Is she a Barbie girl? escrita por Lets


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

E aí, galera...
Não tenho muito o que dizer antes do capitulo, quero deixá-las curiosas mesmo! Hahahaha
Espero que gostem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/482841/chapter/17

POV Mariana Leite

Acordei com enxaqueca. E, para melhorar, o sol batia diretamente em meu rosto.

– Você é minha, porra!

– Sua?! Desde quando eu sou sua?! Me comprou numa vendinha de garagem, foi? Tem nota fiscal paulista?! Não? Então não enche a porra do meu saco. Canalha.

Bosta. Eu já devia saber o que o álcool faz comigo.

Voltei pra pista de dança improvisada e rebolei mais do que nunca. Senti vários pares de olhos em mim, mas não me importei. Não via o tempo passar e, quando me dei conta, já passava das onze da noite. O efeito da tequila já estava passando e a dor de cabeça começava a atacar. Pedi mais duas shots para o Marcelo, que me deu sem hesitar. Virei os copinhos e voltei a dançar.

Merda! Quanto mais eu me lembrava, mais eu queria me enfiar dentro de um buraco e nunca mais sair.

Não via Rafael desde o nosso desentendimento. Mas eu estava bêbada demais para me preocupar.

Senti um par de mãos encontrar meu quadril por trás e a pessoa me virou de frente para ela. Ele, na verdade. Loiro, olhos cor de mel, um pouco mais alto que eu, lábios finos e convidativos, bochechas coradas e hálito de álcool, denunciando o quão alto ele já estava.

Tentei me afastar, afinal de contas, não queria ficar com ninguém. Apesar de dançar com outros caras, não beijei ninguém e nem beijaria. A não ser que fosse o Rafa.

O garoto (que eu acho que já era um homem formado, com seus 25 anos) não me soltou. Pelo contrário, colou ainda mais meu corpo no seu. Minhas mãos estavam em seu peito, tentando empurra-lo e, quanto mais ele chegava perto, mais eu me desesperava e virava o rosto.

– Me solta! - eu tentava mandar, mas ele não me ouvia, ou me ignorava

De repente, senti outras mãos em minha cintura, me puxando para trás. O rapaz ficou entre mim e o homem que me agarrava, em uma posição protetora. Vi que ele partiria para cima do homem se eu não fizesse alguma coisa, então segurei seu braço, tentando tirá-lo dali. Por mais que eu acreditasse na sua força e na sua capacidade de lutar, eu não queria vê-lo machucado.

Ele se virou e começou a me puxar pela cintura, provavelmente me levando para casa. Suas mãos foram retiradas de mim a força, enquanto ele era puxado para trás e levava um soco no maxilar. O loiro que me agarrava parecia estar pra lá de bêbado, mas ainda assim tinha um belo soco de direita. Rafa retribuiu o soco com mais um chute na barriga, fazendo o loiro cair. Ele sussurrou alguma coisa em seu ouvido e voltou para o meu lado, me entrelaçando em seus braços e me levando para casa.

Me sentia culpada por tudo. Nada disso devia ter acontecido! Eu e o Rafa devíamos estar bem, não brigando por ciúmes. Ciúmes... É, era esse o motivo da nossa briga.

Droga, eu tinha que consertar isso. Me levantei rápido demais, me desequilibrando por um momento. Me apoiei no criado-mudo e, assim que recuperei meu equilíbrio, fui para o meu closet, procurando alguma roupa para vestir.

Ainda estou com o vestido que usei na festa. Achei uma camiseta antiga do meu irmão que eu havia roubado há um tempo atrás. A vesti, constatando que ela ficava gigante em mim e cobria até a metade das minhas coxas. Soltei meus cabelos e fui tirar a maquiagem que restava em meu rosto.

Depois disso fui até o quarto de hóspedes, vendo que Rafa ainda dormia. Desci silenciosamente e andei até a cozinha, pensando no que fazer para o café-da-manhã. Decidi preparar panquecas com suco de uva. Passei meia hora cozinhando, coloquei tudo em uma bandeja e, com muito cuidado, voltei a subir as escadas, indo para o quarto que Rafa estava.

Ele já não estava mais na cama quando cheguei, mas ouvi o chuveiro, então presumi que estivesse tomando banho. Sentei-me na ponta do colchão, deixando a bandeja ao meu lado, esperando ele voltar. Cinco minutos depois, o chuveiro estava sendo desligado e meu coração começou a acelerar. Rafa apareceu na porta do quarto, com os cabelos molhados, usando somente a toalha amarrada no quadril. Ele parou ao me ver ali.

