Toda garota precisa de um melhor amigo escrita por Jessie


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Here I am minhas ovelhinhas! Olha, quando eu disse "vejo-os amanhã", quis dizer na verdade "vejo-os terça", então nada de bater em mim.

Agradecimentos especiais de hoje vão para uma pessoinha que me mandou um montão de comentários, e que me ajudaram muito! Viu rapaz? Ou melhor, Dija Darkdija. Muitíssimo obrigada por isso, e, claro, pela recomendação , gostei muito!

Vou já lá responder o comentário de vocês coisas lindas, e ler minhas fics divas que eu estou completamente atrasada.

IMPORTANTE: Pra vocês não se perderem, aquela pessoa pra quem a Anna queria ligar no capítulo anterior, era a mesma que ela viu estampada na capa daquela revista da farmácia. Aqui em baixo vocês saberão quem é. Ah, e espero que curtam as peripécias de Mariana haha. Boa leitura!

PS.: Era a VADEA da Patrícia na foto do capítulo anterior.



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– Luiz... – sussurrei, transferindo o olhar da direção dele para meu violão – Charles! – tomei meu filho da mão de Luiz, abrindo mais a porta pra que ele entrasse.

– Estou vendo o cuidado que você tem com o pobre Charles. – debochou.

Dei de ombros.

Fui até o quarto para guardá-lo junto a minha guitarra, então voltei à sala.

Luiz se aproximou, com uma expressão diferente.

– O que houve? – perguntou, passando o polegar pela minha bochecha. – Estava chorando?

Desviei o olhar.

– Eu... Não. – tentei parecer firme. – Que ideia. – A negativa veio com alguns soluços, o que me entregou.

– É claro que estava, Anna! – Luiz exclamou, puxando-me para si. Em seguida, afastou uma mecha do meu cabelo. – O que aconteceu?

Eu não aguentava mais. Só queria chorar por toda a eternidade.

– Sinto falta dele Luiz. Falta dos dois.

Não pude mais conter as lágrimas, que já cobriam todo o meu rosto.

Luiz pareceu entender imediatamente o que eu estava falando. Com um suspiro, levou minha cabeça ao seu peito.

– Eu sei loirinha, eu sei. – afastou meu rosto para me fitar. Enxugou algumas lágrimas que ainda caiam, e me beijou na testa. Fechei os olhos com o gesto.

– Eu o vi hoje, estampado na capa de uma daquelas revistas de negócios. Parece que a empresa fechou mais uma filial. – relatei, engolindo o choro.

Luiz me soltou, e recuou alguns passos.

– Entendi. – afirmou com um sorriso afetuoso. Observei-o se distanciar, e caminhar até o sofá. Pegou meu celular e o levou até mim. – Tome. Ligue para ele.

Mordi o lábio, insegura.

– Não posso, Luiz. – Virei-me, sentindo as lágrimas finalmente darem uma trégua.

– Claro que pode. Anda! – ordenou, apontando para o celular mais uma vez.

Cruzei os braços, arrancando o aparelho das mãos dele.

– E o que eu digo? – perguntei desesperada, abrindo a lista de contatos.

Luiz arqueou uma sobrancelha.

– Diga que está com saudades. É tão difícil assim?

Sentei-me no sofá com as pernas cruzadas e o celular ao ouvido, mostrando a língua para Luiz, que riu.

***

POV Narradora

Mari observou o relógio, atentando-se para o horário em que precisava se arrumar para ir à aula. Ainda precisava passar na casa de Anna, como de costume, para irem juntas.

Quase seis horas. Dali a pouco ela teria que ir tomar banho.

Levantou-se da cama, apertando o botão de mudo do controle da TV. Foi atrás do cartão que Robert lhe dera. Será que deveria ligar? Aquilo seria errado, talvez... Ou talvez não. Afinal, só iriam sair pra comprar uma câmera, certo? O que poderia acontecer além disso?

Muita coisa”, Mari pensou automaticamente. Afastou os pensamentos, decidindo que não, não aconteceria nada. Só comprar a câmera, tomar um sorvete quem sabe, ir até a praia, por que não? Observar o mar eventualmente...

Mariana, nada disso! Aquiete-se menina, aquiete-se”, ordenou a si mesma.

Talvez fosse uma boa ideia falar com sua mãe antes. Mas vai saber como ela reagiria, já que sua mãe era completamente louca. Louquinha.

Mari não entendia como nascera com o cérebro perfeitamente normal, quando tinha uma mãe como aquela.

Sim, porque ela era totalmente normal. Completa, absoluta e plenamente normal. Menos sua mãe. Sua mãe era louca.

Já pensou se chegasse a ela e dissesse “mãe, estou apaixonada pelo meu professor! O que eu faço?”

Sua mãe, das quatro, uma: um: a mataria, dois: a apoiaria, três: a aconselharia, quatro: a internaria.

Como Mari não fazia ideia de qual daquelas reações seria a escolhida, resolveu ficar quieta.

