O garoto da Casa ao lado escrita por MihChan


Capítulo 17
Equinócio da Primavera -- Parte 2 -- Final


Notas iniciais do capítulo

~Yo
Nossa! Que susto o Nyah! ter saído do ar -3- Eu já estava ficando com abstinência TT^TT
E aí minha gatosas? Como vão? Eu vou bem :3
Este capítulo encerra o festival, e ele é bem importante para a nossa querida Sakura rs u3u
Agradeço a todas as lindas que comentaram o capítulo passado



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– HAI! – todos nós falamos.

Começamos a andar e fomos em uma barraquinha, onde haviam peixinhos dentro de saquinhos transparentes, boiando dentro de uma enorme bacia cheia de água e se você “pescasse” o peixinho, ele era seu.

– Yatta!* - Sakura exclamou pegando o peixinho que queria.

– Anda Otani! – Natsume falou puxando o mesmo para mais perto da barraca.

– Oe! O que quer que eu faça? – a encarou.

– Não é óbvio?! – ela o lançou um olhar assustador – Pegue o Marujo para mim! – juntou as mãos e seus olhos brilharam.

– Ma... rujo? – falei, mas saiu mais como uma pergunta. Natsume apontou para um peixinho preto e sorriu.

– Eto... – todos falamos em coro processando aquilo.

– Pegue logo o peixe! – Natsume deu um peteleco em Otani.

...

– Yoshi!* - Natsume exclamou dando pulinhos, quando o Otani conseguiu pegar o peix... o Marujo.

Alguns minutos antes:

– Otani-kun... quer que eu tente pegar o peixe? – Sakura se ofereceu e Otani a olhou com uma aura maligna já saindo de si.

– Eu... estou... quase conseguindo... – sorriu robotizado.

– Kami-sama! Dai-me paciência, porque força eu já tenho para matá-lo! – pode-se ver uma veia saltar na testa de Natsume.

Continuando:

Seguimos admirando todas as barraquinhas. Eu de mãos dadas com Haru, mais atrás, Natsume e Otani à nossa frente igualmente a nós e Sakura e Yumi à frente deles.

– RONK! – minha barriga fez um som não muito discreto, todos caíram na gargalhada e eu fiquei vermelha.

– Vamos comer alguma coisa... – Haru sorriu me fitando, e eu corei mais ainda.

Compramos dango* e nos sentamos em uns bancos, abaixo de umas árvores.

– Hunf...! – Yumi mexia seu canudo dentro da latinha de refrigerante.

– Alguma coisa está te incomodando, Yumi-chan? – Sakura sorriu e logo depois deu uma mordida em seu dango.

– Eu estou com saudades do meu namorado *choro* - abraçou-se em Sakura.

– C-calma... – Sakura disse dando leves tapinhas nas costas de Yumi.

– Tsc! – Natsume resmungou.

– Você é tão cruel Nat-chan! *chora litros* - Yumi disse.

– Não é isso... tenho a impressão de... que estamos sendo observados... – Natsume disse olhando em volta.

Estava pouco movimentado, pois todas as pessoas já se reunindo próximo ao lago para ver a queima dos fogos de artifício.

– Eu também estou com essa impressão... – Haru disse.

Nos dirigimos para o lago.

– Dango, dango, dango, dango, dando daikazoku! – Sakura cantarolava a meladia que me lembrava Clannad*.

– que música é essa? – Otani perguntou.

– Baaaka! – Natsume respondeu zombeteira.

– Ora sua...

– Parem com isso! – eu resmunguei.

– Agora vocês são namorados... – Yumi completou.

– Isso não importa... Ele é baka mesmo! – Haru disse o provocando.

– O baka que ela ama! – ele riu vitorioso ao ver sua namorada travar e ficar da cor de um tomate.

Chegamos até o lugar e era muito, muito, muito bonito mesmo! Havia um rio que dividia o lugar, uma ponte sobre ele e como esse rio era mais baixo, tinha uns poucos degraus.

