Guerra Elemental escrita por Ed Henrique


Capítulo 23
Segredos revelados


Notas iniciais do capítulo

Ohayo, minna.
Um avisinho aqui: Lá para o meio ou final do capítulo, vocês precisaram vir ver a capa para ver como são as armaduras.



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No dicionário: s.m. O que há de mais escondido; o que se oculta à vista, ao conhecimento: não conte este segredo a ninguém; 2-O que a ninguém deve ser dito; que é secreto; confidência: segredo confidencial; 3-O sentido oculto de algo: segredo do texto; 4-O que há de mais difícil; o que exige uma iniciação especial, em uma arte, uma ciência etc.: segredos da poesia.



Último capítulo

–Parece que entramos. – Não importa para onde Matheus olhasse, era pedra para todos os lados.

–Ei, Matheus, olha essa sombra. – Apontou em uma direção. A sombra não possuía dono, pelo menos, não que ele estivesse no chão.

–Você? Matheus perguntou ao olhar para cima.

Agora – Matheus on

–Terim? – Estranhei o aparecimento da mesma.

–Onde estão seus amigos, jovens? – Ela perguntou.

–Ficaram para enfrentar os usuários de terra. – Marcos respondeu por mim.

–Entendo. Conseguiram achar meu escudo?

–Escudo? É a segunda vez que nos encontramos e você não falou nada de escudo até agora! – Blefei. Tinha algo estranho, e meu irmão pareceu entender.

–Que escudo é esse? – Marcos seguiu o jogo.

–Nada demais, esquece. Vocês precisam me salvar logo. – Ela falou.

–Ei, eu tenho uma pergunta, Terim. – Disse.

–E qual seria?

–Não, é mais uma opinião. – Informei. – Para alguém que está sendo controlada, você está aparecendo demais para nós! – Falei sério. – Conte comigo. Primeiro: Você me disse que precisava de ajuda. Eu até entendo que você usou todas as suas forças para isso e, somente por esse motivo, conseguiu fugir do controle de sei lá quem; Segundo: Salvou-me quando a casa estava pegando fogo. Também entendo, porque se eu morresse quem lhe salvaria?; Terceiro: Apareceu quando lhe chamei e parando para pensar, agora apareceu só para nos perguntar dos nossos amigos e sobre o escudo.

–Estou aproveitando que ela está distraída.

–Quem é você de verdade? – Marcos perguntou. – Eu tenho conhecimento sobre espíritos e você não parece nadinha estar sobre controle!

–Crianças malditas. – Sílfi... ou melhor, a inimiga falou.

–Ora, ora, perde a calma tão fácil. – Marcos provocou. – Matheus, estamos presos em uma ilusão.

–Ilusão?

–Sim! É provável que seja um usuário de vento.

–E como saímos daqui?

–Existem três maneiras: Primeira: A pessoa desfazer a ilusão; Segunda: matarmos quem estiver criando a ilusão, mas não acho que ela se amostrará; e terceiro: – começou a liberar sua aura – é liberar uma magia maior do que a do inimigo.

–Mas se ele está controlando Terim, o que garante que você possui uma magia maior?

–Estou no nível de um Conselheiro, lembra? Só existem duas pessoas, que controlam vento, que possuem uma magia maior que a minha, mas elas estão bem longe.

–Então...

Tu que subjulgas os oponentes, que condenas os inimigos e é feito de puro poder. Beseker! – A magia dele começou a se expandir mais, e tive que colocar a armadura primária, quando ela não está modelada pelos usuários, para me proteger do calor. – Disperse. – Ordenou e depois de mais um pouco de calor, a imagem de Terim sumiu.

–Conseguiu?

–Claro. – Criou uma bola de fogo para iluminar a caverna e a atirou em uma direção. – Apareça logo. – Ouvimos uma risada e pude ver a quem pertencia.

–Light? – Perguntei. – Como ainda está viva? E por falar nisso, mudou de visual? (capa)

–Elementar, meu caro Híbrido.

–Também tirou o tapa-olho. – Observei.

–Prefere me ver assim ou do outro jeito?

–Nenhum dos dois!

–Que cruel. – Riu. – Porém deixarei seu irmão responder.