– O que é isso? - me perguntou, se referindo à bandeja com o café-da-manhã

– Meu pedido de desculpas. - falei, olhando em seus olhos

– Desculpas pelo quê?

Suspirei e me levantei, andando até ele. Parei a centímetros de seu corpo e tudo o que eu queria, era toca-lo.

– Me desculpe por ontem à noite. Eu não devia ter bebido, nem brigado com você.

– Como você se lembra de alguma coisa?

– Não bebi tanto assim. Tinha consciência do que estava fazendo, só não conseguia me controlar. Mas isso não é desculpa... Eu realmente sinto muito por tudo.

Ele respirou fundo, abaixou a cabeça e mexeu nos cabelos, fazendo algumas gotas de água voarem.

– Eu também tenho que me desculpar. Não sei o que deu em mim. Nunca devia ter te tratado daquele jeito.

Sorri de lado e puxei seu queixo levemente para cima. Vi que seu lábio estava cortado, provavelmente do soco que ele havia levado, noite passada. Passei a ponta dos dedos levemente sobre seu machucado e vi que ele se tencionou.

– Dói? - perguntei

– Arde um pouco.

– Desculpe.

– Não foi culpa sua.

– Foi sim. Tudo o que aconteceu ontem à noite, foi minha culpa.

– Então, eu te perdoo. Se me prometer nunca mais beber a ponto de não controlar o que faz.

– Prometo.

Suas mãos passaram por minha cintura, me puxando para mais perto. Passei meus braços por seu pescoço e apoiei minha bochecha em seu peito. Apesar do meu metro e 72, ele ainda é bem mais alto do que eu.

Senti seus lábios no topo de minha cabeça e fechei os olhos, aproveitando o momento.

– Cadê meu irmão? - perguntei, me desgrudando dele

– Ele disse que iria curtir, e não sabia que horas voltaria.

– Típico... - abaixei a cabeça a sorri de lado

– Olha, Mari, eu queria me desculpar pelo que eu disse ontem. Não devia ter sido tão possessivo. Você faz o que quiser; fica com quem quiser.

Percebi o tom magoado em sua voz. Ele deu um sorrisinho, mas não chegou aos seus olhos. Coloquei a mão em sua bochecha e ele fechou os olhos, inclinando a cabeça em direção à minha mão. Afaguei seu rosto com o polegar.

– Eu só quero ficar com você.

Seus olhos se abriram, demonstrando sua surpresa. Seus lábios se arquearam em um sorriso, que logo foi colado à minha boca. Puxei seus cabelos úmidos para que ele chegasse mais perto de mim, mas não havia mais espaço que não estivesse sendo ocupado por nossos corpos. Quando o ar nos faltou, separamos nossas bocas e grudamos nossas testas.

– Seja minha namorada. - ele falou, com os olhos fechados

– O quê? - perguntei, surpresa, me afastando ligeiramente

– Espera, quero fazer isso direito.

Ele me largou, pegou uma roupa e foi se vestir. Voltou e eu continuava estática no mesmo lugar. Vi pelo canto do olho que ele procurou alguma coisa no bolso de sua calça e quando achou, pegou minha mão e me puxou para sentar na cama.

– Mari, eu sei que somos completamente opostos. E que pode ser que tudo o que estamos sentindo agora, não passe de atração. Mas eu sei que se eu não fizer isso, outra pessoa vai e você vai se dar ao luxo de arriscar seu coração com esse outro cara. O qual, eu tenho certeza, não estará tão disposto a te fazer feliz quanto eu estou. Então... - ele suspirou e se ajoelhou na minha frente, fazendo meus olhos marejados, se arregalarem - Aqui estou eu, pedindo... Não, implorando para que você aceite arriscar seu coração comigo. Porque, apesar de saber que não sou o melhor para você, sou egoísta e sei que você me moldará até que eu seja o cara certo, aquele que você procura e aquele que te completa. - lágrimas já caíam pelas minhas bochechas - Princesa, aceita namorar comigo?

Em sua mão está uma caixinha de veludo vermelha, com as alianças mais lindas que eu já vi na vida. Duas coroas em prata. Sorri em meio às lágrimas. Minha voz sumiu de repente, então tudo o que eu pude fazer, foi assentir, com um sorriso enorme no rosto.

