Call Me With The Past escrita por QueenD, Mary Crovenew


Capítulo 4
Capítulo 3 - Assassiner avec atténuante


Notas iniciais do capítulo

OI GENTE, to postando esse capítulo na correria porque agorinha vou viajar e compartilhei isso com vocês porque sim. Beijos e boa leitura
OIIIIIIIIII a Queen vai viajar, mas eu que não tenho vida vou ficar aqui (vendo comédias românticas e comendo chocolate). Enquanto isso ela vai pra praia ser sexy. (Querida, eu não preciso ir pra praia pra ser sexy kddyofi)



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– Dãã eu vou arranjar briga com um velho e esbofetar a cara dele! - disse Mittie em uma imitação ligeiramente irônica e demente da voz de Kath.

– Você teria feito a mesma coisa se tivesse coragem!
Esse foi o meu despertador da manhã de segunda-feira. Melódico e agradável, ou não.

– A questão não é essa!

Esse era um daqueles momentos únicos e estranhos da vida, onde Kathryn, que era sempre responsável, estava recebendo uma bronca de Mittigan, que assim como eu sempre teve problemas para controlar seus impulsos. Talvez fosse essa a razão para brigarmos tanto.

– Tem razão, a questão é que algumas pessoas apreciariam o silêncio matinal – me intrometi mal humorada.

– Parece que alguém não dormiu muito bem... - Kath retrucou, parecia contende por ter a discussão interrompida.

– Mas agora que acordou, a senhorita poderia explicar o que foi aquilo ontem? – tinha a leve impressão de que Mittie estava adorando agir dessa forma.

– Aquilo o que?

– Talvez algo relacionado a um “fantasma”? – droga.

– Pareceu que você ia desmaiar – completou Kath. Ótimo, todos contra Callie!

– Humm... Que horas são? – tentei fugir do assunto olhando para o relógio digital no criado-mudo.

08:45

08:45

08:45

Eu iria me atrasar!

– Tenho que ir – me levantei já pegando a roupa e me dirigindo ao banheiro

Era o primeiro dia do meu curso de verão e eu detestava chegar atrasada em compromissos, imagine aquela sala cheia de pessoas em silêncio. Todas com olhares inquisidores dirigidos à você. Já pronta cruzei o quarto apressadamente pegando minha bolsa.

– Você pode ter escapado agora, mas na hora do almoço exigimos uma explicação – Mittie estava começando a me irritar.

– Pode deixar – revirei os olhos saindo para o corredor.

Apertei insistentemente os botões do elevador, as portas finalmente se abriram. Ufa! Entrei sem hesitar.
***

Depois de descer a estação de metrô mais próxima caminhei, ou melhor, corri pelas ruas de Paris até finalmente encontrar um prédio com a placa “Paris College of Art” e atravessar as portas de vidro. Chequei o relógio “09:12”. Doze minutos seriam suficientes para chamar muita aten... Meus pensamentos foram interrompidos pelo impacto do meu corpo contra o de outra pessoa.

– Desculpe! – a menina me olhou confusa – Pardon – corrigi minha falha, mas ela já não prestava atenção em mim. Alterei meu campo de visão por curiosidade, me deparei com algo que não pretendia ver: O GAROTO DA BALADA! “Se algo pode dar errado, dará”, a Lei de Murphy nunca fez tanto sentido.

– Camille! – acenou.

– Brandon! – a morena respondeu, os cachos repicados balançando a medida que acenava.

E então, piorou. Senti os olhos pretos demonstrarem reconhecimento.

– Call? – ótimo, ele lembrava meu nome!

Fiz a coisa mais sábia que qualquer pessoa decente faria no meu lugar: corri. Definitivamente não estava na minha lista de “coisas para se fazer antes de morrer” rever aquela pessoa, eu ainda estava envergonhada pelo meu comportamento um tanto “atirado” da noite na Pallais. Depois de beber um pouco... Talvez um pouco demais, e agir como se estivesse em uma cena de Spring Breakers, eu esperava que Paris e seus sei lá quantos km de extensão me poupassem de um momento como esse.

Me desviei de estudantes que conversavam animadamente, sempre olhando para as placas até encontrar “Design”. Segui a para a direção indicada, o barulho dos meus saltos ganhando o corredor vazio. “Design de Interiores”, “Design Industrial”, “Gestão do Design” e finalmente “Design de Comunicação”. Bati na porta e a abri logo em seguida, já esperando as consequências da minha demora. Uma mulher de cabelos curtos que parecia prestes a dizer algo me encarou.

– Pardon. – sentei-me na cadeira vaga mais próxima.

A mulher continuou o que iria dizer como se não tivesse sido interrompida.

– Trabalharemos em um amplo processo criativo...

Durante o horário de almoço me esgueirei pelos corredores, sempre atenta a qualquer insinuação da presença de cabelos cor de mel. Eu me sentia completamente patética.

