Toda garota precisa de um melhor amigo escrita por Jessie
Notas iniciais do capítulo
Primeiro de tudo, quero agradecer a linda da IzaahFaria por recomendar a história. Muito obrigada linda, gostei muito S2
Depois, quero pedir desculpas. Sei que disse que postaria ontem, mas ocorreu um pequeno imprevisto chamado "ainda não tinha escrito o capítulo". But, here I am!
Ahhh, e com direito a foto de um dos personagens - ehhhh -. Não direi quem é hahah. Darei dez pirulitos a quem adivinhar, então GO GO GO.
Sem mais delongas, vamos às tretas o/
Quem será? Lancem suas apostas!
POV Narradora
O som dos deuses – vulgo sinal – finalmente tocou, deixando Mari finalmente feliz. E desperta. E nervosa.
Sim, muito nervosa.
A aula com o professor lindo-gostoso-perfeito-sedução estava prestes a começar.
Mari se ajeitou em sua cadeira, imaginando aonde o deus de Atenas, toda Grécia e do seu coração os levaria naquele dia.
Sempre havia um lugar mágico onde o príncipe da perfeição os levava para praticar suas habilidades em Fotografia.
Mari estava ansiosa. Mal podia esperar pela hora em que seu futuro marido atravessaria por aquela porta, e os agraciaria com sua beleza divina...
E, lá estava ele! Esbanjando seus lindos cabelos pretos, enormes olhos azuis e aquela pele incrivelmente branca que chegava a ser pálida e... Espera aí.
Revirou os olhos.
“É apenas Luiz.”
Suspirou inconformada.
Mas o que estaria Luiz fazendo ali?!
A curiosidade já tomava conta de si quando o indivíduo começou a se deslocar até ela.
– Vem comigo. – proferiu, puxando-a pelo braço.
Mari olhou para os lados, inutilmente, em busca de ajuda.
– Luiz! – vociferou, parando bruscamente no meio do caminho.
– Anda Mariana, preciso tratar de um assunto sério. – explicou-se, tentando arrastá-la até a porta.
Entretanto, Mari se mantinha firme no chão.
– Eu tenho aula importante agora! – protestou.
– Isso é mais importante. – anunciou Luiz, conseguindo finalmente levar Mari a seu destino.
– Espera. – pediu Mari, abrindo os braços para travar sua passagem pela porta. – Qual é o assunto?
– Marcelo. – respondeu Luiz já do lado de fora da sala.
Mari o encarou por uns bons cinco segundos, com a expressão indecifrável.
– Tudo bem. – disse por fim, juntando-se a ele.
***
POV Anna
Eu, sinceramente, não sabia qual era o problema daquele professor. Devíamos estar, naquele momento, tendo aula de Teoria. No entanto estávamos na sala de instrumentos, tocando “algo que viesse do nosso coração”.
Que coisa mais idiota a se pedir.
Eu dedilhava, impacientemente, o único – e disputado – piano da sala. O instrumento ecoava um som terrível. Todos me olhavam, provavelmente querendo a minha morte.
O professor apareceu subitamente ao meu lado.
– O que é isso, Anna? – questionou.
– Ora, o que está saindo do meu coração. – murmurei, sem parar de tocar as notas horríveis e irreconhecíveis.
Ele sorriu, sentando-se ao meu lado e detendo minhas mãos.
Cruzei os braços e fiz bico.
– Ei!
– Sabes que estás agindo feito criança, não é?
Eu sabia, mas não admitiria.
Em vez disso, desviei o olhar, arrancando-lhe risadas.
– Vá buscar Charles. – ordenou, dando tapinhas no meu ombro. – Em seguida volte aqui e toque algo decente.
E se levantou.
Ergui a cabeça para encará-lo, mas ele já estava longe.
Meu Charles... Eu nem me lembrava de que o tinha esquecido na outra sala. Até aquele momento.
Corri até à porta, a fim de resgatá-lo.
Chegando ao corredor, esbarrei em alguém que passava por ali.