– Apesar que querer colocar logo o anel em seu dedo, acho que você gostará de ler a inscrição dentro dele. - ele comentou, sorrindo e se sentando ao meu lado na cama, me entregando as duas alianças

Ele me indicou para que eu começasse a ler pela minha.

– Porque toda princesa... Precisa de um sapo. - li as duas alianças e caí na risada - E você será meu sapo? - perguntei, ainda rindo e olhando em seus olhos

– Serei o que você quiser.

Ele pegou a aliança de minha mão e colocou no meu dedo anelar, assim como eu fiz com ele. Segurei seu rosto entre minhas mãos e o beijei da forma mais apaixonada que pude. Porque era isso, eu estou apaixonada por ele. E, pode ser que nosso namoro não dê certo, mas se não arriscarmos, como vamos saber?

Ele sorriu durante o beijo, me fazendo sorrir também. Suguei seu lábio inferior, tomando cuidado com seu corte, fazendo-o gemer em aprovação. Suas mãos me puxaram para seu colo, fazendo com que eu contornasse seu quadril com minhas pernas. Sentia seus dedos explorando minhas coxas e meu quadril por baixo da camiseta que eu usava. Entrelacei meus dedos em seus cabelos negros, sedosos e ainda um pouco úmidos, sentindo sua textura macia. Comecei a ofegar e ele se afastou ligeiramente.

– Melhor comermos, antes que eu te jogue nessa cama e te foda loucamente. - ele falou em meu ouvido com uma voz rouca e sexy

– E por que não faz isso? - mordi o lóbulo de sua orelha

– Não me provoque, Leite. - ele disse com os lábios em meu pescoço e depois respirou fundo, se afastando para me olhar nos olhos - Não faço isso porque eu faria isso com qualquer uma. Mas você não é qualquer uma. E quero que a nossa primeira vez seja especial.

Meus olhos lacrimejaram mais uma vez e eu sorri.

– To começando a achar que tu é gay, Gutenberg. - falei, tirando uma com sua cara

– Esse anel no meu dedo comprova o oposto. - ele responde, sorrindo e me dando mais um selinho

Sorri e nos sentamos na cama, com a bandeja no meu colo. Rafa passou a mão pelos meus ombros e me puxou para encostar em seu peito. Deitei a cabeça em seu ombro e começamos a comer. Tomamos café em meio a muitas risadas, cócegas e brincadeiras infantis. Victor ainda não tinha voltado para casa, mas eu sei que não preciso me preocupar. Se algo tivesse dado errado, ele me avisaria.

– Mari... - Rafa me chamou, com a voz manhosa

– Diga.

– Eu quero um beijo.

– Vem pegar. - falei, levantando da cama e começando a correr dele

Vi por cima do ombro que ele me seguia, com um sorriso no rosto. Não pude deixar de sorrir e me enfurnei em meu quarto. Contornei a cama com ele em meu encalço. Até que seus braços puxam a minha cintura, e me jogam no meu colchão, deitando em cima de mim. Seus dedos começaram a cutucar minhas costelas, me fazendo cócegas. Gritei, esperneei, mas ele não me soltou.

– Ah! - gritei de novo, perdendo o fôlego - Rafa, pára com isso!

Além de tudo, nós gargalhávamos. Ele, finalmente, parou de me fazer cócegas e passou a mão por meu pescoço, se inclinando mais em minha direção. Eu estou presa no colchão, com seu corpo por cima do meu. Sinto seus lábios tocarem de leve a pele exposta do meu pescoço e suspiro, fechando os olhos. Rafa faz uma trilha de beijos, seguindo da minha clavícula até o canto de minha boca. Viro meu rosto e beijo seus lábios com paixão. Uma de suas mãos prende minha nuca e a outra, viaja por meu corpo. Apoio ambas as minhas mãos na base de suas costas, começando a subi-las e arranha-lo no processo.

Ficamos ofegantes rápido demais e descolamos nossas bocas. Sorri para ele, que me deu um selinho e saiu de cima de mim, deitando ao meu lado e me puxando para seu peito. Senti seus dedos deslizarem pelo meu cabelo, e ouvi sua voz sussurrada, cantando alguma coisa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aeeeeeeeee, e aí????
O que acharam???
Não se esqueçam de comentar!!
Beijos, até a próxima