“Porque eu vi o amor morrer

Tantas e tantas vezes

Quando merecia ficar vivo”

Percy:

Eu fui em casa pegar um presente pra Annie. Era um colar e um anel que meu pai deu para minha mãe, quando eles começaram a namorar. Mas ainda não vou pedir... Só irei entregá-la. Quando for mesmo um pedido de namoro, eu darei outra coisa. Não pensem nada no sentido malicioso, obrigado.

Quando cheguei na praia, a Annie não estava perto deles e quando eu perguntei onde ela estava, disseram que ela foi atender o telefone.

A Thalia me apontou e eu comecei a andar, ela estava apoiada no muro de um restaurante e estava com um sorrisinho no rosto.

Me aproximei dela e não pude deixar de ouvir a conversa:

— Oi, meu amor – A Annie falou. 'Pera... AMOR?? – Também tô com saudades, mas eu prometo que eu volto logo, tá? – Ela esperou um tempo – Tenho que desligar. Parabéns meu anjo, vou levar alguma coisa daqui pra você. Também estou com muitas saudades. Tchau, Tobias.

Espera, como assim? Ela não tinha se separado há pouco tempo? Não tava sozinha? Não tava comigo?

Depois de ouvir a conversa, saí correndo, nem sei se ela me viu. Passei reto pela Lia, que ficou sem entender nada.

Annabeth:

Estava na praia com as meninas, esperando o Percy, acho que estou gostando dele e a Lia disse que achava que ele gosta de mim também!

Aí meu celular tocou, era lá de casa. Meu Deus. Hoje é aniversário do Tobias e da Tris.

Fui para um bar que tinha perto e atendi o celular, apoiada na mureta do bar.

— Alô. – Falei.

— Oi, filha.

— Oi, pai. Tudo bom?

— Tudo sim, filha. — Ouvi hesitação na sua fala, mas ele continuou: — Como está sendo a viajem?

— Tá ótima! Acredita que eu encontrei a Thalia? Cadê a Tris e o Tobias? Quero falar com eles.

— Encontrou a Thalia? Que surpresa! A Tris tá aqui, mas o Tobias está no quarto.

— Então deixa eu falar com ela.

— Tá.

Pouco depois, escuto a voz fofa da Tris:

— Oiiii, Annie! — falou ela – Você tá bem? Você disse que viria hoje.

— Tô sim, princesa. Desculpe, mas eu não pude ir. Feliz aniversário e muitos anos de vida tá. Como está?

— Eu tô bem. 'Pere, o Tobias tá aqui. — eu a voz deles longe:

— Tobias! Larga o telefone!

— Eu quero falar com ela!

— Eu cheguei primeiro.

— Tris, dê o telefone ao seu irmão. — ouvi a voz do meu pai e me controlei para não rir.

— Oi, Annie!

— Oi, meu amor!

— Tô com saudade. — diz ele.

— Também tô com saudades, mas eu prometo que eu volto logo, tá?

— Tudo bem. Tris! Larga o telefone ou eu chamo o papai.

— Tenho que desligar. Parabéns meu anjo, vou levar alguma coisa daqui pra vocês. Tchau, Tobias.

— Tchau, maninha.

Desliguei.

Nessa hora, vi alguém sair correndo e deixou alguma coisa cair. Me abaixei e vi uma pulseira linda e tinha um papelzinho com meu nome.

Será que era o Percy? E se ele ouviu? Ai, minha nossa senhora da chinela colorida! Fudeu tudo. Ele deve ter confundido as bagaças todas!

Fui atrás da Thalia, que disse que o Percy passou por lá e saiu correndo na direção de sua casa.

Não pensei duas vezes, coloquei a blusa da Thalia e fui correndo, segurando a pulseira na mão.

Ai, minha nossa senhora da bicicletinha! Será que ele tá mesmo em casa? É bom que sim. Não sei que parte da conversa que ele ouviu pra sair daquele jeito.

Cheguei em sua casa e bati na porta.

