My Fairy Tale in Reverse escrita por melhoresseriados


Capítulo 4
Capítulo Três


Notas iniciais do capítulo

Aí, está o tão esperado e ansiado capítulo.
Sinceramente espero que gostem.
Esse capítulo retrata mais a confusão que está a cabeça e os sentimentos da Sam, sobre o reencontro, e etc.
Boa leitura.



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XXX: Doutora, como está o meu pai? Ele vai ficar bem?

A voz da moça á minha frente despertou dos meus devaneios.

E ao que ela disse era filha dele.

Respirei fundo tentando o máximo de coragem para contar a notícia.

Não era uma notícia qualquer.

Era o pai dela que havia morrido, justamente em minhas mãos.

Sam: Sou a doutora Samantha Puckett, quem cuidou do paciente: Juarez Riquez. O caso era um pouco mais grave que pensávamos, ele havia acabado de ter uma parada cardíaca e se não revertêssemos isso o mais rápido possível, seria tarde demais. Fizemos todos os procedimentos necessários para reverter o quadro do paciente, massagem respiratória e o desfibrilador para manter seus batimentos, mas infelizmente nada mais poderíamos fazer. Sinto muito.

XXX: ISSO DEVE SER ALGUM ENGANO. MEU PAI ESTÁ VIVO, SEI QUE ESTÁ. (desesperada)

Freddie: Cindy, infelizmente ele se foi. Sinto muito.

Cindy: Ele não poderia ir, justamente agora. (chorando)

Abaixei a cabeça.

Eu via o quanto á tal da Cindy, sofria com a perda do pai.

Parecia que algo havia sido tirado dela.

E tinha mesmo.

Uma moça morena entrou na sala indo diretamente de encontro onde estavam eles.

Decidi que ali era a minha deixa.

Sai a passos derrotados.

Não podia acreditar que ele esteve ali á minha frente á poucos minutos atrás.

Era surreal demais!

Continuava lindo, como me lembrava.

Foi impressão minha ou seus olhos brilharam assim que me viu?

Com certeza foi impressão mesmo, ou até mesmo delírio.

Observando como ele e aquela tal de Cindy estavam juntos, ele tentando conforta-la.

E infelizmente ou felizmente vi a aliança dourada em suas mãos.

As duas eram iguais.

Idênticas.

Ou seja me doí admiti, mas tudo indica que ele é casado.

E com ela.

Ela era a senhora Benson.

O tão sobrenome que sonhava em ter carregando junto com meu nome.

Mas infelizmente isso não foi possível e tão pouco parecia ser agora.

Um sonho mais que distante.

Entrei no banheiro, fechando a porta e deslizando pela mesma logo em seguida.

Lágrimas caiam livremente pelo meu rosto.

Como um simples acontecimento pode virar sua vida do avesso?

O sentimento que tentei afastar ou ao menos deixar tão fundo dentro de mim, havia voltado com força total.

E isso me assustava.

Só foi olha-lo para meu coração bater forte e meu coração se revirar tamanho nervosismo.

Levantei-me do chão, me apoiei na pia.

Olhei meu reflexo através do espelho.

Estava pela segunda vez do dia descabelada.

Meus olhos em breve estariam inchados por conta do choro.

Abrir a torneira e joguei um pouco de água em meu rosto e nuca, para me acalmar.

Respirei fundo e abri a porta.

Caminhando pelo extenso corredor do hospital, ainda pensativa.

No fim do corredor percebi ter um tipo de jardim.

Seguir adiante, até que cheguei ao tal jardim.

Era um jardim comum, bem conservado com flores á sua volta.

Havia dois bancos de madeira pintados de branco no centro do jardim.

Sentei-me nele e dei um suspiro cansado.

O dia mal começara e não via á hora de acaba-lo.

Minha cabeça rodava com tantos pensamentos.

Tudo aconteceu rápido demais para eu poder processa-lo.

Estava distraída, quando ouvi uma voz que conhecera e muito.

Freddie: Médica é? De tantas profissões nunca me passou que seguiria justamente essa.

Levantei-me rapidamente, ficando outra vez cara á cara.

Sam: Achou que eu não seria capaz de seguir essa área?

Freddie: Você era capaz de muitas coisas, inclusive de me deixar confuso.

Sam: Digamos que essa seja a minha especialidade. E você qual profissão seguiu?

Freddie: Desenvolvedor de Aplicativos para Apple.

Sam: Nerd desde sempre.

Freddie: Tem que representar né?

Sam: Olha, sobre o senhor Juarez, realmente fiz de tudo mesmo. Todos os procedimentos, mas infelizmente...

Freddie: Tenho certeza que fez. Já era a sua segunda parada cardíaca e já havia histórico na família de morte assim.

Sam: Entendo, mas mesmo assim não faz diminuir a minha culpa. Vi o estado que a filha dele ficou, sua esposa.

Freddie: Era o único da família que tinha restado. A mãe morreu de câncer quando ainda tinha quatro anos.

Sam: Sinto muito. Deve ser ruim crescer sem a mãe.

Freddie: Sim, deve ser. Porque saiu de Seattle sem ser despedir? Dizer nada?

