De quem foi a ideia do Absinto mesmo? Ah sim, Alucard.

Porque não? A Mulher ia acabar se afogando no whisky mesmo, Por que não realizar logo um desejo do servo? Ei o que foi? O servo a conhece bem! Ele tinha uma garrafa de um líquido verdinho que Integra aprendeu a gostar bem rápido. Isso já é um bom motivo.

E lá estavam, sentados a uma mesinha da saleta do piano, de frente um para o outro, com dois copos para doses. Alucard encheu o da mestra até a metade e o seu por completo. Integra levantou uma sobrancelha, estava sendo subestimada?

“O que é isso?” perguntou ofendida.

“Pode não agüentar muito” Respondeu ciente do que se tratava.

“Acha que por ser mulher bebo menos?” Ela tirou-lhe a garrafa das mãos e completou seu copo.

“Acho que por ser human”

“Acho que agüento mais que você” deu de ombros.

“Isso é um desafio?” abriu um sorriso enquanto a mulher bebericava sua dose “Eu aceito, então”

Um shot e meio mais tarde.

“Colocou água no Absinto Alucard?” A tentava se mostrar forte enquanto abria os primeiro botões da camisa, esperando a resposta.

Nessa altura ela já tinha se livrado do blazer, da gravata, dos óculos. “Mais duas doses e se livra da calcinha?” Alucard não pode deixar de pensar. E imaginar também.

“Admito que é forte para bebida, minha senhora” Ele fechou os olhos tentando não se excitar com a anterior imagem mental “Mas como pode provar que não está bêbada?” Abriu os olhos para encará-la, desafiador.

“Pergunte qualquer coisa” Ela se arrumou na poltrona, confiante.

“Seria minha essa noite?”

Ela riu.

“Nem bebendo a garrafa toda”

Derrotado puxou o corpo para frente com menção de tocar a garrafa.

“Acho que precisamos de mais um shot”

Uma rodada depois.

“Como vou saber” Integra parou.

“O quê?” Alucard já notara alterações na fala da outra.

“Como vou saber que você não está bêbado?”

“Peça alguma coisa” Ele só sorriu tirando a parte superior do terno, ficando a camisa e o colete com detalhes vitorianos. Sempre foi assim ou a fada verda está fazendo seu efeito?

Ela olhou o piano de calda.

“Toque”

Alucard levantou-se da poltrona para sentar no banco do piano fingindo não ver a mestra tomar outro generoso gole.

“Marcha Turca” Anunciou começando a peça, sem errar nenhuma nota.

“Uma mais lenta” pediu a outra.

Interrompeu a composição para começar outra.

“All I Ask for You” anunciou o pianista.

“Fantasma da Ópera” Sussurrou a mulher se levantando apoiando-se na mesa.

Alucard ignorou seu cambalear ao se aproximar do piano e sentar-se ao seu lado no banco.

“Está bêbada?” ele provocou

“Com tão pouco?”

Ele riu assim terminando a peça. Virou-se para a Hellsing com a intenção de cantar-lhe vitória, mas foi impedido por um beijo inesperado, ou não. Ela passou a mão por entre os fios negros do cabelo do homem, ele por sua vez, segurou-lhe a nuca. Para a desgraça de Alucard, o contato durou poucos segundos. Integra se afastou para sussurrar.

“Acho que estou bêbada agora”