How To Be Popular escrita por Kiishimetae


Capítulo 30
Como os anos se passaram - Epílogo.


Notas iniciais do capítulo

Oie gentee. Feliz natal e feliz ano novo super-atrasados. Desculpem pela demora, minha criatividade voou, mas já voltou e... Snif... Meu Deus. Meu coração dói agora. Como vou viver sem vocês, leitoras do meu coração?
Nunca pensei que um dia eu fosse me despedir das mais perfeitas pessoas do planeta, mas é isso o que está acontecendo aqui agora.
Não vou me despedir agora, não vou enrolar. Leiam o cap e nos vemos lá embaixo :'/.



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5 ANOS DEPOIS

– O que o senhor vai pedir?

– Uma pizza, por favor.

– Ham, senhor, aqui é uma cafeteria.

– E não tem pizza?

– Na verdade, não.

– Como assim? Mocinha, você sabe quem eu sou?

– Hmm... Não.

– Pois bem, meu nome é George – o homem sorri. – Prazer em conhecê-la, agora poderia me trazer a pizza?

“Calma, Jolie, se controla.”

– Claro, senhor.

Vou até a cozinha e me escoro na pia. O cozinheiro me olha.

– Jones, o cara lá fora quer pizza.

– Fala que não tem – ele responde, mexendo nas panelas em uma velocidade que pra mim é impossível.

– Já falei, mas ele insiste.

– Então dá um jeito – ele diz, sem me olhar. Balanço a cabeça de um lado para o outro.

– Tão bonito, mas tão ignorante.

Ele solta uma risada anasalada.

– Você é minha ex, não devia me elogiar.

– Não sou sua ex, Jones. Apenas ficamos.

Ele revira os olhos.

– Vai atender os clientes, magrela.

– Melhor ser magrela do que uma baleia igual a você – vou até a porta.

– Baleia com tanquinho, você quer dizer.

Não respondo. Vou até George e me escoro no balcão à sua frente.

– Então, George, não é? – ele afirma. – Não temos pizza, como eu já disse. Gostaria de pedir outra coisa?

– Seu número.

– Como?

– Se não tem pizza, quero seu número.

Cerro os olhos.

– Você sempre faz isso?

– O quê?

– Pede coisas que não tem para uma garçonete e depois pede o número dela?

– Mais ou menos.

Bufo.

– Não colou dessa vez – me viro e ao passar perto de Emily, outra garçonete, digo: – Emy, faz um favor e atende aquele cara ali – aponto. – Ele quer um Muffin de chocolate.

Dizendo isso, eu tirei meu avental, joguei na cara de Dean quando ele passou perto de mim e saí.

...

– O que faz tão cedo em casa? – Pergunta minha tia quando abro a porta dos fundos e cruzo a cozinha em direção ao quarto de hóspedes.

– Tia, tenho que ir para a faculdade.

– A essa hora?

– Pois é – estico o canto da boca para baixo, formando uma careta. – Becky tá em casa?

– Não, só Evan.

– Ah tá...

Subo para o quarto e começo a pegar minhas coisas.

Vocês não devem estar entendendo nada, não é? Pois bem... Vamos começar desde 5 anos atrás, quando arranjei um namorado. Meu primeiro e último, se querem saber...

Noah.

Namoramos por – vocês não vão acreditar – dois anos, mas o pai dele conseguiu uma promoção no trabalho e ele precisou se mudar para algum lugar que eu já não me lembro. Não cheguei nem a perder a virgindade com ele... Quer dizer, já chegamos perto algumas vezes, mas nunca acontecia. Meses depois dele ter ido embora, resolvi me inscrever em faculdades fora de Summerlin. Aquela cidade passou a ficar chata, sabe?

E – mais uma vez, vocês não vão acreditar – consegui bolsa na UCLA.

UCLA!

Vocês têm ideia da minha felicidade ao receber a carta? E o tamanho da chateação de meus pais quando eu tive que vir para Califórnia?

Não foi fácil, mas agora estou aqui...

Na casa dos meus tios e de Evan e Becky. Tess não mora mais aqui pois, assim como eu, conseguiu uma vaga em uma faculdade de fora. Mas ninguém mora perto de lá, então ela teve que alugar um AP, ela está dividindo-o com outra garota. Becky e Evan continuam aqui. Evan, que sempre foi mais velho, já terminou a faculdade e agora trabalha em algum lugar aí... Rebeca conseguiu vaga também em faculdades de fora do estado, mas não quis sair de L.A, então está fazendo um curso.

Já eu estudo e trabalho. Não é fácil, mas também não é difícil. Tenho vinte anos agora e já me sinto uma coroa.

Ah, esqueci da Natalie. Ela e Brad terminaram três dias antes dele ir embora, há três anos atrás. Eles nunca mais se falaram. Só sei disso. Faz um tempo que eu não falo com ela, minha melhor amiga desde sempre agora nem sequer me liga mais. Nem sei se ela está estudando ou trabalhando ou os dois, como eu. Eu nunca mais a vi...

Saio do quarto e encontro com Evan nas escadas.