–Terim é uma usuária de vento. A solução mais lógica é que ela usou a magia suprema de vento para fugir.

–Certo, certo! Esse é o King, ou devo dizer, professor Marcos.

–Sem joguinhos e vamos ao que interessa: Onde está Terim? – Marcos se levantou do jogo.

–Usou todo poder que possuía, King?

–Nem de longe! – Controlou sua aura para não desperdiçar poder. Mas, para ser sincero, não acho que ele tenha gasto nem metade.

–Bom, eu tenho alguns truques novos. – O chão começou a tremer e, ao olhar para o alto, pudemos ver a imagem de Cauã na frente de Light.

–Cauã? O que faz aí? – Perguntei.

–Ainda não percebeu? – Marcos sussurrou, mas ouvi.

–Percebi o quê? – Cauã começou a desaparecer em vermelho e foi sugado para dentro de Light. – Cauã.

–Opa, o “anjinho” era seu amigo? – Riu maldosa.

–Eu vou te pegar. – Criei minha armadura que era feita de gelo, com detalhes vermelhos, representando o fogo, e fui para cima dela. (capa)

–Matheus, espera. – Ignorei e comecei a atacá-la.

–Não precisa se preocupar. Sabe que eu treinei bastante, agora posso derrotá-la sem precisar do contrato.

–Oh. – Uma pedra veio pelo lado dele, porém o irmão o defendeu com uma barreira.

–Se esqueceu de que ela controla Terim? – Marcos perguntou. – Mesmo não podendo controlá-la diretamente e trazê-la aqui, pode usar seus poderes. Ela agora pode usar vento, terra e fogo.

–Então ela absorveu mesmo o Cauã?

–Sim!

–Então quer dizer que ele...

–Era fraquinho. – Light falou. – Seu poder não serve para nada! – Atirou uma bola de fogo na nossa direção, mas foi facilmente destruída por uma de gelo.

–Como ousa falar assim do meu amigo? – Fui à direção dela, que não saia do mesmo lugar. Estava flutuando a metros do chão, enquanto atacava.

Lado de fora – Autor on

–Que chato. Quantos usuários de terra o Sul têm? – Yuri criou a armadura e foi na direção deles. (Capa)

–Parece que as coisas com a Yuri estão melhores que aqui! – Lucas falou.

–Se concentra na sua luta. – Lucio, bravinho, criou sua armadura e Lucas fez o mesmo.

–Ei, você copiou o meu designer.

–Eu? O que me garante que não foi você que o fez? – Voltou à acusação. – Fora que o designer veio na minha cabeça e decidi fazer assim!

–Eu também. – Voltaram a lutar. Sem perceberem, a marca no braço deles crescia mais. A pergunta era: Para que propósito?

–Quase não têm oponentes aqui. – Davi reclamou. Sua armadura já estava ativa, pois como estava fazendo chover granizo, precisava se proteger.

Na caverna

–Vocês fazem jus ao poder de vocês. Já estamos lutando há um tempo e não se cansaram. – Observou.

–Treinamos muito. – Matheus falou.

–Treinou? – Light se perguntou. – Hm, vai dizer que não sabe?

–Não sei o quê? – O mais novo perguntou e a inimiga começou a rir.

–Que irônico possuírem tanto poder e não saberem!

–Calada. – Marcos lançou várias bolas de fogo, porém Light fugiu.

–Oh, então você sabe. – Continuou rindo. Uma risada tão chata, que já estava ecoando na caverna e irritando o Híbrido.

–Dá para falar de uma vez, ou melhor, não fala. Tudo o que sai da sua boca deve ser mentira!

–Agora eu estou com vontade. – Parou de fugir, e passou a defender os ataques do irmão mais velho. – Você não é, de todo, irmão do Marcos ali. – Matheus começou a rir.

–Já mandei se calar. – Tomou impulso com o fogo e “voou” na direção dela, mas uma pedra o jogou para longe.

–Marcos. – Gritou Matheus. – Sua...

–Você, idiota, é filho do Terceiro e Quarto espírito, respectivamente, Ice e Ignos. – Marcos se levantou do chão com a mão no braço que sangrava um pouco.

