— Certo! — disse Dan depois que estava mais calmo — Como vamos fazer para pôr as mãos nas unhas postiças com o Esquecerol II?

— Primeiro — disse Natalie — temos que descobrir aonde é que estão. Não temos muito tempo.

— Vocês poderiam ajuda-los a procurar na casa deles. — disse Nellie.

— Como? — perguntou Dan — Isabel está atrás de nós lembra?

— É uma boa ideia! —disse Natalie — Mamãe não faria nenhum mal a vocês com a gente por perto.

— É verdade. — disse Ian — Se ficarmos juntos o tempo todo, ela nem ninguém poderão pôr as mãos em vocês dois. Daí nós quatro poderemos procurar a munição.

— Não sei não. — disse Dan — Vamos estar em território inimigo, e em perigo.

— Também acho uma boa ideia. — disse Hamilton.

Dan olhou para Amy e soube que tinha que concordar.

— Está bem. — disse Dan — Mais uma coisa: O que vamos dizer quando alguém nos ver?

— Ah — disse Natalie — digam que nós os convidamos para...

— Para assistir filme na nossa sala de cinema. — disse Ian — Eu prometi a Amy que convidaria vocês um dia.

— Certo! — disse Dan.

— Eu e a Nellie vamos ficar de tocaia vigiando vocês aonde quer que forem.

Todos concordaram e Dan e Amy partiram para a casa de Ian e Natalie, indo de táxi. Nellie e Hamilton iam seguindo o táxi discretamente sem levantar suspeitas.

— Então seu namorado vive te mandando mensagens o dia inteiro? — perguntou Hamilton para puxar assunto.

— Pois é. — disse Nellie — Não importa aonde eu estou ou o que estou fazendo mas sempre que estou com o celular ele manda mensagens. Parece até que ele já sabe que eu estou com o celular na mão e...

Nellie parou de falar e arregalou os olhos como se acabasse de se dar conta de algo.

— O que foi? — perguntou Hamilton.

— O celular! — disse Nellie — É por isso que eles sabem sempre onde eles estão, por causa do celular da Amy! Eles devem ter rastreado!

— A Amy tem que se livrar dele.

— Ligue para ela agora! — disse Nellie tirando o celular do bolso e o entregando a Hamilton.

Ele rapidamente ligou para Amy e lhe contou tudo o que Nellie lhe dissera. Amy concordou e disse que deixaria o celular num ponto estratégico. Quase uma hora depois eles chegaram na casa dos Kabra.

Os quatro entraram na enorme casa e logo se depararam com a empregada.

— Oi Nayara. — disse Ian — Esses são nossos primos Dan e Amy.

Eles se apresentaram e Amy se lembrou de que Nellie dissera que uma mulher ruiva os estava vigiando no parque e fugiu num táxi. Amy teve certeza que a tal mulher ruiva era a empregada que estava bem na sua frente. Quando Nayara os viu, pareceu que teria um ataque do coração. Ela ficou tão atordoada, que nem respondeu quando Ian perguntou onde estava sua mãe.

— Nayara?

— Ela ainda não chegou. — disse Nayara, como se despertando de um transe.

— Ah... nós vamos assistir um filme na sala de cinema e não queremos ser interrompidos, está bem?

— Claro... Quer dizer, sim senhor.

Dan e Amy ficaram impressionados com a tamanha autoridade de Ian para com Nayara e o tamanho respeito de Nayara com Ian.

Os quatro foram direto para a sala de cinema e Dan e Amy ficaram surpresos com a tal sala. Natalie lhes ofereceu refrigerante e eles aceitaram. Ian colocou um filme que eles já tinham assistido, portanto sabiam que o filme tinha muito barulho de lutas e destruição. Seria perfeito para acharem que eles estariam lá. Ian trancou a porta da sala e os quatro saíram e entraram na ala secreta dos Kabra.

— O filme dura mais ou menos uma hora e meia — disse Ian — portanto temos que ser rápidos.

— Deve ter alguma passagem secreta. — disse Dan olhando para as paredes.

Sua suspeita foi confirmada quando eles viram um botão atrás de um quadro horroroso de um lago, e ao apertarem, a parede se virou revelando uma enorme prateleira com armas, balas e diversos aparelhos, entre os quais, as unhas postiças. Havia três caixinhas com dez unhas postiças. Eles pegaram as caixas e as esconderam em suas roupas e voltaram de fininho para a sala de cinema. O filme ainda estava no comecinho, só havia passado vinte minutos.

— Vamos ver como funciona isso. — disse Dan.

— Cuidado Dan! — disse Amy — Se esse veneno entrar na nossa pele estamos ferrados.

— Pelo que Hamilton me contou, o veneno só é liberado quando a unha fricciona a pele.

Amy pegou uma unha na mão tentando observar como era possível ter veneno ali.

— Aposto que essas são de mulher — disse Amy apontando para a caixa que estava em suas mãos — e essas são de homem. — disse apontando para a caixa que estava nas mãos de Ian.

— Exatamente. Hamilton me disse que uma unha é capaz de soltar veneno para uma pessoa. Então dez unhas, dará para atingir dez pessoas. Contando com as minhas e as suas mãos temos vinte. Será que é suficiente?

— Não sabemos quantas pessoas vocês encontrarão. — disse Natalie. — Talvez seja suficiente.

Ian e Natalie ajudaram Dan e Amy a colocar as unhas postiças.

— Legal! — disse Dan olhando para suas novas unhas. — Nem parece que estou usando unhas postiças venenosas.

Os quatro sorriram. Dan tinha razão, ninguém poderia saber que ele estava usando as perigosas unhas postiças pois elas eram transparentes e se encaixaram perfeitamente. No caso de Amy, dava para perceber, mas ninguém acharia estranho uma garota adolescente usar unhas postiças.

Amy ligou para Hamilton do celular de Natalie e contou que já estavam equipados. Hamilton contou que estavam há uma rua da casa dos Kabra e que os encontrariam um tempo depois. Antes, eles tinham que continuar a assistir o filme que naquela altura já estava na metade.

Quando eles começaram a assistir o filme, Amy pensou numa dúvida que até então eles não haviam resolvido. Como eles iam fazer para serem pegos? Sua dúvida foi solucionada quando de repente eles começaram a sentir um cheiro estranho.