ψ

“É assim que você parte um coração

Os garotos gostam de um pouco de perigo”

Percy:

Toc, toc.

Ouvi a porta. Será que Thalia esqueceu as chaves – de novo? Ou o meu pai? E por que ele chegaria tão cedo?

Fui atender a porta. Me levantei e abri a porta, quando vi, tinha um par de olhos cinzas me olhando, tristes.

— Percy.

— Annabeth.

— Posso entrar?

— Vai... Entra.

— O que aconteceu lá na praia? A Thalia falou que viu você sair correndo.

— O que eu vi? Você não sabe? Annie, pensei que depois de ontem, poderia rolar alguma coisa entre nós.

— Eu também achava, Percy. Ainda acho.

— E o seu namorado?

— Namorado? – Ela parecia surpresa e confusa.

— É, Annabeth. O tal de Tobias. Que você tava conversando no celular.

— Tobias? – Ela começou a rir. E depois eu que sou doido... – Percy, eu não curto incesto. Nem pedofilia. — ela tava vermelha de tanto rir, achei que ela ia morrer ali.

— Como assim?

— Percy, o Tobi é meu meio-irmão, de seis anos. Hoje é o aniversário dele e da Tris, e como eu não tava lá, liguei.

— Irmão? — perguntei corando.

— É. Ele é filho do meu pai e minha madrasta.

— Er... Desculpa, então?

— Claro. Foi só um mal-entendido – Ela sorriu – Olha, você esqueceu isso. – Pôs a mão no bolso e tirou a pulseira que eu queria dar pra ela. – Toma. – Ela falou, me estendendo o anel.

— Annie, espere um pouquinho. Já volto.

— Tá. Fui no sofá e peguei o colar que era da minha mãe.

— Annie...

Ela olhou nos meus olhos e disse:

— Oi?

— Você vai achar que é muito cedo, mas eu gosto muito de você.

— Eu também... Gosto de muito de mim. – Riu ela. Torci um nariz.

— Haha! – Ri falsamente. – É sério.

— Tô brincando, Percy. Eu também gosto muito de você.

— Então, Annie... Quer namorar comigo?

Dito isso, ela me abraçou e me beijou, foi um beijo calmo, como se mostrássemos o que sentíamos há um tempo. Quando nos separamos, eu falei:

— Isso é um sim? – Perguntei, respirando rapidamente.

— Não. – Disse ela, sorrindo – Eu sou uma destruidora de corações e beijo os caras apaixonados por mim para depois dizer não. – E me beijou de novo.

É. Isso foi um sim.

— Gostou do anel? – Perguntei assim que nos separamos.

— Amei! Ele é lindo!

— Me dê a mão. – Ela estendeu a mão direita e eu pus o anel no dedo anelar. – Agora feche os olhos.

Quando ela fez isso, coloquei a mão no bolso e tirei o colar. A levei até um espelho que tinha lá e coloquei o colar em seu pescoço. Dei um beijinho lá – ela se arrepiou um pouco – e pedi pra ela abrir os olhos.

Annabeth:

Sou namorada do Percy. É oficial agora.

Fiquei pensando isso, de olhos fechados. Quando ele pediu pra abrir, vi que estava com um colar. Ele tinha uma âncora dourada com enfeitezinhos.

— É lindo, Percy. – Falei olhando no espelho. Me virei e o abracei. – Obrigada.

— De nada.

Então comecei a beijá-lo. Fomos aprofundando o beijo, e em pouco tempo, ele me apertou contra a parede. Coloquei as pernas ao redor de sua cintura. Nos separamos, pela falta de ar e ele começou a dar beijinhos e alguns chupões de leve no meu pescoço.

— P-percy. — gemi.

— Hum?

— Tem alguém em casa além de nós dois?

Ele olhou pra mim e falou:

— Não.

— Que bom.

— Por quê? - Ele perguntou, dando um sorriso malicioso.

