Por Amor escrita por Luh_Mell


Capítulo 4
Aquele Que Foi Embora


Notas iniciais do capítulo

Meninas, desculpem a demora!
Esta tudo uma confusão aqui em casa!
Está o capítulo, postarei mais um hoje!
A música de hoje é "The One That Got Away - The civil Wars"

Beijooos"



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Bella olhava para a médica com cara de poucos amigos.

–Está me dizendo que o meu filho estava chorando daquele modo porque estava com dor de barriga? – Ela perguntou, chocada.

Não sabia o que dizer.

Claro que, como mãe de primeira viagem, Bella acreditava que tinham muitas coisas ainda que precisasse aprender, porém saber se seu filho estava com dor na barriga ou não, não era uma delas.

Edward soltou uma pequena risada.

Ela o olhou com raiva.

–Bem, senhora, é o que eu estou dizendo. As vezes, são gases ou algo que ele tenha ingerido - -

–Ingerido? –falou mais alto – Meu bebê ainda mama no peito, como está me dizendo que foi algo que ele comeu? –ela quase gritava, exasperada – Ele é um bebê! Ainda não come nada! Então é o meu leite que esta fazendo mal?

Edward tentou acalmar Bella, abraçando-a.

Ela se desvencilhou rapidamente.

Não precisava da caridade dele.

A médica suspirou, cansada.

–Bom, ele já está medicado e já pode ir para casa. Aconselho que, se acontecer novamente, a senhora massageie a barriguinha dele e dê um pouco de chá sem açúcar. Pode ser de camomila ou erva doce, tudo bem?

Bella assentiu, envergonhada.

Horas depois, Bella já se encontrava em sua casa, olhando para o seu pequeno bebê, que ressonava no berço.

Após uma breve checada para ver se ele estava seguro, ela desceu as escadas.

Na sala, encontrou seu pai, Sue e Edward Masen.

–Hum, o que faz aqui? –ela perguntou.

–Claro, Bella. Acha que eu vou simplesmente ir embora? –ele perguntou.

–Tenho certeza. –ela respondeu.

–Bella, por favor... Seja razoável. –ele disse.

Suspirando, ela percebeu que não poderia mais adiar.

–Papai, Sue, por favor, nos dê licença.

–Sim, bem, estaremos lá em cima. –ele falou.

Eles saíram e Bella olhou para Edward, se preparando para falar.

–Edward, olha, eu sei que eu fiquei toda emocionada pelo seu apoio e tudo mais, porém isso não significa que você voltará para a minha vida ou terá algum contato com o meu filho. Você nos abandonou uma vez, e pode abandonar de novo. E eu não quero que meu bebê sinta a dor que eu senti.

–Bella, você não entende...

–E por que não explica Edward? – ela se irritou – Por que não explica? Como pode me deixar pensar que você tinha morrido? Como pode me deixar sofrer sozinha? Sua família simplesmente sumiu, não queria me ver!

–Bella, eu tinha que te proteger. Eu te amava... Eu te amo.

–E o que mudou? –ela perguntou. –Por que voltou? Você poderia simplesmente ter seguido com a sua vida.

Edward abaixou a cabeça.

Não sabia por onde começar, como explicar para ela. Como fazê-la entender.

–Charlie... Ele não tinha me dito sobre Edward Lucas. Quando ele mencionou um neto, eu enlouqueci. Eu não poderia permitir que o meu filho crescesse sem o pai. Que você o criasse sozinha. –ele desabafou.

Bella riu com deboche.

–Como você é generoso, Edward! Você não sabia, hã? –ela riu ainda mais forte. –Eu mandei várias cartas, até o meu quinto mês de gestação. Claro que, eu corria o risco de recebê-las de volta caso vocês tinham se mudado, porém... Foram todas entregues. Todas devidamente entregues para a família Masen. Mandei cartas contando sobre a gravidez, sobre como me senti na primeira vez que senti meu bebê mexer, mandei o primeiro ultrassom... E todas, todas Edward, foram entregues. –ela disse.

Ele não soube como argumentar mais.

Apenas a olhou e viu o quanto havia a magoado.

Bela estava ferida. Seus olhos, seu corpo, suas ações repeliam Edward.

E isso o machucou profundamente.

Respirou fundo e se aproximou dela, segurando as mãos delicadas e femininas de Bella.

–Eu posso explicar Bella. Eu juro que posso. Só não agora... Por favor, confie em mim. –ele disse.

Os olhos de Edward prendiam os de Bella.

Ela não conseguiu desviar o olhar, nem mesmo fechar os olhos.

Estava sendo obrigada a enxergar todos os sentimentos de Edward.

E apesar de seu coração saber que ele falava a verdade, ela não se permitiu se entregar.

Não podia, não queria.

Ela suspirou e antes que mudasse de ideia, se afastou de Edward.

–Vá embora.

Ele abaixou a cabeça, se lamentando mentalmente por toda confusão que havia causado na vida dela.

–Posso me despedir dele antes? –pediu.

Ela foi até o quarto do bebê e minutos depois o trouxe para Edward.

Ele pegou o filho com segurança, como apenas um pai faria.

O embalou e observou como o filho mexia as mãos freneticamente.

