A Recém-Chegada escrita por Stormborn


Capítulo 3
A dancinha da vitória não foi uma boa ideia


Notas iniciais do capítulo

Oi povo o/ Leiam as Notas Finais.



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PoV. Silena Callegari

Um garoto bonitinho pedindo para me ligar. Cara, as chances são quase nulas. Quando eu finalmente consigo, estrago tudo com a dancinha da vitória – eu vi isso em um filme. Apenas esqueci que no filme aconteceu a mesma coisa.

Por que achei que comigo seria diferente?

Nico disse que iria ligar. Depois dessa, é claro que ele não vai ligar. Guardei minhas coisas e fechei a Biblioteca o mais rápido possível – caso o Nico resolvesse voltar. Subi as escadas até chegar ao quinto andar, onde moro. Procurei as chaves debaixo do tapete e abri a porta.

Nosso apartamento é consideravelmente grande, por conta do volume de livros que guardamos no prédio. Tirando isso, não é o tipo mais luxuoso. Todo o espaço é planejado, desde cozinha, quartos... A sala é o maior cômodo: é lá que fica o meu piano.

Fui correndo para o meu quarto. Ele é modesto: paredes brancas, cama de casal, escrivaninha, guarda-roupa... O ponto alto dele são os aparatos para leitura! Eu tenho uma estante na parede lotada de livros, que fica dentro de um arco. Uma pequena prateleira embutida na parede possui pequenas lâmpadas para leitura noturna.

Enquanto isso, eu entrava no quarto tendo um pequeno ataque. Eu me descabelava enquanto me lembrava do que aconteceu. Ouvi minha mãe entrar, ela anda chegando um pouco mais tarde da escola onde trabalha. Ela é Professora de História. Nas horas vagas, ela me ajuda com a Biblioteca. A maioria do acervo era de nossa família, o restante chega de doações ou compra de novos exemplares com o dinheiro que o Museu de História Natural usa para manter nossa instituição.

– Filha, cheguei. Como foi seu dia? – disse ela.

– Ah mãe, foi ótimo! – menti.

– Isso me deixa muito feliz, minha Flor de Maracujá! – é assim que ela me chama: uma coisa minha e dela.

Ouvi batidas na porta do quarto e um “Posso entrar?”.

– Hã... Não!

– Por quê?

– Eu estou ocupada! – corri pentear o cabelo para vê-la.

– Tem certeza que está tudo bem, filha?

Surgi de súbito na porta dizendo:

– Dona Diana, a senhora se preocupa demais! – fiz uma careta e beijei sua bochecha.

– Você sabe exatamente qual o motivo da minha preocupação, mocinha. – ela suspirou, tinha aquela velha cara de perdida. Eu sempre odiei vê-la desse jeito.

– Eu não quero falar sobre isso.

– Eu também não – ela garantiu.

A campainha tocou e fui atender. Eu realmente não queria continuar aquela conversa, afinal, isso acaba da mesma forma todas às vezes.

Era o Nico. Quase cai para trás.

– Oi. – ele disse – Queria te convidar para sair, eu não consegui ligar.

– Você não poderia ter chegado em hora melhor! – falei.

– Isso é um sim? – ele perguntou curioso.

– É – fiz uma pausa – Vou me trocar e já vamos!

Acho que nunca troquei de roupa tão rápido na vida. Eu amo minha mãe, mas quando ela começa a se preocupar... É melhor sair de perto.

Dei de cara com a minha mãe na sala e falei, como um papagaio:

– Vou sair com o Nico. Cara legal. Biblioteca. Culto. Volto logo, te amo.

Com o canto do olho, vi que ela estava com aquela cara de “Vamos conversar depois, senhorita!”

Ao sair fechei a porta. Espero que tudo corra bem.


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Notas finais do capítulo

O que será que a Silena e a mãe evitam falar? E ela e o Nico, o que vai acontecer? Descubra no próximo capítulo! Deixe sua review, favorite e/ou acompanhe se você gostou! :3