inferi. Um feitiço das trevas que "ressucita" mortos. Tranformando-os em servos pessoais- diz Jenny, com lagrimas nos olhos e os cantos dos labios tremento

O Rony andou até Jenny tentou golpea-la, mas eu o atiro para longe e pego um facão no armario

Jenny estava em estado de choque, não conseguia se mover. Assim como seus pais. Que estavam assustados no chão da cozinha

Rony se levanta e parte para cima de mim. Eu golpeio seu braço com o facão, decepando-o

Isso tirou Jenny do transe, ela correu para fora da cozinha e voltou com a varinha em punho

–Petrificus Totalus- Jenny Grita, fazendo Rony cair no chão , petrificado

–Oque eles fizeram com você?- ela pergunta para o Zumbi Rony- Não vai ficar assim!

Eu nunca vi Jenny tão decidida

– Jenny, o que você vai fazer ? - pergunto a olhando.

– Não sei exatamente -diz Jenny sentando no chão e cobrindo o rosto com as mãos.

– Não fica assim Jenny - Digo me sentando ao lado dela, passo meu braço por cima dos ombros de Jenny, a trazendo mais perto de mim e sussurro - Vai ficar tudo bem.

Ficamos sentados por um longo tempo até que Jenny se levanta rapidamente, com ódio no olhar e abre a porta da cozinha

–Para onde você vai?- pergunto

–Eu vou ter uma uma conversinha com o Thomas!- ela diz

–Jenny, não- digo segurando seu braço

–Me solta, eu vou bater com essa varinha nele até ele sangrar- ela diz descontrolada

–Não Jenny, temos outra coisa para fazer- digo

–Oque exatamente?- ela pergunta

– Alexia vai nos contar uns segredos, que podem ser úteis..- tento dizer

–Eu estou me lascando para essa daí- diz ela

Em um gesto rapido eu tomo a varinha da mão dela e grito "Petrificus Totalus", petrificando ela

–Foi mal, mas você não me deu outra escolha- digo pegando ela no colo e andando até a casa de Alexia

Cheguei lá alguns minutos antes do combinado, mas todos os nossos amigos estavam lá, inclusive Peter e Harold.

Eu coloco Jenny no sofá e despetrifico ela, em seguida lhe entrego sua varinha

Ela me dá um soco no estomago , fecha a cara e cruza os braços

Então eu explico a todos sobre o incidente na casa de Jenny, e um tumulto ocorre na sala

Alexia levanta a mão direita, para pedir nosso silencio, e quando obtem olha diretamente para Gabi, pedido autorização para contar

Gabi para de roer as unhas e faz um gesto afirmativo com a cabeça

–Uma civilização chamada Guardiões de Histórias era a única que podia transitar entre os livros- disse Alexia

–Disso nós sabemos- diz Ana

–Eu ainda não acabei- diz Alexia- continuando, nessa civilização existia um homem chamado Josh, e ele se apaixonou por uma personagem de um dos livros pelos quais devia zelar. Infelizmente, essa personagem morreu. Isso deixou Josh maluco- ela disse

Todos nos olhamos, surpresos

–Desde então Josh procurou um modo de traze-la de volta a vida. Procurou por anos, até que encontrou uma velha maldição. Ela servia para aprisionar os personagens no mundo real. Os vivos...- fez uma pausa dramatica- ... E os mortos.

"Isso explicava muita coisa" pensei

– Mas para isso ele precisaria de 2 Guardiões adultos, ele e mais um. Ele pediu para cada Guadião que existia, mas todos riram dele. Então ele foi pelo caminho mais fácil, sequestrando duas crianças. Como uma criança vale como meio adulto, então a maldição funcionaria. Mas tinha um problema.- ela disse

– E qual era?- pergunta Jenny, vencida pela curiosidade

– A maldição mata todos os guardiões que ficam, ou seja, ele extinguiu a raça- diz Alexia

–Mas como vocês sabem de tudo isso? Não é citado no livro- pergunta Ana

– Porque eu era uma das crianças!- diz Gabi em voz alta

O tumulto recomeça, mas Alexia levanta a mão novamente e nos calamos

–Todo Guardião de Histórias tem direito a um "assistente" por falta de palavra melhor. Eles podem invocar um personagem de conto de fadas para ajudá-lo. Mas o " assistente" é único e insubstituível. Os Guardiões só podem invocar um durante sua vida. E é por isso que estou aqui- diz Alexia

– Eu a invoquei depois que cheguei aqui, estava com medo e precisava de compania. Me sentia como a a Alice do conto, perdida em uma terra desconhecida.

Acho que é por isso que ela é a Alice- diz Gabi

– Mudando de assunto, como vocês sabiam do livro?- pergunto, era esse o real motivo de eu ter andado até lá

–Porque foi eu que escrevi!- diz Gabi- foi ideia da Alexia, o livro serviria para atrair o guardião. Então usamos a nevoa para implantar pelo menos 1 volune em cada sebo ou livraria dessa cidade

–E vocês pensam que eu sou um guardião?- pergunto

– Sim, é por isso que resolvemos lhe contar tudo isso. Para fazer um teste- diz Alexia- se você conseguir invocar um "assistente" vamos ter a nossa resposta!
Eu olho para Jenny preocupado e ela desiste de ficar brava comigo, se senta ao meu lado e me abraça

– Vai ficar tudo bem!- ela sussurra, e eu decido acreditar.

Eu finalmente vou saber quem eu sou.

"Vai ficar tudo bem"

– Mas se eu for um personagem, eu vou poder transitar pelos livros ? - pergunto para Gabi

– Eu acho que não - Disse Gabriela.

– Como assim você acha ? - Questiona Ana

– Isso é muito incerto, entende, ninguém sabe exatamente se os personagens podem ou não transitar pelos livros

–Então é melhor que eu seja um guardião- digo sorrindo, e me levanto do sofá- vamos, preciso descobrir quem eu sou!