E se um reencontro o destino preparasse... escrita por Eubha


Capítulo 221
Capítulo 221:


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigada a todos!!



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– Satisfeito. – Cobrou Anita, interrompendo o beijo.

– Assim, não totalmente. – Respondeu Ben com um sorriso. – Mais eu posso ficar. – Ben alegou, tentando lhe dar um outro beijo.

– Hei para, já pensou se o Pedro volta aqui, e vê. – Argumentou ela, segurando o rosto dele e se afastando um pouco. – E eu não to falando disso não, to falando do banho que você me deu, olha isso. – Anita riu do próprio estado, encharcado dos pés a cabeça.

– Não reclama vai, foi você que provocou. – Ben justificou rindo dela.

– Que engraçado. – Respondeu Anita com uma careta.

– Nem vem tá, eu to tão molhado quanto você. – Ele defendeu-se.

– Bem feito, quem mandou. – Anita debochou do amado. – Agora vamos arrumar essa bagunça aqui, antes que a tia Luciana veja, e como ela mesma definiu, ela esta virada no cão hoje. – Sugeriu ela, visualizando o estado do local.

– É né, que jeito. – Ben concordou.

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– Que isso mano! – Tinha uma piscina no quintal e eu não sabia é. –Luciana disse espantada, quando viu os sobrinhos entrarem pela porta totalmente molhados.

– Ah é, quase isso. – Anita prendeu o riso.

– Vocês hein, vou dizer uma coisa, é junta fogo com gasolina, aí mano, só mesmo jogando água pra apagar o incêndio. - Luciana falou distraída, se apoiando na vassoura que segurava.

– Tia que isso, piro. – Ralhou Anita diante da alucinação propagada por Luciana.

– Eu não, mais você já faz tempo, e os dois querem sumir daqui que tão molhando toda a cozinha. – Falou Luciana, pedindo que eles saíssem.

– Achei o Fulano, ainda bem. – Pedro gritou ofegante, entrando em casa com o cachorro logo atrás.

– E pra onde ele foi. – Anita questionou.

– Tava trancando a passagem da dona Maura, no porta da papelaria do seu Gustavo. – Explicou ele.

– Ele adora a Maura mesmo. – Anita afirmou sorridente.

– A Maura tem fobia de cachorro, vocês não tão entendendo, e pior não é de hoje, desde que a Maura mudou pra cá, que eu conheci ela e o Sidney, quando eu era muito pequeno sempre foi assim. – Comentou Ben.

– É o Fulano já percebeu isso. – Concluiu Pedro.

– Também gente com tanta coisa pra ela ter medo hoje em dia, nessa cidade violenta, ela vai ter medo do cachorro. – Anita acabou rindo da mãe de Sidney.

– E vocês, tão criando raiz aqui porque, vão lá pra fora, vão me molhar a casa inteira desse jeito, é sério assim não engrena mano, nenhum doidinho coopera. – Luciana resmungou.

– Já estamos indo. – Comunicou Anita.

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– Você quer ajuda aí. – Disse Ben achegando a cozinha, e abordando Anita que lavava a louça.

– É isso mesmo, que você quer, só me ajudar. – Anita olhou para ele com um olhar travesso.

– É ué. – Rebateu ele não se deixando convencer.

– Tá bom. – Ela respondeu, enxugando alguns pratos e os colocando no armário. – Eu acredito em você. – Alegou a menina voltando a pia, com uma expressão risonha. – Eu acho. – Disparou ela, virando para a pia, pegando a esponja e adicionando detergente para lavar alguns talheres.

– E sabe o que eu acho. – Ben exclamou, colocando uma mão a cintura dela. – Que você ter deixado a bagunça aqui, e ter aceitado meu convite pra passar a tarde fora, não era uma má ideia. – Falou ele, querendo convence-la.

– Ah e a bagunça, ia se arrumar sozinha é. – Anita achou graça do garoto.

– Quem sabe. – Riu Ben, repousando a cabeça no ombro dela.

– Se que parar de me atrapalhar. – Anita alfinetou rindo também.

– Ah não seja injusta vai. – Ben se fez de bravo.

– Meu deus do céu, se não tem jeito né. – Afirmou ela.

– É acho que você tá certa. – Respondeu ele, em meio a um sorriso debochado.

– O que não é muito difícil de constatar né. – Disse Anita, terminando de arrumar a bagunça da cozinha.

– Giovana... – Mariana entrou chamando pela ruiva. – Ah eu achei que a Gio tava aqui. – Explicou a garota ao dar de cara com os dois, Anita de costas, juntamente com Ben escorando a pia com uma expressão fechada.

– Ela não tá aqui, aliás, ela saiu, nem sei pra onde. – Anita justificou pouco animada.

– Ah tá bom. – Afirmou a garota, parando em frente à geladeira, observando os dois com atenção.

– Bom eu vou lá no Sidney falar com ele, então. – Informou Ben, dando um passe para ir embora.

– Hum você e o Sidney se falando, será realmente que eu posso achar que milagres existem de vez em quando. – Anita o alfinetou em total ironia.

