E se um reencontro o destino preparasse... escrita por Eubha


Capítulo 204
Capítulo 204:




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Por Sofia.

Não sério, a minha mãe estava me tirando do meio eixo, compreensível de ser acordado aos berros e cutucões em pleno feriado que não iria ter aula, tudo por conta que eu teria que ajudar a por o café das nossas nobres visitas, e qual seria o problema daquelas duas desocupadas ajudarem a porem a mesa e depois se sentarem para comer. Iria cair as mãos delas? Francamente acho que não, acho profundamente que elas se esqueceram que não estão em casa e que eu não nasci pra lavar pratos e colocar uma toalha quadriculado na mesa, no único dia que eu teria um pouco de paz. É sim só havia sobrado eu em casa, o resto do pessoal saíram todos cedo para irem numa festa na praia aí, que a Giobanda iria tocar, bando de espertos isso sim, pra não dizer coisa piora. Poxa já são tão poucas as segundas- feiras que eu posso me dedicar a não fazer exatamente nada. Se fosse pra ajudar a mamãe até passaria, mesmo eu detestando me prender a afazeres domésticos, mas a questão não é exatamente essa, a questão é que tem duas “malas”, alojadas aqui em casa, e parece que a única pessoa que estranhava isso sou eu. Porque que elas não vã embora de uma vez para o mundo perfeito delas, e não deixam a gente em paz, essa casa aqui já vive com gente saindo até pela janela quase sempre, agora a mamãe me arrumou mais duas entojadas pra gente ter que olhar pra cara, aliás, isso que me desatina na dona Vera a capacidade dela, de não perceber quando se está sendo feita de escreva por duas dondocas chatas, e acima de tudo que acham que são melhores do que todo mundo só porque moram numa casa que não esta acentuada em nenhuma zona do subúrbio paulistano, não que eu tenha problemas em alguém ser rico, na verdade eu não nego que também almejo isso, mas se instalar aqui em casa e ainda sair de frescura com a gente toda hora, já está sendo demais até para mim, que prezo e deslumbro quem tem uma vida cheia de luxo. A situação realmente já estava passando de critica para deplorável, como se já não bastasse minha dores de cabeça que já não eram poucas, e lógico que a maior parte delas começavam e terminavam com Sidney, eu tinha tido uma briga feia com o tosco, e ele parece que se ofendeu porque não me procurou mais desde o incidente, a Flaviana embestou que eu fiquei com ciúmes da piriguete com cara de patricinha fina que o Sidney trouxe com ele, pra ver show da Micaela, só que eu acho que foi mais que isso, não foi exatamente ciúmes, mas sim constatar que o Sidney adora me provar que eu estou por baixo, e que na verdade eu não passo de uma nariz em pé, ranzinza que só tem uma única amiga de verdade que consegue ser leal a ela, Flaviana, bom talvez eu seja meio torta mesmo, afinal eu entro em guerra até com a Anita, quando se faz necessário, mais poxa eu posso ser toda torta, aliás, eu nunca disse que eu não era, só que também isso não é motivo pra ele sair me magoando e esfregando qualquer uma na minha cara, só pra me mostrar que ele não precisa mais de mim, que eu realmente virei passado.

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– Sofia filha, por favor ,desce, eu já te chamei a horas. – Vera argumentou, chamando a loira ao empurrar a porta que estava entreaberta.

– To indo já mãe. – Sofia resmungou com pouca vontade, terminando de prender os cabelos.

– Vou te esperar lá em baixo então, deixei um bolo no forno assando. – Vera alegou, saindo apressada.

– Bolo, tomara que sole, arranque um dente daquelas duas. – Sofia reclamou entre caretas na frente do espelho.

– Bom dia, bom dia. – Ronaldo disse ao chegar da rua depois de passar no restaurante. – Nossa quanto silêncio nessa casa. – Estranhou.

– É que os meninos todos saíram. – Justificou vindo cumprimentar o marido com um beijo. – Só tá a Sofia lá em cima, que, aliás, eu já chamei mais de duas vezes. – Comentou Vera.

– Eu já estou aqui pra ser tua escrava. – A loira foi dizendo enquanto descia a escada de cara fechada.

– Bom dia pra você também Sofia. – Ronaldo sorriu, e apenas recebeu um olhar sério quando a garota passava para ir até a cozinha, mas acostumado com o jeito da enteada nem ligou.

– Oi, bom dia gente. – Marina chegou puxando uma cadeira e se sentando.

– Bom dia meu anjo. – Respondeu Vera. – Cadê tua mãe. – Indagou ela.

– A mamãe já esta descendo. – Afirmou a menina.

– Bom então eu vou te trazer um padeço de bolo que eu acabei de fazer, que esse café já esta beirando a hora do almoço de tão atrasado. – Disse Vera solicita.

– Ah obrigada Vera. – Agradeceu a garota.

– Sofia pega uma copo e a jarra e serve um suco pra Mariana filha. – Pediu Vera retirando o bolo da forma e os colocando em pedaços em um prato.

