Eu,Dimou. escrita por undersevenkeys


Capítulo 11
Ilha perdida


Notas iniciais do capítulo

Queria pedir desculpa pela demora pra postar, de verdade hahah, tô em época de prova acabei ficando sem tempo, mas daqui uma semana eu tô de férias e vou poder atualizar regularmente que nem eu fazia antes, queria agradecer quem está lendo a fic tambem, vocês são fodas



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– Você o quê?- eu perguntei sem reação, ele demorou para responder, mas se aproximou de mim tocando de leve meu rosto.

– Eu nunca conheci ninguém como você, em toda a minha vida, desde a primeira vez que eu te vi eu... Eu...- ele olhou para mim.- Deixe-me ir com você.

– Não.- eu disse me afastando.- Eu vou fazer isso sozinha, mas preciso de um favor seu.

– É sério isso?- ele parecia um pouco bravo.

– Lógico.- eu respondi.- Eu vou fugir para...

– Não, eu acabei de me declarar pra você e tudo que você me diz é isso?- eu respirei fundo quando ele me disse isso.

– Olha, Sr.Ray, é uma pena... De verdade, e eu sinto muito agir desse jeito mas eu não sinto absolutamente nada por você além de amizade, eu sou muito grata por tudo que você fez por mim e pelas vezes em que salvou minha vida, mas eu não posso fingir que me importo com toda essa cena que você acabou de fazer.

– Você não tem coração.- ele falou como se fosse chorar, e então eu percebi que tinha de fazer alguma coisa.

– Sr.Ray, você não gosta de mim.- eu comecei a ser super persuasiva, ele pareceu resistir no começo, mas durou muito pouco.- Você só está confuso, entendeu?

– Sim.- ele respondeu totalmente hipnotizado.

– Agora você vai esquecer o que falou agora, vai esquecer que toda essa cena de declaração para a Rachel existiu.

– Tudo bem.- ele respondeu ainda em transe e eu parei de hipnotizá-lo, ele parecia melhor quando voltou ao normal.- Eu entendo que você precisa fugir. Mas eu não posso te ajudar com isso, me traria muitos problemas...

– Eu entendo.- respondi.- Mas você precisa me dizer onde eu posso pegar isabro.- foi então que ele sorriu com o canto da boca e tirou uma garrafa térmica relativamente grande de um dos enormes bolsos de seu sobretudo.

– Digamos que eu já pensei em tudo pra você.-ele me deu a garrafa.- Quando você pretende ir?

– Hoje mesmo.- respondi.- Saindo daqui vou arrumar uma mala pequena e vou embora.

– Para onde?

– Eu não sei.-

– Complicado.- ele respondeu e ficou em silêncio depois disso, percebi que aquilo era um adeus.

– Obrigada Sr.Ray, por tudo.- ele sorriu quando eu agradeci e me puxou para um abraço.

– Disponha.

– Me desculpa por tudo, por ter causado tantos problemas, em relação a Srta.Heather...

– Não se preocupe com isso, ela deve voltar em um mês, ou dois... Esse era o prazo não era?- Quando ele disse isso eu me afastei e olhei surpresa para ele.

– Mas como...- foi então que ele me puxou pela cintura me roubando um beijo rápido e sutil.

– Também tenho meus truques.- ele sorriu.- Boa sorte Rachel, espero te ver de novo, viva.- Fiquei sem graça, e corei. Depois disso ele desapareceu no meio das árvores e eu fiz meu caminho de volta para o chalé.

Quando terminei de colocar algumas trocas de roupa, comida e isabro dentro da mochila dei uma última olhada no meu quarto, mas quando me virei para o espelho minha imagem não estava lá, somente uma frase estava escrita: ''Baby sabe o que fazer'', só isso. Saí em silêncio, sem me despedir. Abri a porta da frente do chalé e Baby estava deitado no chão, quando saí ele se levantou e começou a pular ao meu redor.

– Shh.- eu sussurrei, ele parou na minha frente e se inclinou como se quisesse que eu subisse nele, '' Baby sabe o que fazer'' pensei.

– Tudo bem então...- foi só eu abraçar seu pescoço que ele correu em uma velocidade que eu não sabia que era possível de atingir, meus ouvidos taparam como se tivesse uma grande pressão e então não estávamos mais no mesmo plano, por alguns segundos nada estava ao meu redor, não havia sons ou objetos ou qualquer outra coisa existente numa paisagem, mas isso não durou mais que três segundos já estávamos em outro lugar, meus ouvidos começaram a desentupir e Baby abaixou para que eu descesse de suas costas.

