Estranhos Normais escrita por Sinopse


Capítulo 29
Longe de casa


Notas iniciais do capítulo

Oi,fiquei muito triste em não receber nenhum comentário no capítulo anterior então esse está caprichado



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Meus pés me fazem penetrar na floresta o mais rápido que podem, uma mistura de ódio e tristeza corre em minhas veias. Eu só quero esquecer isso,eu só quero ser normal ,não é tão difícil assim me aceitar,ou é?Minha vontade é de gritar e de sair quebrando tudo o que vejo pela frente, mas que droga. Simplesmente me deixo cair e no chão e me permito gritar o mais alto que conseguir,me debato contra o chão com força,são gritos de ódio e de dor e simplesmente quero que todos os escutem,eu quero ser escutado.Minhas unhas passeiam pelo meu corpo e deixam um lindo rastro de arranhões por onde passam mas realmente não dói,nada dói mais que a frustração ou a decepção.Ele disse pra mim que não ia mais ser aquele cara,ele disse pra mim que seriamos como pai e filho de verdade,ele disse...Lagrimas começam a escorrer do meu rosto,e sinto o sangue subir pela minha garganta e não resisto em o vomitar.Filho da mãe todos eles,meu pai,o trio parada dura,a maldita voz,todos eles.Sinceramente eu não quero me levantar ou procurar ou abrigo,prefiro ficar aqui no chão nesse estado miserável,mas que eu saiba os mostram não choram ou se entregam,eles se levantam e comem as cabeças de quem os fez cair.Crio forças pra me levantar,meus pés doem e minha cabeça gira mas eu não ligo,eu estou é cansado de ser tratado assim,eu sou um ser humano também.Olho meu reflexo em uma pequena poça,descabelado com a blusa rasgada,braços com arranhões enormes e sangrando,completamente imundo,com sangue escorrendo pela boca até a blusa e com os olhos vermelhos.Será que eu sou humano mesmo?Me encaixo melhor na categoria mutantes,ou na dos fantasmas ou...Mostro.Mas monstros pode ser amados não podem?Não podem?Ok eu entendo. Ando devagar pela floresta praticamente me arrastando como se estivesse preso a uma bola de ferro,deixando minhas mãos arranharem o que tocam,eu não sei o que devo fazer,nem para onde ir,pra começar eu não sei aonde eu estou.Levo minhas mãos a uma arvores quebrando um dos seus galhos mais baixos,em seguida pego uma pedra do chão.Se eu quiser sobreviver aqui é melhor me preparar,começo a raspar o galho com a pedra com o objetivo de fazer uma lança,onde dormirei essa noite?Talvez em um lugar alto onde esteja mais seguro ou em uma caverna escura, bom seja onde for preciso me aprontar, subo uma pequena colina e completamente perdido em meus pensamentos tropeço em um tronco, já ia começar a xingar mas então percebo que ganhei na loteria,há um pequeno buraco na colina,começo a cavar numa esperança de o aumentar,cavo aqui e ali tirando toda a terra e pedra que vejo em meu,tem uma pedra bem grande me impedindo de abrir o buraco,cravo minhas mãos nela e a puxo com toda a força,minha mão começa a doer assim como o resto do meu corpo,o suor encharcou por completo minha pele e roupas,mas foda se eu tenho um buraco,tenho um canto pra passar a noite,o céu negro acima de mim prevê chuva e antes que eu possa entrar em meu abrigo ela cai,mas em vez de entrar apressado no meu buraco eu fico do lado de fora deixando que ela me limpe,deixando que lave toda minha imundice,fecho os olhos e sinto os pingos grossos contra mim eu poderia ficar assim até a virada do ano a não ser pelo estrondo causado pelo raio,rapidamente me encolho dentro do buraco arrastado o tronco para sua entrada a fechando ficando assim protegido.Não é um buraco grande mas é suficiente para meu corpo encolhido,largo minha lança e tento procurar uma posição minimamente confortável para dormir,estou exausto até para ter pensar negativo,acho que meu corpo chegou ao meu limite e essa chuva representa o estado dele,e é assim nesse buraco que eu fiz com minhas mãos,encolhido,encharcado e machucado com uma chuva de trovoada caindo que eu vou dormir bom podia ser pior eu podia estar tendo um...

_Que belos olhos você tem Cato... Ah não,deixa pra lá não dá pra piorar não.