– Mãe você tá errando de filha, eu não sou a Anita. – Sofia disse. – E me recuso a servir essa sonsa. – Chiou a loira. – E falando em Anita cadê, no vai voltar mais pra casa, se perdeu no mundo. – Comentou ela ainda.

– Filha você vai servir sim, e não reclame, porque as coisas podem ficar piores, pode ter certeza, ou você acha que esqueci que te liberei antes do castigo devido aquela história dos papéis da empresa que você extraviou, e depois saiu no tapa com a Anita. – Vera afirmou. – E a Bernadete mandou um e-mail pro Abelardo falando que só volta amanhã, e consequentemente a Anita também. – Esclareceu Vera, jamais imaginado a real paradeiro da garota.

– Isso já faz meses caramba, e foi você que quis que eu voltasse pra casa, porque eu estava muito bem abrigada lá na casa da Bernadete logo depois que você me despachou daqui. – Argumentou ela, não se convencendo.

– Pois então não duvide você, que eu não posso mudar de ideia agora mesmo, e você pare de destratar a menina e a Marta, estamos conversadas. – Disse Vera, Sofia pegou dois copos e a jarra na geladeira e saiu bufando até a mesa. – Suco. – Com cara de poucos amigos soltando os objetos sobre a mesa.

– Ah eu quero sim. –Afirmou Mariana. – E Sofia, você leva jeito pra isso, daria uma ótima dona de casa. – Provocou a menina ao ver que a loira já estava irada.

– Valeu mais eu dispenso tá. – Sofia falou, com certo desdém voltando para a cozinha. - A vida não é dura, é amarga. – Retrucou à loira. – Ou nem tanto. – Disse ela com certas ideias, recuando até a mesa novamente. – Ronaldo me esqueci de te oferecer. - Quer suco? Tá- fresquinho. – Proferiu a garota.

– Aceito sim Sofia. – Respondeu ele, alcançando o copo para ela.

– É rápido. – Sofia disse apoiando o copo sobre a mesa.

– Ai meu deus Sofia. – Mariana gritou imediatamente ao ver todo o suco da jarra voar literalmente por cima dela.

– Nossa gente, será que baixou a Anita em mim, normalmente é ela que faz esse tipo de coisa. – A loira se fez assustada.

– E agora, sua doida. – Disse ela levantando rapidamente, enquanto observava sua roupa toda manchada com suco de morango. – Você estragou a minha melhor blusa. - Mariana esbravejou.

– Realmente eu fui um desastre, mil perdões Mari. – Sofia dissimulou.

– Não estou crendo. – Vera veio da cozinha repreendendo a loirinha com o olhar. – Vem, que eu tiro esse mancha, fica tranquila. – Garantiu Vera puxando a menina para o tanque, no quintal as pressas.

– Me desculpa. – Sofia gritou. – Pena que á a tua melhor blusa Mariana, mesmo, mais você devia de ter e dito não é, pra eu tomar lucidado, até porque eu não sabia, achei que você tivesse sempre as melhores roupas de grife. – Sofia falava, estampando um sorriso malicioso no rosto. - Que foi Ronaldo. – Perguntou ela, fitar o olhar fixo do padrasto a ela.

– É Sofia! - Seria cômico se não fosse trágico. – Ronaldo disse um tanto desapontado, mas acabou debochando da situação.

– Claro que foi cômico até demais, o teu suco, ainda salvei um copo. – A garota afirmou, entregando copo a ele, que era o único que vai restado já que a ela despejou toda a jarra em cima de Mariana.

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– Oi. – Disse Anita ao ver Soraia abrir a porta.

– Anita, entra. – Falou ela. – Nossa até que enfim uma alma além de mim nessa casa. – Comentou ela.

– Bernadete ainda não chegou é, eu tentei ligar pra ela mais cedo, mas não consegui. – Justificou ela, soltando a mochila em cima do sofá.

– Não, disse que só chega amanhã à tarde, parece que ela se atrasou devido a um cliente. – Explicou Soraia.

– Ih, não vou poder ir pra aula amanhã, e também quem mandou ficar com armação, agora gente. – Resmungou Anita.

– É né vai ser o jeito. – Afirmou Soraia. – Almoça comigo, tava fazendo uma torta de frango. – Convidou ela.

– E da pra recusar um convite desses. – Respondeu Anita com um sorriso.

– Então bora pra cozinha. – Se animou ela.

– Certo. – Concordou Anita, saindo logo atrás dela.

– E o Ben cadê hein. – Indagou Soraia.

–Ah ele veio comigo até aqui, a gente se despediu e ele foi pra casa. – Anita exclamou. – E ó, você não pode dizer que eu to aqui hein, eu até subi pela escada de serviço com medo de cruzar com alguém. – Afirmou Anita.

– E eu é que vou me meter nesse enrosco to fora. – Soraia riu da situação.

– Ai tá, não precisa nem me explicar em detalhes, porque eu sou obrigada a concordar mesmo. – Anita caçoou, puxando a cadeira e sentando-se na cabeceira da mesa da cozinha.


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