–Que ridículo. – Olhou na direção do irmão, esperando algum tipo de confirmação, porém a mesma não veio. – Né? – Marcos virou o rosto para o lado e Matheus arregalou os olhos. Seus joelhos tocaram o chão, assim como sua mão esquerda, enquanto a direita estava na cabeça, se perguntando sobre tudo o que havia aprendido sobre os espíritos, sobre magia e sobre sua família. – Isso explica o motivo de ela ter nos “abandonado”! – Afirmou em um tom baixo, mas pelo eco da caverna Marcos conseguiu escutá-lo.

–Isso não muda nada, Matheus! Você ainda continua sendo meu irmãozinho! – Uma batida de palmas foi ouvida por ele e o chão começou a tremer. – Matheus! – O irmão correu na direção dele, contudo, já era tarde. O chão se abriu e o engoliu. – Ei, Matheus. Matheus. – Marcos bateu no chão, em uma tentativa inútil de abri-lo.

Uma voz falou em sua cabeça.

Não fale isso! Ele ainda é meu irmão! – Afirmou.

Plantou a sementinha na cabeça dele.

Calado, Ignos. – O mesmo abriu um sorriso e o poder de Marcos se expandiu de uma forma que foi até onde Yuri estava.

Esse poder... – Davi pensou.

Lucas e Lucio também o sentiram e, por possuírem poderes iguais o tiveram aumentado. Já Yuri sentiu uma sensação ruim na espinha.

Tamanha magia de Marcos chegou à EE do Norte, e três pessoas o sentiram.

Tsc.

Não só no Norte, mas também no Sul, onde cinco pessoas reagiram diferentes.

–Quanto poder. – O garoto que havia perdido o controle, e agora já estava quase preso, pensou caindo de joelhos. – É até mesmo maior do que o meu!

­–Ei, Conselheiro. Aguentem firme. – O Conselheiro de vento falou para o de terra.

O que está fazendo, Marcos? – O diretor perguntou, olhando pela janela.

Voltando a Caverna

–Prepare-se Light, – o poder dispersado começou a voltar – pois você vai ser o primeiro oponente que verá esse poder... – Quando Light já podia vê-lo, se assustou com o que viu. Marcos estava todo vermelho, da cor de sua magia, exceto pelas roupas. – E morrerá! – Disse sério, andando em sua direção. Criou uma bola de fogo com o triplo de tamanho e arremessou.

­–Eu não imaginava que ele tivesse tanto poder assim. – Pensou Light.

Matheus on

Ei, Matheus. Matheus. – A voz de Marcos me chama, porém estava longe. Um tempo depois senti uma magia muito forte. Forte aponto de me fazer pensar que eu era apenas uma criança, diante de um espírito. Porém, essa magia também estava cheia de ódio.

–É mesmo. – Me lembrei. Lembrei-me de tudo que Light disse. Então esse poder deve ser do Marcos. – Onde estou? – Olhei em volta, mas só via preto. – Será que morri?

–Não! – Ouvi uma voz e quando virei para vê-la, me deparei com os espíritos do fogo e do gelo. Pensei em falar algo, mas não tive coragem. – Você quase morreu. Olha. – Olhei para um ponto mais distante, onde havia várias imagens que eu não conseguia decifrar direito. – Antes de se morrer tem o “filme” da nossa vida, para então irmos dessa para melhor, como diriam vocês jovens.

–Então onde eu estou?

–Há alguns anos longe dali, eu espero. – Ela sorriu para mim. Só então que olhei para Ignos e percebi que ele não havia dito nem uma palavra até agora. – Pode fazê-la.

–Hã? – Leu minha mente de alguma forma.

–Sua pergunta. Pode fazê-la. – Disse. – Acho que devemos isso!

–O que ela disse sobre mim, é verdade? – Perguntei com medo da resposta.

–Sim! Não sei como ela descobriu, mas você é meu filho e de Ignos.

–Mas vocês não são irmãos ou sei lá, isso é incesto. – Me arrependi do que disse. – Desculpa.

–Tudo bem. Na verdade, somos meios-irmãos, então seria um meio incesto. – Sorriu.

–É acolhedor. – Falei em um tom baixo, porém que ela escutasse.

–O quê?

