– Com licença? – eu estava no pátio da Sweet Amoris quando uma garota com muita pouca roupa falou comigo. – Sou nova aqui no colégio e estou procurando o Castiel. Você o viu?

– Depende. – respondi. – Você é a...?

– Minha querida, você o viu ou não?

– Vi, claro que vi. – provoquei. – Mas bateu uma vontade de não dizer onde...

– Garota, vê se cresce! – e a prostituta se mandou. Aquilo cheirava a problema...

Fui direto ao ginásio, onde eu sabia que o Cast estava, jogando basquete. Mas eu cheguei tarde... A vadiazinha já estava lá. E eles estavam conversando com mais intimidade do que deveria...

– Cast? – chamei.

– Kat? – ele parecia surpreso por me ver ali. – O que faz aqui?

– Acho que isso não é o mais importante no momento. – respondi, olhando para a vadia do lado dele.

– Ah, essa é a garota irritante que eu te falei, lindinho. – a prostituta se intrometeu. ELA CHAMOU O MEU CAST DE LINDINHO! Aquele pedaço de bosta tava pedindo pra morrer.

– Desculpa queridinha, você chamou o Cast de quê? – levantei a sobrancelha esquerda.

– Lindinho. – disse Debrah. – Algum problema com isso?

– É que o “lindinho” aí é o MEU namorado.

Debrah quase ficou boquiaberta, mas não perdeu a pose.

– Bem, eu fui a namorada dele primeiro. – ela sorriu.

– Pena que você não pode mais fazer isso. – e eu beijei o MEU Cast. Aquela garota tinha passado dos limites. E ela deve ter entendido o recado, porque quando soltei o MEU Cast, ela não estava mais lá.

– Precisava disso? – Castiel perguntou.

– Ah, então você preferia ter beijado aquela vadia?

– Ela não é vadia! Pare de falar besteiras!

– Eu não acredito nisso... – não continuei lá pra ouvir o que ele tinha a dizer. Aquele idiota tava defendendo a prostituta da Debrah! Dois pedaços de bosta! AAAAAAAAAAA!

Durante toda a aula, pude ver a vadia dando em cima do MEU CASTIEL que não era mais tão meu assim. Aquele idiota já tinha esquecido que eu existia. Ele nem se deu o trabalho de me deixar em casa depois da aula! Na verdade, ele nem falou comigo! Eu não podia deixar isso assim... Dormi determinada a mudar as coisas no dia seguinte.

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– Castiel? – me surpreendi ao ver o MEU Catiel que não era mais tão meu assim parado na porta do meu prédio.

– Desculpa, Kat. – ele disse. – Eu esqueci de te levar pra casa.

– Só por isso que você tem que pedir desculpa?

– Não vejo mais motivos.

– Ah não?! E que tal o fato de você defender a vadia da tua ex que tava dando em cima de você? Ou você ter esquecido que eu existo só porque tava com ela? Ta bom ou quer mais?

– Isso não é verdade! Para de drama, Kat!

– Eu não te reconheço mais, Castiel. – falei, mas seus lábios já roçavam os meus. Que raiva dele por ser tão sexy! Que raiva de mim por não resistir ao beijo dele! Que raiva!

– Sinto muito, jujubinha azul. – Cast me hipnotizou com seu olhar. – De verdade.

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– Lindinho! – Debrah se aproximou de nós, antes da aula começar. Fiz questão de ficar agarradinha com ele, só pra mostrar quem é a dona do “lindinho”.

– Querida, se você chamar meu namorado de lindinho mais uma vez, eu arranco o enchimento do teu peito. – falei, curta e grossa.

– Kat! – Cast me repreendeu.

– Tudo bem, lindinho. – disse Debrah. – Tem gente que não tem educação...

– Cala a boca, pedaço de bosta! – gritei, pronta pra arrancar as tetas daquela vaca, mas Castiel me segurou.

– CHEGA, CARAMBA! QUE PORRE! – Castiel gritou.

– Lindinho, dá pra você controlar esse touro? – Debrah provocou.

– Touro é o que você tem na barriga, sua vadia obesa! – gritei sem paciência.

– EU TO QUASE AGREDINDO VOCÊS AQUI, DÁ PRA PARAR? – Castiel gritou novamente.

– Cala a boca! – eu e Debrah falamos ao mesmo tempo.

– Deixa de ser invejosa, garota! – a diabinha não parava de reclamar.

– Você é que tem inveja porque o dono do cabelo de tomate é MEU!

– Ele foi meu primeiro!

– Mas não é mais! Porque você é prostituta demais pra manter um relacionamento!

– Eu vou arrancar a tua boca, lombriga!

– Tenta sorte!

– Não me provoque, chiclete ambulante! - Debrah tava rosnando como um cão raivoso.

– E quem vai me obrigar? - provoquei. - Você e o seu silicone?

– O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?! – a gorda da diretora apareceu. Meus deuses, como eu tenho raiva dessa mulher!

– Tem duas garotas loucas brigando por mim. – Castiel riu.

– Cala a boca, cabelo de tomate! – eu Debrah gritamos em uníssono novamente.

– VOCÊS QUEREM GANHAR UMA SUSPENSÃO, MOCINHAS?! – a diretora tornou a gritar, toda descabelada.

Debrah me lançou um olhar demoníaco. Aquela garota tem sérios problemas mentais, só pode.

– Senhorita, Debrah, olhe para mim quando estou falando! – a diretora estava mais descabelada ainda.

– Ah, cale a boca, gorda estúpida! – Debrah falou. Eu teria rido se a diabinha não tivesse me atacado logo em seguida. Que garota louca! E que unha mais afiada! Mas até que eu gostei disso. Graças ao ataque dela, eu tive chance de descer a mão na cara dela. E eu sou profissional nisso. Pena que ela não era tão fraquinha quanto a Ambre... Foi tudo tão rápido...

Quando percebi, Castiel estava me segurando e Kentin segurava a vaca louca. Eu estava toda dolorida, e podia sentir sangue escorrendo pelo meu rosto. A Debrah estava tão descabelada quanto a diretora, e estava com menos roupa ainda. Eu fiquei orgulhosa pelo estrago que eu fiz naquele corpinho de prostituta.

– SAIA DO MEU COLÉGIO AGORA MESMO! – a diretora gritou para Debrah, que foi levada por Kentin. – E você, mocinha... – ela me olhou de cima a baixo, como se estivesse analisando se eu tinha culpa ou não. – Melhor passar o resto do dia em casa.