Is she a Barbie girl? escrita por Lets


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários, minhas lindas!!
Espero que gostem



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– Leite. - assenti para Mariana, cumprimentando-a

– Gutenberg. - ela assentiu de volta

Passei por ela e fui me sentar em meu lugar, atrás de Gabriel.

– Que frieza toda é essa entre vocês? - meu melhor amigo me perguntou

– A vagabunda me iludiu.

– Como assim?

– Ontem. Estava a acompanhando até sua casa, e pedi pra ficar com ela. Ela não negou de cara, então fui me aproximando e ela foi deixando. Estava prestes a beija-la quando ela vira o rosto e beija minha bochecha. Aí sai correndo, rindo da minha cara de idiota.

Eu estou indignado com esse fato, mas Gabriel começou a rir descontroladamente. Acho até que começou a passar mal de tanto rir. Falta de ar, se o conheço bem.

– Cara, respira. E pára de rir da minha cara! - avisei

– Foi mal, mano. Mas isso foi hilário! O pegador foi iludido é?! - e voltou a gargalhar

– Não é engraçado, porra! Aquela menina me iludiu! Você ta me ouvindo?! Ta entendendo a gravidade da situação?!

– Cara, aceite, você não é desejado por todas. Simples assim.

– Não! Não é "simples assim"! Eu não fui simplesmente renegado. Eu fui humilhado publicamente!

– E essa foi a parte que eu mais gostei na história! - o desgraçado não parou de rir

– É, é... Hilário, Gabriel. Continua rindo da minha desgraça. Quero só ver se isso acontecer com você. Não "se", mas "quando"!

– Rafael, relaxa. Você só precisa aceitar que nem todas te desejam.

– Ah, mas ela vai desejar. E vai pagar caro por ter me negado, em primeiro lugar!

– Faça o que você quiser. Desde que não foda o meu lado. Não se esqueça que eu quero a Cintia. - ele me confidenciou

– To sabendo, cara. Relaxa. Vou envolver só a Mariana nisso.

– Você não tem jeito mesmo... - ele deu uma risadinha e se virou para frente

Não sou de bolar planos mirabolantes, mas sou vingativo e quero que Mariana se arrependa por ter me recusado.

O intervalo chegou mais rápido do que o normal. Provavelmente devido à minha falta de atenção durante as aulas.

Mariana já estava se levantando junto com suas amigas e elas seguiam para o refeitório. As segui, com Gabriel na minha cola. Em seguida, ele me ultrapassou, puxando Cintia pelo braço para um canto qualquer. Mariana percebeu e piscou para a amiga, mas continuou seu caminho com as outras.

Apertei o passo e colei em Mariana, literalmente. Ela se virou para mim, assim como suas amigas, me encarando como se perguntasse o que eu estava fazendo.

– Preciso falar com você. A sós. - sussurrei em seu ouvido, o que a fez se arrepiar

– Podem ir, garotas. Eu já vou. - Mariana avisou às amigas

Não esperei por uma resposta do grupo. Agarrei seu braço e a puxei comigo, para um dos corredores desertos da escola. A empurrei contra a parede e colei meu corpo no seu, sussurrando em seu ouvido.

– Você foi uma garota muito má ontem. E sabe o que eu faço com garotas más?

– Hum. - não sei bem se foi um gemido, mas prossegui de qualquer forma

– Eu gosto de puni-las. - eu falei, mordendo seu lóbulo

– E como você irá me punir, Gutenberg? - sua voz estava fraca, como um sussurro

– Terei o prazer de te mostrar. - a esse ponto, meus lábios já estavam beijando seu pescoço

Ela jogou a cabeça para trás, me dando livre acesso ao seu pescoço, maxilar e clavícula. Aproveitei e comecei a executar o meu plano.

Iria enlouquece-la com carícias, e quando ela estivesse implorando para eu possui-la, sairia andando. Sorri internamente com essa ideia. Tê-la implorando por mim.

Senti seus lábios encostarem em minha orelha e estremeci involuntariamente.

– Não sou tão fácil, Rafael. Espero, sinceramente, que você tenha mais sorte da próxima vez que tentar me conquistar.

Mariana me empurrou, se desencostando de mim. Piscou e se afastou. De novo, essa garota havia me deixado atônito.

Droga, o que era um plano para fazê-la implorar por mim, se tornou uma arma contra eu mesmo.

Recuperei minha consciência e fui até o refeitório. Todos já estão sentados e eu fingi que nada aconteceu.

Me sentei ao lado de Jéssica e passei a mão por seus ombros, puxando-a para mais perto do meu corpo. Mariana cerrou os olhos e aquilo me agradou. Ela está com ciúmes, afinal de contas. A garota "sou-difícil-nem-adianta-tentar" está com ciúmes de mim.

Acariciei o braço de Jéssica, com os olhos fixos em Mariana. Assim que ela percebeu que eu a olhava, deu de ombros e fingiu que não ligava. Mas eu sei que ligava. Eu sei que ela ficou com ciúmes.

Para provoca-la, passei o nariz no pescoço de Jéssica, como se a estivesse cheirando e depois sussurrei um "está cheirosa" no ouvido da garota. Mariana ainda nos olhava pelo canto do olho e sei que ela não gostou do tratamento especial de Jéssica.

O sinal bateu novamente, indicando o fim do intervalo. Gabriel se virou para mim e me pediu para esperá-lo. Todos foram na frente, deixando eu e meu melhor amigo numa privacidade incrível.

– Fala. - comecei

– Que negócio é esse com a Jéssica? Não queria pegar a Mariana?

– Olha... - contei a história toda para ele, desde o encoxamento até o sussurro no ouvido de Jéssica - Entendeu?

– Você é muito canalha mesmo, né?!

– Por quê?!

– Ainda não percebeu que a Mari quer um cara para namorar? Ela não quer ser só mais uma na vida de um cara qualquer, como você. Ela quer ser especial para alguém e quer que esse alguém seja especial para ela também.

– Pois comigo ela não vai ter isso.

– Então desiste dela, cara. Se você não pode dar a ela o que ela quer, tenho certeza que outra pessoa possa.

– Quê?! Você ta me dizendo pra deixar um otário qualquer ficar com ela?!

– Se esse otário qualquer puder dar a ela a relação que ela quer e merece, sim, estou.

– Você não ta entendendo, Gabriel. Eu tenho que ficar com essa menina.

– Por que essa fixação toda?

– Nem eu sei. Mas sei que vou enlouquecer se não beijar aqueles lábios!

– Então se vira. Um dos dois vai ter que mudar.

– Contanto que seja ela, tudo bem. - eu ri e ele me acompanhou, levemente

– Quer um conselho?

– Manda.

– Pára de tentar pegar ela, e tenta conquista-la.

– Você acha que dá certo?

– Na minha concepção, dá.

– Ah cara, sei lá... Não quero que ela se apaixone por mim, ta ligado?

– Ainda acho que o melhor a fazer é desistir dela.

– Ta Gabriel, já sei disso. Sei lá. Vou ver o que eu faço.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de comentar!
Beijos, até a próxima