Toda garota precisa de um melhor amigo escrita por Jessie


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, capítulo 18 *aeee*. Preparem-se! Quero anunciar agora que a primeira temporada vai até o capítulo 20. Após esse, temporada II linda, diva, melhor, mais bem escrita - eu acho -. Enfim, gostaram da ideia?

Sem mais delongas... Boa leitura!



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Nos capítulos anteriores...

Kauã conta para Mari que está interessado em Anna;

“– Ei, Mari. Sabe sua amiga? Anna eu acho... A loirinha. (...) – Ela é muito linda. Você sabe se ela tem namorado?”

Karen pede ajuda a Anna para reconquistar Luiz;

“– Preciso reconquistar o Luiz. – Falou decidida. – Sinto que a única coisa que me impede de conseguir isso é...– hesitou por alguns segundos. – Bem, é você.”

Marcelo e Patrícia armam seu plano;

“– Não vamos brigar, está bem? Eu quero Luiz de volta, e tudo o que me impede é sua namoradinha. Ajude-me a afastá-lo de Anna, tenha-a só pra si e todo mundo sai ganhando.”

Mari e Robert marcam a saída.

“– Então, seis horas, está bom?

– Ótimo. – Mari assentiu.

– Ótimo... – Robert a imitou.”

Por fim, Anna vê seu pai na capa de uma revista de negócios e Luiz a aconselha a ligar pra ele.

***

Querida, você está aí? – papai perguntou com a voz preocupada.

Ouvi-lo me fizera lembrar tantas coisas, que eu nem o tinha respondido ainda. Recuperei-me das memórias que vieram de repente e em sequência e me preparei para as notícias.

– Sim papai, desculpa. Qual foi a pergunta mesmo?

Alessandro riu da filha distraída. Este traço era herdado do próprio.

Se você está precisando de dinheiro.

Encarei Luiz que voltava da cozinha com meu último pote de nutella. Agora eu estava definitivamente sem comida.

– Ah, sim. – respondi com o olhar de acusação direcionado a Luiz. Ele comia e me observava sem culpa alguma na expressão. Cínico. – Mas, papai, - retornei a atenção à ligação – como assim fechou mais uma filial da empresa?

Ouvi papai suspirar.

Você soube?

– Sim, vi em alguma revista hoje mesmo.

Longa história, meu bem. Não se preocupe, não é nada sério. Você vem nas férias, não é?

Arqueei uma sobrancelha.

– Tudo bem. Acho que sim...

Você vem, já está decidido. De quanto precisa querida? Já viu se tem algum lugar aí que possa trabalhar? Bem que você podia trabalhar na empresa...

Afastei o celular do ouvido com tantas perguntas. Papai era simplesmente incapaz de fazer uma pergunta por vez.

Luiz riu da cena e recebeu uma tapa em resposta.

Respirei e reaproximei o celular.

– Não, ainda não vi isso. Talvez, papai, depois eu vejo com mais calma. Preciso do suficiente pra comer, pelo menos. E ainda faltam quase quatro meses para as férias!

Tudo bem. Mas, Anna Clara, eu te mandei dinheiro este mês. O que aconteceu? Já gastou tudo?! Com o que você gastou senhorita?

Olhei para as caixas de sapato amontoadas num canto da minha sala, desconfiada.

– Com comida...

Luiz tirou a colher com chocolate da boca para gargalhar.

– Só se você usa comida nos pés agora... – ele sussurrou e ganhou outra tapa.

É Luiz que está aí? Deixe-me falar com ele.

Mordi o lábio e entreguei o celular para Luiz.

– Quer falar contigo.

Luiz pegou o aparelho, empurrando o pote de nutella com a colher que estava usando dentro. Fiz uma careta pra ele, que ignorou.

– Fala Alessandro, como vai? Ah, sim, ela está se comportando sim. Não, até agora não fez nenhuma besteira. Ora, com sapatos! Foi. Sua filha gasta demais. É. Ok, pode deixar. Abraço.

Observava as respostas de Luiz com os braços cruzados. Estúpido. O que será que papai pedira a ele?

– Pega loirinha. – entregou-me o celular.

Fechei o punho pra ele, enquanto o indivíduo ria.

– Oi papai. – balbuciei, resolvendo ignorar o idiota ao meu lado.

Anna, você tem que ter mais cuidado ao controlar seu dinheiro. Senão não o terá quando precisar.

Fechei a cara, olhando para o maldito culpado por aquele sermão. Ok, eu era a culpada. Mas ele também.

– Tá...

Muito bem. Preciso voltar ao trabalho agora. Cuide-se, meu bem. Não se esqueça de ligar outras vezes. Estamos com saudades. Beijão.

– Certo papai. Beijos, até logo.

Encerrei a chamada, e continuei encarando o celular. “Estamos”... Mas ela não parecia sentir minha falta.

Luiz repentinamente pareceu preocupado.

– O que foi agora Anna?

Desviei o olhar, apertando o botão de volume do celular até deixá-lo no silencioso para então jogá-lo no canto do sofá.

