O garoto da Casa ao lado escrita por MihChan


Capítulo 26
Uma provável chance para um certo loiro


Notas iniciais do capítulo

~Yo
Espero que não me matem ao ler esse capítulo ;3; E se acalmem! O Haru ainda é nosso protagonista u-u Lembrem-se do nome da fic, ein? Agradeço as lindas que comentaram o capítulo anterior e me deixaram muito feliz ;u; E por favor! Apareçam nos comentários. Eu não mordo. Juro! :3 Tem um pequeno "extra" no final do capítulo pra vocês. Algumas me deram um toque de "como assim a Hiromi já ficou sabendo que o Tomo-kun e o Haru-kun são irmãos?" Tá, não foi desse jeito, mas beleza kkk



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/482215/chapter/26

– Eu... Estou livre...

.

.

.

Autora PVO on

... – Tomoya engoliu em seco como se estivesse surpreso com aquilo – S-Sério?

– Hai! – Hiromi se forçou a sorrir um pouco.

Então... Então podemos nos encontrar em frente a reserva Hashimoto? – o loiro perguntou um pouco nervoso.

Na verdade, ele não planejava chamar a garota para sair. Ele apenas não queria que ela fosse se encontrar com seu meio-irmão. Mas agora não importava se ela havia ido ou não. Ela tinha realmente ligado para ele o mesmo estava muito feliz por isso.

– Hum! – a garota balançou a cabeça positivamente algumas vezes – Por mim tudo bem.

– Fechado! Nós encontramos daqui a meia hora? – Tomoya perguntou meio receoso. Garotas demoram muito para se arrumar? Esse tempo daria?

– Claro. Ja ne! – ela disse e o ouviu dizer o mesmo e então desligou.

Hiromi suspirou pesadamente sentada em sua cama. Fechou os olhos por uns instantes e uma última e solitária lágrima caiu. Ela decidiu que não choraria mais. Não por ele!

Um certo rapaz dos cabelos castanhos, sai de sua casa meio cabisbaixo e se põe a seguir para casa de seu melhor amigo. Se perguntava se realmente estava fazendo o certo... Ir para casa do ruivo esquentadinho depois do que acabara de fazer, era estar querendo morrer. Mas talvez ele tivesse piedade ou quem sabe estaria de bom-humor?

Alguns pensamentos aleatórios estavam a inundar a cabeça de Haru. Lembranças de quando ainda era bem garoto e uma certa menina, cujo os avós moravam a casa ao lado da sua, vinha passar feriados ou as férias de verão. Talvez ela nem saiba, mas ele a observava quando estava por perto. Certa vez na praça, ele até se arriscou a falar com ela. Ele sorriu ao lembrar-se.

Entrou em um prédio depois de minutos de caminhada, se comunicou a recepcionista que ligou pelo interfone para Otani e liberou Haru. Ele pegou o elevador até o terceiro andar e entrou no apartamento 88.

– Yo. – Haru se anunciou enquanto tirava seus sapatos.

– Yo. – a voz não era de seu amigo e sim de uma certa azulada que parecia irritada.

Natsume estava sentada no sofá e trocava constantemente de canal com o controle remoto. Haru sorriu sem graça para garota que continuou de cara amarrada.

– Haru! - Otani apareceu do corredor radiante e sorrindo de orelha a orelha. O contraste de clima estava um tanto peculiar.

– E então? – Otani sorriu se aproximando do amigo.

– ? – Haru ficou o encarando sem saber o que dizer. Do que ele estava falando?

– A Hiromi-chan foi na sua casa, não é? – ele sorriu de maneira nada inocente – E então?

– Bom... Nesse momento ela deve estar me odiando... – Haru riu um pouco sem graça e se assustou ao voltar a fitar seus amigos.

Natsume tinha uma expressão de indignação e raiva, e Otani agora chorava por ter perdido dez reais numa aposta que fizera mais cedo com a namorada.

– O que você fez? – Natsume berrou se levantando do sofá.

– O que eu achei que seria certo. – Haru respondeu tranquilamente

– Lá vai você de novo! “O que eu acho.” “O que eu sinto.” E quanto a Hiromi? E quanto ao que ela sente? – Natsume bufou de raiva e Haru a encarou um pouco surpreso.

– Natsume, calma, por favor. – o ruivo disse calmamente e de um jeito sereno. Mais um pouco que aconteceria um assassinato. Certeza!