Natsume, Otani, Yumi e Sakura, desceram os degraus, passaram para a ponte e ficaram por lá.

– Estou cansada... – disse e me sentei em um dos degraus.

– Eu também! – Haru se sentou ao meu lado.

Haru PVO on

Ficamos olhando para o céu, admirando as estrelas, o vento soprando, todas aquelas pessoas esperando em silêncio...

– Yo! – uma voz familiar atrás de nós.

Poxa! Quando eu tenho a oportunidade de dar uma de poeta na fanfic, vem alguém e me corta?!

Autora: Calma Haru! Você terá seu momento -ou não-.

– O loiro-kowai*... *hirc* - a baixinha disse e em seguida soluçou. Tomoya sorriu.

– Yo, Hiromi-san! – os amigos de Tomoya a cumprimentaram sorridentes.

– Nani?* - ela arregalou os olhos assustada.

– Tsc! – desviei o olhar.

– Os fogos de artifício! – a Hiromi se levantou rapidamente – Veja Haru! – ela apontava para o céu enquanto sorria para mim *sorriso*

– Parece uma criancinha! – Tomoya disse debruçado em umas grades a cima de nós dois.

– Baka! – Hiromi o mostrou a língua e ele começou a rir.

Qual é a dele se aproximando da gente tão repentinamente?

Ficamos ali por longos minutos, até a queima de fogos acabar.

– Kaeru?* - Yumi perguntou se aproximando da gente com os outros.

– Está um pouco cedo, não? – Natsume disse.

Olhei em meu relógio 20h 00m.

– Que tal um Karaokê? – sugeri.

– Sugoi!* - a baixinha exclamou

No Karaokê:

– Quem convidou vocês? – eu protestei apoiando a cabeça na mesa em que estávamos.

– Nós decidimos vir... – Tomoya respondeu.

Sakura e Yumi fizeram um dueto e logo depois Otani tentou cantar, sem sucesso e Hiromi e Natsume também fizeram um dueto. O resto de nós, preferiu não arriscar... *gota*

– Haru-kun? – ouvi uma voz familiar me chamar. Maya.

Hiromi PVO on

– Yo! – Haru acenou sorrindo para a loira que fez questão de sentar ao lado dele.

Eu irritada. Como você não percebe que essa garota, está tentando de conquistar, Haru?

– Péssima escolha *cof cof* - Yumi sussurrou, colocando as mãos sobre a boca e fingindo uma tosse.

Natsume e Sakura me olharam com uma cara de “se controla”, já Yumi que estava ao meu lado sussurrou em meu ouvido algo como “mete a mão na cara dela”. Segurei o riso.

A Maya cantou uma música encarando Haru e a música era algo sobre ser mais que amigos. Ela está me provocando...

– Você foi ótima, Maya... Você não acha baixinha? – Haru me fitou sorrindo.

– Hai! – dei de ombros.

– Vamos embora! – Tomoya disse para seus amigos e sorriu para mim se despedindo.

Ficamos algum tempo em silêncio.

– Você acha Haru-kun? – Maya agarrou o braço de Haru, e começou a pressionar seus seios (muito grandes) nele. Meu sangue ferveu.

– Claro! Já pensou em seguir carreira como cantora? – O grande-baka disse.

– Eu não acho que seja um futuro muito confinável... – ela disse piscando os olhos várias vezes e apertado mais ainda o braço de Haru contra seus seios.

– Pra mim chega... –murmurei me levantando bruscamente, pegando meu copo de suco e jogando todo o conteúdo na Maya.

– Garota... Kisama!* - ela disse se levantando também.

– Nanda to*...? – Haru nos encarava.

– Grande Baka! – o encarei – Você não percebe? – falei sentindo que ia começar a chorar. Ele continuou a me olhar confuso.

–... – Maya me encarava com um sorriso irônico no rosto.

– Bakachi!* Kiero!* - gritei e saí correndo de dentro do karaokê.

Deixei Haru lá com ela...

– Ai! Como eu sou idiota! – dei um tapa na minha própria testa.