– Nada. – respondi com um sorriso forçado.

Luiz fez um sinal negativo com a cabeça e me abraçou.

– Tá sentindo falta da Bianca... – perguntou mais como uma afirmação. – Não se preocupe meu amor, vocês vão se acertar. – repetiu o que dissera no dia em que viajamos, beijando o topo da minha cabeça. Luiz tinha o incrível poder de me irritar profundamente e me acalmar segundos depois.

***

POV Narradora

Mari permanecia na cama, olhando para o teto, e do teto pra o relógio. Não podia conter tanta ansiedade. Era quase impossível acreditar que passaria o dia seguinte com Robert. O mais chato era pensar que ainda o veria na faculdade, e teria que agir como se nada estivesse acontecendo... Será que ficaria um clima esquisito? Kauã notaria... Ah, mas ele estava lá quando marcaram de sair. E pouco importava a opinião dele também. Ele estava interessado em Anna.

Anna! Mari precisava ligar pra ela.

"Acho melhor não ir a aula, pelo menos hoje", pensou.

Pegou o celular no criado-mudo ao lado da sua cama e o encarou por alguns segundos. Talvez fosse melhor ir... E se tivesse algo importante?

Suspirou, estalando a língua. Tinha que ir. Não podia faltar sem motivo algum.

Conformou-se, largando o celular na cama e se dirigindo até o banheiro pra se arrumar em seguida e buscar Anna.

"Mas, espera aí...", Mari deteve-se no meio do caminho com o pensamento. "Eu não tenho nenhuma roupa pra sair amanhã... Acho que vou ter que faltar para ir ao shopping comprar", decidiu com sua melhor cara de falsa tristeza. Deu meia volta e pulou na cama, alcançando o celular. Discou o número de Anna por costume, mesmo que fosse mais fácil apenas apertar no contato dela, que já estava na tela inicial. Tocou no botão verde e levou o celular ao ouvido. Chamou... Chamou... Nada. O que Anna estaria fazendo? Se arrumando? Checou a hora. Geralmente ela o fazia mais tarde, e a essa hora ainda estava comendo. Tentou ligar mais uma vez e de novo caiu na caixa postal. Desistiu e mandou uma mensagem avisando que não ia passar lá e pedindo que ela retornasse a ligação mais tarde. Levantou-se e foi tomar banho, cheia de pensamentos sobre o dia que viria a seguir.

***

POV Anna

Eu me sentia tão confortável nos braços dele. Estranho como aquilo realmente não parecia nem um pouco estranho. Era algo comum, mas naquela hora eu sentia como se...

– Ei Anna. – Luiz me afastou, interrompendo meus pensamentos. – O que acha de faltar aula hoje e ficar aqui assistindo filme? – sugeriu com um sorriso.

Concordei com a cabeça, visivelmente distante.

– No que está pensando? – perguntou com uma sobrancelha arqueada.

Estudei-o por alguns segundos. No que eu estava pensando? Nem eu mesma sabia mais. Só sabia que queria... Eu precisava...

Mordi o lábio inferior.

Luiz irritou-se com o gesto.

– Já disse pra não faz-

Interrompi-o com a mão. Deslizei-a até o seu pescoço e me aproximei. Luiz me observava sem dizer uma palavra. Fitei-o os olhos e então fechei os meus, tocando seu lábio inferior com o polegar. Estava tão próximo do meu que quase podia senti-lo. Minha respiração estava acelerada. Levei a mão à sua nunca e encostei minha boca à dele, lentamente e sem movimentos. Luiz não reagiu, me fazendo ficar arrependida no mesmo segundo.

Afastei-me com as mãos apoiadas no seu peito, pronta para ficar em pé. Não aguentava aquele olhar que não saia de cima de mim. Levantei-me, seguida por Luiz.

– Anna...

Balancei a cabeça, completamente frustrada.

– Não tem impor-

Foi a vez de Luiz me interromper, me puxando pela mão. Perdi o equilíbrio com o movimento, tendo que me apoiar nele outra vez. Luiz passou os braços ao redor da minha cintura, me estabilizando colada a ele. Tinha uma expressão no olhar que eu nunca vira antes, não conseguia reconhecê-la. Parecia desapontamento. Abaixei a cabeça, sem aguentar mais encará-lo. Luiz subiu uma das mãos até meu cabelo e o puxou para que eu olhasse para cima.

– Você não devia ter feito isso.

Pronunciou as palavras, me dando apenas tempo de ficar surpresa, então tomou minha boca pra si, com pressa e sem cuidado, puxando meu cabelo cada vez mais forte.


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Notas finais do capítulo

BEEEEIJOOOO O/
Sim, gente, o próximo vai continuar bem de onde este aqui parou!
Segunda-feira, não percam. Qualquer coisa que tenham pra me dizer, comentem aí. Como viram, já respondi a todos e sempre tirarei um tempo para fazê-lo, é tão bom pra mim quanto pra vocês.
Então, até segunda! Espero ver todos aqui na volta, estou com saudades S2 beijinhos!