Natsume o encarou e abaixou o olhar se desculpando num sussurro. Para ela, Haru estava agindo como um moleque! O que tinha dado nele? Essa confusão toda por causa que uma garota tinha o beijado. Estava até a se tornando irritante porque Hiromi não tinha nem chegado a dizer nada na hora, quem correu atrás e terminou tudo foi ele. É tudo culpa dele!

Ela se sentou no sofá e deu as costas para os dois garotos. O rapaz de cabelos castanhos deu um sorriso de canto. Como ele já imaginava todos estriam contra a ele. Haru se sentia um completo idiota por estar se opondo a sua própria vontade. O que ele queria de verdade era correr de volta para Hiromi e a abraçar, mas... Querer não é poder...

– O que houve, cara? – Otani perguntou de forma que só eles pudessem ouvir.

– Tomoya... é uma boa pessoa... – disse sem expressão.

– Não brinque comigo! A Hiromi foi a primeira garota que você saiu ou quis ter algo além da amizade. Isso não quer dizer que ela é a pessoa certa para você?

– Pode ser... – falou sem ânimo.

– “Poder ser”? você vai deixar a pessoa certa pra você apenas ir embora quando você pode fazê-la ficar? – ele perguntou indignado e alterando um pouco o tom de voz.

“Não a deixe ir embora, se você pode fazê-la ficar!” Alguém já havia lhe dito isso...

– Eu vou indo. Está ficando tarde. – Natsume disse se levantando do sofá e indo em direção a porta.

– Natsume-chan! – Otani chamou mais garota apenas ignorou-o – Você a irritou, seu idiota! – deu um soco na cabeça de Haru e riu.

Depois de algum tempo tendo que aturar sermão, Haru conseguiu ir embora da casa de Otani e resolveu passar pelo centro comercial da cidade. Quem sabe ficar admirando as estrelas perto do lago do templo Tsuki Ai, o ajudasse...

Hiromi estava em frente a reserva Hashimoto. Ela olhava a hora em seu celular constantemente. Estava nervosa por o garoto que está saindo ser irmão de Haru. Isso era tão estranho!

– Gomen! – a garota viu um loiro chegar correndo e parar na sua frente ofegante – Eu me atrasei, não é? – ele sorriu envergonhado passando uma das mãos na nuca e ela suspirou desviando o olhar um pouco confusa.

Droga! Ele é realmente muito parecido com o Haru.”

Ele ficou a encarando e esperando uma resposta para sua pergunta que fizera segundos atrás. Hiromi percebeu e sorriu envergonhada.

– Não! – Hiromi agitou as mãos no ar sorrindo amarelo – Eu que cheguei muito cedo. Não se preocupe!

O loiro sorriu e se puseram a caminhar. O centro comercial estava bastante cheio. Haviam muitos casais por ali e aquilo fazia Tomoya ficar super constrangido, ao contrário de Hiromi que parecia estar no mundo da lua.

– Você e-está muito b-bonita. – Tomoya disse sem encarar Hiromi enquanto andavam.

Isso pareceu tirá-la de seus devaneios. Ela o encarou surpresa pelo elogio e sorriu meigamente logo depois em resposta. Silêncio outra vez. Aquilo estava irritando Tomoya. Ele avistou uma sorveteria e a noite não estava tão fria assim.

– Hã... Quer tomar um sorvete? – ele perguntou.

– Eu adoraria. – Hiromi respondeu se alegrando.

Ela adorava sorvete e isso fazia lembrar Haru. Todas as vezes que saiam tomavam sorvete, e ele nem gostava tanto assim. Era por causa dela.

“Estou pensando nele de novo! Pare!”

Eles entraram na sorveteria e se sentaram em uma das mesas. Conversaram um pouco e riram juntos, para depois se levantarem e irem até onde se encontravam os sorvetes. Compraram e tomaram o sorvete ainda conversando por ali.

Resolveram fazer o caminho de volta até o Templo. Pararam em frente ao lago do Templo Tsuki Ai e se sentaram nos degraus da pequena escada. Ficaram olhando para as estrelas em silêncio. Um silêncio incômodo.

– Quer tomar alguma coisa? – o silêncio foi quebrado por Tomoya.

– Hã... sim. Um café, por favor! – ela sorriu de canto e ele corou um pouco.

