Eu,Dimou. escrita por undersevenkeys


Capítulo 7
Não sei mais quem domina quem.




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Eram sete da manhã, e eu não tinha conseguido dormir a noite toda, fui tomar banho. Quando sai do banho Mari estava no corredor

– Bom dia.- disse ela.- Eu estava indo te acordar

– Ah, obrigada... Acho que hoje eu vou mais cedo pro refeitório, a gente se encontra mais tarde, tá bom?

– O.k. . Tá tudo bem?

– Tudo, só estou com fome.- contraí os lábios

– Então tá.- disse ela tentando ler minha mente, eu saí correndo antes que eu jogasse ela na parede.

Tomei café sozinha. Fiquei sentada em um banco em frente ao prédio das aulas, perto de uma fonte.

– Bom dia, criança.- era o Sr.Ray, ele estava radiante, o sol batia em seu cabelo deixando-o quase dourado, e seu sorriso me fazia pensar que ele poderia fazer o que quisesse comigo, meu deus... O que eu estava pensando? Foquei em responder ''bom dia'' de volta, confesso que foi difícil.

– Bom dia.- ele se sentou ao meu lado e tentou ler a minha mente, eu o fitei

– Para que isso?

– Desculpe, Rachel, eu...

– Você precisa provar do seu próprio veneno, Sr.Ray.- olhei fundo nos olhos dele e visualizei seus pensamentos, e logo depois comecei a ver algumas cenas de seu passado, ''Kyle, não conte isso à ninguém'' eu pude vê-lo dizer à um menino, então a cena mudou rapidamente, agora Sr.Ray estava numa sala em frente a um homem alto e negro com um olhar profundo e cinzento, ele negava com a cabeça enquanto Sr.Ray tentava convencê-lo de alguma coisa, implorando para que o homem o escutasse, mas ele parecia negar. Agora eu já não via mais nada, mas pude ouvi-lo pedindo para que eu parasse, e então eu me dei conta do que eu fiz e me senti fraca. Respirei fundo. Ele colocou as mãos no meu rosto e eu percebi o que eu fiz.

– Rachel...- ele disse com lágrimas nos olhos.

– O que há de errado comigo, Sr.Ray? Eu não consigo... Está tudo errado.

– Tudo bem, calma.- ele disse tirando uma das mãos do meu rosto e acariciando meu queixo com o polegar.- Você está com alguns problemas pra se controlar, eu posso ajudar você, se você confiar em mim.- eu assenti e ele me abraçou.

– Tá bom.

– Eu vou treinar você, vamos fazer assim, todo dia você me encontra no bosque, perto do mar.

– Que horas?

– Nove horas, depois do jantar.- assenti com a cabeça.

O restante do dia foi agradável, tive aula de defesa pessoal, esgrima e também sobre controle da força (que foi a melhor aula por que eu levantei um caminhão), os professores eram bem legais e fiz amizade com os meninos do chalé 50, Jess, Victor, Jason e Pedro.
Depois da aula, Jessica disse que estava afim do Pedro já fazia um tempo. Pedro era alto, moreno e tinha olhos azuis.

– Ele também gosta de você, só tem vergonha de falar.- disse Mari

– Ai... Você acha?

– Não. Eu li a mente dele.- elas riram.- Fica preparada na hora do cinema hoje.- Jessica corou e nós rimos. Os meninos reservaram o theater para assistirmos um filme as três horas.
Depois que terminou o filme as meninas me deixaram sozinha com o Jess, deu para perceber que foi de propósito.

– Você vai pro chalé? -ele me perguntou com um sorriso no canto da boca. Ele tinha cabelos castanho e olhos bem pretos, seus lábios eram vermelhos e sua pele era muito branca.

– Vou.- eu sorri.

– Eu te levo até lá, pode ser? Meu chalé é praticamente do lado.

– Pode, claro.- fomos andando devagar e ele me perguntou de onde eu era, ele tinha um sotaque britânico, contou que morava em uma cidade pequena perto de Londres, chamada Grays. Falamos sobre filmes e música, tínhamos gostos bem parecidos, ele disse que gostava do meu cabelo, o que me fez corar.

– Bom, está entregue.- ele riu e coçou a nuca, o que me lembrou o Andy, eu abri a porta do chalé.

– Obrigada.- eu sorri

– De nada.- ele me deu um beijo no rosto e eu corei.- Vejo você no jantar?

– Vê sim.

– O.k. - ele acenou e eu entrei no chalé, as meninas não estavam lá então eu dormi até a hora do jantar.
Fui jantar oito e meia, meus amigos iam fazer uma fogueira e cantar umas músicas, mas eu precisava treinar com o Sr.Ray, ficava meio estranho usar o termo ''senhor'' já que ele parecia ter uns vinte anos. Quando eu entrei no bosque ele ainda não tinha chegado

– Oi.- era a voz da Péris, ela estava iluminando o bosque com uma luz própria bem forte.


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Notas finais do capítulo

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