Pegou o celular, encarando o número. Eles precisavam sair juntos, nem que fosse apenas para algo tão trivial. Talvez ela tentasse fazer com que outra coisa acontecesse.

Mas ele é casado!”, a parte sensata de Mari gritou. Porém, ela não a ouviu. Mari estava apaixonada, e não existe parte sensata alguma quando se está apaixonada.

Discou os números, de repente se sentindo nervosa. E tola. Mas era tarde.

Alô. – a voz altamente máscula e sensual soou do outro lado da linha.

Mari involuntariamente sentiu um arrepio por toda espinha.

– Oi, professor Robert. – lutou para parecer calma. – Sou eu, Mari.

Ah! Olá DeLucca, como vai?

– Muito bem, obrigada. – sentiu-se um pouco mais tranquila. – Então, se lembra da nossa conversa?

Claro. Ligou pra marcar?

– Isso! – confirmou, com um sorriso bobo estampado no rosto. – Pensei que amanhã seria uma boa ideia, já que é sábado. Espero que não seja uma hora ruim para o senhor.

Outra vez aquela palavra saiu forçadamente da boca de Mari. Ora, "senhor"... É como se estivesse falando com o seu pai. Mas não se permitiria pressionar a intimidade sem o consentimento dele antes.

Pare de me chamar assim, me sinto um velho! – Robert riu, deixando Mari aliviada com as palavras.

– Como devo te chamar, então? – provocou, ainda sorrindo.

Robert está bom. Apenas fora da sala, não vejo problema.

– Tudo bem. Farei isso, se o sen-

Você. – corrigiu-a.

– Ok. Se você me chamar de Mari.

Que tal Mariana? – sugeriu.

– Não. Mariana não. Nem DeLucca. Mari. – insistiu.

Certo... Mari. Vou chamá-la assim para deixá-la feliz.

E, realmente, ele deixara.

– Perfeito, obrigada.

Por nada. – emitiu um riso rouco, que deixou Mari sem ação.

Como alguém podia ser tão perfeito?

– Estamos combinados então... Robert?

Chamá-lo pelo nome pareceu ainda mais estranho naquele momento. E igualmente excitante.

Sim, Mariana... Ou melhor, Mari. Vou tentar me acostumar.

Mari não se importou. Nem ligava pra aquilo. Tudo o que sabia era que no dia seguinte sairia com sua paixão platônica. Simplesmente inacreditável.

– Não se preocupe. – balbuciou, extremamente feliz.

Eu vou me acostumar, você vai ver. Então, seis horas, está bom?

– Ótimo. – Mari assentiu.

Ótimo... – Robert a imitou. – Te ligo algumas horas antes, apenas para ter certeza.

Mari não sabia se podia sorrir mais do que aquilo.

– Está bem. Até lá então!

Até, minha linda. – Robert se despediu, encerrando a chamada.

Pára tudo.

Minha linda”?!

Mari estava atônita. Embasbacada. Estupefata. Pasma. Espavorida. E qualquer outra palavra que signifique surpresa.

Levou uma mão ao coração, sentando-se para acalmar os nervos. Ela definitivamente precisava ter aquele homem. Não era mais questão de querer, já era questão de necessidade.

***

POV Anna

– E então, Anna? – Luiz me cutucou.

Eu permanecia com o celular encostado ao ouvido, apenas escutando o barulhinho irritante do outro lado da linha.

– Está chamando! – sussurrei, fazendo um sinal de silêncio com o dedo indicador.

Luiz assentiu com a cabeça.

Pi pi pi, foi no que o som se transformou.

Afastei o celular, com um notável desapontamento.

– Caiu. – desviei o olhar, tentando evitar outras lágrimas.

Luiz se aproximou. Sentou-se ao meu lado e passou um braço ao redor do meu ombro, depositando um beijo no meu rosto.

– Ligue de novo.

Virei o rosto para fitá-lo, ainda desacreditada.

– Mas... – balbuciei.

– Mas nada. Apenas mais uma vez, vamos. - aconselhou, passando a mão pelos meus cabelos.

Disquei o número, enquanto assoava o nariz com um lencinho. Eu sabia que estava muito emotiva quando no chão não tinha espaço pra mais nada com tantos lenços de papel espalhados. Ali, naquela hora, tinha lenço até no teto.

Encostei o celular mais uma vez ao ouvido, agora sem muitas esperanças. Talvez ele estivesse meio ocupado.

Ouvi o celular chamando três vezes, até que finalmente papai resolveu atender.

Anna? Anna?! É você? – a voz preocupada do meu pai ecoou pelo celular.


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Notas finais do capítulo

E ai meus lindos S2 então, o que acharam? Vocês gostam das tretas que a Mari se mete? De vez em quando eu penso em escrever uma história só pra ela... Mas são só pensamentos.

Enfim, comuniquem-se pimpolhos. Até o próximo :3