–Seu sorriso. Não sei explicar bem, mas é a segunda vez que você sorri para mim e me sinto bem! – Ela sorriu novamente. – Terceira. – Assumi um tom um pouco mais sério. – O que eu sou?

–Não posso dar todos os detalhes, mas você é um espírito. Seria o “fantasma” dos magos. – Começou a explicar. – Você possui metade do meu poder e, vinte e cinco do de Ignos, que formam seus cem por cento.

–Em outras palavras, você tem a metade do poder de seu irmão, o que te torna meio-irmão dele e também o mais fraco. – Ignos, finalmente, se pronunciou.

–Ignos.

–Por quê... – Perguntei com a cabeça baixa. – Por que me criaram? – Algumas lágrimas caíram do meu rosto. – Foi para mostrar que os grandes espíritos podem tudo? – Caçoei.

–Não seja ingrato, moleque. – Ignos brigou comigo, mas não estava nem aí. Queria saber o motivo.

–Tudo bem, Ignos. Eu vou responder. – Ice falou. – Eu decidi criar você, pois Ignos havia criado Marcos. Você seria, melhor, é meu filho. Eu sempre quis ter um filho com características iguais as suas: amigável, corajoso, forte e um pouco bobo para equilibrar. Não ouse pensar que tudo que você é, é pelo simples fato de eu querer! É verdade que eu lhe criei e lhe dei aquela aparência quando criança, mas o que você se tornou hoje é pelo simples fato de você querer! – Disse.

–Eu quero voltar. – Enxuguei minhas lágrimas, que teimavam em cair.

–Talvez não nos vejamos por um bom tempo, então quero que saiba que eu te amo! – Ela me falou e comecei a sumir.

–Adeus. – Fechei os olhos e sumi de vez.

Autor on

Marcos estava pressionando Light. Não lhe dava tempo para reagir e só dava ataques poderosos. Foi quando ambos sentiram um poder crescer dentro do buraco onde Matheus havia caído. Olharam para o mesmo quando uma pilastra de gelo e fogo saiu do chão.

–Pai, mãe, perdoem-me pela minha fraqueza. Mas peço-lhes que me emprestem os seus poderes! O Despertar. – As marcas no rosto de Matheus, da época em que ele fez o contrato apareceram. Ele ficou em uma posição e, liberou poder de gelo da mão direita e de fogo da esquerda. O poder da mão esquerda tomou forma de um leopardo e da direita de um leão.

Lançou o poder e o que foi mais rápido foi o de fogo. Light fugiu para tentar desviar, mas a magia de gelo foi na sua direção e usou uma barreira de vento para se defender. O poder era mais forte, então a arrastou para trás e fez com que ela batesse na parede.

–O que foi isso? – Marcos perguntou.

–Ainda não tem um nome. Mas o conceito é fazer com que minha magia de fogo vá rápido à direção do inimigo, enquanto a de gelo vai com força.

–Entendo. – Falou. – Ele usou materialização de forma de ambos os elementos ao mesmo tempo. – Pensou. – Por que não o contrário, uma vez que gelo é seu mais forte.

–Por que assim posso usar o fogo como distração. – Ao terminar de falar, uma estacada grande de pedra perfurou seu estômago.

–MATHEUS. – Marcos gritou.

Mais vinham em sua direção, mas ele se colocou na frente do irmão e criou uma barreira. Tão grande e tão poderosa, que o que tocasse nela seria queimado instantaneamente. Infelizmente, não foi o que houve. Não sabia o motivo, mas seu poder começou a enfraquecer e só conseguiu segurar a barreira por mais tempo graças ao irmão.

–Matheus. – Correu até o mesmo.

–Está bem, que bom. – Fechou os olhos. Marcos sentiu uma dor insuportável e caiu ao lado do irmão.

–Consegui! – Light disse, ofegante. – Agora é só dar o golpe final e... – Desviou, por pouco, de uma bola de fogo que veio de surpresa. – Quem é?

–Se esqueceu de mim, Light?





Continua...

Na vida: Às vezes podem ser tão simples e sem importância, mas que podem destruir vidas.


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Notas finais do capítulo

O que será que aguarda nossos jovens aventureiros? Será que dessa vez não haverá uma continuação para um deles? Descubram essas respostas no próximo capítulo de: Guerra Elemental 2: Revelações.



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