– Inferno, ódio desse garoto. – Anita gritou para si mesma, batendo a porta quando entrou no quarto.

– Minha namorada, que ódio de mim, meus deus. – Anita disse, irritada com toda a situação.

– Que ódio, eu quero morrer, meu deus. – Ela afirmou jogando o copo de cima do bidê ao chão.

– Anita, Anita, para, por favor, para. – Ben pediu a ela entrando ao quarto, percebendo que ela estava em total descontrole.

– Eu quero me matar, só de pensa que um dia eu consegui acreditar nesse infeliz, porque eu deixei isso acontecer, porque que a gente deixou ele fazer o que fez, como a gente não viu o que ele é realmente. – Anita disse chutando a porta. – Não sei o que ele é, nem palavra que descreva o que esse nojento é eu tenho, ele é capaz de tudo. – Ela deixou uma lágrima por raiva escapar.

– Para, tenta se acalmar, por tudo que é mais sagrado, ele sempre vai querer fazer isso com a gente. – Ben suplicou, com um abraço como forma de conforta-la.

– Eu tenho ódio de mim, por ter acreditado nesse infeliz, eu não tive nada com ele, só de pensar nas insinuações, nas falsidades, o jeito dele se fazendo de bom moço, de coitadinho, meu deus do céu, eu tava muito perdida, o fundo do poço é pouco, eu me odeio por isso. – Anita afirmou se sentando perturbada. – Ben, eu juro que seu tivesse namorado esse garoto, de verdade mesmo, se eu tivesse tido alguma coisa com ele, porque é isso que ele tem raiva do que rolou entre a gente, o motivo que fez o plano dele ter dado tão certo, e ainda por cima ele guardou aquele maldito celular, pra ficar imaginando como seria, se ele ali, me dá vontade de vomitar só pensar. – Anita falou raivosa.

– Para, então não pensa, esquece isso, você só vai estar dando força, pra loucura dele é isso que ele quer, você não pode se sentir responsável por nada disso, não desse jeito, você ficou sozinha no meio disso, as pessoas só enchiam a tua cabeça com tudo, o que te fazia desconfiar mais delas e de mim, o Antônio disse aquilo que você queria ouvir, você não estava bem e você sabe disso. – Ben tentou acalma-la.

– Eu queria ouvir o que, que você era o culpado, meu deus, que espécie de pessoa eu sou, o que eu fiz da minha vida, ao invés de sair do buraco eu preferi me enfiar nele, dando confiança pro Antônio, eu mereço Ben, eu mereço que aquele desgraçado esteja lá em baixo falando que eu fui namorada dele, e que aquele vídeo que caiu na internet, foi uma amostra do que eu tive com ele. – Anita a condenou.

– Ninguém merece, mais eu também te deixei sozinha nessa história, talvez se eu tivesse me preocupado, em te provar ao contrário e não brigar com o Sidney pela Sofia, as coisas não teriam demorado tanto tempo pra se esclarecerem. – Ben afirmou para ela, querendo afasta-la de seus devaneios.

– Não Ben, eu continuo tendo a minha parcela de culpa nessa história, e você não tem culpa de nada, fui eu que grudei no Antônio, esse vai ser o meu castigo por ter desconfiado de você, aliás a culpa é dele, não nossa. – Anita afirmou

– Nós erramos, mas você não pode se culpar por isso, não assim, a gente tem que esquecer tudo isso. – Ben afirmou. – Vem cá, para com isso vai, não mete essa história do vídeo no meio disso, que eu saiba éramos nós dois e não ele. – Ele disse a puxando para perto dele.

– Que ódio, ah claro, ótimo, será que a sacada daqui é muito alta, por que olha. – Anita resmungou não se dando por vencida. -Eu não vou ter paz enquanto eu não fizer o Antônio pagar por tudo que ele fez, é isso Ben depois dele ter ferrado com tudo, vai continuar entrando aqui em casa, e a agente passando por malucos descontrolados, o mundo é muito injusto, se isso acontecer. – Anita afirmou rancorosa.

– A vida dá voltas, uma hora ou outra a gente consegue, colocar todos os podres dele pra fora, eu prometi que eu não ia deixar isso assim e eu não vou deixar. – Ben afirmou para ela, colocando as mãos contra o rosto dela.

– Ótimo, desse lá em baixo e racha a cara do Antônio, de repente eu não achei uma ideia tão absurda, se bem que periga ele querer se vingar depois, então tem que ser algo definitivo, e ainda agora ele arrumou aquele pai esquisito. – Anita resmungou.

– Vou lembrar você na próxima vez que você tentar me impedir. – Ele ironizou. – Sabe que, tem uma única coisa boa naquele fuzuê lá em baixo, que tá todo mundo ocupado com o Antônio e o pai maníaco. – Ben afirmou sorrindo.

– Ah e o que. – Anita tentou afastar seus pensamentos ruins.

– Que a gente pode namorar em paz. – Ele falou com um sorriso brincalhão. – Eu amo você, e não vai ser o Antônio, e nem vídeo nenhum que vai acabar com isso, e nem ninguém. – Ben afirmou.

– Para, que se não agora eu vou chorar de desespero. – Anita respondeu emocionada.

– Vem cá, que isso hein TPM, porque uma hora é comigo, depois você tem um acesso de raiva, ai eu digo que te amo, ou invés de você ficar feliz, diz que vai voltar chorar. – Ben implicou com ela, rindo.

– Não, mais se for tá brava, mais eu não vou chorar não, o Antônio não merece que a gente sofra ainda mais, por tudo isso, e nisso você tá certo, eu vou te beijar muito, enquanto ele tá lá mentindo pra todo mundo, você ainda tá aqui comigo. – Anita afirmou com um sorriso, o empurrando para trás.

– Você anda maluca sabia, alguma coisa deu errado nessa história, já te falei isso. – Ben falou achando graça dela.

– É, quer vingança melhor do que essa, a única coisa que ele vai ter de mim, é o privilegio talvez, de conseguir tomar suco no copo que eu usei no almoço, e nada mais, porque é você que eu amo e vou continuar amando, até o resto dos meus dias. – Anita afirmou o encarando, escorada sobre ele,

– Até que gostei dessa tua teoria sabia. – Ben afirmou debochado, e os dois se beijaram apaixonados, cheios de vontade.