POV SAM

Eu tinha que fazer algo.

Não podia ficar ali.

Não sozinha com ele.

Era um risco que não poderia correr.

Sabia que era fraca quando estava perto dele.

Principalmente com esse sorriso de lado tão atraente.

Ou a forma como me olhava curioso querendo saber o que pensava.

Como se eu fosse a coisa mais interessante para ele.

E as coisas mudaram.

Ele tinha que se dar conta, assim como eu.

Era uma tortura permanecer ali ao seu lado sem poder toca-lo.

Tinha que sair dali o mais rápido possível.

Sam: Onde será que foi parar todo mundo?

Freddie: Não sei. Quer dizer, estávamos tão entretidos na conversa que nem percebemos.

Sam: Verdade. Quando vi eles não estavam mais aqui.

Peguei meu celular na bolsa para ver as horas.

E me surpreendi o quão tarde era.

Não era tanto assim, 2 pm.

Mas iria fingir que tinha alguma coisa pra fazer.

Qualquer coisa pra está longe dali.

Sam: Terei que ir, tenho que fazer algumas coisas antes de escurecer.

Freddie: Não pode esperar o pessoal? Já devem está vindo.

Sam: Infelizmente não.

Peguei minha bolsa que estava em meu colo.

Freddie: Entendo. Vou ficar e esperar eles, fica chato ir embora nas boas vinda, não?

Sam: Sim, é melhor ficar mesmo.

Me levantei do lugar que estava sentada antes.

Ele levantou também.

E como estávamos sentados um do lado do outro.

Ficamos perto, tão perto que pude senti o seu cheiro.

Era á mesma fragrância que sempre usou.

Freddie: Não vai me dizer tchau, Puckett?

Sam: Tchau, Benson.

Freddie: Tchau. Foi um prazer revê-la novamente.(galanteador)

Sam: Igualmente. Da próxima vez traga sua esposa.

Deus me livre!

Somente falei aquilo como provocação.

E parece que ele entendeu, pois também me provocou.

Freddie: Vou lembrar disso. Ela adorará vim.

Argh!

Como ele é atrevido!

De uma vez por todas comecei a caminhar pelo shopping á procura da saída.

Assim que sai, respirei em fundo.

Entrei no carro e comecei a dirigi fazendo o caminho de casa.

Enquanto dirigia, relembrava dos últimos momentos.

Carly, outra vez deu um jeito de nos deixar sozinhos.

O que ela quer com isso?

Que nos voltemos?

Qual, é? Ele é casado e ela bem sabe disso!

Até mesmo conhece a dita cuja.

Que até agora não entendo como conhece.

Vou tirar essa história á limpo da próxima vez que a ver.

Estacionei o carro em frente da minha casa e saí.

Mal entrei em casa e comecei a chorar.

Nunca fui o que se pode chamar de fraca.

Jamais!

Pelo contrário!

Sempre fui corajosa, á ponto de encara tudo de frente.

Mas dessa vez era diferente.

Era como se estivesse esgotada.

Esgotada de tudo e todos.

Quando pensei que minha vida estaria entrando finalmente nos eixos, eis que me aparece.

Ele!

Novamente!

Pra mexer e brincar com os meus sentimentos.

Ele não está com a mulherzinha dele?

Que fique com ela e me deixe em paz!

Porque insiste em está em todos os lugares que estou?

O que pretende?

Me deixar louca e confusa?

Pois se esse for o propósito, está conseguindo.

Cada vez que o vejo e lembro da condição que ele se encontra agora, fico triste.

Me dar um aperto no coração e começo a chorar.

É isso que estou fazendo.

Mais uma vez chorando por ele.

Quantas vezes mais será que vou chorar?

Sofrer por amor?

Será que tem como eu sair dessa sem me destruí por dentro?

Acho impossível!

Mas quem sabe?

Limpei minha lágrimas.

Decidi tomar um bom banho pra ver se relaxo.

E foi exatamente isso que fiz.

A água me acalmava de certo modo.

Servia como relaxante muscular.

Fechei os olhos.

Não queria pensar em nada.

Vesti meu roupão e uma toalha para secar meu cabelo.

Caminhei descalça mesmo até a sala.

Acabei machucando meu pé que bateu em algo.

Tinha sido uma caixa!

Tem por toda parte desse lugar!

Me agachei abrindo a caixa pra ver o que tinha.

Me surpreendi ao ver que era alguns álbuns que tinha.

Peguei o primeiro pra ver.

Era uma foto minha com Carly e Freddie.

Senti saudades daquele tempo.

Bons tempos que não voltam mais!

Senti saudades de quando as coisas eram mais simples ou pelo menos pareciam.

Senti saudades do "eu te odeio" meu e do Freddie.

Senti saudades do tempo que namorávamos.

E principalmente senti saudades do modo como eu era.

Eu era forte naquela época.

Pelo menos era o que deixava transparecer pro outros.

Nada me abalava.

Digo isso antes de começar a namorar.

Não me sentia uma fraca.

Diferente do que sou atualmente.

Não me preocupava com o que a maioria das garotas de minha idade se preocupavam: Namoro, garotos e vaidade.

Não era desse tipo.

A Carly até podia ser, mas eu não.

Ao menos me arrumava direito.

E nunca fiz questão.

Quanto á garotos, pensavam que eram uns grandes idiotas.

E ainda penso isso.

E namoro nem me passava pela cabeça.

Não sabia o quão estava certa á ter essa aversão toda.

Era feliz assim.

Mas aí tudo mudou drasticamente.

De uma hora pra outra.

E nunca foi o mesmo.

E agora estou aqui vendo umas fotos do passado, recordando.

E me senti uma idiota.