Doce Família Cahill escrita por Lady Boice


Capítulo 4
Capítulo 4




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Ian estava assistindo o noticiário local atento ás imagem dos rostos tristes das vítimas do furacão numa cidade vizinha. Ele sentia muita pena delas. Centenas de famílias ficaram desabrigadas, e muitos perderam um ente querido.

— Coitados! — exclamou Ian com um suspiro para a mãe. — O que vai ser deles agora sem casa?

— Elas vão conseguir se levantar Ian. — disse Isabel. — Não é a primeira vez que um furacão atinge Nova Orleans.

— Mas mãe olha só como elas estão! Nós temos uma grande casa confortável com mordomias. Mas elas — Ian apontou para a enorme tv da sala — elas não tem onde deitar a cabeça. Devíamos ajuda-las. Vamos fazer uma doação?

Isabel fitou os olhos do filho, pensando quando foi a última vez que Ian demonstrava tanta pena de alguém. Viu no olhar dele uma profunda compaixão que nunca vira antes.

— Está bem. É uma excelente ideia! — disse Isabel.

Então os Kabra doaram uma enorme quantia ás vítimas para ajudarem na reconstrução da cidade. Dinheiro não era problema para a família Kabra.

* * *

Alistar Oh estava numa casa de repouso para idosos. Ele observava pensativo, imaginando-se ali, jogando conversa fora, xadrez ou baralho. Ele já não era novo, e sabia que uma hora ou outra acabaria ali junto com aqueles velhinhos. Assim, decidiu fazer uma pequena doação, que seria usada para reformar os quartos e outras coisas necessárias para o asilo. Naquele momento Alistar estava se sentindo muito bem.

* * *

Hamilton estava correndo há mais de duas horas. Quando chegou ao fim da ladeira, viu três garotos ao redor de um menino baixo, magricelo. Os garotos falavam para ele lhes entregar algo. Hamilton não pensou duas vezes. Foi até lá, e em segundos pôs os três garotos para correr.

— O-obrigado. — gaguejou o menino.

— Sem problemas. — respondeu Hamilton.

O menino foi embora virando a esquina, e Hamilton observava para ver se aqueles três garotos voltariam.

Hamilton estava se sentindo muito bem, mas não só por causa do exercício. Era por ter feito uma coisa boa. Ele fez o que fazia de melhor: amedrontar. Mas dessa vez foi por uma boa causa.

* * *

Irina estava no avião indo de volta para Rússia, onde mora. Ela não via a hora de chegar e abraçar seu filho. Algumas horas antes ela vira o desespero de uma mãe que havia perdido o filho no aeroporto. Irina pensava como seria se seu filho desaparecesse, ou pior, se morresse. Ela nunca se curaria da dor. Também não conseguia imaginar como seu filho ficaria se tornasse órfão. Seria algo muito difícil para ele. Mas ele conseguiria viver, como o Dan vive. Ela ficou pensando nele por um momento, até adormecer na poltrona do avião.

* * *

— E por que você a convidou para sair? — disse Ted Sterling.

— Ah, porque a Amy é legal. — disse Sinead. — Nós temos muita coisa em comum. Ela me pareceu meio sozinha lá na festa.

— Agora você quer dar uma de que quer ser amiga dela?

— E daí? Não vejo nada demais. Afinal, nós somos primas.

— E desde quando você passou a gostar dos seus primos?

Sinead olhou com um olhar de frustração para o irmão.

— Nós vamos ir ao shopping e vai ser muito legal! E não estou nem aí com o que você diz.

Sinead saiu da cozinha e Ted ficou tentando se lembrar da última vez que sua irmã fora tão amigável com alguém.

* * *

Era sábado e Dan estava atrás de pilhas para seu helicóptero de brinquedo. Ele passava horas com o tal helicóptero que em poucos dias já se fora as pilhas. Dan procurou pela casa inteira, na cozinha, na sala, no seu quarto. Então se lembrou de que havia visto pilhas na biblioteca. Foi correndo até lá.

Na gaveta da mesa perto da porta da biblioteca havia um pacotinho com quatro pilhas. Dan o pegou mas antes de ir embora, notou que havia alguém sentado numa das mesas no fundo da biblioteca, bem ao lado de uma estante que tinha uma alavanca puxada para fora. Era o Sr. William Mclntyre. Ele não viu Dan pois estava de costas.

— Os resultados estão excelentes! — disse Mclntyre. Ele falava com outra pessoa, mas Dan não pôde ver quem era. — Os Kabra doaram milhares para as vítimas do furacão em Nova Orleans.

Dan franziu a testa. Os Cobra fazendo doações? Mclntyre continuou:

— Alistar doou para um asilo. E de acordo com nossos informantes, os outros estão cada vez mais mansos. O remédio está funcionando bem apesar de alguns efeitos colaterais.

Dan não sabia do que o Sr. Mclntyre estava dizendo. Que remédio? Que efeitos colaterais? Então uma voz conhecida de Dan disse ao Mclntyre:

— Ótimo! Vou dizer a Fiske que vamos continuar a medicação. Cuide para que ninguém descubra. Principalmente o Dan e a Amy.

— Certo. — respondeu Mclntyre.

Agora Dan estava assustado. O quê e por que ele e Amy não poderiam descobrir?

Aquela voz era da Grace.


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Notas finais do capítulo

O que Dan e Amy vão descobrir? Descubra junto no próximo capítulo!



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