Respirei fundo.

Aquele era um assunto do qual estava evitando desde o momento que ele chegou.

Não queria falar nada do passado.

O que aconteceu queria deixar lá, no passado.

Onde deveria de ter ficado.

Mas nem tudo ficou.

E tenho a consciência.

Meu amor por ele, não ficou lá.

Está presente em tudo.

Em todo meu corpo.

Minha respiração.

E principalmente no meu coração.

Sam: Tinha de ir. Tem coisas que devemos fazer por mais que não queiramos.

Freddie: No dia seguinte do qual você já não estava mais lá, fui em sua casa lhe procura para falar algo importante, mas já era tarde.

Meu coração disparou.

Minhas mãos começaram a suar.

Ele havia me procurado?

O que deve ter pensado ao não me achar lá?

O que de tão importante queria falar?

Sam: Desculpe. Não sabia que iria me procurar.

Freddie: Não quer saber o que iria lhe dizer?

Queria e como!

Era o meu maior desejo no momento.

Ansiava por saber aquilo.

Mas não podia.

Daria brecha pra começar a viver tudo aquilo de novo.

Não que eu não quisesse.

Mas, fala sério, ele era um cara casado!

Comprometido até a cabeça!

E mesmo o amando com todas as minhas forças não poderia e nem teria relacionamento com homem casado.

Isso era errado!

“Façamos aos outros o que queremos que os outros nos façam”.

Ainda mais naquele momento tão delicado como era.

A mulher dele, filha do meu falecido paciente, estava sofrendo.

E imagino como é perder alguém.

De ser uma dor sem tamanho, sem explicação.

E isso não desejo pra ninguém.

Ela tem que ter apoio.

É o que eu gostaria.

E quem melhor que o marido?

Decidi que era hora de encerrar aquele assunto, “de volta ao passado”.

Sam: Tenho que ir, nerd. Estão me esperando

Freddie: Tudo bem. Foi um prazer revê-la, princesa Puckett.(sorrindo)

Sam: Também foi um prazer revê-lo, nerdok.(retribuir o sorriso)

Refiz novamente o caminho feito, e no caminho encontrei a Alex.

Alex: Sam! Estava lhe procurando! Como foi dar a notícia a família?

Sam: Horrível. Na verdade ele só tinha uma filha, essa por sinal desmanchou-se em lágrimas.

Alex: Imaginei. Não deve ser fácil perder alguém.

Sam: Não, mesmo. Então, para que estava me procurando?

Alex: Ah, se quiser já pode ir embora.

Sam: Mas não tem mais nenhuma cirurgia ou sei lá?

Alex: Não, pelo menos nada que eu possa fazer. Se eu fosse você, iria pra casa relaxar, descansar, pois amanhã sim é o seu primeiro dia. E primeiro dia sempre é difícil.

Sam: Você tem razão! Vou sim pra casa, estou esgotada sentimentalmente e fisicamente.

Alex: Enche uma banheira e beba um bom vinho que isso passa. Queria eu poder ir embora!

Sam: Talvez eu faça isso mesmo! Até mais. Boa sorte!

Alex: Até. Obrigada!

Tirei meu jaleco, e entrei no elevador.

Se não fosse o acaso, pensaria que ele estivesse me seguindo.

Freddie estava no elevador junto de sua esposa, que ainda chorava mais dessa vez um choro contido.

Ela me olhou parecendo relembrar que eu era a doutora que havia atendido o seu falecido pai.

Cindy: Doutora, obrigada por ter feito o possível e o impossível para tentar trazer o meu pai de volta.

Sam: Esse é o meu dever. Faço o possível e o impossível pelo melhor dos meus pacientes. E dessa vez não foi diferente, apesar da fatalidade que teve.

Cindy: Mesmo assim, obrigada.

Somente balancei a cabeça pra frente em sinal de que havia aceitado o seu agradecimento.

Sentia seus olhos presos em mim.

E era um sinal de desconforto.

Não via a hora de sair daquele elevador e me livrar daquele casal.

Minhas preces foram atendidas e fui a primeira a sair.

Assim que pus os pés em terra firme sente o ar puro e pude enfim respirar de verdade.

Caminhei diretamente ao meu carro e comecei a dirigir para minha casa.

As imagens recentes de hoje, meu encontro com ele se misturavam com os do passado.

Senti um começo de dor de cabeça.

É, parece que esse dia vai ser longo.

Tudo o que queria agora era uma aspirina, que fizesse acabar essa dor de cabeça, minha cama e um chocolate quente.

E por último e não menos importante alguém para abraçar.

E mesmo sabendo ser errado a primeira pessoa que pensei foi nele, como sempre.

E o último pensamento antes de adormece em minha cama macia era de que queria ser a Cindy, a esposa dele.

Agora poderia está sendo abraçada, amparada por seus braços.

E era só isso que eu queria.

Nada mais.

Nada menos.


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Notas finais do capítulo

Bom?? Ruim??
Não me matem por fazer o Freddie casado, mas foi realmente necessário pra fic.
Não esqueçam de comentarem, pf.
Bjs, bjs
Até a próxima, babys.