Ao sair para as ruas continuei atenta até finalmente chegar ao restaurante onde me sentei com o objetivo de aguardar a chegada de minhas amigas, o que não levou mais de vinte minutos para acontecer.

– Pode ir contando o que aconteceu ontem! – a morena exigiu.

– Gosto mais quando você diz “oi”.

– Oi! Agora conta!

– Oi.- Kath ignorou o interrogatório de Mitte se sentando em uma das duas cadeiras vagas da mesa e a outra fez o mesmo.

– O que vão pedir? – a garçonete adiantou-se.

Eu realmente estava grata pela presença daquela funcionária tão eficiente, era realmente uma pena que o ato de realizar o pedido seria uma distração muito curta para evitar o assunto.

– Call eu sei que Mitt pode ser chata as vezes mas ela está certa, você nos deve explicações. – não havia escapatória.

– Eu não sei por onde começar...

– Que tal pelo começo? – pensei em sugerir à Mittie que mantivesse no mínimo um metro de distância da minha pessoa como medida de segurança.

– Vocês se lembram daquele porta-retratos que fica na parede da cozinha? – eu me referia a uma peça de decoração que fora pendurada pela minha mãe quando eu tinha cinco anos

– Aquela que vimos no sétimo ano? – foi logo depois de Kath se mudar de Nova York para Fairfield, nos encontramos na minha casa para uma maratona de filmes, elas questionaram sobre o garoto que estava ao meu lado na foto, Joseph Anthony, e, por fim, contei desde a amizade de nossas mães até o momento em eu ele partiu para viver com a tia na França.

– Sim, e vocês já conhecem a história. E vocês se lembram que a tia dele morava aqui, na França?

– Uhum. – fizeram ao mesmo tempo.

– Eu acho que... Aimeudeus o Joe e o Joseph são na verdade a mesma pessoa. – as palavras saíram se forma apressada e pouco compreensíveis, mas foi o suficiente para duas pessoas que estavam morrendo de curiosidade.

– Então... Eu acho que você deveria arranjar um encontro, mas não um encontro qualquer, um encontro encontro, entendeu? – Mittie me olhava sugestivamente, estreitei os olhos de maneira nada amigável. – Ora vamos! Ele parece ser divertido, além de ser incrivelmente bonito.

– Eu acho que você tem algo mais íntimo a tratar com alguém que acabou de entrar por aquela porta. – foi a vez de Kath finalmente se manifestar indicando a entrada do restaurante e, me salvar daquela conversa. Mas minha alegria durou pouco.

Cabelos cor de mel? Confere. Olhos pretos? Confere. Problemas? Definitivamente, confere. Mittigan acenou amigavelmente e o convidou para se sentar conosco.

– O-oi. – aquele sorriso de quem está flertando que eu já tinha visto dezenas de vezes no rosto de Brandon, apesar de conhecer ele à pouquíssimo tempo, não facilitou em nada a minha tentativa de estabelecer um pequeno diálogo. Obstáculo que foi facilmente superado pelas minhas duas melhores amigas.

Após a refeição a morena tagarelava sobre a impressionante grande quantidade de pessoas fluentes em inglês que encontramos quando Kathryn achou a brecha perfeita para chegar ao ponto que queria.

– Falando em fluentes em inglês, Call tem uma pergunta.

O que? Não. Não.

– Eu?

– Céus! Você vai realmente hesitar? Ela quer o seu número. – eu reconsideraria as medidas de segurança Mittie por que eu estou prestes a te matar.

Tudo que consegui fazer foi arregalar os olhos enquanto minhas bochechas se tornavam vermelhas. Meu interesse por ele não passava de seu rostinho bonito combinado ao sotaque britânico, o significado de cada palavra que saía daquela boca me fazia querer ficar o mais longe possível.

– Só se você prometer me ligar, linda. – e seria um homicídio duplo!


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Notas finais do capítulo

[QueenD] Sobre esse negócio de curso, a Mary que entende direito desses trem e quando ela for editar aqui as notas ela explica, porque eu realmente não entendo muito bem :v AH, as postagens a partir desse capítulo vão ser quinzenais. QUEM AÍ FOI BEM NO ENEM? EEEU que me fodi legal hgfdfghjk
[Mary Crovenew] Vou explicar resumidamente, mas pode ter alguns erros meus ( se vocês acharem algum me corrijam). Alguns estudantes nos EUA tiram o chamado gap year, ou seja, um ano de intervalo entre a escola e a faculdade no qual eles fazem serviço voluntário em outros países, cursos, etc. etc.
Enfim, é isso que as meninas fizeram (no caso da Call ela decidiu fazer um curso). É isso, qualquer dúvida sintam-se livres para perguntar.
QUEM JÁ ENTREGOU O CURRÍCULO PRO BURGER KING? EU! Por que se depender do meu desempenho no Enem...
Feliz natal e ano novo atrasados e até a próxima.
PS: minhas aulas começam segunda-feira e eu estou depressiva.



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