Meu melhor amigo escrita por Deniise


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Me inspirei em historias reais ;)



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Eu estava desesperada! Não podia deixar o Vagner morrer por minha culpa.

Eu me perdi muitas vezes do penhasco, mas tinha uma trilha.

Ele já poderia ter morrido! Já poderia! E então eu o vejo olhando para paisagem sentado no penhasco.

Eu o vejo de longe, e ele se levanta. Se prepara pra pular. Eu não consigo acreditar que ele queria e matar por minha causa. Talvez ele tenha mais alguns problemas na vida dele, na verdade. Ele se declarou, me beijou. Se eu ficasse com ele talvez o Jonan aceitaria numa boa. Ou talvez não. E todos esses pensamentos percorreram na minha mente. E eu já estava pertinho dele quando ele já ia saltar. E eu empurrei ele pra longe.

– O que você pensa que tá fazendo?

– O que você pensa que tá fazendo?

– Estou impedindo suicídio!

Ele tenta lutar pra pular mas eu o impeço. Até que eu tenho uma ideia. Eu puxei a camisa dele pra perto de mim e eu o beijei. E assim, ele fica quieto.

Sinceramente, esse ano foi cheio de drama!

E assim ele fica me encarando. Mas, eu estava muito perto da beira do penhasco. Dei um escorregão e claro, comecei a cair. Eu ouço alguém dizer "NÃO" e eu percebo que esse alguém foi eu. Em quanto eu caí eu comecei a pensar na vida. É, meio estranho pensar na vida naquela hora.

Mas em vez dos gritos eram pensamentos. Meus últimos pensamentos talvez. Eu olhava para o Vagner desesperado em quanto eu caía. Pensava na Chloe. No Jonathan, na Brenda, na minha mãe. E quando senti que estava perto do chão, fechei os olhos. E tudo ficou preto.

Eu acordei em um lugar branco. Não enxergava bem, era tudo embaçado. Mas minha visão foi melhorando aos poucos. Então eu vi um rosto. Embaçado. Era a enfermeira.

– É um milagre você estar viva!

Eu olhava para todos os lados, estava no hospital. E do meu lado, sabe quem estava? Vagner! Inconsciente numa cama. Ele tinha pulado também! Nem senti raiva.

– Ele vai ficar bem?

– Ah, sim. Ele está bem. É o seu namorado?

– Não. É... Um amigo.

– Ah, então um tal de "Jonathan" deve ser o seu namorado.

Fiz sim com a cabeça.

– Ele ficou aqui com você por horas.

– Eu estou quanto tempo aqui?

– Dois dias.

E então eu ouço uma voz de desespero.

– Ai meu Deus, ela vai ficar bem?

E eu reconheci a voz, era a Chloe. Aparece a cabecinha dela na porta com cara de preocupada.

– Menina! Você tá viva! Sua mãe tá muito preocupada, sabia?

– Chloe.

– O Jonathan ficou muito preocupado. Seu pai ficou muito preocupado. Todos ficaram. Você tentou se matar?

– O que? Não! Eu queria impedir que o Vagner se matasse.

– O Jonathan quis sair de uma reunião importante pra ver como você tava.

– Ah, eu caí sem querer.

– Foi um milagre vocês terem sobrevivido.

– Eu sei. Eu não sei mais o que fazer, Chloe. Eu fiz uma coisa horrível.

– Ahn, você não tem culpa de ter caído, Alice.

– Não é isso...

Respirei fundo.

– Eu beijei o Vagner. - Disse cochichando.

Ela fez uma cara muito esquisita, arregalou os olhos e abriu a boca. Ela só abriu a boca, a voz falhou.

– Alice!

– Eu sei, eu sei. Foi preciso!

E então o Jonathan aparece. Lindo como sempre.

– Oi, minha princesa. Você está bem? Me deixou preocupado. - Ele segurou minha mão.

Amo quando ele me chama de princesa.

– Estou bem, eu caí sem querer.

O Jonathan olhava para a Chloe e ela ainda com a cara assustada.

Eu tinha esquecido que a Chloe odiava traição.

– O que foi, Chloe?

– O que? Nada! Ahah!

– Você tá bem?

– Tô bem, você tá bem a Alice está bem, todos estamos bem.

E o Jonathan olhava pra mim novamente.

– Está sentindo alguma dor?

– Não muita, eu estava dois dias inconsciente.

– Você estava toda machucada quando eu te vi.

Eu me sentia suja, com o Jonathan, eu o traí.

– Os médicos fizeram um ótimo trabalho.

Eu dei um sorriso.

– O que eu perdi na escola?

– Ah, algumas anotações de matemática, nada demais.

– Ótimo.

A Chloe saiu de perto da gente e ficou só eu e ele.

– Por que você foi até o penhasco?

– O Vagner ia se matar. Por minha causa. Eu não podia deixar.

– Então foi culpa daquele BABACA? - Ele aumentou a voz.

Eu olhei pro Vagner ainda inconsciente.

– Fica calmo.

– Eu falei pra você não entrar na dele.

– Não foi culpa dele.

E ele fez cara de irritado.

– Foi minha culpa, Jonathan. Ele ia se matar por minha culpa.

– O que você fez pra ele?

– Eu dei um fora. Pra ficar com você.

– Hum, então está arrependida?

– Claro que não!

– Claro que sim.

Fiz uma cara de confusa.

– Mas esse ano está muito dramático, hein.

– Então você está?

– Não! Eu nunca me arrependeria! Que saco.

E ele sai da sala.

Jonathan sempre foi dramático.

E eu ouço uma voz.

– Ele não confia em você.

Era do Vagner, não estava mais inconsciente.

– Ah, nem vem. Depois a gente conversa.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler



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