Meu melhor amigo escrita por Deniise
Notas iniciais do capítulo
Me inspirei em historias reais ;)
Eu estava desesperada! Não podia deixar o Vagner morrer por minha culpa.
Eu me perdi muitas vezes do penhasco, mas tinha uma trilha.
Ele já poderia ter morrido! Já poderia! E então eu o vejo olhando para paisagem sentado no penhasco.
Eu o vejo de longe, e ele se levanta. Se prepara pra pular. Eu não consigo acreditar que ele queria e matar por minha causa. Talvez ele tenha mais alguns problemas na vida dele, na verdade. Ele se declarou, me beijou. Se eu ficasse com ele talvez o Jonan aceitaria numa boa. Ou talvez não. E todos esses pensamentos percorreram na minha mente. E eu já estava pertinho dele quando ele já ia saltar. E eu empurrei ele pra longe.
– O que você pensa que tá fazendo?
– O que você pensa que tá fazendo?
– Estou impedindo suicídio!
Ele tenta lutar pra pular mas eu o impeço. Até que eu tenho uma ideia. Eu puxei a camisa dele pra perto de mim e eu o beijei. E assim, ele fica quieto.
Sinceramente, esse ano foi cheio de drama!
E assim ele fica me encarando. Mas, eu estava muito perto da beira do penhasco. Dei um escorregão e claro, comecei a cair. Eu ouço alguém dizer "NÃO" e eu percebo que esse alguém foi eu. Em quanto eu caí eu comecei a pensar na vida. É, meio estranho pensar na vida naquela hora.
Mas em vez dos gritos eram pensamentos. Meus últimos pensamentos talvez. Eu olhava para o Vagner desesperado em quanto eu caía. Pensava na Chloe. No Jonathan, na Brenda, na minha mãe. E quando senti que estava perto do chão, fechei os olhos. E tudo ficou preto.
Eu acordei em um lugar branco. Não enxergava bem, era tudo embaçado. Mas minha visão foi melhorando aos poucos. Então eu vi um rosto. Embaçado. Era a enfermeira.
– É um milagre você estar viva!
Eu olhava para todos os lados, estava no hospital. E do meu lado, sabe quem estava? Vagner! Inconsciente numa cama. Ele tinha pulado também! Nem senti raiva.
– Ele vai ficar bem?
– Ah, sim. Ele está bem. É o seu namorado?
– Não. É... Um amigo.
– Ah, então um tal de "Jonathan" deve ser o seu namorado.
Fiz sim com a cabeça.
– Ele ficou aqui com você por horas.
– Eu estou quanto tempo aqui?
– Dois dias.
E então eu ouço uma voz de desespero.
– Ai meu Deus, ela vai ficar bem?
E eu reconheci a voz, era a Chloe. Aparece a cabecinha dela na porta com cara de preocupada.
– Menina! Você tá viva! Sua mãe tá muito preocupada, sabia?
– Chloe.
– O Jonathan ficou muito preocupado. Seu pai ficou muito preocupado. Todos ficaram. Você tentou se matar?
– O que? Não! Eu queria impedir que o Vagner se matasse.
– O Jonathan quis sair de uma reunião importante pra ver como você tava.
– Ah, eu caí sem querer.
– Foi um milagre vocês terem sobrevivido.
– Eu sei. Eu não sei mais o que fazer, Chloe. Eu fiz uma coisa horrível.
– Ahn, você não tem culpa de ter caído, Alice.
– Não é isso...
Respirei fundo.
– Eu beijei o Vagner. - Disse cochichando.
Ela fez uma cara muito esquisita, arregalou os olhos e abriu a boca. Ela só abriu a boca, a voz falhou.
– Alice!
– Eu sei, eu sei. Foi preciso!
E então o Jonathan aparece. Lindo como sempre.
– Oi, minha princesa. Você está bem? Me deixou preocupado. - Ele segurou minha mão.
Amo quando ele me chama de princesa.
– Estou bem, eu caí sem querer.
O Jonathan olhava para a Chloe e ela ainda com a cara assustada.
Eu tinha esquecido que a Chloe odiava traição.
– O que foi, Chloe?
– O que? Nada! Ahah!
– Você tá bem?
– Tô bem, você tá bem a Alice está bem, todos estamos bem.
E o Jonathan olhava pra mim novamente.
– Está sentindo alguma dor?
– Não muita, eu estava dois dias inconsciente.
– Você estava toda machucada quando eu te vi.
Eu me sentia suja, com o Jonathan, eu o traí.
– Os médicos fizeram um ótimo trabalho.
Eu dei um sorriso.
– O que eu perdi na escola?
– Ah, algumas anotações de matemática, nada demais.
– Ótimo.
A Chloe saiu de perto da gente e ficou só eu e ele.
– Por que você foi até o penhasco?
– O Vagner ia se matar. Por minha causa. Eu não podia deixar.
– Então foi culpa daquele BABACA? - Ele aumentou a voz.
Eu olhei pro Vagner ainda inconsciente.
– Fica calmo.
– Eu falei pra você não entrar na dele.
– Não foi culpa dele.
E ele fez cara de irritado.
– Foi minha culpa, Jonathan. Ele ia se matar por minha culpa.
– O que você fez pra ele?
– Eu dei um fora. Pra ficar com você.
– Hum, então está arrependida?
– Claro que não!
– Claro que sim.
Fiz uma cara de confusa.
– Mas esse ano está muito dramático, hein.
– Então você está?
– Não! Eu nunca me arrependeria! Que saco.
E ele sai da sala.
Jonathan sempre foi dramático.
E eu ouço uma voz.
– Ele não confia em você.
Era do Vagner, não estava mais inconsciente.
– Ah, nem vem. Depois a gente conversa.
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Obrigada por ler