– Claro! V-vou indo. – se levantou e saiu correndo até a máquina.

Hiromi ficou quieta observando o céu. Ele estava escuro e não tinha tantas estrelas como no dia do festival, como no dia que Haru estava ali com ela. A garota balançou a cabeça negativamente muitas vezes e se levantou bruscamente para ir atrás de Tomoya. Ela tinha esquecido de lhe dar o dinheiro para comprar o café.

De longe ela já consegui vê-lo perto da máquina. Ele encarava o chão pensativo. Será que alguma coisa tinha acontecido?

– O que houve? – ela perguntou o assustando.

– Nada! – ele disse nervoso.

Ela se aproximou da máquina e colocou uma moeda, e logo depois escolheu uma lata de café.

– Ei! – Tomoya protestou – Isso não vale! Eu ia pagar. – fez bico e ela riu.

– O que você vai querer? – perguntou.

– Deixe que eu pego. – falou.

– Não. – ela se pôs na frente da máquina com um sorriso infantil – Eu pago! Você já pagou o sorvete! – ele riu do semblante da garota.

– Claro, claro! – ele começou a andar na direção dela – Deixe-me escolher o que eu quero... – tropeçou em alguma coisa - ... então...

Tomoya acabou indo pra frente bruscamente e se segurou na máquina. Hiromi estava encostada a máquina. Eles ficaram frente a frente. Ela podia sentir sua respiração e pela luz de dentro da máquina, ele estava corado. Foram se aproximando. As respirações ficando mais pesadas.

– Licença por favor! – ouviram alguém falar em um tom com uma ponta de irritação.

Saíram da frente na mesma hora. Talvez a pessoa estava ali a muito tempo esperando os dois comprarem, para comprar também.

– Gomen nasai. – Hiromi fez uma reverência – Eu... – ela parou ao reconhecer o rosto do rapaz.

“Haru...?”

A pessoa comprou qualquer coisa na máquina. Um café. Então ela descartou a hipótese de ser o Haru. Ele destetava café! E também, seria muita coincidência se encontrarem.

– Vamos indo, Hiromi. – Tomoya pegou delicadamente a mão da garota e saiu andando.

Ela concordou e deu um última olhada na pessoa que também já se afastava. Por causa do capuz do casaco na cabeça, ficava difícil ver quem era. Tomoya parecia não ter percebido, mas não era o Haru?

– Droga! – o rapaz com o capuz murmurou se sentando aos pés de uma árvore.

Olhou a lata de café em suas mãos e suspirou pesadamente. Tirou o capuz da cabeça e encarou a copa da árvore. Foi interferir em um provável beijo que nem dizia respeito a ele e ainda tinha comprado café. Haru detestava café!

Ele se levantou após alguns minutos e resolveu voltar pra casa. Tinha dito que Tomoya era a melhor pessoa pra Hiromi e que estava disposto a deixa-la... Então porque vê-los juntos doía tanto?

Depois disso Hiromi voltou ao seu mundo da lua. Era a imaginação dela ou aquele garoto mais cedo na máquina, era o Haru? Ela estava pirando! Já tava até vendo Haru em todo lugar.

– Está tudo bem? – Tomoya perguntou vendo que sua acompanhante estava inquieta novamente.

– Ah... sim. – ela respondeu sem expressão e sem encarar o loiro.

– Não é o que parece. – ele disse e isso a deixou um pouco mal.

Estava escrito na cara dela o quão trouxa ela era? Sentiu uma enorme vontade de chorar e parou bruscamente levando as mãos ao rosto. Tomoya ficou um pouco confuso ao ver algumas lágrimas no rosto de Hiromi.

– Desculpe. – ele disse nervoso – Não foi minha intenção te...

– Não! – ela o interrompeu – A culpa não é sua.

– É o Haru, não é? – o loiro perguntou e ela levantou a cabeça para olha-lo.

Nem precisou dizer nada. Sentiu mais vontade ainda de chorar e já soluçava alto atraindo alguns olhares. Olhares até mesmo de raiva e repreensão a Tomoya. As pessoas estariam pensando que ele a estava fazendo chorar? Por impulso ele a abraçou a acolhendo e atraindo mais olhares ainda.

"Ótimo! Acabei de quebrar uma promessa feita a mim mesma."