– Cuidado mocinha.
O rapaz de gorro cinza e profundos olhos azuis sorriu, segurando-me pelos ombros.
Encarei-o por alguns segundos, hipnotizada. Ele tinha uma barba cerrada e covinhas perfeitas.
– Você é um anjo? – perguntei atônita, tocando-o no rosto.
Ele soltou uma risada doce e gostosa, arrancando-me suspiros.
“Esse menino é de verdade?”, meu cérebro perguntava.
– Não sei. – respondi em voz alta sem perceber, ainda boquiaberta.
– Perdão?
Balancei a cabeça, recompondo-me.
– Desculpa, acho que não nos conhecemos. Eu sou Anna, prazer.
Sorri para o garoto, tentando parecer um pouco normal.
– O prazer é completamente meu. – exibiu as covinhas e os dentes perfeitamente brancos, pegando minha mão para dar um beijo rápido. – Kauã Dousseau, à sua disposição.
– Não me lembro de ter te visto por aqui antes...
– Só estou na universidade há cerca de um mês. Porém, acho que conheço sua amiga. Mariana DeLucca, correto?
– Sim! A Mari. Você faz Artes Visuais também?
– Exatamente. – confirmou, sorrindo encantadoramente.
“Anna, sua estúpida, você está em aula!” meu cérebro carinhosamente me alertou.
Oh, cérebro chato. A pessoa não podia nem falar mais com os garotos lindos que apareciam magicamente pelo corredor.
Recuei alguns passos, retribuindo o sorriso.
– Preciso ir agora, te vejo por aí.
– Claro, ma belle! – disse com um aceno.
Pelos deuses, o menino ainda falava francês. Era demais pra pobre Anna.
Corri apressada em direção à sala, com medo de acabar me distraindo novamente.
***
POV Narradora
Luiz chegou com Mari no refeitório da universidade, arrastando-a até à última mesa, onde menos pessoas circulavam.
– Agora sim, podemos conversar. – disse Luiz.
Mari sentou-se de frente para ele, com o cotovelo apoiado à mesa e o queixo apoiado nas mãos.
– Tá bom. Me conta logo esse babado que eu não me aguento mais de curiosidade.
Luiz riu com o jeito da amiga de Anna.
– Ouça atentamente, Mariana. – falou Luiz num tom sério.
Mari balançou a cabeça, confirmando.
– Anna chegou a te contar da tal briga com o Marcelo?
Mari ficou pasma.
– Briga?! Que briga? – perguntou boquiaberta. – Espera aí... Aquele olho roxo no Marcelo... Foi obra sua?
Luiz abaixou os olhos.
– Caramba! – exclamou Mari. – Até que enfim alguém bateu naquele idiota. Não vou com a cara dele...
Luiz olhou surpreso pra Mariana.
– Eu muito menos. – disse Luiz com um suspiro.
Mari sorriu sugestivamente, deixando Luiz embaraçado.
– Ah! Isso eu já sei, meu bem. E então, qual foi o motivo da briga?
– Então, sobre isso que eu queria falar. Não sei se devo contar pra Anna... Quero saber sua opinião.
– Antes explique do começo, por favor.
– Certo. – assentiu Luiz com a cabeça. – Olha ali. – e apontou para o nada.
– O quê? – perguntou Mari, confusa.
– O flashback.
*Flashback on*
POV Luiz
Caminhava pelos arredores da minha vizinhança, a fim de espairecer um pouco.
Tentava entender o que acontecera naquele dia.
Anna partira furiosa, e eu ainda não sabia por quê. Afinal, a culpa era sim dela. Afinal, ela que subiu em cima de mim. O que eu podia fazer?!
Ela é minha melhor amiga, mas eu continuo sendo homem.
E no final de tudo, eu ainda pedi desculpas a ela. O que mais aquela pentelha queria?
Seguia em frente, sem uma direção específica, até que algo me chamou atenção.
Uma morena linda, com um short curto e provocante, insinuava-se pra um loiro metido a maromba.