****************************************************POV´S WILLBUR

_Eu não vou esperar 24 horas entendeu?Meu filho é doente e não está com os remédios, ele não pode ficar sozinho por aí o psicológico dele conta muito sabe?Olha em frações de segundos ele pode morrer numa crise paradoxical. Entendo.Que bom que vão começar as buscas.Ele tem 18 anos,é forte e alto,o cabelo dele é da cor certinha do sol,os olhos são mais azuis que o céu e ele tem um cateter no peito e...Ah por favor cuidado com os cães farejadores ele tem pavor de cães...Sim,eu aguardo.Ah meu senhor o que eu fiz ?Eu prometi pra mim mesmo que não causaria mais traumas no Cato, que tentaria ser um amigo pra ele e o que eu fiz?Eu me lembro de quando o vi na arena sendo comido vivo, me lembro da expressão de dor no rosto dele, me lembro dele implorando pela morte e me lembro dos 12 abraçadinhos e juntinhos ouvindo tudo, era pro Peeta ter sido morto também, mas meu filho teve piedade e deixou os amantes em paz, paz que aquela menina só concedeu a ele depois de cansar de ouvir seus gritos, eu queria gritar, eu queria entrar naquela arena e pegar meu menino no colo e sair de lá, mas eu não podia fazer isso eu só podia olhar bem quietinho ele morrer e sentir orgulho disso, eu me lembro da Ágatha desesperada segurando meu braço e ele pedia com dor para que as bestantes o matassem logo, pedia para que a menina fogosa tivesse o mínimo de consideração e o matasse logo, lembro do 2 cabisbaixo e lembro do close de seu rosto quanto seu canhão estourou,alguma coisa se quebrou dentro de mim e foi meu coração,quando voltamos pra casa eu e minha esposa dormimos no quarto dele abraçados com o Titsu.Os piores anos da minha vida foram os que eu passei sem ele,eu olhava pra foto dele e pensava:

Podia ter melhores lembranças do que tenho hoje, podíamos ter tido uma bela historia se eu tivesse colaborado.

Ahh meu filinho, eu lembro do dia em que você nasceu,era de madrugada quando eu ouvi o grito da Ágatha ao meu lado,os lençóis estavam molhados e eu entendi que precisávamos nos aprontar o mais rápido possível,eu chamei uma parteira confiável,apesar de já idosa era famosa por sua agilidade e parte do 2 nasceu com sua ajuda.Eu fiquei na sala enquanto tudo acontecia,estava com aquela minha pose de durão de sempre e com aquela cara mas no fundo eu estava maluco da vida e foi quando eu ouvi o choro e meu deus que menino escandaloso ,Cato nasceu berrando alto pra caramba pensei que ia ficar surdo,mas pelo menos isso era um sinal de que nasceu forte,respirei fundo e entrei no quanto quando foi autorizado:

_Amor, você tem que ver, é perfeito e tem seus olhos. Disse minha esposa com os olhos marejados segurando minhas mãos.

_Você teve complicações?

_Não, foi tudo tranquilo, vai ver o neném homem de Deus!A parteira me mostrou onde o neném estava, era no quarto dele. Dei um longo suspiro ao entrar,eu não estava pronto pra ser pai,eu não tive filho eu tive um soldado foi assim que eu o criei,ele me via como um general e não como um pai eu sabia o que perfeitamente disso quando eu entrei no quarto,fui calmamente até o berço com os punhos cerrados e dei uma olhada,era grande,forte e principalmente pálido,quando seus olhos abriram percebi que minha mulher estava louca pois aqueles olhos eram bem mais azuis do que os meus,me permiti a dar o mais perto de um sorriso que conseguia:

_Oi, eu... Sou seu pai.Olhei pros lados para garantir que estaria sozinho antes de o tocar,a mão dele se fechou no meu dedo e eu pude sentir a pele macia dele,eu queria o morder,mas queria também deixar claro pra mim o que estava por vir,não resisti e o peguei no colo e era um menino pesado.

_Você é o que afinal, me deixa ver aqui... Desabotoei a sua roupinha e vi.

_Que menino mais grandinho é você, que nome quer?Ele ficou me encarando, eu realmente queria ser mais amigável, mas eu não podia eu estava tentando fazer o melhor para ele no fim das contas deu merda mas é errando que se aprende,olhei pros lados mais uma vez e dei um beijinho nele,Caminhei com ele nos braços até meu quarto onde a Ágatha e estava e o entreguei pra ela que de imediato começou a dar de mamar.

_Ele está com fome e não e pouca. Ela começou a olhar pra ele e eu tinha que admitir:Ele era lindo de mais.

_Que nome damos pra ele amor?

_Ômega, ele tem cara de Ômega.

_Ahh não podia ser algo mais simples como Neros.

_Ele tem cara de algum nome forte como...

_Cato?Ele abriu os olhinhos e olhou pra nós, é ele tinha cara de Cato, eu concordei na hora, o mais curioso é que eu ouvi o choro exatamente quando o sol nasceu e mais tarde o cabelo dele cresceu da cor do mesmo. Ahhhh meu neném,está perdido por ai nessa chuva...A frase de hoje mas cedo ainda está na minha cabeça ´´Eu ainda quero´´ bom eu passei anos tentando esquecer isso mas acho que dá.Eram quatro da madrugada quando eu acordei com Cato no auge nos seus quatro anos me encarando a respiração dele estava contra meu rosto o olhos nos meus quando ele disse:

_Eu quero arrancar toda sua pele.


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Notas finais do capítulo

Depois das minhas provas tem mais!



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