— Sei lá. A gente podia fazer alguma coisa – Sugeri eu. Não me levem a mal, mas ficar sozinha com o namorado gostoso sem fazer nada é difícil.

— Que tipo de coisa?

— Você sabe...

— Você tem segundas intenções comigo? – Perguntou ele, como o bom menino obediente (n/mundo: SÓ QUE NÃO!) que ele é.

— E terceiras e quartas.

— Elas são boas ou más?

Sorri maliciosa.

— Péssimas. – Respondi.

— Então vamos fazer essas coisas. – Ele disse.

Ele começou a subir as escadas,e eu fui atrás. Subimos e entramos em quarto com porta branca. Deveria ser o quarto dele.

As paredes eram listradas em vários tons de azul e banco. No meio tinha uma cama de casal branca. Numa parede, estava um guarda-roupa, e ao lado uma porta, acho que é o banheiro.

— E esse é o meu quarto.

Então sem mais delongas o beijei. Foi um daqueles beijos de você perder o ar só olhando. Fomos em direção a cama, e ele me deitou lá. Parou o beijo e começou a tirar minha blusa, e eu beijei e chupei seu pescoço.

— Aí fica díficil – Disse ele. Parei um pouco e ele conseguiu tirar a blusa. Eu ainda estava com o biquíni. – Sabia que eu gosto muito de azul?

Dito isso, ele começou a me beijar de novo e eu tirei a sua blusa. Estava indo pra calça, só que a porta abriu e alguém entrou falando:

— Percy, sabe da Annie? Ela falou que vinha ver você... – Acho que ela notou a situação em que estávamos, porque falou envergonhada: – Desculpe.

Eu ainda te mato, Thalia!

Thalia:

Depois de quase uma hora, a Annie ainda não tinha voltado para a praia, eu, como a boa amiga que sou, tomei um decisão (n/Fire: Isso soou bem determinado e importante):

— Gente, eu vou atrás da Annie lá em casa.

— Ok. – Disse Rachel.

Olhei para os outros, todos assentiram, menos o Nico. Ele se levantou e perguntou:

— Posso ir com você?

— Sim.

E fomos conversando sobre coisas banais, até que eu tomei coragem e falei:

— Ahn... Nico, você lembra de mim?

— Hã?

— Eu perguntei se você lembra de mim! – Me estressei.

— Claro que sim.

— Que bom. Itália.

Ele sorriu.

— Itália. – Repetiu.

Conversamos sobre os bons tempos na Itália, até chegamos em casa.

— Quer entrar?

— Prefiro ficar torrando no Sol, sabe? – Ele disse, sorrindo.

Ri e dei um tapa na sua cabeça. Ele entrou e eu fechei a porta.

Cheguei na escada, peguei meu celular e tentei ligar para a Annie. Ela não atendeu.

Não bati na porta e fui entrando no quarto do Percy, com o meu celular, e falei:

— Percy, sabe da Annie? Ela falou que vinha ver você... – Aí eu vi a Annie sem a blusa e o Percy em cima dela, também sem blusa. – Desculpe. – E saí.

Percy:

Thalia, sua empata foda. Sério. Vocês ainda verão uma foto dela no jornal, com legenda "Assassinada".

— Ela tinha que atrapalhar tudo, né? – Falei bravo, já vestindo a blusa.

— Calma, Percy... Ela só ficou preocupada. E falando nisso vou descer pra falar com ela.

— E eu?

— Já brochou tudo, mesmo. – Disse ela.

Depois me deu um beijo na bochecha e desceu, vestindo a blusa.

Annabeth:

Dei um beijo na bochecha dele, e desci.

Quando cheguei na sala, vi a Tha e o Nico se beijando. Resolvi ser boazinha e não interromper. Mas pensei: "Peguei no flagra!".

Então subi, e eu e o Percy ficamos conversando até o clima esquentar novamente.

Eu deitei na cama e o puxei, dando-o um beijo caloroso e arrancando sua blusa, porque eu era impaciente pra caralho.