Eu estava em um tipo de ilha eu acho, parecia ser bem grande, mas era possível ouvir as ondas ao meu redor, havia uma mata fechada bem a minha frente, onde acabava a areia começava a floresta, eu olhei ao meu redor, ainda estava escuro, muito escuro.Baby começou a andar na minha frente e eu o segui, apoiava minha mão em suas costelas para ter certeza de que eu não me perderia, ele nos levou para um lugar perto da floresta, onde a areia era macia e sequinha. Peguei várias folhas secas, juntei-as e fiz uma fogueira. Baby se deitou atrás de mim e eu encostei minha cabeça nele. Adormeci mais rápido do que eu pensei que iria.
Acordei com um pouco de frio, Baby não estava mais lá, eu assobiei três vezes. Nada. Fiquei com medo, mas sabia que tinha que fazer alguma coisa, corri pelo perímetro da ilha, mas não encontrei, tentei assobiar mais algumas vezes, mas não tive sucesso.

– Que droga, Baby.- murmurei.

Olhei para as árvores, eu sabia que ia ter que entrar lá. Peguei um moletom na minha mochila e o vesti.Eu estava com medo. Sabia que não poderia sentir medo, então entrei. A floresta era fechada,mas haviam trilhas, o que indicava que a ilha não era tão deserta quanto pensei que fosse, segui uma trilha, a que parecia mais segura, havia uma neblina um pouco alta, a umidade era muito alta. A trilha me levou para uma casinha de madeira, pequena, seria bonitinha se não fosse pelo cenário dá floresta.

– Oi?- eu disse baixinho quando entrei na casinha. Tinha um colchão logo na entrada, era muito pequena só tinha um cômodo, do lado do colchão tinha uma panela com restos de comida, não estava estragada então quem quer que esteve ali não faz muito tempo, ouvi um barulho atrás de mim, quando olhei para trás lá estava um menino com a cabeça abaixada, sua respiração era ofegante, ele não tinha camiseta e estava suado, seu abdome era definido, seu cabelos incrivelmente pretos. Eu saí da casinha e me aproximei devagar, ele ainda olhava para baixo.

– Meu nome é Rachel, eu não queria...- antes que eu pudesse terminar de falar ele olhou para mim e sorriu, foi então que percebi que suas pupilas estavam dilatadas, mas já era tarde demais, ele tinha voado em cima de mim com uma velocidade absurda até para mim, foi quando ele me derrubou no chão ficando em cima de mim e começou a me estrangular, eu fiz com que uma árvore voasse em sua direção, mas para a minha surpresa ele tirou uma das mãos do meu pescoço e parou a árvore antes que ela o atingisse e jogou-a para longe, mas essa era a minha deixa, eu precisava fazer alguma coisa então senti as minhas pupilas dilatarem e soquei o rosto dele, ele parou por alguns segundos e então colocou a mão onde eu soquei, olhou para mim riu e então me socou, eu quase perdi a consciência, foi tão forte...

– Para!- eu gritei, eu sabia que ia ter que usar meus dons agora então comecei a pegar fogo, ele se afastou e então fez um impulso com a mão fazendo com que uma pedra gigante viesse em minha direção com muita velocidade,eu rolei para o lado e ela atingiu o chão de raspão ao meu lado, mas ele levantou-a de novo e agora eu tive de impedir com que me esmagasse, ordenei a pedra parar, usei a minha força e então ela esfarelou no ar, virando poeira, ele apertou os olhos e eu me levantei, tentei correr, mas uma raiz saiu do chão e prendeu na minha perna, eu quase caí. Queimei a raiz e logo em seguida lancei uma bola de fogo nele, mas ele fez uma parede de terra antes que o fogo o atingisse. Ele tinha os mesmos dons que eu. Escalei uma árvore muito rápido na tentativa de fugir, mas eu sinceramente acho que essa foi a coisa mais burra que eu já fiz em toda a minha vida, ele arrancou a árvore do chão e começou a balançá-la com a mesma facilidade que um bebê balança um chocalho, pulei para outra árvore, e para outra, eu tinha conseguido fugir,mas precisava me esconder antes que ele me achasse novamente, eu sabia que ele não desistiria. Corri para fora da floresta, chegando na areia novamente, eu me enterrei na areia deixando um buraco para que pudesse respirar, somente. Estranho, eu sei, mas foi a melhor ideia que eu tive naquele momento, e eu estava desesperada.

Eu senti o sol se por lentamente, perdi a noção do tempo. Tudo bem, até agora o que eu sabia era que tinha um dimou incontrolável numa ilha deserta comigo, sabia que meu tigre sumiu, que eu não sabia onde eu tava e que não estava entendendo nada também... Por que eu vim parar aqui? Será que o tal Kyle queria me matar? Eu como eu faria para acalmar aquele menino? Eu não poderia me esconder para sempre, vamos lá Rachel, pensa, pensa! O que eu posso fazer para acalmar... Para acalmar? É isso! ''Os ingredientes para acalmar são:folha de papúla, semente de tomate e orvalho de uma samambaia, misture todos com isabro, não importa a quantidade desde que os três estejam juntos.''


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Notas finais do capítulo

Não viu o trailer ainda? https://www.youtube.com/watch?v=f453r93_bWo



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