Edward abaixou a cabeça, deixando seu rosto mais próximo ao rosto do filho.

As mãos pequenas do bebê foram imediatamente para o rosto do pai.

A conexão entre pai e filho foi imediata.

O menino abriu um sorriso sem dente e Edward riu.

–Você engraçado... – Edward comentou – Gostou do papai?

O menino sorriu novamente.

–Olha, Bella, ele gostou de mim.

Bella assistia a cena quieta.

Edward Lucas nunca havia sorrido para ela como sorriu para Edward.

Porém, não era o ciúmes que a incomodava.

Era ver como pai e filho se entendiam, rindo e brincando.

Edward fazia caretas para o filho e o menino gargalhava.

Apesar de ser apenas um bebê, Edward Lucas parecia entender completamente tudo o que Edward dizia e fazia.

Eles podiam ficar horas ali, que eles não perceberiam.

E isso alertou Bella de que, se não acabasse logo com isso, seria tarde demais.

Então, sem pensar, foi até Edward e tirou o bebê do colo dele.

–Está na hora de ir. –ela disse seca.

Edward a olhou e um sentimento novo o invadiu: raiva. Raiva de Bella.

E ela percebeu.

–Você não pode fazer isso. Eu sou o pai dele.

–Que morreu há meses atrás. – ela rebateu.

Edward franziu a testa.

–Estou bem vivo, e estou aqui. Você não vai me impedir de vê-lo, Isabella. Você não pode e não vai!

–Tanto posso como vou, Edward. Qualquer juiz me daria à razão.

–Não se o pai da criança pertencesse à família Masen, e fosse Edward Masen. –ele disse, abrindo a porta e saindo da casa.

Bella resfolegou.

–Você não faria isso!

Ele parou, virando-se e a encarando.

–Ele é o meu filho, e por mais que eu o ame, eu nunca permitiria que ele fosse criado sem o pai, e em condições muito duvidosas. –ele falou, olhando para a casa por cima dela.

–Não, Edward. Você não será capaz de fazer isso. Seu filho não pode viver sem o pai, mas pode viver sem a mãe?

–Pelo menos comigo ele teria mais chances.

A cada palavra que dizia, Edward feria Bella mais e mais.

Porém, estava tão desesperado que não sabia como agir.

–Eu conversei com a minha família, Bella. Eles também acham que eu tenho que estar perto dele. Todos querem conhecer Edward Lucas, eles até vieram para cá e - -

Ela segurava o bebê firmemente contra o peito.

–Você nunca ira chegar perto dele. Nunca! Você acabou comigo, Edward! Eu pensei que estivesse morto! Eu quero que você e sua família sumam daqui, da nossa vida. O MEU filho não merece ser abandonado depois, como eu fui. –ela gritou.

–Bella, tente ser racional, por favor. –ele implorou.

–Nunca!

Ela bateu a porta, isolando Edward do lado de fora da casa.

Lembrou-se da dor que sentiu quando soube que Edward estava morto.

Como puderam enganá-la desse modo?

Como puderam?

Sentiu braços a envolverem e ela se permitiu chorar.

–Ele vai tirar Edward Lucas de mim, pai. –ela disse. –Ele vai.

E Charlie sabia que isso era verdade.

Do lado de fora, Edward pode sentir toda a dor que havia causado a Bella.

E isso estava matando-o.

Voltou para o carro e olhou para a irmã que o esperava pacientemente no banco do carona.

–Como foi? - perguntou, cautelosa.

–Eu acabei com ela, Alice. –ele disse.

–Ela vai te perdoar. Ela te ama, Edward. –Alice disse, otimista.

–Você não sabe o que eu vi nos olhos dela, Alice... Era mais do que ódio, era repulsa. Nojo.

Alice olhou para o irmão.

Ele sofria, ela podia ver.

Mas então, Alice teve uma idéia.

Sorrindo, ela segurou a mão do irmão.

–Você vai tê-la de volta. –disse.

E Edward se permitiu acreditar.

Bella colocou o filho no berço e começou a chorar.

Queria que nunca tivesse conhecido Edward, que ele nunca tivesse aparecido em sua vida.

Perto dele, perdia a razão.

Soluçando, pensou também que se ele nunca tivesse aparecido, ela não teria o seu pai vivo nem o seu bebê.

E então, pensou que queria ter tido forças para abandoná-lo. Para ter se esquecido dele.

Edward também chorava enquanto dirigia para o hotel em que estava hospedado.

Quando entrou no apartamento luxuoso do hotel, logo procurou sua mãe.

Esme estava sentada, lendo um de seus vários livros.

–Edward, querido, como foi? Você o conheceu? Como ele é? Como ele está? –disse curiosa –Alice? –olhou para a filha que entrava logo em seguida.

Alice negou apenas com a cabeça, triste.

–Ela não me quer. –ele disse.

Esme abraçou o filho e esperou que ele se acalmasse.

Teria uma conversa com Bella.

Essa história estava indo longe demais.


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Notas finais do capítulo

Peço que comentem, por favor.
Comentários estimulam nós, escritoras, a continuarmos escrevendo e nos indica se estamos no caminho certo ou não.