– Um cara me cantou hoje – “cumprimento”.

– A recepcionista disse que eu sou uma delícia – ele retruca. – Já vai para a escola?

– Pois é.

– Quer carona?

– Não, obrigada, prefiro viver – imito o Sid, da Era do Gelo.

– Então tá – ele dá de ombros. – Ainda bem que não aceitou, sobra mais tempo para sair com minha namorada.

– Quem? Charlie?

Eu sei que ele não namora ela e nunca namorou, mas eu implico até hoje com ele, dizendo que fazem um casal ótimo e que ela é bem mais legal que a siliconada que ele namora.

– Não – ele cora. – É a Sarah, e você sabe disso.

– Ah, qual é, Evan – suplico. – A Charlie...

– Tem mais carisma, mais sensibilidade, entende os outros – ele me interrompe. – É mais bonita e não coloca silicone na bunda todo o mês. Viu? Já até gravei seu discurso. Agora vai embora antes que eu te empurre escada a baixo.

Levanto as mãos e desço. Mando um tchauzinho para minha tia quando passo pela cozinha, ela está fazendo algo que cheira muito bem.

– Não vai almoçar, querida? – Ela pergunta. Balanço a cabeça.

– Estou atrasada.

– Na verdade, está muito adiantada.

– Então, estou atrasada para chegar adiantada – explico; Ela arqueia a sobrancelha.

– Pegou essa frase do Bob Esponja?

– Mais ou menos – sorrio. – Tchau, tia.

– Tchau, querida.

Vou até os fundos e pego a bicicleta de Tess que eu “aluguei”. A faculdade não é tão longe daqui e, depois de alguns anos, você acaba descobrindo atalhos. Chego na faculdade em dez minutos e antes mesmo de descer da bicicleta já sou atacada por duas garotas radiantes.

Suzie e Cherry, minhas duas amigas aqui na UCLA.

– O que houve? – Pergunto, curiosa. – Por que estão sorrindo desse jeito?

– Já viu o novo professor de Álgebra? – Cherry diz, com um sorriso malicioso no rosto.

– Não faço Álgebra, Cherry. – Dou ênfase em Cherry como se fosse uma palavra francesa.

– Mas não precisa – Suzie responde. Prendo a bike em uma grade que ronda o jardim e as acompanho para dentro do campus.

– Ah é?

– Ele ronda os corredores como se fosse um aluno comum – Suzie diz. – Fala com todo mundo, um poço de educação e de beleza.

– Meu Deus – Cherry começa a se abanar. – Que homem é aquele?

Dou risada da safadeza das duas. Me faz lembrar de Natalie...

– Além de gostoso, é inteligente – Suzie murmura, mas eu consigo ouvir, Cherry também.

– Suzie – Cherry repreende. – O que o namorado vai pensar se ouvir você falando isso?

– Ai, não custa dizer – ela balança a mão em um gesto de desdém. – Afinal, ele está noivo, vi a aliança na mão dele, não vai querer nada com a plebeia aqui.

Rio mais uma vez antes de sentir uma cutucada no braço. Cherry.

– Atenção – ela diz. – Alerta de gostoso na área.

Olho para frente e vejo o crush de Cherry e – droga, como eu me odeio – meu ex- ficante. Sim, são a mesma pessoa. Ainda não contei pra ela o que eu fiz e pretendo nunca dizer.

Adivinhem quem é...

Se disseram Jones, acertaram. Pois é, ele também estuda aqui.

Ele passa e manda uma piscadela que eu tenho certeza que é pra mim. Mas Cherry também tem certeza de que é pra ela.

– Meu Deus – ela grita. –, ele piscou pra mim! Vocês viram? Ó Deus! – ela começa a correr pelo campus, toda feliz e eu me sinto um lixo. Suzie chega ao meu lado e diz:

– Você não contou pra ela.

Não foi uma pergunta.

– Mais ou menos.

Ela sabe de tudo. Eu contei, mas ela prometeu não falar para ninguém.

– Que feio, Jolie.

Mudamos de assunto quando Cher volta.

– Então – digo. –, como é o professor de Álgebra?

– Alto, forte e perfeito – Cherry meio que baba. Faço cara de nojo.

– Eew.

– Larga de nojeira, troço – Suzie dá bronca. – Bem, ele é alto, lindo, forte, inteligente, tem cabelos castanhos e olhos... Acho que são claros, não tenho certeza.

– Parece muito com alguém que eu conheço – digo, pensativa. Logo começamos a tagarelar sobre coisas aleatórias até bater o horário de aula.

...

Ao entrar na Universidade, a primeira coisa que percebo são os sussurros que tomam conta do corredor. As garotas estavam sorrindo até demais.

– Efeito novo professor gostoso – Cher comenta e eu tenho que concordar.

– Tô curiosa pra ver esse novo professor.

– Ah, migah – Suzie sorri. – Você vai gamar.

– Ele está vindo – Cherry cantarola.

E quando olho pra frente, quase tenho um ataque cardíaco.

Ele é lindo? Sim. Mas isso ele sempre foi.