– Olha isso eu não sei. – Disse ele, ficando ao lado dela. – Mais acho que em matéria de milagre você é melhor do que eu. – Afirmou sorridente.

– É... te aturar é um deles. – Implicou ela de volta.

– Bom eu vou nessa. – Proferiu Ben se distanciando.

– Ben espera, volta aqui, eu lembrei de uma coisa. – Anita pediu.

– Que foi mudou de ideia, eu sabia. – Fez graça ele.

– Não, é só que, ligou mais cedo duas clientes pra mamãe, parece que não conseguiram contato com ela pelo telefone da empresa, não entendi direito. – Explicou ela. – E já que você tá tão interessado em arrumar uma ocupação, podia entregar pra ela né. – Pediu Anita.

– Tá, não vejo problema. – Respondeu ele.

– Acho que eu deixei o papel, lá na mesinha ao lado do telefone. – Justificou ela.

– Certo então, mais tarde a gente se fala. – Concordou Ben, correndo até a sala, e saindo pela porta no momento que se seguia.

– Ai que isso garota, posso saber o que você faz parada aí, com essa cara. – Anita perguntou a Mariana, após se virar e dar de cara com a garota ainda imóvel no mesmo lugar de antes.

– Ué nada, e só estava aqui, algum problema. – Disse ela.

– Não, porque tem. – Devolveu Anita sem muita paciência.

– Acho que não. – Pronunciou Mariana de volta.

– Ó Anita tava lá no quarto. – Falou Pedro chegando com alguns copos em mãos.

– Ah não, quantas vezes eu já disse pra vocês não me deixarem louça no quarto, gente olha minha mãe realmente é um ser iluminado, porque se fosse isso todo dia, acho que eu não aguentava. – Reclamou Anita, com Pedro colocando os objetos todos dentro da pia.

– Sabe Anita, eu fico impressionada como todo mundo nessa casa se dá super bem. – Comentou Mariana. – Você e o Ben principalmente né. – Soltou a garota.

– Porque o normal seria que a gente se odiasse. – Anita parou o que fazia, para encarar a menina com um olhar sério.

– Não também não, mais da pra ver que vocês tem uma afinidade, é transparente. – Falou a garota em um tom dissimulado.

– Vai dá ruim. – Sussurrou Pedro para si mesmo, evitando que elas percebessem.

– Temos muita, agora é crime. – Anita devolveu. – E que eu saiba você não tem anda a ver com isso, ou tem. – Assuntou Anita áspera.

– Não mesmo, não tenho. – Respondeu Mariana. – É evidente que você gosta dele mesmo. – Afirmou.

– Gosto, eu realmente não tenho motivo pra sair pro aí odiando as pessoas, mais às vezes algumas parecem que querem me dar o motivo. – Anita respondeu com certo sarcasmo.

– Bom eu vou ver se eu consigo ligar pra Gio, pra ver onde ela esta. – Disse Mariana, deixando a cozinha.

– Garota metida Pedro. – Anita deixou escapar soltando o copo dentro da pia com fúria.

– Ih se pegou a implicância da Sofia foi. – Proferiu o pequeno.

– Não. – Garantiu Anita.

– Então é ciúmes mesmo, como eu desconfiava. – Disse o garoto a irmã mais velha.

– Hãm e do que. – Anita ficou confusa devido à alegação do mais novo, que a olhava com uma cara esperta.

– A pergunta certa seria de quem. – Corrigiu o pequeno. – Do Ben. – Ele balbuciou, observando atento a reação de Anita.

– Ah Pedrinho, para de viagem, eu hein. – Negou ela rindo desconcertada. – Porque você acha que ela tem algum interesse nele. – Perguntou Anita mantendo certa descrição.

– Isso eu não sei, mais ela não é cega, quem não iria querer ter alguma coisa com meu irmão. – E nem você, às vezes eu vejo umas coisas que eu não entendo. – Comentou ele.

– Que, como, hãm. – Anita viu sua mente cair em um “mar” de confusões.

– Porque você e o Ben, continuam separados. – Pressionou ele.

– Não, não, para eu não quero mais ouvir pro favor, aliás, eu não ouvi nada tá. – Anita preferiu desconversar.

– Sabe o que eu não entendo, porque você e todo mundo nessa casa complica as coisas, ah gente velha e sempre complicada. – Pedro falou, fitando Anita com um olhar inteligente.

– Não acredito, você tá me chamando de velha. – Ela soltou uma gargalhada.

– Muita nova, é que você também não tá né. – Respondeu Pedro com naturalidade.

– Meu deus realmente você te tudo pra ser o prodígio da família. – Disse Anita.

– Ué não dizem que quando duas pessoas se gostam uma atitude vale mais que mil palavras, então. – Filosofou. – Isso concluiu que você e o Ben, não iriam ouvir os pedidos da mamãe e do papai, só pra agradar eles. – Concluiu Pedro.

– E de onde você tirou isso. – Anita olhou para o pequeno com desconfiança.

– Eu andei pesquisando sobre o assunto. – Explicou Pedro.

– E por que. – Questionou ela, em uma pronuncia que continha curiosidade.