Ela estava me irritando, me provocando. Eu não sabia como reagir aquilo. Achei melhor me distanciar...

– Hiromi... Baka, baka, baka, baka! – me xingava enquanto corria.

Tropecei em alguma coisa e caí. Ouvi uma gargalhada bem conhecida.

– Quem...? – levantei o rosto e pude ver Tomoya.

Comecei a chorar.

Tomoya PVO on

– Ei... Calma! Não queria te magoar assim... – me agachei tentando consolá-la. Dês de quando, eu ligo se magoei alguém ou não?

– Não é isso... – ela disse entre soluços.

Hiromi me explicou porque estava correndo e porque estava chorando. Disse que ela era muito idiota, e que não conseguia nem aguentar concorrência.

– A Maya é mais bonita! Uma hora o Haru vai se cansar de mim... É só questão de tempo! – ela soluçava entre cada palavra.

– Você acha? – eu disse e ela me encarou. – Eu não acho que o Haru estaria com você, se não gostasse realmente de você... – falei encarando o nada.

– Pode ser, mas...

– Eu não acho que ele te trocaria, pela Maya... – sorri de canto e a percebi corar. – Hihihi!

– Pare de brincar... – ela abaixou a cabeça.

– Não estou brincando...

Ficamos em silêncio.

– Tomoya-tan! – ouvi uma voz que eu conhecia muito bem... – Você me deixou sozinho, Tomoya-tan... Isso não se faz! – ele me abraçou.

– Me solte, Eriol... – tentava me soltar dele. Eriol é um de meus amigos. Tem o cabelo preto azulado e é bem alto. Mas é estranho...

– Eh? – pude ver a cara de assustada da Hiromi.

– Yo, garota! Não... não me diga que você é namorada do Tomoya-tan? *choro*

– Nai! – ela respondeu e Eriol voltou a me abraçar.

Hiromi PVO on

O Tomoya é... gay?!

– Ei, Mi-chan! – Yumi me abraçou.

– Já saíram de lá? – eu perguntei procurando Haru.

– Não, não... Ainda estamos lá, garota gênio! – Natsume falou sarcástica.

– Se está procurando o Haru-kun, achamos que você precisava ficar um pouco sozinha e quando ele ameaçou vim atrás de você, falamos ao Otani-kun para levá-lo para a casa dele... – Sakura disse.

– Eu... não estava o procurando...

– Você não engana ninguém! - Yumi disse séria e os outros concordaram.

Ficamos um pouco por ali. E Eriol disse que não era gay, só que gostava muito do Tomoya. Yumi surtou e começou a dizer coisas do tipo “assume” e “eu sempre quis ter um amigo gay”. Tomoya tinha uma fumacinha saindo de si, e eu podia jurar que era sua alma e ele sussurrava coisas como “Eu morri...”.

– E essa garota tão kawaii, quem é? – Eriol se aproximou de Sakura.

– E-eu me chamo... Sakura... – ela disse bastante vermelha. Talvez por causa da proximidade do azulado. Ele estava a centímetros de seu rosto a avaliando.

– ... – o garoto se afastou um pouco dela e corou – Belo nome... – desviou o olhar.

O que rolou aqui?

Eriol se recuperou do acontecido e voltou a abraçar Tomoya, que fazia esforço para se soltar dele.

Apesar do meu final de noite ter sido tão... estranho-engraçado, o que havia rolado no Karaokê, não me saía da cabeça. Agora a Maya resolveu lutar com todas as armas... Não perguntei as meninas sobre ela... O que será que ela fez quando eu saí de lá?

Estou em meu quarto e já são 02h 30m da madrugada, e eu não consigo pegar no sono. As coisas que aconteceram rondam a minha cabeça... Como será que o Haru está?

– Ei... – ouvi alguém sussurrar. Me levantei e me dirigi à janela que dava para o jardim da minha avó, na frente da casa. Parecia vir de lá a voz.

– Haru?! – gritei.