Nada fora do comum. A não ser pelo fato de que aquela era, se não me falhava a memória...
Patrícia.
Arrastei-me por entre algumas árvores, tentando me camuflar, pra chegar um pouco mais perto e escutar a conversa.
Confirmei minha teoria. Era mesmo a vadia, quase esfregando o decote na cara do filho da puta que eu acabara de reconhecer.
“Marcelo e Patrícia... Interessante.”
A casa do imbecil, infelizmente, ficava bem próxima a minha. Aliás, a casa dos pais dele. De vez em quando, por azar, eu cruzava com ele.
Desta vez, foi por sorte.
Eu estava perto o suficiente para ouvi-los conversar.
– Aqui está gato. Vê se me liga. – falou Patrícia, rindo afetadamente.
– Pode deixar, minha linda. – respondeu Marcelo com uma piscadela, aceitando o papelzinho que lhe era entregue.
Patrícia sorriu satisfeita, jogando-lhe um beijo e se afastando.
Uma ira incontrolável tomou conta de mim, preenchendo-me rápida e profundamente. Fechei os punhos, tentando ao máximo me controlar. Mas era algo impossível.
Caminhei a passos largos em direção ao estúpido, que já se virava para ir embora.
– Não tão rápido, boneca. – alcancei-o pelo pescoço, causando-lhe um susto súbito.
– Que porra é essa, idiota? – gritou, tentando se livrar da minha mão. Só serviu pra que eu a apertasse ainda mais ao redor do seu pescoço.
– Eu que pergunto, palhaço. Que gracinha era aquela com a minha ex?
– Sua ex?! Eu nem sabia que aquela putinha era sua ex, imbecil!
– Olha lá como você fala. – alertei, encurralando-o contra a parede.
Marcelo tossiu algumas vezes, conseguindo se livrar da minha mão.
– Você vai me pagar por isso. – cuspiu as palavras, enquanto massageava o pescoço vermelho.
Ri sarcasticamente, aproximando-me.
– Não vou permitir que você magoe Anna.
– Ah, então é tudo sobre ela. Quem me garante que você não a esta comendo também?
Fuzilei-o com os olhos, e, sem conseguir mais me controlar, acertei um soco em cheio no seu olho.
Marcelo foi pego de surpresa, e recuou alguns passos pra trás com o golpe.
Recompôs-se e partiu pra cima de mim, com os olhos vermelhos de ódio. Conseguiu me derrubar com um empurrão, fazendo-me cair sobre algumas pedras e cacos de vidro.
– Filho da puta! – berrou, prendendo um dos meus braços com um pé. – Fica atento.
Puxei sua perna com a mão que estava livre, derrubando-o ao meu lado. Levantei-me rapidamente e sorri.
– Estúpido. – balancei a cabeça, deixando-o lá.
*Flashback off*
POV Narradora
– Nossa! – exclamou Mari, ainda perplexa.
Luiz ergueu uma sobrancelha.
– Isso é tudo que você tem a dizer?
– Ai, é muita informação.
– Eu sei disso, Mariana. O que eu faço?
– Espera. Foi assim que você conseguiu esse corte?
– Sim.
– Espera mais um pouco...
– O quê? – perguntou Luiz, impaciente.
Mari sorriu.
– Você bateu nele por causa da Anna, ou da Patrícia?
Luiz desviou o olhar, pensando por alguns segundos.
– Patrícia, claro. – respondeu por fim.
Mari riu, dando batidinhas em seu ombro.
– Que mentira!
– Você vai me dizer o que fazer ou não? – bufou Luiz.
– Claro Luiz, é óbvio. Você tem que contar a ela.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E agora gente? *o*
Ah, a todos os meus lindos que comentam em todos os capítulos, muito obrigada! Adoro vocês S2
E a vocês que aparecem em um capítulo e depois nunca mais, estou de olho ein! Zeus castiga.
Até o próximo, lindos do meu coração. Beijos da tia Jessie :*