Esta frio, muito frio, minha cabeça doí e eu estou com medo.Abro os olhos lentamente e olho ao redor.Eu estou num quarto branco, com moveis brancos, vestido de branco e encarando paredes brancas.Hà um tubo em meu braço que envia sangue pra mim e um catetèr em meu nariz.Eu estou numa cama e resolvo me mexer, mas para minha surpresa caio de cabeça no chão, uma menina morena de cabelos presos em uma trança me olha, é Katniss eu a reconheço foi aí que eu lembrei dos gritos de vários jovens morrendo, estavam pedindo ajuda, uns tentando matar os outros na arena, entre eles eu . Fiquei assustado com isso mas ela deve ter ficado mais porque o grito não foi baixo, eu me assustei com ele e com meus movimentos bruscos o tubo se soltou e esguichou sangue pra todo lado e com isso começei a gritar, milhares de mortes voltaram a minha cabeça e com tanto sangue em cima de mim e com tantos gritos não me ajudam a ficar mais calmo.Grito ainda mais.

_Cato! Cato!

Essa palavra, esse nome, o meu nome.Voltou em minhas lembranças a imagem de uma menina pequena correndo pra mim quando eu era criança e depois uma versão mais velha dela correndo na arena.Eu tinha que protegê-la mas não consegui e a mataram e o meu nome foi sua última palavra.

_Eu não consegui salva-la. Falo e me encolho ao lado da cama.

A porta se abre e Clove a menina que eu tinha que proteger, corre e se ajoelha ao meu lado e me abraça.Ela está de branco e com os cabelos soltos,realmente muito bonita.

_Shhhh calma, Cato, calma.Diz ela com os lábios colados em meu ouvido.

_Eu não consegui salvar você, desculpe eu IPQ.Um soluço enterompe a frase.

_ Cato somente feche seus olhos, você vai ficar bem.

Eu não quero largar-la ,me sinto bem assim então também a abraço forte consigo ouvir sua coluna estalar mas ela não me solta,eu poderia ficar assim por muito tempo sem me importar com o mundo.

Dois médicos entram no quarto e mandam as meninas saírem, trocam minhas roupas e recolocam o tubo e me devolvem pra cama. Eles começam a me explicar que eu não morri mas sim fui salvo para ser um pacificador e que eles fazem o mesmo com todos os tributos fortes e ou espertos,mas como não há mais jogos eu não preciso ser um,contam da queda do sistema,da rebelião,da 75°edição,enfim me poem a par de tudo oque aconteceu nesse tempo e em que estado me encontro e lugar me encontro,estou me recuperando em um centro hospitalar da capital.

_Você está bem, ficará sobre observação por algum tempo e depois quando tiver condições voltará pra casa.

Aceno com a cabeça para mostrar que entendi, um dos médicos pega uma seringa e vem pra minha direção.

_Não se preocupe, estamos aqui para te ajudar,isso vai fazer você relaxar um pouco afinal você recebeu muitas noticias de uma vez só e deve estar assustado.

Realmente me assustei com a quantidade de coisas que tinham acontecido, admito que tive dificuldades para entender que não existem mais jogos e que não estou morto, foi um pouco complicado mas consegui compreender tudo, acho que relaxar me faria bem agora.O médico me aplica a seringa no braço e faz um curativo.

_Você precisa repousar agora, não é bom para uma pessoa que no seu estado ficar agitada.

Me ajeito na cama para mostrar que entendi o recado os dois ficam satisfeitos e saem.

Depois que todos se foram só sobrou o silencio e as paredes brancas que eu encarava, tão sólidas, tão frias, de repente Clove entra no quarto devagar, finjo estar dormindo, o que ela estava fazendo no meu quarto?Ela se aproxima da cama, me observa, solta um suspiro, por fim pega minha mão e fala:

_ Cato,você ainda vai sobreviver..Não sei explicar direito o que senti nessa hora, suas mãos estão quentes enquanto as minhas estão geladas, acho que sinto...Não sei explicar, è como cair em uma pilha de folhas no outono ou como um banho de chuva no verão.

Sim junto de você é o que eu penso nessa hora se realmente estiver capacitado de pensar.