– Por favor... Não chore. – ele sussurrou para ela afagando seus cabelos.

Hiromi soluçou um pouco enxugando as lágrimas. Se separou do abraço de Tomoya e deu dois passos pra trás, levando as mãos a bochecha e simulando um sorriso. O loiro fez o mesmo gesto só que no lugar de um sorriso ele fez uma careta que fez os dois rirem.

Fizeram o caminho até a esquina da rua onde Hiromi morava, conversando coisas sem importância como quando vai acontecer um apocalipse zumbi e simulando lutas estranhas.

– Acho que... – Hiromi parou a frente de Tomoya e apontou para a rua atrás dela – Bai, bai. – acenou sorrindo e começou a caminhar.

– Hiromi! – o loiro gritou e ela virou na mesma hora para encará-lo.

Ele tinha corrido um pouco e a alcançado. Estavam frente a frente novamente. Levou as mãos até o queixo dela o levantando e foi fechando seus olhos. Selaram seus lábios em apenas um selinho demorado e meio tímido.

–... – se separaram e ele continuou com a mão no queixo dela a encarando.

– Eu... – ela começou e ele a soltou um pouco envergonhado.

– Eu vou indo. Desculpe por isso! – fez um reverência e deu as costas rapidamente corado ao estremo.

Hiromi sorriu um pouco ainda encarando o loiro que já se afastava. Então pôs-se a caminhar para sua casa tendo muitas coisas em mente.

...

~EXTRA: Como assim o Haru e o Tomoya são irmãos? (Explica essa história direito, MihChan XD)

~Hiromi~

A professora Sophia estava terrivelmente mau-humorada um dia desses. Sério! Estava parecendo que ela iria nos esfolar e fazer experimentos com nossos corpos sem vida... Tá! To exagerando um pouquinho! Só um pouquinho! No final da aula, ela nos mandou fazer um trabalho em grupo e ela mesma os separou. Eu acabei ficando num grupo com a Natsume, Sakura, Maya e Luka.

Marcamos de fazer na casa da Natsume. Seus pais estavam num festival da escola do pequeno Hideki. Quase matei a Natsume por ela não ter me contado nada sobre esse festival. Eu teria o prazer de ver o Hi-chan atuando em uma peça ~chora~

Quando todas as aulas acabaram fomos para a casa da Natsume em completo silêncio e quando chegamos, a atmosfera não mudou muito. Nos sentamos ao redor de uma mesinha de centro como sempre fazíamos e começamos a pesquisar em alguns livros o tema do trabalho.

– Como... vão as coisas com o Haru? – Maya me encarou cortando completamente o silêncio.

– Não vão. – falei sem ânimo.

– Ando te vendo muito com o Tomoya... – Luka comentou. Ela não estava chupando pirulito, finalmente!

– Hã... – ri sem graça – Ele sempre está por perto. É só coincidência!

– Não acho... – Natsume fez bico e a Sa-chan colocou uma das mãos no rosto o inclinando e me olhou preocupada.

Ficamos em silêncio de novo, então Maya riu abafado e nós a encaramos sem entender muito bem.

– Mesmo depois do que ele me disse... – a loira murmurou para ninguém em especial.

– Eh? – franzi o cenho.

– Será que todos os homens dessa família só tem olhos pra você? – ela murmurou novamente me encarando dessa vez e eu arregalei meus olhos.

– O que? – Natsume a interrogou com seu jeito intimidador.

– Vocês não sabiam? Haru e Tomoya são irmãos! – ficamos todas chocadas. – Quero dizer... meio irmãos.

– Explique essa história direito! – Natsume exigiu.

– Hai, hai! – Maya suspirou e começou a história.

Eu não sabia disso... Naquele dia, na praça... ele estava tão inquieto por causa disso? Ele não queria me contar sobre um meio irmão que ele acha que o abandonou? E por que o Tomoya não me contou nada disso? Será que... Que ele não disse porque não queria que eu o visse como o irmão do Haru? Porque eu acho que com essa descoberta, um romance entre nós não dará certo. Era disso que ele tinha medo...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Eu espero que sim. Considerem que o nosso "extra" aconteceu muito antes desse capítulo, okay? Bom ;u; Comentem se gostaram. Comentem se não gostaram. Comentem se algo precisa ser melhorado. Comentem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O garoto da Casa ao lado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.