– Foi preciso, eu andei sentindo umas coisas e achei que tava doente. - Disse o garoto, não dando mais detalhes.

– Se gostou de alguém. – Desconfiou Anita. – E não tá muito novo pra isso. – Relembrou ela achando graça. – Mais quem é. – Perguntou ela não segurando sua curiosidade.

– Ninguém. – Garantiu o menino com a voz encabulada, ficando com as bochechas coradas.

– Hum bom, assim. – Anita falou pensativa, enxugando a louça que faltava. – Eu acho que eu sei quem é. – Zombou ela.

– Não sabe de nada. – Retrucou Pedro negativamente.

– Bom uma menininha, que tá sempre perto de você, bonitinha, com um cabelo moreninho, chamada talvez Tita. – Soltou Anita, não se contendo.

– Claro que não. – Pedro negou envergonhado.

– Bom, eu não tenho nada contra, e também você ainda vai ter muito tempo pra dizer isso a ela, futuramente quem sabe, por enquanto continua sendo criança que tá muito bom. – Afirmou Anita.

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Ao cair da tarde...

– Ai amiga, eu to encantada com meu trabalho voluntario lá creche, poder ajudar aquelas crianças de alguma forte é sensacional. – Julia contava em extrema animação para Anita, enquanto tomava um suco com ela, sentada a uma mesa do Embaixada.

– Eu to vendo, pela tua cara né, e obvio poder fazer alguma coisa de bom pra alguém, ainda mais pra uma criança é sempre gratificante. – Respondeu Anita feliz por Julia.

– Você podia ir lá comigo um dia né, sei lá tipo a creche é mais ajudada pelas pessoas da comunidade, é mantida com a ajuda das pessoas, se podia pensar em algum projeto de reforma que tal. – Disse ela sugerindo.

– É de repente, me fala, que eu vou sim. – Anita aderiu à ideia da amiga. – Devo estar mesmo precisando praticar alguma coisa de bom pra limpar minha alma das minhas mentiras contadas, que segundo o Vitor, e quem mais que souber vai dizer que é uma atrocidade. – A garota tomou como desabafo.

– Ai para de viagem. – Julia riu da dramaticidade das palavras dela.

– E aí gente. – Ben falou entrando no local e vindo até as duas.

– Tudo bem. – Cumprimentou Julia.

– É eu acho que sim. – Respondeu Ben puxando uma cadeira para sentar ao lado de Anita.

– Ih gente, já vi que os dois tão no mesmo tom hoje né, fazer drama. – Julia riu.

– Você fala isso porque tua família é pequena, quando você quer contar algo não dá muito trabalho é pouca gente pra você ter que argumentar, ouvir julgamento, sem falar no trabalho que dá pra reunir todo mundo. - Afirmou Anita, tomando o restante do suco que estava no copo.

– Ah isso é verdade. – Ben se viu concordando.

– Tá bom, vocês ganharam em disparada de mim mesmo. – Julia soltou uma risada.

– Você já ficou sabendo, que o Vitor não convidou a gente pra assistir a final do campeonato de vôlei. – Comentou Anita.

– É eu vim meu pai falando. – Respondeu Ben.

– O que eu não entendo sabia, a vida é de vocês pra que tanto drama do Vitor. – Julia expôs.

– Não sei Julia, a gente mentiu né, isso é fato, e também eu concordo que mentira não é legal. – Confessou Ben. – E bom eu também não tinha nada que brigar com ele, tentei pedir desculpas, mais o Vitor tem um grande problema em conjugar esse verbo. – Disse ele desapontado.

– Ou todos os outros né. – Anita proferiu meio impaciente com o irmão postiço.

– Bom gente eu vou indo nessa, tenho umas coisas pra fazer. – Esclareceu Julia. – Tchau pra vocês. – Se despediu ela levantando e pegando a bolsa.

– Tchau. – Respondeu os dois quase juntos.

– E a gente, vamos dar uma volta, e de preferencia longe dos olhos do Grajaú. – Convidou Ben.

– Hum só se for pra ontem. – Anita aceitou com um sorriso.

Praia na Barra...

– To te achando com uma carinha tensa sabia. – Ben afirmava a Anita, percebendo uma preocupação que estava evidente no comportamento da namorada, enquanto fitava ela, que estava calada, quando os dois estavam sentados a areia da praia.

– É ando meio errada nesses dias que vem passando mesmo, meio cansada, dormindo mal pra caramba, sei lá. – Confessou Anita, de olhos fechados enquanto sentia a maresia em seu rosto. - Mais eu não quero falar não. – A garota não escondeu sua inquietação, se despertando para encarar Ben.

– Não fica assim hein. – Pediu ele a cobrindo de beijos.

– E da pra ficar de cara fechada, estando com você do lado. – Afirmou ela, enlaçando o garoto em um abraço.

– Eu ti amo, muito, muito, e muito. – Pronunciou Ben, entre sorrisos.

– E eu já te disse, que se você não tivesse na minha vida novamente, acho que eu estava enxergando tudo cinza até agora. – Se declarou ela.

– E eu nem iria ter uma vida. – Disse ele, lhe dando um beijo carinhoso.


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