Rachel pov

Estávamos terminando de comer e resolvi falar com o Noah algo que eu já estava querendo a tempo.

R: Noah eu vou parar com a medicação.

Ele me olhou como se eu tivesse falado que iria pintar o cabelo de rosa e raspar uma parte. ( à la Demi Lovato!!!)

N: porque isso agora?

R: eu quero uma vida normal, e nada melhor do que começar inovando tudo.

N: e você acha que não pode levar uma vida normal tomando seus remédios direito ou você acha normal o que aconteceu agora a pouco só porque você atrasou algumas horas a porcaria da medicação?

R: acho que posso viver muito bem sem e essa é uma decisão minha e não sua.

N: depois só não me diz que eu não avisei.

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Narrador

Naquela mesma noite Rachel jogou todas as caixas de remédio fora, ela sabia que não presaria daquilo. Ela provaria ao irmão que ela podia levar uma vida normal sem estar basicamente drogada o tempo todo, pois era assim que ela se sentia o tempo todo, apesar dos remédios a fazerem se sentir segura e aceita, não era ela ali, ela estava controlada manipulada.

Com nove anos foi taxada como singular por diferentes médicos, devido ela apresentar sintomas diversos de varias doenças neurológicas diferentes. Isso tornou o tratamento agressivo, devido a mistura de remédios que Rachel teve que tomar, agora em uma nova cidade ela podia ser livre daquela quantidade absurda de comprimidos. E ela mostraria que estava bem melhor sem eles na manha seguinte quando fosse as comprar a mobília para sua casa nova que só tinha colchões que seus pais pediram pra entregar com urgência.

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Sábado chegou rápido e com isso os irmãos Berry levantaram cedo e tomaram um café reforçado já que o dia seria longo

Rachel pov

Quando saímos do prédio resolvemos ir andando já que o centro comercial era relativamente perto. Começamos pelas de moveis, já que só tínhamos dois colchões.

R: Noah – o chamei pela primeira e ele me ignorou- NOAH! Você pode parar de secar a bunda daquela moça e prestar atenção em mim?

N: sim senhora.

R: vamos começar pelos moveis da sala, em sequencia iremos pra cozinha, os banheiros serão padrão, quero eles de forma padrão e depois o seu quarto que vai ser mais rápido e por último o meu, que vai ser um pouco mais elaborado e por depois iremos aos utensílios básicos.

N: sim general Berry!

E assim que começamos as nossas compras e que por sorte as lojas ainda estavam bem vazias, afinal era sábado de manhã ainda, quem iria querer comprar moveis nesse momento? Ninguém! Comecei mentalmente por isso.

R: é só nos dois pra que você quer dois sofás e mais duas poltronas?

N: pra quando levarmos alguém lá e também vai preencher aquela sala enorme.

R: não vamos levar ninguém lá!

N: diga isso por você, eu não sou de ferro e com certeza não tenho dinheiro pra ficar bancando motel todos os dias.

O olhei incrédula, como ele podia fazer isso, sinceramente..

R: você não faria isso..

N: sim eu faria e quem sabe mais pra frente eu não faça algumas festinhas com a sua ilustre participação, estrelinha.

R: não me chame assim boco.

N: ok, estrelinha!

Respondeu ele rindo da minha cara emburrada, ele sabia o quanto e eu odiava quando ele ironizava aquele apelido usado pelos meus pais.

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Nossa estadia na loja de moveis foi rápida, apesar de algumas discussões sem sentido com o Noah, como por exemplo, quando ele quis montar um bar no canto da sala ou quando ele teve a brilhante ideia de instalar um pole dance no quarto dele, prefiro nem saber pra que ele vai usar aquilo, minha sanidade fica melhor assim e eu nem sabia que lojas moveis faziam esses tipos de instalações.

Quando fomos almoçar, optamos por um restaurante japonês que é o meu preferido, comemos rápido porque ainda teríamos que comprar as roupas de cama e as coisas pra cozinha e aparelhos eletrônicos. Já tínhamos combinado coma empresa de tv a cabo e de internet, a caminho do apartamento, eles viriam instalar em no máximo uma semana, entçao esperaria até lá longe da civilização, somente com os celulares pra contato.

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Meu dia foi corrido cheguei em casa morta e melhor de tudo passei o dia inteiro bem, parece que dessa vez as coisas vão ser normais estou há mais de vinte e quatro horas sem nenhum remédio e estou muito bem, andei no meio de pessoas e ainda fui ao cinema com o Noah, coisa que eu só tinha feito três vezes em toda a minha vida, e eu sei que meu irmão também está feliz, quando saímos de casa ele parecia um pouco preocupado com como eu iria lidar com tudo, e foi uma bela surpresa.

Pedimos comida nosso fogão só chegaria no decorrer da semana assim como o resto e então não podíamos fazer compras por enquanto pois não teríamos aonde armazenar ou mesmo aonde cozinhar. Desejei boa noite ao meu irmão e depois fui dormir, amanhã tenho planos de carregar o Noah para o Central Park.