–EE, Escola Elemental ou Espíritos Elementais. – disse.

Depois de toda confusão com Bonnie e Bunny, os Quatro Filhos de Espíritos voltaram para a EE do Sul, onde foram recebidos pelos alunos. A escola parecia bem melhor do que a última vez que foi atacada, graças a Davi os alunos saíram da batalha sem muitos ferimentos, o que era muito bom.

Durante a festa para celebrar a vitória, foi contato para Matheus e os primos que Davi fora enviado para lá para poder ajudá-los no problema, representando o Norte.

A verdade contada por Davi era outra. Como era o melhor do grupo que sabia curar, e Lucio dissera que os problemas do Sul deveriam ser resolvidos por eles, Yuri não poder ir por ser uma maga voltada ao ataque, assim como Lucas e Parris, pois Marcos já estava lá como mago de ataque, só sobrou o filho de Leonardo Richard, diretor da EE do Norte.

Fora bom a visita de Davi, mesmo que ele só tenha ficado para a festa, passou mais tempo conversando com Edgar sobre magia de cura do que com Matheus. Virou tão amigo do espírito da terra, que acabou recebendo uma semente do mesmo, com a diferença de cor, sendo a que ele deu para o garoto de cor branca.

Agora, no dia seguinte, estava em frente ao diretor, dando lhe explicações para o ocorrido.

–Qual seria a pergunta? – perguntou o diretor.

–Apenas uma reflexão. – respondeu.

–E onde está a inimiga que sobrou? – a par de todo o ocorrido, perguntou.

–Quem? – fez-se de desentendido e o diretor fechou os olhos, suspirando pesadamente.

Quando o aluno colocava algo não cabeça era difícil de tirar. Mas o garoto acreditava que ela já havia pagado um preço grande demais, não precisava ser presa, até porque, nisso tudo, quem saiu mais ferido fora ela, que ficou com uma ferida que nem magia curar, exceto o tempo.

–E sobre aquilo que lhe pedi?

–Você e Marcos que já conhecem não tem problema, mas os outros dois não conhecem, logo, preciso da autorização do meu irmão.

–Não acha que já está na hora dele saber a verdade, afinal, foi para isso que ele veio!

–Se forem mesmo fazer isso, precisa ser lá e sem ninguém!

–Por mim está ótimo! – falou.

Biblioteca secreta

–O que fazemos aqui? – Matheus perguntou.

–Eu convenci o diretor a nos deixar usar esse local. – disse, guiando-os a aos fundos da biblioteca. Marcos sabia pelo caminho onde Edgar os queria levar, e só o seguiu silenciosamente. – Chegamos. – virou-se para os primos.

–E? – perguntou Francyelle.

–Não me diga que tem uma parede secreta atrás de você? – o Híbrido perguntou.

–Não, melhor. – saiu da frente, tornando possível a vista de um livro.

–É só um livro. – Francyelle fez pouco caso.

–Ei, cuidado com o que diz. Esse é o livro dos livros, o Grimório dos Magos! – falou. O livro estava sobre um apoio de madeira só para si, possuía uma capa marrom e encontrava-se fechado, esperando para ser aberto. Era quase como se ele chamasse os presentes naquele momento para lê-lo.

–Eu quero ler! – Matheus andou até o livro, quase que hipnotizado, e o abriu no índice. – Está em outro idioma! – reclamou.

–Latim! – disse Marcos. – Para lê-lo precisa entrar em modo de espírito.

–Uhum. – Edgar o apoiou. Uma vez que o latim era uma língua antiga, e que o nome dos Espíritos vinha de palavras em latim, o livro era o mesmo caso. Entrando em modo de espírito eram capazes de lê-lo perfeitamente, então assim o fizeram.

–“Escola; Contratos; Espíritos; Profecias; Filhos”. – Leu Matheus. – Por onde começamos?

–Sobre a escola todos sabemos, aprendemos isso durante três anos. Os contratos são meio relativos, então é melhor começarmos pelos Espíritos! – disse Edgar. Matheus folheou até a parte, parando na unidade que falava sobre Terim. – Pode pular, já sei tudo que preciso saber sobre minha mãe: a primeira Espírita Elemental, filha do pai dos espíritos e de uma humana comum.

Matheus continuou a folhear, parando na mãe de Francyelle, Ventus. Contou sobre ela ser a segunda Espírita Elemental, sendo um ano mais nova que Terim. Depois leu sobre Ice, que era dois anos mais nova que Ventus, para, por fim, ler sobre Ignos, que era o mais novo dos Espíritos Elementais. O livro também constava que sua mãe havia morrido há anos atrás.

Ia folhear o livro, mas foi impedido pelas palavras de Edgar:

–Matheus, você tem muitas perguntas, certo?

–Tenho! – disse convicto. – O que é magia? Para que servem os magos? O que sou... eu?

Já sabia a última resposta e também a primeira, apesar de dizer que magia é o poder que os magos possuem por serem abençoados pelos Espíritos.

–Então pule para a página dos Filhos. – Matheus obedeceu e viu uma descrição antes da unidade dos Filhos. – “O primeiro a ser criado fora Marcos, e decididos a fazer o mesmo, os outros Espíritos Elementais criaram: Matheus, Francyelle e Edgar. Apesar dos três terem sido criados no mesmo dia, foram postos no mundo humano em épocas diferentes.”.

Também leu algumas pequenas histórias que o livro contava sobre cada um, mas nada mais tão revelador. Quando pularia de página, o livro se fechou, impedindo de ser lido.

–Não podemos passar disso! – Edgar avisou.

–Tá, e agora que descobrimos tantas verdades?

–Viveremos com elas. Isso não muda o fato de sermos quem somos: espíritos que adquiriram consciência humana! – disse Marcos e os outros sorriram.

–Eu tenho uma pequena ideia do que podemos fazer agora!

Lado de fora

–Estão prontos? – os quatro se posicionaram.

–Já nasci pronto! – disse Matheus.

–Espero que não digam que foi injusto perder para o King.

–Direi que me tornei o novo King da EE! – falou confiante. – Quando eu disser... – Matheus correu na direção de Edgar, porém, o mesmo atirou sementes na frente, forçando o primo a parar.

–Isso são...

–Golens humanos! – Edgar confirmou as suspeitas de Marcos. – Comecemos?

–Só se for agora! – Matheus preparou-se.

–AGORA! – Francyelle gritou e um correu na direção do outro.