– Shhhhhi! – ele se abaixou se escondendo entre os arbustos que ficavam próximos à parede. – Eu... preciso... conversar com você...

Desci as escadas devagar, tomando cuidado para que meu avô, que estava dormindo no sofá não acordar.

– O que você tem na cabeça? – fechei a porta e me aproximei de Haru – É algum tipo de fantasma que atravessa paredes? Ou um vampiro que consegue voar? Para entrar assim na casa dos outros e... – fui surpreendida por suas mãos sobre minha cintura me puxando para si e logo depois um beijo.

– Depois que você saiu do Karaokê... – me abraçou e deu um beijo no topo da minha cabeça – eu tentei segui-la, mas fui impedido. Eu queria saber o que estava acontecendo entre você e a Maya. Mas quando o Otani me obrigou a ir com ele até sua casa, a Maya se confessou para mim... E eu entendi tudo... Gomen. – aquilo me surpreendeu.

– E-ela... se confessou? – eu me soltei de seu abraço e o encarei – Entendo... Veio aqui se despedir de mim...

– Você é tão ingênua! – ele começou a rir.

– Pare de rir! Vai acordar meu avô!

– É você, a garota que eu quero pra mim! – segurou minha mãos e eu corei.

– Honto?* - eu disse e um sorriso invadiu meu rosto.

– Claro que é! – me abraçou novamente.

– Você é tão kawaii! – o abracei ainda mais forte.

– Agora eu preciso te dizer uma coisa...

– O que? – levantei meu rosto para encará-lo.

– Eu também pulei o muro de sua casa... – passou as mãos na nuca envergonhado – porque eu acabei de vir da casa de Otani... Eu tinha umas roupas lá, mas eu precisava vir para casa...

– E...?

– Eu esqueci minhas chaves... – sorriu envergonhado. Suspirei e sorri para ele.

Entramos devagar, tomando cuidado para o meu avô não acordar. Subimos e entramos no meu quarto. Abri meu guarda-roupas e peguei um travesseiro e um cobertor. Coloquei-os na cama e iria me deitar, mas Haru me interrompeu.

– Se você dormir com essa roupa, não me culpe se for atacada durante a noite... – sorriu maliciosamente me fitando de cima abaixo.

Corei e entrei no banheiro do meu quarto. Coloque um short, pois estava com apenas um pequeno vestido.

– Se importa se eu dormir sem camisa? – Haru perguntou corado.

É oficial! Ele só pode ter dupla personalidade...!

– N-não m-me importo. – disse.

Me deitei na cama de costas para ele. Logo o mesmo se deitou na cama e ficou me cutucando.

– O que você está fazendo? – me virei e fiquei de frente para ele, que me puxou para um abraço. Ele estava sem camisa e dava pra sentir bem o calor dele, seu cheiro e seu peitoral... Opa! Não! Pensamentos assim não! Pare!

– Gosto de dormir abraçado a minha namorada... Vamos treinar para quando casarmos! – corei e fechei os olhos caindo no sono.

Será que agora está tudo bem? Maya não tentará mais nada? Não acho que ela desistirá dele assim, na primeira tentativa...


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Notas finais do capítulo

Aula da Hiromi-sensei:
Yatta = Consegui
Yoshi = Sim/isso/vitória (Comum em animes)
Dango = É um bolinho japonês feito de mochiko (farinha de arroz). Três a quatro dango são geralmente servidos em palitos. Uma variação do dango de Hokkaido é feito a partir de farinha normal e assado com shoyu.
Clannad = É um anime (Muito bom! Recomendo)
Kowai = Para quem não lembra, significa assustador
Nani = Como?
Kaeru = Vamos para casa?
Sugoi = Incrível/fantástico/genial
Kisama = Vá a merda
Nanda to = O que foi...?
Bakachi = Chihuahua estúpido
Kiero = Suma
Honto = Sério?

E aí? Gostaram? Eu sei que não ficou tão grande, mas eu não quis juntar tudo que eu tinha em mente, então só no próximo capítulo u-u
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