Eu conheço ele...

– Meu Deus – arfo, mas elas entendem errado.

– Sabia que você ia gamar, baby – Suzie se gaba e fala outra coisa, mas eu não ouço. De repente, é como se eu estivesse em câmera lenta. Ele está vindo na minha direção e eu realmente não consigo desviar meu olhar do dele, mas ele não parece me reconhecer porque apenas me lança um sorrisinho educado e volta a olhar para frente. Me viro apenas para acompanhar seus passos e quando acho que já o encarei o suficiente, me viro para frente e tropeço em algo.

Em um segundo, o corredor vira uma explosão de gargalhadas. Não fico abalada com isso. Dou um sorriso.

É ele, com certeza.

Quando me levanto, pergunto para as duas:

– Como se faz para destrancar Álgebra?

...

Corro o mais rápido que posso em direção à figura que está saindo do campus. Toco em seu ombro quando o alcanço e ele se vira, assustado. Sorrio.

– Posso ajudar? – Ele pergunta.

Não fico chateada por ele não me reconhecer. Isso pode até ser legal...

– Ér, sim, pode sim – respondo. – Pode me dizer seu nome?

– Tudo bem – ele estende a mão. – Noah Oneil – e eu pude jurar que meus olhos brilharam. – E você é?

Olho para sua mão e engulo o que eu ia dizer. Ele tem um anel na mão direita. Abro a boca outra vez, mas nada sai. O olho e vejo sua expressão confusa. Aperto sua mão, finalmente, e digo:

– Cherry Monroe – sorrio falsamente. – Prazer.

Ela vai me dar muita bronca, mas foi o primeiro nome que me veio à mente. (Na verdade, foi o de Suzie, mas eu esqueci o sobrenome dela e não sei se Suzie é apelido ou nome de verdade).

– Bonito o nome – ele elogia.

– Obrigada.

Silêncio.

– Então, por que me chamou?

Acordo do transe.

– Ahn – gaguejo. – Ér... Por que – ele faz uma expressão instigante, mas eu não sei o que dizer. – eu vim perguntar se você pode me dar umas aulas particulares.

Nossa. Isso foi tão ruim.

– Isso foi uma cantada, senhorita Monroe? – Ele cruza os braços. Parece estar se divertindo.

– Não, claro que não – minto... Mais ou menos. Realmente não é uma cantada. – Eu estou com problemas em Álgebra desde o começo do meu período aqui.

– Engraçado – ele começa a folhear as pastas que estão em sua mão. – Por que aqui... Monroe, Cherry... Isso mesmo. Aqui diz que você está ótima... Notas excelentes.

Que merda, Cherry. Bomba em todas as matérias menos nessa?

– Ah, então eu quero ajuda para melhorar mais – invento outra desculpa. Ele parece estar prestes a começar a rir.

– Então tá – dá de ombros. – Nos encontramos segunda, então?

Deus! Deu certo?

– Ok, segunda.

Ele sorri então eu percebo que, mesmo depois de anos, eu continuo apaixonada por ele.

– Até mais, Cherry.

– Tchauzinho, senhor Oneil.

– É Noah, pra você – ele diz e então entra no carro e vai embora.

Nesse momento, eu juro que ouvi o destino sussurrar em meu ouvido:

Essa é sua última chance, Jolie, faça bom proveito.

Eu vou, destino, eu vou...

FIM?


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Notas finais do capítulo

Esse com certeza é o momento mais difícil de um autor... Dizer Adeus.
Bem, primeiramente, quero agradecer a todas que acompanharam e comentaram até aqui (até as que nunca comentaram nada, agradeço a vocês também, pois me deram motivos para escrever nas notas finais/iniciais). Gente, quero que entendam que sem vocês, a fic não teria um epílogo, muito menos o capítulo 29 ou 28... Sem vocês, ela provavelmente estaria naquela página, para mim restaurá-la. Eu excluiria ela com certeza se não houvesse nenhum comentário. Eu vejo fics por aí que são tão... Perfeitas, que me dá até vontade de excluir HTBP (ridículo, eu sei, mas eu sou dessas...), mas isso seria muita maldade com quem lê e a ama. Se eu estou deprimida com a fic, é só eu ir lá e começar a ler seus comentários maravilhosos. Não tem como não ficar feliz depois disso.
Perai que caiu uma lágrima aqui no teclado...
Tá, mas então, quero que saibam que vocês vão ter sempre um lugar no meu coração, amo cada uma de vocês, ok? Okay. Espero que não sumam pra sempre. Agradecimento pequeno, i know, mas é que minha vista tá meio embaçada... Vejo vocês nos comentários.
P.S: Estou pensando em escrever uma segunda temporada (esse final meio que deixa um pezinho para outra história, não acham?). Vocês leriam? E se eu escrevesse outra fic (uma sem nenhuma relação com HTBP), vocês leriam essa também? Tô sendo chata, mas é que eu não quero me desapegar de vocês *3*.
Pois é... Então... Isso é meio que um Adeus temporário, então... Tchau ;).